Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
E.J.A. Eletrônica Contabilidade Secretáriado Transações Imobiliárias Informática 117 Direito, LegisLação e Ética 3e 121 Operações ImObIlIárIas 4e Instruçõe de Uso Desenvolvimento de conteúdo, mediação pedagógica e design gráfico Equipe Técnico Pedagógica do Instituto Monitor Monitor Editorial Ltda. Av. Rangel Pestana, 1105 – Brás – São Paulo/SP – CEP 03001-000 Tel: (11) 3555-1000/Fax: (11) 3555-1020 Impresso no Parque Gráfico do Instituto Monitor Av. Rangel Pestana, 1113 – Brás – São Paulo/SP – CEP 03001-000 Tel/Fax: (11) 3555-1023 Em caso de dúvidas referente ao conteúdo, consulte o Portal do Aluno: www.institutomonitor.com.br/ alunos Todos os direitos reservados Lei nº 9.610 de 19/02/98 Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, principalmente por sistemas gráficos, reprográficos, fotográficos, etc., bem como a memorização e/ou recuperação total ou parcial, ou inclusão deste trabalho em qualquer sistema ou arquivo de processamento de dados, sem prévia autorização escrita da editora. Os infratores estão sujeitos às penalidades da lei, respondendo solidariamente as empresas responsáveis pela produção de cópias. 121 Operações ImObIlIárIas 4e Operações Imobiliárias Editora Aline Palhares Desenvolvimento de conteúdo, mediação pedagógica e design gráfico Equipe Técnico Pedagógica do Instituto Monitor Copydesk Técnico Murilo Angeli Dias dos Santos Monitor Editorial Ltda. Rua dos Timbiras, 257/263 – São Paulo – SP – 01208-010 Tel.: (11) 33-35-1000 / Fax: (11) 33-35-1020 atendimento@institutomonitor.com.br www.institutomonitor.com.br Impresso no Parque Gráfico do Instituto Monitor Rua Rio Bonito, 1746 – São Paulo – SP – 03023-000 Tel./Fax: (11) 33-15-8355 grafica@monitorcorporate.com.br Em caso de dúvidas referentes ao conteúdo, consulte o e-mail: tti@institutomonitor.com.br Todos os direitos reservados Lei nº 9.610 de 19/02/98 Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, principalmente por sistemas gráficos, reprográficos, fotográficos, etc., bem como a memorização e/ou recuperação total ou parcial, ou inclusão deste trabalho em qualquer sistema ou arquivo de processamento de dados, sem prévia autorização escrita da editora. Os infratores estão sujeitos às penalidades da lei, respondendo solidariamente as empresas responsáveis pela produção de cópias.4ª Edição - Abril/2006 Apresentação ........................................................................................................... 8 Lição 1 - Exercício da Profissão Introdução ............................................................................................................. 11 1. Atribuições ................................................................................................... 11 1.1 Mediação ................................................................................................. 11 1.2 Vantagens de um Mediador ................................................................... 11 1.3 Capacitação ............................................................................................ 11 1.4 Compete ao Corretor de Imóveis ........................................................... 12 2. Prestação de Serviços – Alguns Conceitos ................................................. 13 3. Tabela de Comissões e Serviços do CRECI ............................................... 13 4. Decreto nº 81.871 de 29 de Junho de 1978 ................................................. 16 Exercícios Propostos ............................................................................................. 22 Lição 2 - Avaliação do Imóvel Introdução ............................................................................................................. 25 1. Fatores que Influenciam a Avaliação ......................................................... 25 2. Garantias de um Negócio ............................................................................ 25 Lição 3 - Registro do Imóvel Introdução ............................................................................................................. 27 1. Efeitos do Registro ....................................................................................... 27 2. Capacidade para Comprar e Vender .......................................................... 27 3. Proibições de Venda .................................................................................... 28 4. Procuração (ou Mandato) ............................................................................ 29 Lição 4 - Conhecimentos Obrigatórios para o Corretor Introdução ............................................................................................................. 31 1. Código do Consumidor (Lei nº 8.078 de 11/09/90) .................................... 31 1.1 O Código de Defesa do Consumidor e a Construção Civil .................. 31 1.2 Medidas Cautelares de Produção Antecipada de Provas.................... 33 1.3 Código de Defesa do Consumidor para o Loteamento ........................ 34 1.4 Lei 6.766, de 19 de Dezembro de 1979 ................................................. 50 1.5 Código de Defesa do Consumidor para a Compra da Casa Própria .. 52 1.6 Código de Defesa do Consumidor e o Condomínio ............................. 55 Índice 121/5 2. Pontos de Acesso à Terra ............................................................................ 63 3. Manual de Orientação – Cooperativas Habitacionais .............................. 66 3.1 Introdução ............................................................................................... 66 3.2 O Cooperativismo ................................................................................... 67 3.3 O Que Fazer antes de Ingressar numa Cooperativa ............................ 67 3.4 O Que a Cooperativa Habitacional Precisa Fazer ............................... 67 3.5 O Que é Preciso Saber ao Aderir a uma Cooperativa ......................... 68 3.6 O Que é Preciso Saber sobre o Material de Publicidade..................... 69 4. A Lei do Inquilinato .................................................................................... 69 5. Cartórios de Registros de Imóveis .............................................................. 84 Exercícios Propostos ............................................................................................. 85 Lição 5 - Impostos, Taxas e Certidões Introdução .............................................................................................................. 89 1. Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) .............................................. 89 1.1 Elementos ................................................................................................ 89 1.2 Não-Incidência ....................................................................................... 89 1.3 Isenção ..................................................................................................... 90 2. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural ........................................ 90 3. Certidões Negativas ..................................................................................... 90 4. Encargos Previdenciários ............................................................................ 91 5. Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis ............................................ 91 6. Despesas de Escritura e Registro no INCRA ............................................. 92 6.1 Ônus e Gravames .................................................................................... 92 6.2 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) ....... 92 7. Encargos da Transação Imobiliária ...........................................................92 Exercícios Propostos .............................................................................................. 94 Lição 6 - Condomínio Edilício Introdução ............................................................................................................. 95 1. Convenção do Condomínio ......................................................................... 95 2. Assembléia .................................................................................................... 96 3. Decreto nº 4.591, de 16 de Dezembro de 1994 ........................................... 97 4. O Código Civil e o Condomínio ................................................................ 103 5. Quorum ....................................................................................................... 107 6. Fundo de Reserva ....................................................................................... 107 7. Penalidades ................................................................................................ 108 8. Contratos e Seguro .................................................................................... 108 8.1 Valor do Seguro .................................................................................... 