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Economia Neoclássica e Revolução Marginalista

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ECONOMIA NEOCLÁSSICA E REVOLUÇÃO MARGINALISTA
REDENÇÃO
FEVEREIRO / 2014
Disciplina: Economia I
Docente: Sâmia Maluf
Curso: Administração Pública
Discentes:
Adline Maria
Antônio Wanderson
David Leandro da Silva Mendes
Maria Audenira Lima
RESUMO
Essa pesquisa de teor acadêmico, mesmo que de modo um tanto sintetizada, visa pormenorizar como ocorreu no final do século XIX as mudanças que ocasionaram no surgimento de uma nova escola econômica, chamada de Neoclássica, onde mudava-se a abordagem da economia na sociedade, até então vista pelas escolas de economia política clássica. Muitas dessas correntes de pensamentos econômicos que estudam a formação dos preços, a produção e a distribuição da renda através do mecanismo de oferta e demanda dos mercados, passaram a agrupar um movimento chamado de Revolução Marginalista, muito embora alguns autores apartaram-se dessas correntes, formando outros pensamentos econômicos, como no caso da escola austríaca. Debruçando-se, principalmente, sobre os principais pensadores da economia neoclássica, como William Stanley Jevons, Alfred Marshal, Léon Walras, Schumpeter, Böhm-Bawerk, Carl Menger, dentre outros, buscamos trazer suas principais teorias e contribuições para a ciência e o pensamento econômico que resultaram numa nova visão do estudo econômico para a sociedade, como também uma apreciação crítica do movimento em questão.
INTRODUÇÃO
Até então muito enraizada na cultura eurocêntrica, principalmente por Adam Smith, David Ricardo, Antonie de Montchrétien, e outros, a economia política clássica que imperava desde meados do século XVII, com o objetivo de transpor para a atividade estatal as ideias e os princípios da Economia, passaria por uma série de transformações paulatinamente até o termo ser trocado por ciência econômica, usado por aqueles que buscavam abandonar a visão classista da sociedade, repensando-a pelo enfoque matemático, axiomático e valorizador dos estudos econômicos atuais e que concebiam o valor originado na utilidade que o bem gerava no indivíduo.
Atualmente o termo “economia política” é utilizado comumente para referir-se a estudos interdisciplinares que se apoiam na economia, sociologia, direito e ciências políticas para entender como as instituições e os contornos políticos influenciam a conduta dos mercados. Dentro da ciência política, o termo se refere principalmente às teorias liberais e marxistas, que estudam as relações entre a economia e o poder político dentro dos Estados.
Essa mudança de abordagem fundamenta-se, sobretudo, nas obras de Menger (1871), Jevons (1871) e Léon Walras (1874), e levou à formação das chamadas Escola Neoclássica e Escola Austríaca de Economia.
Após essa gradual mudança na abordagem econômica surgiu a chamada Revolução Marginal, nome atribuído ao surgimento independente e – quase – simultâneo de uma série de contribuições teóricas que fundamentariam essa nova abordagem, baseada na ideia de que o valor econômico resulta da utilidade marginal, surgindo conceitos, como custo marginal e custo médio, receita marginal, elasticidade do preço, equilíbrio geral, e outros. O que, em tese, expressa que em uma relação econômica, a utilidade marginal decresce à medida que se consome mais uma unidade.
Mais tarde, Alfred Marshall, na Inglaterra, aprofundou essas análises em seu livro “Principles of Economics” (1890) e passou a considerar que os preços são determinados simultaneamente por fatores de custos e de demanda. A análise de Marshall também reconhece as complexas interdependências que ocorrem num sistema de preços, com a demanda e a oferta de várias mercadorias interagindo e se afetando reciprocamente.
DESENVOLVIMENTO
A teoria do valor começou com Adam Smith (1776), David Ricardo (1817), e vários outros autores que compõem o grupo da Escola Clássica de Economia.
