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LEGISLAÇÃO MPU

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1 
 
 
RESUMOS 
 
PROF. JOÃO TRINDADE 
* Bacharel em Ciências Jurídicas pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) 
* Professor de Direito Constitucional do GranCursos 
* Técnico Administrativo do MPU, lotado na Procuradoria Geral da República, como assessor jurídico de Subprocurador-Geral da 
República (atuação na matéria criminal perante STF e STJ) 
* Pós-graduando em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) 
* Membro do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional (IBDC) 
* Ex-professor da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) 
* Colaborador permanente do site Jus Navigandi 
* Autor das obras: 
a) pela Editora GranCursos: “Roteiro de Direito Constitucional”, “Lei nº 8.112/90 Comentada Artigo por Artigo” e “Legislação 
Aplicada ao MPU” 
b) pela Editora JusPodivm: “Servidor Público” e “Processo Administrativo” (ambos da coleção “Leis Especiais para Concursos” 
 
OBS: Estes resumos se baseiam nos livros “Legislação Aplicada ao MPU” e “Roteiro de Direito Constitucional”, ambos de nossa autoria 
 
I – FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA E BASE CONSTITUCIONAL DO MPU 
 
1. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
 
 São instituições, públicas ou privadas, que atuam perante o Judiciário, mas a ele não pertencem. São funções essenciais à Justiça a 
advocacia pública, a advocacia (privada), o Ministério Público e a Defensoria Pública. 
 Quadro-resumo: 
 
Função Natureza Vinculação Objetivos Estrutura Chefia 
MP Pública Não há (instituição 
autônoma, segundo a 
doutrina majoritária)1 
Defender: 
1) ordenamento jurídico; 2) regime 
democrático; 3) interesses sociais e 
individuais indisponíveis 
MPU (MPF, MPM, MPT e 
MPDFT) e MPE's 
Procurador-Geral da 
República (MPU) e 
Procuradores-Gerais de 
Justiças (MPE's) 
Defensoria Pública Executivo2 Prestar assistência jurídica3 aos 
necessitados 
DPU 
DP do DF 
DPE's 
Defensor-Público-Geral 
da União (DPU) e 
Defensores-Públicos-
Gerais dos Estados 
(DPE's) 
Advocacia 
Pública 
Pública Executivo Defender o poder público em juízo e 
prestar consultoria jurídica ao 
Executivo 
- AGU (Advogados da União, 
Procuradores Federais e 
Procuradores da Fazenda 
Nacional4) 
- Procuradorias dos Estados e 
do DF 
- Procuradorias Municipais 
- Advogado-Geral da 
União (AGU) 
- Procurador-Geral do 
Estado (PGE) 
- Procurador-Geral do 
Município (PGM) 
Advocacia 
privada 
Privada Não há (ADIn 3026/DF) Prestar assistência jurídica aos 
particulares 
OAB: 
- Conselho Federal 
- Seccionais 
Presidente do Conselho 
Federal 
 
1 Posição constitucional do MPU: há divergência doutrinária, e o STF evitou posicionar-se sobre o assunto. Há três correntes: 1) o MP seria ainda vinculado ao 
Executivo (José Afonso da Silva); 2) MP seria um 4º Poder (Michel Temer); 3) o MP é uma instituição autônoma, não vinculada a nenhum dos três poderes, mas 
sem configurar um quarto poder (Alexandre de Moraes, Pedro Lenza, Hugo Nigro Mazzilli, Emerson Garcia). Prevalece a terceira corrente. Há alguns 
argumentos para isso: a) a CF fala que o MP é instituição autônoma (art. 127, caput); b) não está tratada no capítulo do Executivo (arts. 76 a 91); c) seus 
membros possuem independência funcional (CF, art. 127, §1º, e LC 75/93, art. 4º); d) a instituição possui autonomia funcional, administrativa, financeira e 
orçamentária (CF, art. 127, §§2º e seguintes; LC 75/93, arts. 22 e 23); e) o PGR (chefe do MPU) é escolhido pelo Presidente da República, mas com aprovação 
da maioria absoluta do Senado, para mandato de dois anos, só podendo ser destituído também com aprovação da maioria absoluta do Senado (CF, art. 127, §§ 1º 
e 3º, e LC 75/93, art. 26); f) o MPU possui iniciativa legislativa, por meio do PGR, para os projetos sobre sua estrutura e funcionamento (CF, art. 128, §5º); g) 
segundo a CF, o MPU exerce o controle externo da atividade policial, o que denota não ser vinculado ao Executivo (CF, art. 129, VII, e LC 75/93, art. 9º). Essa 
é a posição cobrada em provas mais recentes (Cespe/MRE/Oficial de Chancelaria/2006; Esaf/PGDF/Procurador/2007; FCC/MPE-RS/Técnico/2008). 
2 Após a EC 45/04, as Defensorias Públicas Estaduais passaram a ter autonomia financeira e orçamentária, funcional e administrativa (CF, art. 134, §2º). Alguns 
autores defendem, então, que as DPE's não estariam mais vinculadas ao Executivo (mas DPU e DPDF, sim). O STF, julgando a ADIn nº 3.569/DF, Pleno, 
Relator Sepúlveda Pertence, declarou inconstitucional lei do Estado de Pernambuco que vinculava a DPE à Secretaria de Justiça, mas não afirmou 
expressamente que a DPE é desvinculada do Executivo. 
3 Assistência jurídica, que abrange, também, mas não só, a assistência judiciária. 
4 A AGU (advocacia pública na esfera federal) é a única que se divide, internamente, em três carreiras. 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU 
2 
2. MPU 
 