108 8.2 Benfeitorias ........................................................................................... 109 9. Locatários ................................................................................................... 109 10. Administração de Condomínio ............................................................... 109 10.1 Com o Auxílio de Administradoras .................................................. 109 121/6 11. Documentação ......................................................................................... 109 12. Elevadores ................................................................................................ 110 12.1 Cuidados com os Elevadores ............................................................. 110 12.2 Instruções da Prefeitura para Evitar Riscos aos Usuários ............. 111 13. Quadro Resumo de Cuidados Referentes à Segurança ......................... 112 14. Assaltos..................................................................................................... 112 Exercícios Propostos ........................................................................................... 114 Lição 7 - Incorporações Imobiliárias. Introdução ........................................................................................................... 115 1. Tipos de Incorporação ............................................................................... 115 2. Lei nº 4.591, de 16 de Dezembro de 1964 ................................................. 116 Lição 8 - Crédito Imobiliário Introdução ........................................................................................................... 133 1. Sistema Financeiro da Habitação ............................................................ 133 1.1 Sistemas de Amortização .................................................................... 133 1.2 Fontes de Recursos do Sistema Financeiro da Habitação ................ 134 1.3 Seguro Especial .................................................................................... 135 1.4 Utilização do FGTS na Amortização do SFH ................................... 135 2. Carteira Hipotecária .................................................................................. 135 3. Sistema de Financiamento Imobiliário .................................................... 136 4. Consórcio .................................................................................................... 136 Exercícios Propostos ........................................................................................... 137 Lição 9 - Código Civil – Dispositivos de Interesse Introdução ........................................................................................................... 139 Lição 10 - Glossário de Termos Técnicos e Expressões Jurídicas Introdução ........................................................................................................... 153 Anexo - Modelos de Minutas, Contratos e Outros Documentos Introdução ........................................................................................................... 179 Respostas dos Exercícios Propostos .................................................................. 220 Bibliografia .......................................................................................................... 222 121/7 Antes de mais nada, queremos parabenizá-lo(a) pela escolha da pro- fissão de Corretor de Imóveis e pela sua opção de realizar seus estudos conosco. Ao longo deste Módulo de Operações Imobiliárias, você vai adquirir uma “bagagem” de conhecimentos muito ampla que lhe serão úteis, não somente no desempenho da profissão, mas também nas suas atitudes como cidadão(ã). Na Lição 1, Exercício da Profissão, você terá a oportunidade de conhecer as vantagens em se contratar um Corretor na compra e venda de um imóvel, o que é necessário para ser um Corretor de Imóveis, um pouco sobre prestação de serviços, verá a tabela de comissões aplicada pelo CRECI, além do decreto que regulamenta a profissão. A Lição 2, intitulada Avaliação do Imóvel, mostra ao futuro pro- fissional da área os fatores que devem ser levados em conta na deter- minação do valor financeiro do imóvel em questão. A Lição 3, Registro do Imóvel, apresenta o Oficial de Registro de Imóveis e suas responsabilidades. Ensina, ainda, os efeitos do registro e a capacidade de compra e venda de acordo com o Código Civil. O Código do Consumidor é o tema da Lição 4, que tem a pretensão de se tornar um “livro de cabeceira” do profissional Corretor de Imóveis. Ela transcreve o Código de Defesa do Consumidor em todos os itens rela- cionados às transações imobiliárias, e a Nova Lei do Inquilinato; mostra as regras básicas para se viver em condomínios (muito importante não apenas para o profissional, mas, principalmente, para o cidadão); mostra os pontos de acesso à terra e fala tudo sobre Cooperativas Habitacionais. A Lição 5 é dedicada aos Impostos, Taxas e Certidões. A Lição 6, Condomínio em Edificação, é um manual para o Corretor que acumula a função de administrador de condomínios, fala sobre se- gurança, assembléias, documentação, fundo de reserva, etc. Assim como a Lição 4, é de extrema importância para quem vive em condomínio. Apresentação 121/8 A Lição 7, Incorporações Imobiliárias, transcreve na íntegra a Lei nº 4.591. A Lição 8 aborda os Financiamentos e o Sistema Financeiro da Habitação. A Lição 9 apresenta os artigos do Código Civil que são de interesse do profissional Corretor de Imóveis. Na Lição 10, você tem um utilíssimo Glossário, em que são esclarecidos os termos técnicos e as expressões jurídicas que apa- recem ao longo desta apostila. Por fim, o anexo é de extrema utilidade, pois oferece modelos de minutas, contratos e outros documentos. Bom estudo! Instituto Monitor 120/9 1liç ão liç ão 121/11 Introdução Nesta lição você terá uma visão comple- ta da profissão de Técnico em Transações Imobiliárias, suas atribuições e os princi- pais conceitos da prestação de serviços nesta promissora área, bem como a íntegra da Lei que regulamenta a profissão. 1. Atribuições De acordo com o Decreto nº 81.871, de 29/06/78, art. 2º: “compete ao corretor de imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis e opi- nar quanto à comercialização imobiliária”, o que significa que o corretor pode agir como um perito judicial. O corretor de imóveis, no exercício de sua função, presta assessoria às partes interessa-das, tornando a transação livre e desemba- raçada de ônus, encargos, litígios e taxas ou impostos atrasados. É sua função, também, intervir nos contratos de compra e venda de imóveis, permutas, promessas de venda, ces- sões de direitos e, em se tratando de adminis- tração de imóveis, seus serviços se estendem às incorporações, hipotecas, financiamentos, lo- teamentos, locações e administração de bens. 1.1 Mediação Para vender um imóvel, o proprie tário pode: • anunciar o que pretende vender e aguardar que algum interessado o procure, ou • encarregar um intermediário (corretor ou empresa imobiliária) de fazer essa venda. 1.2 Vantagens de um Mediador A contratação de um corretor de imóveis é sempre mais vantajosa, pois o profissional já sabe quais são os melhores dias para anun- ciar um imóvel localizado num determinado bairro; sabe em qual jornal, página e coluna deve sair o anúncio, além de redigi-lo com economia e todas as informações atrativas para a venda. Além disso, o corretor, nor- malmente, é um profissional altamente ca- pacitado, preparado, conhecedor da região e do mercado, conhecendo, ainda, as técnicas necessárias de marketing e de toda a docu- mentação necessária para que a transação seja feita sem embaraços. 1.3 Capacitação Para estar capacitado a exercer a pro- fissão de Corretor de Imóveis, o profissional deve ter realizado o curso de Técnico em Transações Imobiliárias e ter sua inscrição junto ao CRECI da sua região. Entre os conhecimentos exigidos de um Corretor de Imóveis, estão noções de: • Arquitetura: para saber interpretar plan- tas de cortes, fachadas, etc. • Engenharia: para avaliar a necessidade de reparos nos imóveis comercializados. • Direito: é muito importante que o profis- sional tenha conhecimento da Legislação Imobiliária e Tributária. Exercício da Profissão Instituto Monitor 121/12 • Economia: para melhor orientar o cliente sobre planos de pagamentos, SFH (Sistema Financeiro da Habitação), juros, correção monetária, etc. 1.4 Compete ao Corretor de Imóveis 1) Avaliar o imóvel comercializado: para fa- zer a avaliação do imóvel a ser vendido ou locado, de forma precisa, existem algumas regras que devem ser seguidas. São elas: • Lei de Zoneamento do local. • Localização do imóvel. • Analisar toda a infra-estrutura de ser- viços públicos e particulares existentes na região. • Condições de acesso ao local. • Características do imóvel, bem como o aproveitamento do mesmo. • Aspectos gerais, arquitetônicos, restri- ções, etc. 2) Fazer uma análise geral de toda a docu- mentação necessária para que a transação se efetive sem nenhum ônus posterior. 