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IPUC – Departamento de Competência de Sistemas Digitais Disciplinas: Sistemas Digitais (todas) Cursos: Engenharia Eletrônica e de Telecomunicação Engenharia de Controle e Automação Data: 25/09/02 Prof. : Denny D. Collina Orientações para a montagem de circuitos em protoboard. 01. Desenhar o diagrama elétrico do circuito que vai ser montado. O diagrama deve ser apresentado de forma clara, bem organizada, para que permita a fácil leitura e compreensão do circuito o qual representa. Como estamos trabalhando com circuitos lógicos, o diagrama elétrico também é conhecido como di- agrama lógico ou diagrama de portas. X Y W B2B1A0A1 1 2 3 U5A 5 6 4 U5B L2 10 9 8 U2C L3 1 2 8 9 U4B 9 10 11 8 U3C 4 5 6 U2B L1 3 3 5 6 U4A 3 4 5 6 U3B 1 2 13 12 U3A 1 2 3 U2A 9 8 U1D 5 6 U1C 3 4 U1B 1 2 U1A Figura 1- Exemplo de um diagrama lógico. 01.1 Identificar quais os circuitos integrados e demais componentes utilizados. Numere todos os componentes de um mesmo tipo, por exemplo: um circuito hipotético a ser montado utilizará 5 CI's, 2 chips 7400, e 3 chips 7432. A numeração deverá ser feita seqüencialmente de 1 a 5 (CI1 a CI5 ou U1 a U5) e não numerando por tipos de CI's (7432-1, a 7432-3). OBS.: No momento de implementar a simulação do circuito utilizando o Circuit Maker, faça a seleção dos componentes coincidindo com os aqueles que utilizará na montagem real. Por exemplo se você deseja uma porta AND de 2 entradas, você terá como opções o chip 74LS08 (TTL) ou o chip 4081(CMOS). 22 01.2 Inserir a pinagem dos chips. No diagrama elétrico, todos os CI's devem ter os números do pinos apresentados para facilitar a montagem do circuito. Um diagrama com este tipo de informação evita que se tenha de fazer a con- sulta ao databook durante o processo de montagem, o que, normalmente, gera erros e atrasa o pro- cesso. OBS.: O simulador Circuit Maker faz automaticamente a numeração dos componentes assim como permite exibir a pinagem. Para habilitar esta última função, basta clicar em Options ® Circuit Display Data ® Show Pin Numbers. Veja a Figura 2. Figura 2 - Selecionando o modo de exibição da pinagem no Circuit Maker. 01.3 Identificar as entradas e saídas do circuito. Chaves, leds , sensores e quaisquer outras entradas e saídas devem ser claramente identificadas. OBS.: Caso queira alterar a identificação de um componente feita automaticamente pelo Circuit Maker, basta posicionar o cursor sobre o componente, pressionar o botão direito do mouse e selecio- nar a opção Edit Device Data. 02. Confeccionar uma lista com todos os componentes que serão utilizados na monta- gem. Com esta lista pode-se, então, promover o levantamento de preços e a aquisição do material. OBS.: O Circuit Maker gera a lista dos componentes utilizados na simulação, basta clicar no menu File ® Bill of Materials. 03. Dispor os circuitos integrados no protoboard de forma organizada. Posicionar os chips com a mesma orientação (do pino 1) e distribuídos de forma a permitir que haja algum espaço entre eles. + 1 5 V + 5 V c o m u m - 1 5 V A B C D E F G H Figura 3 - Exemplo de ligações em um protoboard. 04. Seqüência de ligações. Não existe uma regra obrigatória a ser seguida neste caso, mas a prática recomenda a seguinte se- qüência: 33 q alimentação: VCC e GND de todos os circuitos integrados; q entradas das portas; q saídas das portas. A seqüência de ligações entradas/saídas deve ser feita de forma organizada para diminuir a possibi- lidade de se efetuar conexões incorretas ou de se esquecer alguma conexão. Neste sentido, é inte- ressante tomar como base o diagrama elétrico (veja a Figura 1) e efetuar as ligações, por exemplo, varrendo o diagrama da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim deve-se primeiro ligar as entradas da porta (ou chip) posicionado mais a esquerda, em seguida a ligação de sua saída para a entrada de outra porta, se houver, e prosseguindo até chegar a conexão da saída correspondente. Veja a Figura 4. X B2B1A0A1 L1 3 3 5 6 U4A 3 4 5 6 U3B 1 2 13 12 U3A 1 2 3 U2A 9 8 U1D 5 6 U1C 3 4 U1B 1 2 U1A Figura 4 - Exemplo de seqüência de ligações. 05. Os fios utilizados na montagem. É interessante utilizar fios de várias cores para efetuar a montagem. Um padronização de cores faci- litar principalmente o processo de conferência. Por exemplo, fios vermelhos para VCC e pretos para GND, azuis para entrada "A", etc. Os fios devem ser decapados em aproximadamente 5mm. Se a decapagem for muito maior que isto, teremos uma porção decapada do fio para fora do ponto de conexão, o que implica em um ponto propício a causar curto entre as conexões próximas. Se, ao contrário, a decapagem for muito menor que e o sugerido, corre-se o risco de não haver uma boa conexão do fio no contato interno do proto- board e a conseqüente geração de mau contato. 05.1 O comprimento e o posicionamento dos fios. Deve-se dar especial atenção ao comprimento dos fios. Uma montagem com fios muito grandes ten- de a ficar desorganizada, pois à medida que aumenta o número de fios, o conjunto tende a ficar pa- recido com um "novelo". Por isso deve-se utilizar fios do tamanho necessário para efetuar a ligação e, ainda, não se deve passar os fios por cima dos chips. Deve-se dobrar os fios para as partes infe- rior, superior ou laterais do protoboard. Reforçando o que exposto acima, deve-se ainda, utilizar primeiro os pontos de conexão mais distan- tes do chip, com a intenção de deixar uma área livre nas proximidades dos terminais para permitir o fácil acesso, seja para o monitoramento com a ponta lógica, assim como na possibilidade de ter de retirar o chip. Veja as ligações coloridas da Figura 3. 06. Promover a conferência de todas as ligações. Antes de energizar o circuito é essencial efetuar a conferência das ligações feitas. O ideal é que se confira todas. No entanto, pode-se efetuar uma conferência rápida verificando apenas o posiciona- mento dos chips, as ligações de VCC e GND e as ligações das saídas das portos (ou circuitos). 44 07. Energização do circuito. Caso esteja utilizando uma fonte de tensão variável, deve-se proceder o ajuste da tensão para o va- lor especificado para o tipo de chip, utilizando para tal um voltímetro confiável. A família CMOS tem tensões de trabalho que vão de 3V a 18V. Já a família TTL trabalha com 5V ± 5%. Ao energizar o circuito deve-se observar se não há nenhum chips aquecendo-se. Caso ocorra isto pode ser causado pela inversão do chip, curto na ligação de uma de suas saídas ou, por mais absur- do que pareça, a montagem com o chip errado.
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