Estes autores explicavam a formação dos preços, basicamente, pelo seu custo de produção. Se uma mercadoria “A” custava para ser produzida o dobro que a mercadoria “B”, o preço de “A” seria duas vezes maior que o preço de “B”.
Mas ficava evidente que essa análise era muito imperfeita. Visto que, os custos dependem do volume de produção, e – na maioria dos casos – quando o volume de produção aumenta, os custos caem. Uma análise da teoria dos preços precisaria levar em consideração a demanda pelas mercadorias.
O estudo da demanda de um produto é relacionado com sua utilidade. Mas os economistas clássicos tinham uma certa dificuldade para lidar com o conceito de utilidade na formação dos preços. Criaram o paradoxo da água e do diamante: como a água, que é tão útil, é tão barata, e o diamante, de utilidade relativa, é tão caro?
WILLIAM STANLEY JEVONS
Jevons foi um dos fundadores da Economia Neoclássica e formulador da teoria da utilidade marginal, desenvolvida paralelamente por Carl Menger e Léon Walras, solucionando o paradoxo utilidade na determinação dos valores das coisas (por que a água, tão útil, é barato, e o diamante, quase inútil, é caro?) que até então confundia os economistas.
A LEI DA UTILIDADE MARGINAL
A criação do conceito de utilidade marginal, que floresceu no final do século XIX, veio trazer a resposta ao paradoxo e hoje é a base teórica da análise econômica da demanda. O valor da utilidade marginal se define como sendo o valor, para o consumidor, representado por uma unidade adicional de alguma mercadoria. Esse é o principal ponto onde se diferencia a Escola Clássica e a Escola Marginalista.
A utilidade total de um bem cresce quando se consome maiores quantidades dele, mas seu incremento da utilidade marginal é cada vez menor. O consumidor tem satisfação com um bem, mas a unidade seguinte já não lhe proporciona tanto prazer como a anterior.
Para exemplificar: para um consumidor que esteja com fome, a primeira fatia de pão tem uma utilidade enorme. Essa utilidade vai decrescendo à medida que se vai adicionando mais unidades. A décima fatia de pão já representará uma utilidade bem menor que a primeira. A trigésima fatia de pão terá uma utilidade quase nula e a centésima poderá até ter uma utilidade marginal negativa se causar, em nosso consumidor, uma indigestão.
LÉON WALRAS
Walras é considerado como um dos fundadores da Escola de Lausanne de Economia, ou Escola Matemática, ou, também chamada, Escola Walrasiana. Foi um dos três líderes da Revolução Marginalista e que ficou conhecido por criar a Teoria do Equilíbrio Geral. Assim, Walras acabou criando um programa de pesquisas que acabou resultando na Teoria da Utilidade Marginal.
TEORIA DO EQUILÍBRIO GERAL
O equilíbrio geral walrasiano refere-se a noção de equilíbrio na qual há igualdade entre oferta agregada e demanda agregada nos mercados. Esse equilíbrio é garantido por um vetor de preços responsável pela igualdade. A determinação dos preços e das quantidades de equilíbrio é feita supondo-se que em todos os mercados prevaleça a concorrência perfeita.
Os modelos gerais do equilíbrio costumam incluir diversos mercados de bens. Em um sistema de mercado, os preços e a produção de todos os bens, incluindo o preço do dinheiro e o interesse, estão relacionados. Uma mudança no preço de um bem, por exemplo o pão, pode afetar outro preço (por exemplo, os salários dos padeiros). Se o gosto do pão depende de quem seja o padeiro, a demanda do pão pode se ver afetada por uma mudança nos salários dos padeiros e, por conseguinte, no preço do pão. Na teoria, calcular o preço do equilíbrio de um só bem requer uma análise que considere todos os milhões de diversos bens que estão disponíveis.