3) Elaborar para o cliente/investidor um re- latório com estimativas de custos, valor de mercado, valor de compra e rentabilidade. 4) Combinar o preço e as condições de com- pra e venda ou locação. • Firmar contrato de prestação de serviço. • Determinar e acompanhar, além de “pôr a termo” (documentar, emitir documen- to) a vistoria do imóvel (que deve fazer parte do contrato). • Mostrar o imóvel aos possíveis interes- sados. CUIDADO: é característica do ser humano almejar sempre mais do que lhe é possível comprar. Algumas vezes, isto pode acarre- tar perda de tempo do corretor e, TEMPO É DINHEIRO; portanto, não destrate o cliente, apenas leve em consideração, na hora de firmar o contrato de prestação de serviços, estas possíveis perdas. • Preencher o modelo padrão de proposta de Compra do adqui rente. Na lição 9 damos alguns modelos-padrão de contratos. • Em caso de financiamento, faz parte do trabalho do corretor orientar sobre a legislação vigente e as diferentes moda- lidades de financiamentos. • Encaminhar proposta do possível inte res- sado ao proprietário, bem como informá- lo da aprovação, ou não, da mesma. • Concretizar a venda, compra ou locação. • Acompanhar toda a elaboração de contra tos e cláusulas estipuladas pelas partes até o momento final das assina- turas. Observação: ao Contrato de Lo- cação deve sempre se anexar o Termo de Vistoria de entrada no imóvel. • Registrar todos os contratos. 5) No caso do imóvel comercializado ser um loteamento: • O corretor deve obter a aprovação do plano e da planta do loteamento pelos órgãos competentes. • Elaborar o plano de vendas do loteamento. 6) Na função de administrador do imóvel, cabe ao corretor: • Receber e emitir recibos de aluguéis e encargos. • Vistoriar periodicamente o imóvel. • Elaborar e remeter mensalmente ao cliente os balancetes e demonstrações de con- tas da administração. • Prestar assessoria constante aos clientes. Instituto Monitor 121/13 2. Prestação de Serviços Alguns Conceitos Temos que distinguir a prestação de serviços, da locação de serviços: a) Na prestação de serviços o corretor faz a mediação objetivando a venda, permuta ou locação de imóveis e recebe na conclusão do negócio a quantia previamente ajustada; b) Na locação de serviços o corretor de imó- veis administra um imóvel já locado (por ele ou não) ou um condomínio e recebe mensalmente pelo serviço. • Contrato de Intermediação - É um contrato de prestação de serviços por prazo determinado, onde o dono do imóvel autoriza o corretor a promover a venda. Este documento deve ser feito em duas vias e assinado, tanto pelo proprietário (vendedor) quanto pelo corretor, com todos os campos devidamente preen- TAbelA de ComISSõeS e ServIçoS - CreCI - 2ª regIão 1) O corretor deve contratar, por escrito e com exclusividade, a pres- tação de seus serviços profissionais, conforme Lei nº 6.530/78 e resolução Cofeci 458/95. 2) A presente tabela deve ser observada nos contratos celebrados, es- pecialmente quanto aos limites mínimos nela estabelecidos, sendo vedado ao corretor contratar e trabalhar com índice abaixo dos aqui estabelecidos. VENDA 1. Imóveis Urbanos ...................................................................... 6 a 8% 2. Imóveis Rurais ......................................................................... 6 a 10% 3. Imóveis Industriais .................................................................. 6 a 8% 4. Venda Judicial ...............................................................................................................................5% NOTA 1: a mesma comissão será devida quando a proposta e a con- traproposta forem de igual valor e devidamente assinadas ou se as chidos. Ao assinar, o vendedor deve estar de acordo com o valor e as condições de venda, além do percentual ajustado (veja a tabela de comissões e serviços) e do prazo estipulado para o corretor completar a mediação. • Publicidade - Os corretores sindicalizados têm direito a um preço especial na coloca- ção de anúncios de publicidade de imóveis e para prestação de seus serviços. Nesses anúncios é obrigatória a menção do nome completo do corretor, do seu endereço e do número do CRECI. • Honorários - A corretagem é devida so- mente no ato da conclusão do negócio, sempre obedecendo aos direitos do cliente, pois, de acordo com o Código do Consu- midor, o comprador tem o prazo de 7 dias para desistir da compra. O pagamento da comissão se efetiva ou no ato da assinatura da escritura do imóvel ou no ato da assi- natura do contrato de compra e venda. 3. Tabela de Comissões e Serviços do CreCI Instituto Monitor 121/14 partes realizarem a transação sem a presença do corretor, tendo ele feito a aproximação útil das partes. NOTA 2: nos casos de vendas com transferência de financiamento a comissão será devida sobre o total da transação realizada. COMPRA Autorização expressa da procura do imóvel ....................................6% PERMUTA E DAÇÃO EM PAGAMENTO Nas permutas e ou dação em pagamento, a comissãoserá devida pelos respectivos proprietários, sobre o valor de cada propriedade envolvida na transação, observando-se a mesma porcentagem de venda, seja total ou parcial. HIPOTECAS Sobre o valor do empréstimo .............................................................5% INCORPORAÇÃO DE ÁREA EDIFICADA (Horizontal ou Vertical) 1) Venda de empreendimentos imobiliários, incluindo-se organização e planejamento de vendas ........................................................ 6 a 8% 2) Vendas de imóveis com financiamento - SFH - carteira hipotecária e outras, incluindo-se organização e planejamento de vendas e acom- panhamento dos processos dos mutuários até a escritura .... 7 a 9% NOTA: não estão incluídas nos percentuais acima as despesas de promoção e publicidade em geral. LOTEAMENTOS 1) Estudo, organização de vendas de áreas loteadas (urbanas), já aprovadas e registradas .................................................... 10 a 12% 2) Idem, rural ou fora da sede ................................................... 15 a 20% 3) Administração, controle e recebimento de prestações ....... 5 a 10% NOTA: as prestações de promoção e outros atos de administração não estão incluídos na tabela acima. FUNDOS IMOBILIÁRIOS Intermediações de cotas. Sobre o valor da transação ....................10% Instituto Monitor 121/15 De qualquer espécie e sempre por conta do locador Equivalente ao valor do 1º aluguel. por hora técnica, a partir de 10% do valor da anui- dade vigente do CRECI 2ª Região. LOCAÇÃO NOTA: as despesas com reconhecimento de firmas e com o registro do contrato não estão inclusas na comissão pela locação. ADMINISTRAÇÃO DE BENS Sobre o aluguel recebido ............................................................. 7 a 10% ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO Sobre o arrecadado pelo condomínio mensalmente 5 a 10% PARECERES 1) Parecer por escrito quanto à comercialização do imóvel. Sobre o valor apresentado, até ......................................................1% 2) Parecer verbal quanto a operações imobiliárias DIVISÃO DE COMISSÃO ENTRE CORRETORES E PARTICIPANTES DO COI 1) Corretor e ou empresa imobiliária do vendedor ............................. 50% 2) Corretor e ou empresa imobiliária do comprador .......................... 50% 3) Corretor em regime de co-participação com Empresa Imobiliária na venda de imóveis de terceiros, somadas as comissões de captação e venda 30% 4) Corretores de Plantão de Incorporação mínimo ............................. 25% 5) Corretagem de participação entre imobiliárias .............................. 