2.1. Natureza: 
 Função essencial à Justiça. Instituição autônoma, permanente, estruturada para defender o ordenamento jurídico, o regime democrático e 
os interesses sociais (em sentido amplo) e os individuais indisponíveis. 
 
2.2. Princípios institucionais 
 São normas abstratas e gerais que regem a estruturação do MPU. 
 
 2.2.1. Unidade 
 
 Nas palavras de Paulo Cezar Pinheiro Carneiro, o princípio da unidade significa que “o Ministério Público constitui-se de um só 
organismo, uma única Instituição. Quando um membro do Parquet atua, quem na realidade está atuando é o próprio Ministério Público”5. 
 No âmbito do Ministério Público, a unidade significa que as divisões meramente internas não afetam o caráter uno da instituição. Em 
outras palavras, o Ministério Público (da União) é um só, embora se divida (internamente) em quatro ramos (Ministério Público Federal, Militar, 
do Trabalho e do Distrito Federal e Territórios). Claro que existem, como instituições diferentes, o MPU e os Ministérios Público estaduais. Mas, 
em cada um desses âmbitos, o MP atua como uma só instituição. Eventuais repartições internas não o desnaturam como uma instituição única. 
 É por isso, por exemplo, que o concurso para servidor do MPU é um só: não há concurso para servidor do MPT somente, nem do 
MPDFT apenas. Faz-se o concurso para o MPU, e é possível ser lotado em qualquer um dos quatro ramos. A carreira de servidor do MPU é una 
(Lei nº 11.415/06, art. 1º, caput). Mas atenção: essa unidade de carreira se refere apenas aos servidores. As carreiras de membro são separadas 
entre si, com concursos distintos e provimento autônomo. Assim, existe uma só carreira de servidor do MPU, mas carreiras distintas para membro 
do MPF, do MPT, do MPM e do MPDFT. Nesse sentido, o art. 32 da Lei Complementar nº 75/93 assim dispõe: “As carreiras [dos membros] dos 
diferentes ramos do Ministério Público da União são independentes entre si, tendo cada uma delas organização própria, na forma desta lei 
complementar”. 
 É também por conta desse princípio que uma causa iniciada, na primeira instância, pelo MP estadual, pode ser objeto de recurso, na 
instância superior, pelo MPU: todos atuam em nome do Ministério Público, seja como parte ou na condição de fiscal da lei (custos legis). 
Sobre o tema, confiram-se alguns precedentes: 
 
 “O Ministério Público nacional é uno [art. 128, I e II, da Constituição do Brasil], compondo-se do 
Ministério Público da União e dos Ministérios Públicos dos Estados. No exercício das atribuições previstas nos 
artigos 109, § 3º da Constituição e 78 e 79 da LC n. 75/93, o Ministério Público estadual cumpre papel do 
Ministério Público Federal.”6. 
 
 “O ato processual de oferecimento da denúncia, praticado, em foro incompetente, por um representante, 
prescinde, para ser válido e eficaz, de ratificação por outro do mesmo grau funcional e do mesmo Ministério 
Público, apenas lotado em foro diversoe competente, porque o foi em nome da instituição, que é una e 
indivisível.”7. 
 