CARL MENGER
Menger foi um economista austríaco, fundador da Escola Austríaca de Economia. Desenvolveu uma teoria subjetiva do valor, Teoria da Utilidade Marginal, ligando-a à satisfação dos desejos humanos. Por incrível que pareça, Menger não é “marginalista”, no sentido técnico da palavra, e de certo modo nem se enquadra no subjetivismo. Podemos dizer que o marginalismo não é uma hipótese substancialda técnica de análise “mengeriana”, aparecendo apenas como resultado de suas investigações.
Para ele, as trocas ocorrem porque os indivíduos tem avaliações subjetivas diferentes de uma mesma mercadoria: toda a atividade econômica resulta simplesmente da conduta dos indivíduos e deve ser analisada a partir do consumo final, como uma pirâmide invertida.
Definição de valor para Menger: um bem tem valor pois satisfaz uma necessidade, sendo que esse valor deriva da necessidade que não seria satisfeita caso não tivéssemos o bem. Valor é diferente de preço (que é determinado pelo mercado, dependendo assim, da concorrência e informação).
Alguns conceitos foram desenvolvidos por Menger: 
Bens e mercadorias 
Bens: coisas destinadas ao consumo. 
Mercadorias: bens que circulavam em mercados. 
Valor de uso e valor de troca 
Valor de uso: associado aos bens não necessariamente influenciado por mercados. 
Valor de troca: associado a mercadorias, sofrendo influência dos mercados (poder de compra, alteração das preferências).
ESCOLA AUSTRÍACA DE ECONOMIA
É uma escola de pensamento econômico que enfatiza o poder de organização espontânea do mecanismo de preços. Economistas da Escola Austríaca defendem estrita observância do individualismo metodológico, que eles descrevem como a análise da ação humana a partir da perspectiva dos agentes individuais. Economistas da Escola Austríaca argumentam que o único meio de se chegar a uma teoria econômica válida é derivá-la logicamente a partir dos princípios básicos da ação humana, um método denominado praxeologia. Este método sustenta que permite a descoberta de leis econômicas fundamentais válidas para toda a ação humana.
EUGEN VON BÖHM-BAWERK
Böhm-Bawerk foi um economista austríaco que fez importantes contribuições para o desenvolvimento da chamada Escola Austríaca, já dita anteriormente. Apesar de questões microeconômicas ocuparem o centro das atenções, houve uma produção rica em outros aspectos da Teoria Econômica. O primeiro volume da obra “Capital e Juro” (1884) é um estudo exaustivo dos tratamentos alternativos de juro: teorias de uso, teorias de produtividade, teorias de abstinência, e assim por diante. Böhm-Bawerk contribuiu com estudos macro monetários. Em tese, os juros variam conforme a demanda e a oferta de capital. Onde alguns elementos justificam a existência dos juros, tais como, orientação/valorização do consumo imediato, otimismo face a expectativa de renda, juros necessários para financiar a atividade produtiva. Bem como, também, havia conflito entre consumidor e produtor, visto que, o consumidor não quer perder seu excedente.
TEORIA DO CAPITAL E DOS JUROS
Böhm-Bawerk expôs toda uma nova teoria sobre o aparecimento do juro baseada na realidade subjetiva da preferência temporal. Muito embora a Teoria do Capital e dos Juros não seja completamente perfeita no que toca à explicação do juro e, no final, quase sem se dar conta, caia parcialmente nas malhas da teoria da produtividade marginal do capital que tão brilhantemente havia criticado no primeiro volume da sua obra, devemos, não obstante, a Böhm-Bawerk, a colocação dos alicerces essenciais de uma teoria do capital e do juro que seria depois depurada das suas imperfeições e levada até às suas últimas consequências teóricas por autores como Frank A.  Fetter (1977) e Ludwig von Mises (1995).