50% Esta tabela foi aprovada na 27ª Reunião de Diretoria do SCIESP, em 16/10/96 e homologada pelo CRECI – 2ª Região, na 354ª Reunião Ple- nária, de 17/10/96. Instituto Monitor 121/16 4. decreto Nº 81.871 de 29 de Junho de 1978 Regulamenta a Lei nº 6.530, de 12 de maio de 1978, que dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis, disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização e dá outras providências. O Presidente da República, no uso das atri- buições que lhe confere o Artigo 81º, item III da Constituição, e tendo em vista o Artigo 24º da Lei nº 6.530 de 12 de maio de 1978, decreta: Art. 1º O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional, somente será permitido: I - ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias, inscrito no Con- selho Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição, ou II - ao Corretor de Imóveis inscrito nos termos da Lei nº 4.116 de 27 de agosto de 1962, desde que requeira a revalidação de sua inscrição. Art. 2º Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis e opinar quan- to à comercialização imobiliária. Art. 3º As atribuições constantes do artigo anterior poderão também ser exercidas por pessoas jurídicas, devidamente inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição. Parágrafo Único: O atendimento ao público interessado na compra, venda, permuta ou locação de imóvel, cuja transação esteja sen- do patrocinada por pessoa jurídica, somente poderá ser feito por Corretor de Imóveis inscrito no Conselho Regional da jurisdição. Art. 4º O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente de toda propaganda, bem como de qualquer impresso relativo à ativi- dade profissional. Art. 5º Somente poderá anunciar publica- mente o Corretor de Imóveis, pessoa física ou jurídica, que tiver contrato escrito de me- diação ou autorização escrita para alienação do imóvel anunciado. Art. 6º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscaliza- ção do exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquias, dotadas de personalidade jurídica de direito público, vinculado ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, opera cional e fi- nan ceira. Art. 7º O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar, supervi- sionar e disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional. Art. 8º O Conselho Federal terá sede e foro na capital da República e jurisdição em todo o território nacional. Art. 9º O Conselho Federal será composto de dois representantes efetivos e suplentes, de cada Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros. Parágrafo Único: O mandato dos membros a que se refere este artigo será de três anos. Art. 10 Compete ao Conselho Federal: I - eleger sua diretoria; II - elaborar e alterar seu regimento; III - exercer função normativa, baixar reso- luções e adotar providências para a realiza- ção dos objetivos institucionais; IV - instituir o modelo das Carteiras de Identidade Profissional e dos Certificados de Inscrição; V - autorizar a sua diretoria a adquirir e onerar bens imóveis; VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como elaborar a previsão orçamentária para o exercício seguinte; Instituto Monitor 121/17 VII - criar e extinguir Conselhos Regionais e sub-regiões, fixando-lhes sede e jurisdição; VIII - baixar normas de ética profissional; IX - elaborar contrato padrão para os servi- ços de corretagem de imóveis, de observância obrigatória pelos inscritos; X - fixar multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais; XI - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais; XII - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais; XIII - elaborar o regimento padrão dos Con- selhos Regionais; XIV - homologar o Regimento dos Conselhos Regionais; XV - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais; XVI - credenciar representantes junto aos Conselhos Regionais, para verificação de ir- regularidades e pendências acaso existentes; XVII - intervir temporariamente nos Conse- lhos Regionais, nomeando Diretoria provisó- ria, até que seja regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato: a) se comprovada irregularidade na admi- nistração; b) se tiver havido atraso injustificado no recolhimento das contribuições. XVIII - destituir Diretor do Conselho Regio- nal, por ato de improbidade no exercício de suas funções; XIX - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos Con- selhos Regionais e adotar medidas para sua eficiência e regularidade; XX - deliberar sobre casos omissos; XXI - representar em juízo ou fora dele, em todo o território nacional, os legítimos inte- ressados da categoria profissional. Art. 11 O Conselho Federal se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus membros. Art. 12 Constituem receitas do Conselho Federal: I - O percentualde 20% (vinte por cento) so- bre as anuidades e emolumentos arrecadados pelos Conselhos Regionais; II - a renda patrimonial; III - as contribuições voluntárias; IV - as subvenções e dotações orçamentárias. Art. 13 Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis têm por finalidade fiscalizar o exercício profissional na área de sua juris- dição, sob supervisão do Conselho Federal. Art. 14 Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados, a critério do Conselho Federal. Art. 15 Os Conselhos Regionais serão com- postos por vinte e sete membros, efetivos e suplentes, eleitos 2/3 (dois terços) por votação secreta em Assembléia Geral, especialmente convocada para esse fim, e 1/3 (um terço) in- tegrado por representantes dos Sindicatos dos Corretores de Imóveis, que funcionarem regu- larmente na jurisdição do Conselho Regional. Parágrafo Único: O mandato dos membros a que se refere este artigo será de três anos. Art. 16 Compete ao Conselho Regional: I - eleger sua Diretoria; II - aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento padrão elaborado pelo Conselho Federal; III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição; IV - cumprir e fazer cumprir as resoluções do Conselho Federal; V - arrecadar anuidades, multas e emolu- mentos e adotar as medidas destinadas à efetivação da sua receita e a do Conselho Federal; VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a provi- são orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à consideração do Conselho Federal; VII - propor a criação de sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um número Instituto Monitor 121/18 mínimo de Corretores de Imóveis, fixado pelo Conselho Federal; VIII - homologar, obedecidas as peculiarida- des locais, tabelas de preços de serviços de corretagem para uso dos inscritos, elabora- das e aprovadas pelos sindicatos respectivos; IX - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores de Imóveis e de pessoas jurídicas; X - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas inscritas; XI - expedir carteiras de Identidade Profis- sional e Certificado de Inscrição; XII - impor as sanções previstas pelo regu- lamento; XIII - baixar resoluções, no âmbito de sua competência; XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua jurisdição, os legítimos interesses da categoria profissional; XV - eleger, dentre seus membros, represen- tantes, efetivos e suplentes, que comporão o Conselho Federal; XVI - promover, perante juízo competente, cobrança das importâncias correspondentes às anuidades, multas e emolumentos, esgota- dos os meios de cobrança amigável. Art. 17 O Conselho Regional se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus membros. Art. 18 Constituem receitas de cada Conselho Regional: I - 80% (oitenta por cento) das anuidades e emolumentos; II - as multas; III - a renda patrimonial; IV - as contribuições voluntárias; V - as subvenções e dotações orçamentárias. Art. 19 2/3 (dois terços) dos membros dos Conselhos Regionais, efetivos e respectivos suplentes, serão eleitos pelo sistema de voto pessoal, secreto e obrigatório dos profissio- nais inscritos, nos termos em que dispuser o Regimento dos Conselhos Regionais, consi- derando-se eleitos efetivos os dezoito mais votados e suplentes os seguintes. Parágrafo Único: Aplicar-se-á ao profissio- nal inscrito que deixar de votar sem causa justificada, multa em importância corres- pondente ao valor da anuidade. Art. 20 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos Regionais, efetivos e respectivos suplentes, serão indicados pelos Sindicatos de Corretores de Imóveis, dentre seus asso- ciados, diretores ou não. §1º: Caso haja mais de um Sindicato com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, o número de representantes de cada Sindicato será fixado pelo Conselho Federal. §2º: Caso não haja Sindicato com base ter- ritorial na jurisdição do Conselho Regional, 1/3 (um terço) dos membros que seria desti- nado à indicação pelo Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior. §3º: Caso o Sindicato ou os Sindicatos da Categoria com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, não indiquem seus representantes, no prazo estabelecido em Resolução do Conselho Federal, o terço destinado à indicação pelo Sindicato será eleito na forma do artigo anterior. Art. 21 O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, assim como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, ficarão subordinados ao preen- chimento dos seguintes requisitos mínimos: I - inscrição na jurisdição do Conselho Re- gional respectivo há mais de dois anos; II - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos; III - inexistência de condenação a pena su- perior de dois anos, em virtude de sentença transitada e julgada. Art. 22 A extinção ou perda do mandato de membro do Conselho Federal e dos Conse- lhos Regionais ocorrerá: I - por renúncia; II - por superveniência de causa de que re- sulte o cancelamento da inscrição; III - por condenação a pena superior a dois Instituto Monitor 121/19 anos, em virtude de sentença transitada e julgada; IV - por destituição de cargo, função ou em- prego, relacionada à prática de ato de impro- bidade na administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado; V - por ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou seis intercaladas em cada ano. Art. 23 Os membros dos Conselhos Federal e Regional poderão ser licenciados, por de- liberação do plenário. Parágrafo Único: Concedida a licença de que trata este artigo, caberá ao Presidente