 2.2.2. Indivisibilidade 
 
 De acordo com o princípio da indivisibilidade, quando um membro do MPU atua no processo, faz isso em nome de toda a instituição: o 
Ministério Público atuou naquele processo. Justamente por isso, não pode um membro que eventualmente suceda outro no procedimento tentar 
“desfazer” o que o antecessor fez. Além de provavelmente já ter havido preclusão (fenômeno processual que impede “voltar atrás” nas fases do 
processo), seria um contra-senso o mesmo MP tomar atitudes distintas quanto ao mesmo ato, no mesmo momento processual. 
 A principal conseqüência prática do princípio da indivisibilidade é a possibilidade de os membros do MPU poderem se substituir uns aos 
outros no curso do processo, sem que isso cause nulidade processual (obviamente, desde que respeitados requisitos legais de substituição, como 
identidade de carreiras e grau de atribuição, por exemplo). Dessa forma, por exemplo: um processo cujo parecer foi exarado por um membro do 
MP pode ter sustentação oral, no julgamento, feita por outro membro (é, aliás, o que geralmente acontece). Perceba-se que tal substituição seria 
impossível em relação aos membros do Judiciário: se um juiz realizou a audiência de instrução, deverá ser o mesmo a julgar o processo (princípio 
da identidade física do juiz), a não ser que estivesse absolutamente impedido. No MP, pode um membro realizar sustentação oral em processo com 
parecer exarado por outro membro, em virtude de mera alteração de escala; tal proceder está calcado no princípio da indivisibilidade. 
 Aliás, é em virtude da existência do princípio constitucional da indivisibilidade que o STF considera, atualmente, que o Brasil não adota 
o princípio do promotor natural (segundo o qual o réu teria o direito de ser acusado sempre pelo mesmo membro do MP). Na doutrina, a maioria 
dos autores defende tal princípio. O próprio STF já chegou a sustentá-lo, em 1993, mas voltou atrás e, em 2008, consignou com todas as letras que 
o Brasil não adota tal preceito. 
 Nesse sentido: “DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL. 
INEXISTÊNCIA (PRECEDENTES). AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA NO STJ. INQUÉRITO JUDICIAL DO TRF. DENEGAÇÃO. 1. Trata-se 
de habeas corpus impetrado contra julgamento da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça que recebeu denúncia contra o paciente como 
incurso nas sanções do art. 333, do Código Penal. 2. Tese de nulidade do procedimento que tramitou perante o TRF da 3ª Região sob o 
fundamento da violação do princípio do promotor natural, o que representaria. 3. O STF não reconhece o postulado do promotor natural como 
inerente ao direito brasileiro (HC 67.759, Pleno, DJ 01.07.1993): "Posição dos Ministros CELSO DE MELLO (Relator), SEPÚLVEDA 
PERTENCE, MARCO AURÉLIO e CARLOS VELLOSO: Divergência, apenas, quanto à aplicabilidade imediata do princípio do Promotor 
Natural: necessidade de "interpositio legislatoris" para efeito de atuação do princípio (Ministro CELSO DE MELLO); incidência do postulado, 
independentemente de intermediação legislativa (Ministros SEPÚLVEDA PERTENCE, MARCO AURÉLIO e CARLOS VELLOSO). - 
Reconhecimento da possibilidade de instituição de princípio do Promotor Natural mediante lei (Ministro SIDNEY SANCHES). - Posição de 
expressa rejeição à existência desse princípio consignada nos votos dos Ministros PAULO BROSSARD, OCTAVIO GALLOTTI, NÉRI DA 
SILVEIRA e MOREIRA ALVES". 4. Tal orientação foi mais recentemente confirmada no HC n° 84.468/ES (rel. Min. Cezar Peluso, 1ª 
Turma, DJ 20.02.2006). Não há que se cogitar da existência do princípio do promotor natural no ordenamento jurídico brasileiro.” (STF, 
2ª Turma, HC 90.277/DF, Relatora Ministra Ellen Gracie, DJE de 1º.08.2008). 
 Tal matéria já foi, inclusive, cobrada em prova de concurso: ESAF/MPU/Analista Administrativo/2004, quando se pedia um 
 
5 CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. O Ministério Público no processo civil e penal, p. 43. Rio de Janeiro: Forense, 1994. 
6 STF, Pleno, MS 26.690, Relator Ministro Eros Grau, DJE de 19.12.2008. 
7 STF, 2ª Turma, HC 85.137, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ de 28.10.2005. 
3 
princípio que não era aplicável ao Ministério Público, a resposta oficial foi a letra “d”: princípio do promotor natural. 
 No mesmo sentido, a doutrina reconhece que “a Corte Suprema, por maioria de votos, refutou a tese do princípio do promotor 
natural no ordenamento jurídico brasileiro (HC 67.759/RJ, DJU de 1º.7.93), orientação essa confirmada, posteriormente, na apreciação 
do HC 84.468/ES (DJU de 20.2.2006) e de outros acórdãos mais recentes”8. 
 