A TAXA DE JUROS
É que a ação humana desenrola-se sempre no tempo, não entendido no seu sentido determinista ou newtoniano, ou seja, meramente físico ou analógico, mas sim na sua concepção subjetivista, ou seja, tal e qual o tempo é subjetivamente sentido e experimentado pelo agente dentro do seu contexto de ação (O'Driscoll e Rizzo, 1996: 52-70).  O tempo é, portanto, uma categoria da Ciência Econômica inseparável do conceito de ação humana.  Não é possível conceber uma ação que não se efetue no tempo, que não dure tempo.
Os sacrifícios de tempo que as pessoas estão dispostas a fazer normalmente são diferentes para cada indivíduo.  E estas distintas avaliações de tempo criam oportunidades para ganhos comerciais.  Aquelas pessoas que estão dispostas a adiar seu consumo — e, consequentemente, o uso de recursos no presente — poderão encontrar indivíduos que desejam ter acesso a uma quantidade de bens e recursos maior do que aquela que sua renda e riqueza lhes permitem adquirir no presente.  E esses segundo grupo de pessoas pode estar disposto a, no futuro, pagar um preço pelo uso desses recursos no presente mais imediato. Pois bem, do ponto de vista da Escola Austríaca, a taxa de juro é o preço de mercado dos bens presentes em função dos bens futuros.
Assim, um preço intertemporal irá surgir no mercado à medida que os indivíduos avaliam e "fazem propostas" quanto ao valor do tempo e do uso de recursos.  Esse preço é a taxa de juros.  A taxa de juros reflete as preferências temporais dos agentes de mercado no que diz respeito ao valor dos recursos e das mercadorias no presente em comparação ao valor delas no futuro.
Sendo o preço do tempo, a taxa de juros equilibra a propensão a poupar de uns com o desejo de pegar emprestado de outros.  Mas a taxa de juros não apenas coordena os planos de poupadores e investidores; ela também funciona como um "freio" ou um "regulador" da duração dos períodos de produção empreendidos com a poupança disponível na sociedade.
CAPITAL E BENS DE CAPITAL
“Denominam-se bens de capital as etapas intermediárias de cada processo de ação, subjetivamente consideradas como tal pelo agente.  Ou, se se preferir, bem de capital será cada uma das etapas intermediárias, subjetivamente considerada como tal, nas quais se expressa ou materializa todo o processo produtivo empreendido pelo agente.  Por isso, os bens de capital devem sempre ser concebidos num contexto teleológico, em que o fim perseguido e a perspectiva subjetiva do agente em relação às etapas necessárias para o atingir são os seus elementos definidores essenciais.” (KIRZNER, 1996: 13-122).
Os bens de capital são, portanto, os fatores de produção que se incorporam em cada uma das etapas intermediárias de um processo concreto de ação. Além disso, os bens de capital aparecem como a conjunção acumulada de três elementos essenciais: recursos naturais, trabalho e tempo, todos eles combinados ao longo de um processo de ação empresarial criado e empreendido pelo ser humano.
A condição sine qua non para produzir bens de capital é a poupança, entendida como a renúncia ao consumo imediato.  De fato, o agente apenas poderá alcançar sucessivas etapas intermediárias de um processo de ação cada vez mais afastadas no tempo se, previamente, tiver renunciado a empreender ações com um resultado temporal mais próximo.
Agora em condições de introduzir o conceito de capital, que é distinto, do ponto de vista econômico, do conceito de "bens de capital".  De fato, pode-se definir o conceito de capital como o valor a preços de mercado dos bens de capital, valor que é estimado pelos agentes individuais que compram e vendem bens de capital num mercado livre.  Vemos, portanto, que o capital é simplesmente um conceito abstrato ou um instrumento de cálculo econômico, ou seja, uma estimativa ou juízo subjetivo sobre o valor de mercado que os empresários creem que os bens de capital terão. Numa sociedade moderna seria impossível estimar ou calcular se o valor final dos bens que se pretende produzir com os bens de capital compensa ou não o custo em que se incorre nos processos produtivos, não sendo sequer possível organizar de maneira coordenada os esforços dos seres humanos que intervêm nos diferentes processos de ação.