do Conselho convocar o respectivo suplente. Art. 24 Os Conselhos Federal e Regional terão cada um, como órgão deliberativo o Plenário, constituído pelos seus membros, e como órgão administrativo a Diretoria e os que forem criados para a execução dos servi- ços técnicos ou especializados indispensáveis ao cumprimento de suas obrigações. Art. 25 As Diretorias dos Conselhos Federal e Regional serão compostas de um Presidente, dois vice-presidentes, dois secretários e dois tesoureiros, eleitos pelo Plenário, dentre os seus membros, na primeira reunião ordinária. Art. 26 A estrutura dos Conselhos Federal e Regional e atribuições da Diretoria e dos demais órgãos, serão fixadas no regimento de cada Conselho. Art. 27 Junto aos Conselhos Federal e Regio- nal funcionará um Conselho Fiscal composto de três membros, efetivos e suplentes eleitos dentre os seus membros. Art. 28 A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será efetuada no Con- selho Regional da jurisdição, de acordo com Resolução do Conselho Federal. Art. 29 As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos mesmos deveres e têm os mes- mos direitos das pessoas físicas nele inscritas. Parágrafo Único: As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio- gerente ou diretor um corretor de imóveis individualmente inscrito. Art. 30 O exercício simultâneo, temporário ou definitivo de profissão em área de jurisdi- ção diversa da do Conselho Regional onde foi efetuada a inscrição originária do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica, fica condi- cionado à inscrição e averbação profissional nos Conselhos Regionais que jurisdicionarem as áreas em que exercerem as atividades. Art. 31 Ao corretor de imóveis inscrito será fornecida a Carteira de Identidade Profissio- nal, numerada em cada Conselho Regional, contendo, no mínimo, os seguintes elementos: I - nome por extenso do profissional; II - filiação; III - nacionalidade e naturalidade; IV - datade nascimento; V - número e data de inscrição; VI - natureza da habilitação; VII - natureza da inscrição; VIII - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; IX - fotografia e impressão datiloscópica; X - assinatura do profissional inscrito, do Pre- sidente e do Secretário do Conselho Regional. Art. 32 À pessoa jurídica inscrita será for- necido Certificado de Inscrição, numerado em cada Conselho Regional, contendo no mínimo os seguintes elementos: I - denominação da pessoa jurídica; II - número e data de inscrição; III - natureza da inscrição; IV - nome do sócio-gerente ou diretor, ins- crito no Conselho Regional; V - número e data de inscrição do sócio- gerente ou diretor no Conselho Regional; VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; VII - assinatura do sócio-gerente ou diretor, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional. Instituto Monitor 121/20 Art. 33 As inscrições do Corretor de Imó- veis e da pessoa jurídica, o fornecimento da Carteira de Identidade Profissional e do Cer- tificado de Inscrição e certidões, bem como o recebimento de petições, estão sujeitos ao pagamento da anuidade e emolumentos fixados pelo Conselho Federal. Art. 34 O pagamento da anuidade ao Con- selho Regional constitui condição para o exercício da profissão de Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica. Art. 35 A anuidade será paga até o último dia útil do primeiro trimestre de cada ano, salvo a primeira, que será devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis, ou da pessoa jurídica. Art. 36 O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor à multa fixada pelo Conselho Federal. Art. 37 A multa aplicada ao Corretor de Imóveis ou pessoa jurídica, como sanção disciplinar, será, igualmente, fixada pelo Conselho Federal. Art. 38 Constitui infração disciplinar da parte do Corretor de Imóveis: I - transgredir normas de ética profissional; II - prejudicar, por dolo ou culpa, os interes- ses que lhe forem confiados; III - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não-inscritos ou impedidos; IV - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado atra- vés de documento escrito; V - fazer anúncio ou impresso relativo à ati- vidade profissional sem mencionar o número de inscrição; VI - anunciar imóvel loteado ou em condomí- nio sem mencionar o número do registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis; VII - violar o sigilo profissional; VIII - negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantia ou documento que lhe tenham sido entregues a qualquer título; IX - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão; X - praticar, no exercício da atividade pro- fissional, ato que a lei defina como crime de contravenção; XI - deixar de pagar contribuição ao Con- selho Regional; XII - recusar ou facilitar a terceiros tran- sações ilícitas ou que, por qualquer forma, prejudiquem interesses de terceiros; XIII - recusar a apresentação da Carteira de Identidade Profissional, quando couber. Art. 39 As sanções disciplinares consistem em: I - advertência verbal; II - censura; III - multa; IV - suspensão da inscrição, até 90 (noventa) dias; V - cancelamento da inscrição, com apreen- são da carteira profissional. §1º: Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstân- cias de cada caso, de modo a considerar leve ou grave a falta. §2º: A reincidência na mesma falta determi- nará a agravação da penalidade. §3º: A multa poderá ser acumulada com ou- tra penalidade e, na hipótese de reincidência, aplicar-se-á em dobro. §4º: A pena de suspensão será anotada na Carteira Profissional de Corretor de Imóveis ou responsável pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho Regional poderá convertê-la em cancelamento de registro. §5º: As penas de advertência, censura e multa serão comunicadas pelo Conselho Regional em ofício reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do profissional punido, senão em caso de reincidência. Art. 40 Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho Federal: I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão; II - ex-ofício, nas hipóteses dos itens IV e V do artigo anterior. Instituto Monitor 121/21 Art. 41 As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a qualificação do denunciante e acompanhada da indi- cação dos elementos comprobatórios do alegado. Art. 42 A suspensão, por falta de pagamento de anuidades, emolu- mentos ou multas só cessará com a satisfação da dívida, podendo ser cancelada a inscrição, de acordo com critérios a serem fixados pelo Conselho Federal. Art. 43 As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas pró- prias decisões. Art. 44 O Conselho Federal será a última e definitiva instância nos assuntos relacionados com a profissão e seu exercício. Art. 45 Aos servidores dos Conselhos Federal e Regional de Cor- retores de Imóveis aplica-se o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 46 Em caso de intervenção em Conselho Regional, cabe ao Conselho Federal baixar instruções sobre cessação da intervenção ou realização de eleições, na hipótese de término de mandato. Art. 47 O disposto no artigo 15º somente será observado nas elei- ções para constituição dos Conselhos Regionais, após o término dos mandatos vigentes em 15 de maio de 1978. Art. 48 Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Brasília, DF, em 29 de junho de 1978; 157º da Independência e 90º da República. ERNESTO GEISEL Arnaldo Prieto Anotações/dicas Exercícios Propostos 121/22 1 - Mencione quatro situações em que um Corretor de Imóveis pode intermediar. 1. ___________________________________ 2. ___________________________________ 3. ___________________________________ 4. ___________________________________ 2 - Por que é vantajoso utilizar a intermediação de um Corretor de Imóveis? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3 - Complete: _______________________ e ___________________ capacitam o Corretor de Imóveis para poder atuar no mercado. 4 - O Corretor de Imóveis deverá ter, ao menos, conhecimentos básicos sobre as se- guintes disciplinas, para melhor exercício da profissão: ( ) a) Arquitetura, Física e Química. ( ) b) Direito, Economia e Estatística. ( ) c) Direito, Economia, Arquitetura e Engenharia Civil. ( ) d) Nenhuma das alternativas anteriores. 5 - Conceitue Contrato de Mediação. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 121/23 6 - Para anunciar, o Corretor de Imóveis deve mencionar: ( ) a) nome completo do corretor, apenas. ( ) b) nome completo, endereço e nºdo CRECI. ( ) c) nome completo e endereço. ( ) d) nome completo e nº do CRECI. 7 - Qual a condição para que o Corretor de Imóveis, que exerce suas atividades nos termos da Lei nº 4.116 de 27/08/72, possa continuar exercendo sua atividade? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 8 - O Conselho Federal de Corretores de Imóveis pode criar e extinguir os Conselhos Regionais. Esta afirmação está: ( ) Certa ( ) Errada 9 - Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis podem homologar tabelas de preços de serviços de corretagem? Justifique. