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DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II. CASO CONCRETO SEMANA 4. ESTÁCIO. FIC. 2017 .

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EMPRESARIAL APLICADO II (III E IV)
CASO 4
(EXAME DE ORDEM UNIFICADO 2ª FASE FGV) – 
Em 9 de novembro de 2010, João da Silva adquiriu, de Maria de Souza, uma TV de 32 polegadas usada, mas em perfeito funcionamento, acertando, pelo negócio, o preço de R$ 1.280,00. Sem ter como pagar o valor integral imediatamente, lembrou-se de ser beneficiário de uma Letra de Câmbio, emitida por seu irmão, José da Silva, no valor de R$ 1.000,00, com vencimento para 27 de dezembro do mesmo ano. Desse modo, João ofereceu pagar, no ato e em espécie, o valor de R$ 280,00 a Maria, bem como endossar a aludida cártula, ressalvando que Maria deveria, ainda, na qualidade de endossatária, procurar Mário Sérgio, o sacado, para o aceite do título. Ansiosa para fechar negócio, Maria concordou com as condições oferecidas e, uma semana depois, em 16 de novembro de 2010, dirigiu-se ao domicílio de Mário Sérgio, conforme orientação de João da Silva. Após a vista, porém, Maria ficou aturdida ao constatar que Mário Sérgio só aceitou o pagamento de R$ 750,00, justificando que esse era o valor devido a José. Sem saber como proceder dali em diante, Maria o(a) procura, como advogado(a), com algumas indagações. Com base no cenário acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) É válida a limitação do aceite feita por Mário Sérgio ou estará ele obrigado a pagar o valor total da letra de câmbio?
	O sacado no caso em tela, pode sim limitar o valor de seu aceite, sendo que deste modo o tomador, beneficiária (Maria) poderá cobrar o valor restante do emitente originário do título, o sacador, que no caso é José da Silva.
Art. 26. O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da importância sacada.
Qualquer outra modificação introduzida pelo aceite no enunciado da letra equivale a uma recusa de aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos do seu aceite. (LUG. Lei uniforme de Genebra)
b) Qual é o limite da responsabilidade do emitente do título?
	No caso exposto, a responsabilidade do emitente do título será por todo o débito, isto é, pelos R$ 1.000,00. Nesse sentido são os artigo 9º e 47 da LUG:
 Art. 9º. O sacador é garante tanto da aceitação como do pagamento de letra. O sacador pode exonerar-se da garantia da aceitação; toda e qualquer cláusula pela qual ele se exonere da garantia do pagamento considera-se como não escrita.
Art. 47. Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são todos solidariamente responsáveis para com o portador.
O portador tem o direito de acionar todas estas pessoas individualmente, sem estar adstrito a observar a ordem por que elas se obrigaram.
O mesmo direito possui qualquer dos signatários de uma letra quando a tenha pago.
A ação intentada contra um dos coobrigados não impede acionar os outros, mesmo os posteriores àquele que foi acionado em primeiro lugar. (LUG)
c) Quais as condições por lei exigidas para que ele fique obrigado ao pagamento?
	Nos termos da lei unificada de Genebra, é necessária a efetuação do protesto do título, em razão da falta de aceite ou pagamento. Vejamos:
Art. 44. A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento).
O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Se, no caso previsto na alínea 1ª do artigo 24, a primeira apresentação da letra tiver sido feita no último dia do prazo, pode fazer-se ainda o protesto no dia seguinte.
O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos 2 (dois) dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o protesto deve ser feito nas condições indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite.
O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por falta de pagamento.
01- QUESTÃO OBJETIVA (EXAME DE ORDEM UNIFICADO FGV) 
Com relação ao instituto do aceite de títulos de crédito, assinale a alternativa correta. 