ALFRED MARSHALL
Fica muito difícil reduzir a extraordinária contribuição de Marshall num texto com essas características. Nesse sentido, o que procuraremos fazer a seguir é uma síntese daquelas que consideramos suas mais relevantes contribuições para a evolução da teoria econômica e da história do pensamento econômico. 
Alfred Marshal foi um dos mais influentes economistas de seu tempo. Seu livro, “Princípios da Economia” (1890), procuroureunir num todo coerente as teorias da oferta e demanda, da utilidade marginal e dos outros custos de produção. Para Marshall a finalidade ímpar da Economia Política era uma só: “elucidar a questão social em torno da real necessidade de existirem pobres para que houvesse ricos”. Para Marshall, nada era mais degradante que a pobreza. Sobre isso, certa vez afirmou que: “o estudo das causas da pobreza é o estudo das causas da degradação de uma grande parte da Humanidade”.
O método de Marshal consistia em utilizar a matemática aplicada como meio de investigação e análise de fenômenos econômicos. A introdução do elemento “tempo” na teoria econômica conseguiu unir as duas mais fortes e antônimas teorias de sua época, sobre o valor. Com a introdução do elemento “tempo” na distinção entre longos e curtos períodos, Marshall conseguiu determinar a importância tanto do custo de produção como da utilidade marginal. Assim, a proposição de Marshall, determina o valor de acordo com o custo objetivo da produção no longo prazo e a utilidade marginal no curto prazo, criando-se o conceito de preço natural e preço de mercado.
Outra grande contribuição de Marshall é o emprego do conceito de equilíbrio parcial, contrariando a teoria clássica de equilíbrio geral. Para ele, a análise parcial é essencial para a economia, visto que as relações econômicas estão sujeitas a incontáveis variáveis independentes. Portanto, o termo ceteris paribus (tudo mais permanecendo constante) é introduzido na abordagem matemática econômica, utilizando de derivadas parciais em seus modelos.  Supor que o restante permanece constante, exceto o fator que permitimos variar, é uma técnica empregada durante todo o tempo. Se afirmarmos "vou ao cinema esta noite", estamos implicitamente fazendo centenas de suposições sobre outras circunstâncias que não deverão mudar inesperadamente. Por exemplo, estamos supondo que não quebraremos uma perna ou morreremos do coração durante o dia; que o cinema não pegará fogo; que uma enchente ou um terremoto não bloqueará a entrada para a cidade; que não surgirá nada mais interessante para fazer à noite.
JOSEPH SCHUMPTER
Um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX. De acordo com Schumpeter, "o Fenômeno Fundamental do Desenvolvimento Econômico", nome que levou o referido capítulo dessa obra de sua autoria, corresponde aos fenômenos das mudanças produtivas "revolucionárias" na vida econômica de uma sociedade.
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Não se trata das mudanças feitas na calibragem dos fatores de produção (função de produção) como dados, mas das verdadeiras inovações nas técnicas produtivas em uso e dos aperfeiçoamentos nos processos costumeiramente realizados, estes que são incapazes de enquadrar-se à maneira tradicional de fazer as coisas. Trata-se de mudanças espontâneas induzidas pelo agente ofertante.
A razão, segundo o autor, para que a economia saia de um estado de equilíbrio e entre em um boom (processo de expansão) é o surgimento de alguma inovação, do ponto de vista econômico, que altere consideravelmente as condições prévias de equilíbrio.