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 10 - Todo Corretor de Imóveis pode atuar fora de sua jurisdição? Justifique. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2liç ão liç ão 121/25 Introdução Avaliar um imóvel é atribuir-lhe um valor para venda ou locação, analisando fatores físicos e também a documentação do mesmo. O valor de um imóvel é determinado, principalmente, pela “Lei da Oferta e da Pro- cura”, ou seja, deverá estar o mais próximo possível da realidade de mercado, com um preço adequado tanto para o proprietário, quanto para o cliente. 1. Fatores que Influenciam a Avaliação Dois imóveis idênticos podem variar de pre ço conforme varia o bairro onde estão si- tuados. Por outro lado, dois imóveis situados no mesmo bairro podem variar de preço de a cordo com três fatores essenciais: propor- ção do i mó vel, aproveitando do terreno e lo ca liza ção. • Proporção do Imóvel - É o tamanho do imóvel propriamente dito. Quando se trata de casa, é levada em consideração a largura ou a frente do terreno em relação à sua extensão ou fundos. • Aproveitamento do Terreno - Número de metros quadrados de construção que as leis vigentes permitem no terreno em questão. Exemplo1: em um terreno com 10 metros de largura e 20 metros de profundidade, respeitados todos os recuos exigidos por lei, pode-se construir uma casa térrea com 6 me- Avaliação do Imóvel tros de largura e 14 metros de profundidade, totalizando 84 metros quadrados de área. Nesse mesmo terreno, pode-se construir um sobrado com até 185 metros quadrados de área, obtendo-se, assim, um melhor apro- veitamento do terreno. • Localização - É a posição do terreno no logradouro (rua). A posição pode ser ve- rificada em relação ao sol e à sombra, face sul ou face norte (face norte é sempre me- lhor, pois recebe o sol da manhã, havendo a possibilidade de acontecer o mesmo à tarde), distância das ruas ou logradouros que limitam a quadra, meios de condução existentes no local (metrô, ônibus, etc.), vizinhança como fatores de valorização ou desvalorização, largura e pavimentação da rua, serviços urbanos (água, luz, gás, esgoto, telefone, etc.), etc. 2. garantias de um Negócio Para garantir um negócio seguro e bem feito, deve-se sempre exigir do vendedor (pro- prietário do imóvel) os seguintes docu mentos: 1) Certidão de Matrícula do Imóvel em nome do vendedor (emitida pelo RGI); 2) Certidão vintenária atualizada (emitida pelo RGI); 3) Certidão negativa de tributos municipais (emitida pela prefeitura); 1. Cada município tem o seu parcelamento do solo especificado em lei, que é a chamada Lei de Zonea- mento. Este é apenas um exemplo prático. Não estão sendo levadas em consideração as Leis de Zoneamento vigentes para cálculo de recuos. Instituto Monitor 121/26 4) Certidão negativa de multas por muro, pas- seio e limpeza (emitida pela prefeitura); 5) Certidão negativa de débitos condominiais (emitida pelo atual síndico do condomí- nio); 6) Certidão negativa de protestos de títulos (emitida pelo serviço central de protesto de títulos); 7) Certidão negativa cíveis e da fazenda pú- bli ca em nível estadual e federal (emiti da pelos cartórios distribuidores dos res pec- tivos fóruns); 8) Certidões negativas trabalhistas (emiti- das pelo cartório distribuidor do fórum traba lhista); 9) Certidões negativas criminais e de execu- ções criminais (emitidas pelos respectivos cartórios distribuidores); 10) Certidão atestando se o imóvel está ou não sujeito à área de recuo ou investidura ou se está sujeito à zona de influência do me- tro politano-metrô (emitida pela Secreta ria Municipal de Obras e Serviços Pú bli cos); 11) Certidão negativa do INSS para os ca- sos em que se obrigam pessoas naturais e ju rí di cas (expedida pela repartição previ den ciária); 12) Certidão comprovando que a associação ou sociedade civil se acha formalizada diante do Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 13) Certidão comprovando e regularizando a firma comercial ou sociedade anônima perante o Registro do Comércio. 14) Documento legal, se o imóvel estiver alu- gado, provando a desistência do inquilino quanto à preferência de aquisição (con- forme modelo apresentado na lição 9). 15) Antes de se lavrar o instrumento, quem o fizer deve verificar a necessidade ou não de algumas providências, tais como: a) Averbação da construção. b) Averbação da demolição. c) Averbação da alteração do nome da rua, do número e demolição do imóvel. d) Averbação da reconstrução. e) Averbação de desmembramento. f) Averbação de alteração do nome do vendedor e/ou de seu cônjuge. g) Averbação do estado civil do vendedor e/ou de seu cônjuge. h) Reconhecimento das firmas dos ven- dedores e testemunha em títulos de instrumento particular. ATENÇÃO: Cuidado com a oferta! A escri- tura é sempre “passada” ou feita com base no valor venal, que é diferente do valor ofertado. Anotações/dicas 3liç ão liç ão 121/27 Introdução Nesta lição você tomará ciência da importância do registro do imóvel, os efeitos desse registro em Cartório, bem como as de- terminações legais para a compra e a venda de imóveis. O Oficial de Registro de Imóveis é o res- ponsável pelos seguintes atos: • Registro: É o cadastro de propriedade imó- vel e por ele se constituem, se alteram e se extinguem os direitos reais. Estabe lece o direito de propriedade e retrata a si tua ção jurídica do imóvel. • Averbação: é o lançamento de todas as ocorrências que, por qualquer modo, al- terem o registro. • Matrícula: é a especialização do imóvel. 1. efeitos do registro Os atos do Registro de Imóveis produzemefeitos importantes, como: 1) Forma de aquisição de um imóvel com o registro do título de transferência, ope- rando sempre a validade contra terceiros. Somente quem pode fazer este registro é o dono do imóvel. 2) O modo de se constituírem e transferirem os direitos reais, tanto os de gozo quanto os de garantia, sobre imóveis alheios. 3) Com a averbação na folha de matrícula ou o competente registro, pode ser determi- nada a extinção do respectivo direito real. 4) O registro garante a existência dos di- reitos reais e do domínio sobre o imóvel, ressalvando-se os direitos de terceiros. 2. Capacidade para Comprar e vender Conforme determina o Código Civil, em seu artigo 497 sobre a compra e qualquer de suas modalidades, inclusive em hasta públi- ca, verificamos que: Art. 497 Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública: I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração; II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que ser- virem, ou que estejam sob sua administra ção direta ou indireta; III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou con selho, no lugar onde servirem, ou a que se es ten der a sua autoridade; IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. Parágrafo único: As proibições deste artigo esten dem-se à cessão de crédito. Registro do Imóvel Instituto Monitor 121/28 A capacidade do vendedor para vender sua propriedade, também deve ser objeto de análise. Além de provar a posse do imó- vel, o vendedor deve provar que está apto para vender e, para isso, são feitas algumas exigências: 1) Se o vendedor tiver idade superior a 16 anos e inferior a 18, sua capacidade é res- trita (capacidade relativa) e ele deve: a) apresentar documento de emancipação por escritura pública averbada (esta emancipação somente pode ser feita pelo juiz, pelo pai ou pela mãe); ou b) comprovar o exercício de função pública (para exercer cargo público, o indiví- duo com idade inferior a 18 anos deve, obrigatoriamente, ser emancipado pois, segundo nossa legislação, o funcionário público é dotado de fé pública); ou c) apresentar certidão de casamento (para o casamento nesta faixa etária é neces- sário que os pais – tanto do noivo quanto da noiva, se os dois forem menores, os tenham emancipado); ou d) apresentar diploma de ensino supe- rior (com diploma em curso superior, pressupõe-se que o diplomado exercerá uma atividade de responsabilidade civil e, portanto, é emancipado); ou e) apresentar alvará judicial expedido pelo juiz competente. 2) Se o vendedor for casado deverá apre- sentar a autorização de seu cônjuge (exceto no regime de separação de bens): outorga uxória – autorização da esposa outorga marital – autorização do marido 3) Se o vendedor for viúvo, deve apresentar Certidão de Óbito do cônjuge. O inventário deve ser averbado na Certidão de Casa- mento. 4) Se o vendedor for separado, deve apre- sentar a Ação de Separação Judicial ou de Anulação do Casamento. O Formal de Partilha deve ser averbado na Certidão de Casamento. 5) Se o vendedor for divorciado, deve apre- sentar a Certidão de Divórcio. O Formal de Partilha deve ser averbado na Certidão de Casamento. 6) Se o vendedor for casado no exte rior, deve apresentar a Certidão por Instrumento Público com as formalidades legais de tradução. 7) Se o vendedor for naturalizado, deve apre- sentar Título de Naturalização (Carteira de Identidade Modelo 19). 