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Controle de Crescimento de Microrganismos

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Controle de Crescimento de Microrganismos
Supondo que um indivíduo no ambiente hospitalar pode está infectado ou colonizado. Do outro lado temos um indivíduo suscetível, como esses microrganismos poderiam chegar nesse individuo não infectado, um dos meios é através do ambiente hospitalar ou então através do staff (pessoas que lidam com os pacientes) ou então instrumentos médicos contaminados.
Definições de termos
Esterilização é o termo empregado para processos que eliminam todos os microrganismos, ou seja não importa se for esporulado ou vegetativo. Eliminam todas as formas infecciosas , ou seja todos os microrganismos mais os príons.
A desinfecção e antissepsia são termos muito semelhantes, dizem que eliminam parte dos microrganismos em um determinado objeto. A desinfecção elimina apenas a bactéria vegetativa, não elimina a maioria esporulada, é utilizada para objetos e superfícies inanimadas, enquanto que antissepsia é utilizada para tecido vivo (pele e mucosa), o antisséptico não elimina esporo em hipótese alguma.
Quando vai fazer uma cirurgia:
 O centro cirúrgico vai se contaminar com o paciente, faz-se primeiro a limpeza para se tira o excesso da sujidade, o paciente vai ser colocado numa mesa que já foi limpa desinfetada, vai demarcar o local onde será feita a incisão , vai passar antisséptico na pele, vai usar material esterilizado (luvas, máscara), isso tudo será feito para evitar a penetração de microrganismo no local onde ele não está contido. 
Assepsia é o conjunto de técnicas que evita a penetração de microrganismo num local onde ele não está contido. Esse local pode já ter microrganismos, porém mesmo assim se deve fazer a técnica de assepsia.
Limpeza é retirar a sujidade, ela não retira a microbiota residente. 
Classificação de Spalding
Artigos Críticos são aqueles que irão entrar em contato com o tecido estéril ou com tecido que não possui nenhuma microbiota. Ex: lâmina do bisturi, sonda vesical e seringa. Deve ser utilizada Esterilização como método de controle de crescimento de microrganismo.
Artigos Semi-Críticos são aqueles que irão entrar em contato com a mucosa íntegra ou com a pele não íntegra. Ex: Termômetro Retal, Endoscópio, Espéculo Vaginal e Otoscópico. Deve ser utilizada a Desinfecção de alto nível como método de controle de crescimento de microrganismos.
Artigos Não Críticos são aqueles que entram em contato com a pele integra. Ex: estetoscópio aparelho de pressão (usa-se papel toalha). Deve ser utilizada a desinfecção de baixo nível, visto que eles podem transmitir bactérias entre pacientes, utiliza-se geralmente álcool 70.
A resistência dos agentes infecciosos aos processos de controle de crescimento de microrganismos. 
Os mais resistentes são os prions, esporos indo até os vírus lípidicos , passando pelas microbactérias.
No hospital temos a Central de Material Esterelizado (CME), onde vai se fazer limpeza, descontaminação, esterilização do material. Existem duas partes a área suja e a área limpa, o fluxo de ar sempre tem que vir da área limpa a área suja. O material a ser submetido aos processos entram pela área suja, passa por um determinado procedimento de limpeza e vai para a área limpa .
 Mais detalhadamente : O material contaminado vai para uma área de expurgo , ele aqui pode sofrer limpeza direta ou então descontaminação. Muitas vezes antes de ter a limpeza ocorre a descontaminação, pois a limpeza é feita através de mecanismos mecânicos e assim caso você vá limpar o material contaminado e se corte não há perigo de ser infectado. 
 Descontaminação não é desinfecção, os produtos utilizados na descontaminação são diferentes dos produtos utilizados para a desinfecção, a desinfecção muitas é como se fosse fazer o microrganismo grudar mais tempo no material, já o descontaminante vai diminuir a carga microbiana até niveis aceitaveis a saúde humana. 
Lavagem e limpez não são sinônimos, pois a lavagem não necessariamente retira sujidade, seu papel é a retirada do excesso de produtos químicos. E logo depois se realiza a secagem , e passa-se então para área limpa, nesse momento já ocorreu uma diminução de microrganismos nesse material. Entra-se na fase do preparo , que é o empacotamento e a identificação desse material, na idetificação deve conter o que é o material, data de validade, processo e o nome do responsável pelo preparo desse material.
Nesse momento ele entra no processo de estrelização do material propriamente dito , e logo após esse processo deve ser estocados em armários fechados, exclusivos, de acesso restrito.
Não pode fazer esterilização fora da CME no hospital.
A limpeza é a retira de sujidade, sobra apenas os microrganismos. É necessário fazer a limpeza antes de um processo de desinfeção ou esterelização, pois a sujidade pode proteger o microrganismo contra o desinfetante. A limpeza pode ser feita de modo mecânico, manual ou então automáitco. 