Ainda de acordo com o economista, para que uma inovação seja realizada, é necessário que três condições sejam cumpridas:
Que, em determinado período, existam novas e mais vantajosas possibilidades do ponto de vista econômico privado, na indústria ou num ramo da indústria;
Que haja acesso limitado a tais possibilidades, seja em razão das qualificações pessoais necessárias, seja por causa de circunstâncias exteriores;
Que a situação econômica permita o cálculo de custos e um planejamento razoavelmente confiável, isto é, que haja uma situação de equilíbrio econômico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho buscou sintetizar, mas de forma pormenorizada, os aspectos mais importantes e relevantes da Revolução Marginalista na linha da evolução que empreendeu-se na chamada Economia Neoclássica. Vale destacar que muitos outros autores e pensadores compõem de forma significante esse momento na história da ciência econômica que foi de grande importância para o desenvolvimento da economia, seja ela macro ou micro, que temos nos dias de hoje.
Bem como, também, existe as críticas às teorias marginalistas e demais neoclássicos. Entretanto muitas das críticas foram e são absorvidas de acordo com o evoluir da percepção sobre o problema econômico. Essa evolução levará os economistas austríacos a se afastarem cada vez mais da escola neoclássica, aprofundando suas diferenças em relação às outras correntes marginalistas.
A partir dos anos 1930, após os trabalhos de John Hicks, a corrente walrasiana assume importância crescente e incorpora uma parte das ideias keynesianas, através da chamada síntese neoclássica, que é considerada atualmente como a vertente dominante no ensino de economia. Se a escola neoclássica representa a ortodoxia e é ensinada nas maiores universidades, isso se deve à sua capacidade de "matematizar" e "cientificizar" a economia, bem como de fornecer indicações para a escolha da conduta a seguir.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ECONOMIA NEOCLÁSSICA. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_neocl%C3%A1ssica>. Acesso em: 27 fev 2014.
TEORIA DO EQUILÍBRIO GERAL. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_Equil%C3%ADbrio_Geral>. Acesso em: 27 fev 2014.
OFERTA E DEMANDA. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Oferta_e_demanda>. Acesso em: 27 fev 2014.
ESCOLA AUSTRÍACA. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_austr%C3%ADaca>. Acesso em: 27 fev 2014.
REVOLUÇÃO MARGINALISTA. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_marginalista#A_cria.C3.A7.C3.A3o_da_Teoria_da_Utilidade_Marginal>. Acesso em: 27 fev 2014.
ECONOMIA POLÍTICA. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_pol%C3%ADtica>. Acesso em: 27 fev 2014.
LEI DA UTILIDADE MARGINAL. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_da_Utilidade_Marginal>. Acesso em: 27 fev 2014.
TEORIA DO VALOR. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_(economia)>. Acesso em: 27 fev 2014.
VALOR DE TROCA. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_de_troca>. Acesso em: 27 fev 2014.
UTILIDADE. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Utilidade_(economia)>. Acesso em: 27 fev 2014.
LÉON WALRAS. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A9on_Walras>. Acesso em: 27 fev 2014.
ALFRED MARSHAL. In: Wikipedia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Marshall#Contribui.C3.A7.C3.B5es_te.C3.B3ricas>. Acesso em: 27 fev 2014.
GRANDES ECONOMISTAS XV: Alfred Marshall e a escola neoclássica. In: COFECON. Disponível em: < http://www.cofecon.org.br/noticias/colunistas/luiz-machado/960-grandes-economistas-xv-alfred-marshall-e-a-escola-neoclassica>. Acesso em: 27 fev 2014.
ALFRED MARSHALL: Um eminente economista social. In: O Economista. Disponível em: <http://www.oeconomista.com.br/alfred-marshall-um-eminente-economista-social/>. Acesso em: 27 fev 2014.
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A ESCOLA AUSTRÍACA: Böhm-Bawerk e a teoria do capital. In: Instituto Ludwig Von Mises Brasil. Disponível em: <http://www.mises.org.br/EbookChapter.aspx?id=219>. Acesso em: 27 fev 2014.
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A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. In: Ideia Econômica. Disponível em: <http://ideiaeconomica.blogspot.com.br/2012/12/resenha-de-teoria-do-desenvolvimento.html>. Acesso em: 27 fev2014.

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