8) Se o vendedor estiver ausente em lugar incerto e não-sabido, deve-se apresentar Alvará Judicial Comprovador. Este alvará é concedido pelo juiz após a comprovação de 5 anos de desaparecimento. 9) Se o vendedor estiver ausente temporaria- mente, deve-se apresentar Procuração com poderes legais. 10) Se o vendedor for residente no exterior, deve-se apresentar Procuração por instru- mento público, submetido ao consulado do país de outorga. Esta procuração deve ser traduzida por tradutor juramentado. 11) Se o vendedor for portador de defeito físico que o impossibilite de assinar, ou ana lfabeto, deve apresentar instrumento assinado a rogo e sob fé pública do tabe- lião. 12) Se o imóvel a ser vendido for um bem de espólio ou de massa falida, deve-se apresentar Alvará expedido pelo juízo do inventário ou da falência. 3. Proibições de venda Existem, ainda, outras proibições de venda, como as citadas a seguir: 1) Os pais não poderão hipotecar, alienar ou gravar de ônus os imóveis dos filhos que estejam sobre seu poder familiar, a não ser no caso em que demonstrem a necessidade (“passando fome”, com problemas para o sustento da família) ou conveniência (obter Instituto Monitor 121/29 alguma vantagem) e, dessa forma, só com autorização judicial. 2) Os menores de 16 anos, os surdo-mudos, os loucos, os declarados totalmente incapazes por ato de juiz, também não podem vender. São os chamados absolutamente incapazes. 3) Da mesma forma, os declarados com relati- va incapacidade, ou seja, os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, e os pródigos4. 4) Os ascendentes não podem vender aos des- cendentes sem que haja o consentimento dos demais descendentes. Juridicamente, esta venda não permitida é conhecida como Adiantamento de legítima. 5) O falido não pode dispor de seus bens a partir do momento da abertura da falência ou da decretação do seqüestro dos bens. 6) O condômino5 não pode vender a sua parte em coisa individual a terceiros ou a estra- nhos, a menos que atenda aos preceitos legais do Código Civil, art. 1.3146. 7) Não podem ser alienados os bens inalie- náveis, a menos que tenham autorização judicial. 8) Os imóveis adquiridos pelo Sistema Fi- nanceiro da Habitação sem o assentimento (aprovação) da entidade financiadora. Cabe-nos, ainda, ressaltar que alguns bens estão excluídos da comunhão (união civil de duas pessoas, casamento). São estes: 1) Os bens de herança, os bens legados ou bens doados que tenham cláusula de in- comunicabilidade. 2) Os bens que estejam gravados de fidei- comisso, ou seja, com disposição testa- mentária impondo obrigação a um dos herdeiros de, por sua morte, transmitir a outro a herança e o direito do herdeiro, antes da realização da condição sus- pensiva. 3) Os bens reservados. 4) As dívidas anteriores ao casamento, exce- tuando-se as contraídas com os prepara- tivos deste ato ou em benefício comum. 5) Se um dos cônjuges fizer doação antenup- cial que tenha cláusula de incomunicabi- lidade. 6) Os frutos civis do trabalho em comum dos cônjuges ou de cada um. 7) A fiança que for prestada pelo marido sem o consentimento expresso de sua mulher. 8) O dote que tenha sido prometido ou ex- pressamente constituído isoladamente por um dos cônjuges a um filho comum ou a um filho de outro leito. 9) As obrigações advindas de práticas ilícitas. 4. Procuração (ou mandato) Procuração é a incumbência (obriga- ção) dada por alguém a outra pessoa para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. É um documento que pode ser particu- lar, quando feito sem o testemunho de um cartório, mas com reconhecimento de firma. Quando feita em cartório (Tabelionato de Notas), a procuração passa a ser considerada um instrumento público. 4. Pródigo - Aquele que dissipa seus bens, gasta mais do que o necessário; gastador, esbanjador, perdulário. 5. Condômino - Aquele que tem parte no bem. Exem- plo: 5 irmãos são donos de uma casa; portanto, os 5 são condôminos. 6. “Art. 1.314. Cada condôminopode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la. Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alte- rar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.” Instituto Monitor 121/30 Anotações/dicas Segundo o Código Civil: Art. 653 Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato. Art. 654 Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante. § 1o - O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos. 4liç ão liç ão 121/31 Conhecimentos Obrigatórios para o Corretor Introdução Diz-se, popularmente, que o Corretor de Imóveis é um “Plantador de Cidades”, um pro- fissional com uma série de atributos que exi- gem dele uma vasta gama de conhecimentos. Nesta lição você irá conhecer os prin- cipais pontos do Código do Consumidor, os principais pontos de acesso à terra, as Coo- perativas Habitacionais, a Lei do Inquilinato e os Cartórios de Registro de Imóveis. Todos estes itens são imprescindíveis para o bom desempenho da sua função. 1. Código do Consumidor (lei nº 8.078 de 11/09/90) Os principais pontos referentes ao Có- digo do Consumidor que dizem respeito à profissão de Corretor de Imóveis são os que tratam de: • Construção Civil • Loteamento • Compra da Casa Própria • Condomínio 1.1 O Código de Defesa do Consumidor e a Construção Civil De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), é obrigatório o respeito às normas técnicas brasileiras elaboradas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Téc- nicas) e sua desobediência corresponde a uma infração legal, ensejando as sanções cabíveis. A falta de observação das normas, bem como deficiências no material e na mão- de-obra, aliadas à eventual negligência dos construtores, pode ocasionar vícios e defeitos construtivos. Vícios construtivos são anomalias da cons- trução; vícios por inadequação de qualidade prometida ou esperada, ou de quantidade; são falhas que tornam o imóvel impróprio para o uso ou lhe diminuem o valor. Isso acontece em casos específicos. Por exem- plo, um flexível mal apertado, um pequeno defeito na pintura, alguma pequena falha no rejuntamento de azulejos, uma esqua- dria mal regulada, entre muitos outros, não tornam o imóvel impróprio para uso e nem lhe diminuem o valor. Um profissional habilitado poderá avaliar os danos mais comprometedores. Defeitos são falhas que fazem com que o fornecimento de produtos ou serviços afetem ou possam afetar a saúde e a segurança do consumidor. Os vícios e os defeitos podem ser aparen- tes ou ocultos. Vícios ou defeitos aparentes são os de fácil constatação, que podem ser notados quando da entrega do imóvel. Os demais são os vícios ocultos que diminuem, ao longo do tempo, o valor da coisa ou a tornam imprópria ao uso a que se destina. Se o consumidor, na aquisição do serviço ou produto, tivesse conhecimento do vício oculto, poderia pleitear abatimento no preço ou desistir da compra. Instituto Monitor 121/32 De acordo com o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, somente é possível ao consumidor pleitear abatimento no preço ou desistir da compra no caso da existência de vícios que tornem o imóvel impróprio para o uso ou diminuam o valor, respeitadas as variações decorrentes da natureza do pro- duto, no caso, imóvel construído, e desde que o consumidor tenha exigido a reparação do vício e o mesmo não tenha sido sanado no prazo compreendido entre 7 e 180 dias, conforme pactuado entre as partes. Danos são as conseqüências dos vícios e defeitos, que, na construção civil, afetam a própria obra, ou ao imóvel vizinho, ou aos bens, ou às pessoas nele situadas, ou ainda a terceiros (transeuntes e outros). A partir da entrega do imóvel (chaves), de modo geral, o consumidor tem 90 dias para reclamar o vício ou defeito. Quando for o caso de vícios ou defeitos de fácil constata- ção, o consumidor tem 90 dias, após a entrega da obra, para reclamar. Quando se trata de vício ou defeito oculto, os 90 dias começam a correr a partir do momento em que tal falha é constatada. No caso de vícios, esse prazo de 90 dias após constatada a imperfeição oculta pode ser utilizado até o último dia do quinto ano, contado a partir da data da entrega da obra. Já para o defeito que afeta a solidez e a segurança da obra ou a saúde do morador, esse prazo se estende até 20 anos. Entende- se aqui entrega da obra como entrega das chaves ao consumidor, e não o “habite-se”. Esse prazo de 90 dias, porém, é interrom- pido com “a reclamação compro vadamente formulada pelo consumidor perante o for- necedor de produtos e/ou serviços até a res- posta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca” (art. 26, II, parágrafo 2º do CDC). Portanto, aconselha- se que esta reclamação seja registrada em Cartório de Títulos e Documentos. O construtor (executor da obra) tem responsabilidade pela reparação dos danos causados, independentemente da existência de culpa; basta haver relação de causa e efei- to entre o dano causado e o defeito ou vício que originou esse dano. O engenheiro (responsável pela obra) res- ponde apenas se a culpa dele ficar provada. A culpa é definida pelo artigo 927 do Código Civil: “Aquele que