Termodesinfecção, faz-se duas coisas juntas , pega-se o material que está sujo coloca dentro do aparelho, e ele joga jato de água quente (fervendo) , com isso vai retirando toda sujidade e eliminando os microrganismos, não elimina os esporos, o material sai desse aparelho próprio para realiza esterilização, ou para o uso.
Esterelização
Atualmente somente é feita por métodos físicos e físicos-químicos , não realiza-se esterelização por método químico (não realizasse mais a esterelização por imersão). Nos métodos físicos temos o principal deles que é o calor podendo ser no ambiente seco (calor seco) ou em ambiente úmido (calor úmido), temos também as radiações que podem ser ionizantes ou não ionizantes.
O Calor é a primeira escolha para a esterelização , pois é o método mais barato, porém nem tudo pode ser esterelizado por calor. O calor no ambiente seco se faz através de mecanismos de ação : oxidação de proteínas, a técnica utilizada é através do forno (170°C/1h ou 160°/2h). O forno é uma estufa com uma parede grossa, que suporta temperaturas elevadas, o forno não está mais sendo utilizado nos hospitais. Ambiente seco também pode ocorrer por flambagem , incineração.
Já o calor no ambiente úmido , seu mecanismo de ação é a desnaturação deproteínas , sua técnica utilizada é o vapor sobre pressão , chamado de autoclavação (121°C/ 15-20 min) está relacionado com tamanho do material que vai ser esterelizado. 
O Autoclave é como se fosse uma panela de pressão, porém se controla a pressão de trabalho, dentro do autoclave se fizer descompressão rápida pode danificar as embalagens, e ela não será mais íntegra. O autoclave pode ser horizontal ou vertical, o mais utilizado é o horizontal, nele não é necessário esquentar a água dentro do autoclave , a água é esquentada numa caldeira, o autoclave possui uma parede dupla, tendo uma parede externa e interna, o vapor penetra, pressão irá aumentar , passa-se um determido periodo de tempo, até que se chega a 121°C ou a pressão correspondente a essa temperatura (observa-se no manometro), depois disso fecha-se a entrada do vapor , a pressão irá diminuir devido a saída do vapor, saindo todo vapor a pressão vai a zero. Porém o material estará molhado, portanto vai ser aberta uma válvula que irá colocar vapor entre a parede interna e externa, e assim irá funcionar como uma estufa (temperatura entre as paredes aumenta) e o material que estava molhado irá sair seco. E assim ocorre a autoclavação.
Existem autoclaves gravitacionais (vertical) o ar sai devido a substituição pelo calor, e autoclaves à vácuo (antes de admitir o vapor liga-se o vácuo) o ar sai devido ao vácuo.
Fluxograma de autoclavação : Admissão do vapor, tempo de penetração do vapor, tempo de exposição ao vapor (TE), intervalo de confiança (50% de TE), exaustão do vapor e secagem do material.
Tempo total de autoclavação : Autoclave Gravitacional – 85 min, Autoclave à vàcuo: 17 min. O vácuo é muito rápido porém mais caro, justifica-se desde que tenha um grande numero de autoclavação díaria.
O autoclave pode falhar, o vapor tem que entrar em contato com o material, por isso não se deveter ar dentro do autoclave, vapor tem 8 x mais calorias que a água fervente, é necessario que haja o contato do vapor com os microrganismos, logo o envolcro , a embalagem tem que ser permeável ao vapor. O vapor tem que entrar em todas as regiões do autoclave, principalmente no centro , não se pode compactar materiais no autoclave, a distribuição tem que ser espaçada para que o vapor passe por entre os pacotes chegando até o centro do material. Já no a vácuo deve ser colocado mais materiais, enquanto que o gravitacional tem que ser uma menor quantidade. 
Radiações
A esterelização possui as radiações, podem ser ionizantes ou não ionizantes. As Radiações Não-Ionizantes não possuem poder esterelizante, quando tem é muito pequeno, na prática a estereliação é feita através de Radiação Ionizante.
A Radiação Ionizante o seu mecanismo de ação é através da ionização do ambiente , onde estão os materiais e os microrganismos, levando a destruição de proteínas e ácidos nucleicos dos microrganismos que estão presentes naquele material.
 Um bom exemplo de radiação ionizante são os raios gama, visto que possuem uma maior viabilidade econômica. Esse método será utilizado quando não puder utilizar calor, no caso um material feito de plástico não pode ser submetido a altas temperaturas , pois irá derreter, logo irá se utilizar um outro método , um desses métodos é a radiação gama. Portanto a radiação gama pode ser utilizada, como agente esterelizante de diversos materiais, a sua vantagem é que se pode empacotar o material, e após isso irradia-lo , visto que os raios gama são penetrantes. Uma outra vantagem é que ela irá atuar sobre todos os microrganismos. Ela está muito restrita a indústria.
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