(A) A duplicata pode não ser aceita, sem qualquer fundamentação pelo sacado; neste caso, ele não será responsável pelo pagamento do título. Errado:
A alternativa está errada porque o aceite na duplicata, ao contrário do que ocorre com a letra de câmbio, é obrigatório, razão pela qual o sacado só pode recusá-lo se apresentar justificativa plausível, como, por exemplo, avaria na mercadoria recebida (art. 8º da Lei nº 5.474/68); caso o sacado não aceite a duplicata, mas receba a mercadoria, caracteriza-se o aceite presumido.
Art . 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:
        I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
        II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados;
        III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. (Lei nº 5.474/68)
(B) Para a cobrança de uma duplicata não aceita, é necessária apenas a realização de seu protesto. Errado:
Está errada porque a duplicata não aceita só poderá ser executada se além do protesto, houver a comprovação da entrega das mercadorias (art. 15, II, da Lei nº 5.474/68).
DO PROCESSO PARA COBRANÇA DA DUPLICATA
        Art 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil ,quando se tratar:                (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não; (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
 II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:(Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
 a) haja sido protestada;(Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
 b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e (Redação dada pela Lei nº 6.458, de 1º.11.1977)
 c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei. (Lei nº 5.474/68).
(C) O aceite de cheque é condição essencial para que o beneficiário possa executar o sacado. 
Está errada porque o cheque é um título de crédito que, embora seja estruturado como ordem de pagamento, não comporta aceite por parte do sacado (banco), nos termos do art. 6º da Lei nº 7.357/85
Art . 6º O cheque não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido. (Lei nº 7.357/85)
X(D) O aceite de uma letra de câmbio torna o sacado devedor direto do título.
Está certa porque a letra de câmbio, como ordem de pagamento, é um título de crédito que tem o sacado (aceitante) como devedor principal (art. 28 da Lei Uniforme das Cambiais: Dec. nº 57.663/66).
Art. 28. O sacado obriga-se pelo aceite pagar a letra à data do vencimento. (LUG)
06- CASO CONCRETO: Augusto emitiu uma letra de câmbio no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) contra Bernardo e em favor de seu credor Cardoso, que endossou a cambial para Danilo que ao levar o título a aceite, obteve o aceite parcial modificativo de data de pagamento. 
Indaga-se: 
a) Pode o sacado, no caso acima, limitar o aceite? 
	Sim, trata-se de aceite limitativo e modificativo, quando o sacado acorda o pagamento de apenas parte do débito, podendo o tomador protestar a integralidade do débito do emitente (sacador). Nesses termos:
Art. 26. O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da importância sacada.
Qualquer outra modificação introduzida pelo aceite no enunciado da letra equivale a uma recusa de aceite. O aceitante fica, todavia, obrigado nos termos do seu aceite. (LUG. Lei uniforme de Genebra)
b) Quais os efeitosproduzidos pelo aceite parcial?
	Podemos mencionar como efeitos a estipulação da obrigatoriedade para o sacado a pagar a parte acordada, mesmo que seja parcial e na data acertada. E também vale lembrar a responsabilidade do emitente originário do título (sacador), que, uma vez o título levado a protesto, passa a responder pela integralidade da dívida, constatando-se aqui o vencimento antecipado do crédito. 
Art. 44. A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento). (LUG. Lei uniforme de Genebra)
01 EM RELAÇÃO AO ACEITE NAS LETRAS DE CÂMBIO É INCORRETO AFIRMAR:
a) A letra pode ser apresentada até o vencimento pelo portador ou até por um simples detentor. 
Xb) É vedado ao sacado riscar aceite já dado, mesmo antes da restituição da letra. Errado:
Art. 29. Se o sacado, antes da restituição da letra, riscar o aceite que tiver dado, tal aceite é considerado como recusado. Salvo prova em contrário, a anulação do aceite considera-se feita antes da restituição da letra. (LUG. Lei uniforme de Genebra)
c) O sacador pode determinar que a apresentação ao aceite não poderá efetuar-se antes de determinada data. Correto:
Art. 22. O sacador pode, em qualquer letra, estipular que ela será apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo. (LUG)
d) O sacado pode limitar o aceite a uma parte da importância sacada.

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