por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obriga- do a repará-lo.” Nesse caso, a reparação dos danos causados exige que se prove que houve ação ou omissão voluntária, negligên- cia ou im prudência. O profissional liberal (engenhei ro) está sob o regime em que a culpa deve ser provada. O consumidor, assim entendido como toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como desti natário final (art. 2º do CDC), deve receber o Manual de Uso e Manutenção do empreen dimento, bem como as plantas com a coloca ção correta dos pontos e das tubulações de luz e de água e receber as informações ne cessárias nos casos omissos ou duvidosos (CDC e norma NB-578 da ABNT, de julho de 1989). Uma vez de posse desses documentos, o consumidor torna-se responsável pelo uso e manutenção correta do imóvel. Caso não siga as instruções recebidas e disso decorrer algum dano ao imóvel, ele não poderá reclamar disso, já que o usou indevidamente. Um exemplo disso é furar uma parede por onde passa um cano de água, constante da planta do prédio recebida pelo consumidor. Porém, se a planta estiver incorreta e o cano não passar pelo local indicado, a responsabilidade é do cons- trutor, que forneceu a informação errada. Por outro lado, recomenda-se que as modificações ou reformas de grande monta (instalações hidráulicas, por exemplo) que Instituto Monitor 121/33 irão ser efetuadas após a entrega do imóvel ao usuário também integrem o rol dos docu- mentos citados, com a discriminação de seu responsável, preferencialmente com a análise prévia do engenheiro ou construtor do imó- vel, a fim de assegurar que as modificações pleiteadas não interfiram ou prejudiquem o mesmo. De acordo com o art. 17 do CDC, equi- param-se aos consumidores todas as vítimas do evento. Isto quer dizer que, se alguém es- tiver passando na rua e for vítima de algum material caído da obra, deve ser indenizado, independentemente da culpa do construtor e como se fosse um consumidor. 1.2Medidas Cautelares de Produção Antecipada de Provas As medidas cautelares são um procedi- mento técnico/jurídico e estão previstas no art. 796 e seguintes do Código de Processo Civil. A medida cautelar de produção antecipa- da de provas tem por finalidade colher as pro- vas de causas ou conseqüências provenientes de vícios ou defeitos na construção que porventura irão instruir uma ação principal (de “indenização” ou “obrigação de fazer”), evitando que, no decorrer dessa ação princi- pal, que normalmente é muito demorada, as provas desapareçam, ou sejam alteradas. Vistorias em imóveis vizinhos à obra que se irá iniciar nas imediações (não há neces- sidade de ser vizinho do imóvel ao lado, no caso de cravação de estacas, por exemplo) correspondem a casos muito comuns de produção antecipada de provas envolvendo danos às construções. Ao construtor interessa provar a pré- existência de anomalias (trincas, vazamen tos, descolamentos de argamassa, desali nhamento ou inclinações de muros divisórios, etc.) nos imóveis lindeiros9 ao início da obra, para que não possa vir a ser responsabilizado como seu causador. Ao vizinho interessa provar a inexis- tência de anomalias (trincas, vazamentos, telhas quebradas, salpicos em pisos e pare- des externas, recalques diferenciais), enfim, o estado físico de seu imóvel, de forma que se possa presumir a culpa do construtor no caso de aparecimento de novos problemas, ou agravamento dos existentes. Nesses casos, a produção antecipada de provas pode ser feita em caráter amigável, não-judicial, sendo feita de comum acordo por perito(s) contratado(s) pelas partes que elabora(m) laudo único, também assinado pelas partes. Em casos urgentes, em que uma das partes se recusa a assinar, pode ser adotada a vistoria por uma só das partes, constituindo laudo individual averbado imediatamente no Registro de Títulos e Documentos, na forma prevista na norma de Perícias do IBAPE/SP. Esses laudos, ainda que amigáveis, passam a constituir instrumento jurídico, perfeitamente aceito como peça documental em eventual ação judicial. Outro caso muito comum de produção antecipada de provas ocorre quando uma parte move ação para identificar o causador de danos em sua propriedade, que depois se transforma na ação principal de execução (cobrança). Caso típico é o de ação movida por dano de apartamento atingido por vaza- mento “vindo de cima”, onde podem ser réus os proprietários dos apartamentos superiores ou o próprio condomínio (vazamentos nas colunas ou ramais de distribuição). Trecho extraído integralmente do ABC do Condomí- nio, editado pelo PROCON e o Governo do Estado de São Paulo. 9. Lindeiro: Relativo a linda ou limite; limítrofe. Instituto Monitor 121/34 1.3 Código de Defesa do Consumidor para o Loteamento O que você precisa saber antes, durante e depois de comprar um lote? Quais são os documentos necessários? Que cuidados você deve tomar para não ser enganado? Esta cartilha, elaborada em linguagem simples, traz esclare- cimentos e apoio ao consumidor. Explica todos os passos que se deve dar na compra de um lote: desde a localização e a verificação da infra-estrutura, até a leitura e assinatura do contrato. Outros exemplares desta cartilha podem ser solicitados nos postos de atendimento do Procon, que está pronto para atendê-lo no caso de dúvidas ou problemas na compra de lotes. Anotações/dicas Instituto Monitor 121/35 Instituto Monitor 121/36 Instituto Monitor 121/37 Instituto Monitor 121/38 Instituto Monitor 121/39 Instituto Monitor 121/40 Instituto Monitor 121/41 Instituto Monitor 121/42 Instituto Monitor 121/43 Instituto Monitor 121/44 Instituto Monitor 121/45 Instituto Monitor 121/46 Instituto Monitor 121/47 Instituto Monitor 121/48 Instituto Monitor 121/49 Instituto Monitor 121/50 Os Direitos do Consumidor ✓ Direito ao consumo: acesso a bens e servi- ços básicos. ✓ Direito à segurança: garantia contra pro- dutos ou serviços que possam ser nocivos à vida ou à saúde. ✓ Direito à escolha: opção entre vários pro- dutos e serviços com qualidade satisfatória e preços competitivos. ✓ Direito à informação: conhecimento dos dados indispensáveis sobre produtos ou serviços para uma decisão consciente. ✓ Direito a ser ouvido: os interesses dos consumidores devem ser levados em conta no planejamento e execução de políticas econômicas. ✓ Direito à indenização: reparação finan- ceira por danos causados por produtos ou serviços. ✓ Direito à educação para o consumo: meios para o cidadão exercitar conscientemente sua função no mercado. ✓ Direito a um meio ambiente saudável: de- fesa do equilíbrio ecológico para melhorar a qualidade de vida agora e preservá-la para o futuro. Esta cartilha foi reeditada pela Secre- taria da Justiça e da Defesa da Cida- dania, órgão do Governo de São Paulo, sob a responsabilidade da Coordena- doria de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon. Março de 1993 Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania: Manuel Alceu Affonso Ferreira Coordenador do Procon: Marcelo Gomes Sodré Equipe Técnica: Ana Thereza Cardoso, Betty Gindler, Carlos Eduardo Cervi, Dante S. Kimura, Elisete Miyazaki, Mariângela Sarrubbo, Maria Regina Bucco, Sônia Amaro, Sandra Castro. Edição: Admond Bem Meir, José Carlos Torres, Marcy Sarmento, Monica Mortara, Suely Actum e Ximena Contrera. Jornalista Responsável: Sílvia Jabbur - MTb. 17.244 1.4 Lei 6.766, de 19 de Dezembro de 1979 Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. Art. 1º O parcelamento do solo para fins ur- ba nos será regido por esta Lei. Parágrafo único: Os Estados, o Distrito Fede ral e os Municípios poderão estabelecer nor mas complementares relativas ao par ce - - la men to do solo municipal para adequar o previsto nesta Lei às peculiaridades regio- nais e locais. CAPÍTULO I Disposições Preliminares Art. 2º O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmem bramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. § 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. § 2º - considera-se desmembramento a subdi visão de gleba em lotes destinados a edifica ção, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públi- cos, nem no prolongamento, modificação ou amplicação dos já existentes. § 4º - Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões aten- dam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe. § 5º - Consideram-se infra-estrutura básica os equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário e abastecimento de água potável, e de energia elétrica pública e domi- ciliar e as vias de circulação pavimenta das ou não. § 6º - A infra-estrutura básica dos parcela- mentos situados nas zonas habitacionais Instituto Monitor 121/51 declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de: I - vias de circulação; II - escoamento das águas pluviais; III - rede para o abastecimento de água potá vel; e IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar. Art. 3º Somente será admitido o parcelamen- to do solo para fins urbanos em zonas urba- nas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas
Compartilhar