 2.2.3. Independência funcional 
 
 Os membros do MPU possuem independência funcional, isto é: no exercício de seu mister, de suas atribuições, não se submetem a quem 
quer que seja; não recebem ordens de qualquer autoridade; podem atuar de forma livre, de acordo com a lei e com a própria consciência. 
 Na verdade, o Ministério Público goza de diversas garantias de independência, tanto garantias da própria instituição (garantias 
institucionais, como a autonomia administrativa e orçamentária9) quanto dos membros que a compõem (garantias e prerrogativas previstas no art. 
95, caput, da Constituição, e nos arts. 17 e 18 da LC 75/93). Ambas visam a assegurar a impessoalidade com que deve ser exercida a função 
ministerial. 
 No Ministério Público, o desenho institucional é amplamente diferenciado, com relação aos membros, se comparado com a hierarquia 
existente na Administração Pública. O membro do MP age vinculado apenas a seu entendimento e à lei; não há hierarquia entre membros do MP 
(no exercício da atividade-fim), e ninguém pode ser obrigado a tomar esta ou aquela atitude. 
 Enquanto, na Administração Pública, existe e vigora o princípio da obediência hierárquica, no Ministério Público, a regra que impera 
entre os membros é a independência funcional: estão vinculados apenas à lei e à consciência. Os membros e órgãos do Ministério Público não 
precisam obedecer uns aos outros. 
 Isso não significa que não exista hierarquia, mas essa é restrita à função administrativa, atípica. 
 Nesse sentido já decidiu o STJ: “o órgão do Ministério Público é livre para oficiar fundamentadamente de acordo com a sua 
consciência e a lei, não estando adstrito, em qualquer hipótese, à orientação de quem quer que seja”10. 
 
2.3. FUNÇÕES INSTITUCIONAIS 
 
 São as tarefas atribuídas ao Ministério Público pela Constituição e pelas Leis (CF, art. 129; LC 75/93, arts. 5º – funções institucionais 
propriamente ditas – e 6º – instrumentos de atuação). 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL: ART. 129: 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
 I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei11; 
 II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos 
assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; 
 III - promover o inquérito civil12 e a ação civil pública13, para a proteção do patrimônio público e social, 
do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos14; 
 IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e 
dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; 
 V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas15; 
 VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando 
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva16; 
 VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no 
 
8 ZENCKER, Marcelo; ALVES, Leonardo Barreto Moreira. Ministério Público, p. 18. Salvador: JusPodivm, 2009. 
9Podemos citar também como garantia institucional do Ministério Público a iniciativa legislativa concorrente atribuída ao Presidente da República e ao 
Procurador-Geral da República, para os projetos de lei que tratem sobre a organização e funcionamento do Ministério Público da União (CF, art. 61, § 1º, II, d, 
c/c art. 128, § 5º). 
10 STJ: Quinta Turma, HC 29.914/MS, Relatora Ministra Laurita Vaz, DJU de 29.11.2004, p. 356. 
11 A ação penal pode ser pública (movida pelo Ministério Público), ou privada (movida pela vítima ou família da vítima). A iniciativa da ação penal pública é 
privativa do MP, ou seja, só pode ser feita pelo MP, por meio de um ato formal de acusação chamado de denúncia. Se o MP, ao receber o inquérito (policial, ou 
da CPI), nada fizer no prazo definido no CPP (nem oferecer a denúncia, nem pedir o arquivamento, nem solicitar novas diligências), a vítima/família da vítima 
pode mover ação penal privada subsidiária da pública, oferecendo queixa substitutiva da denúncia. Por isso, a atribuição do inciso I é privativa. 
12 Inquérito civil é investigação prévia para instaurar Ação Civil Pública (ACP). Só quem pode instaurar é o MP (art. 8º, §1º, da Lei nº 7.347/85). A atribuição para 
promover ACP é CONCORRENTE, mas para o Inquérito Civil é EXCLUSIVA. OBS: MP não pode ingressar com ação popular (só o cidadão: CF, art. 5º, 
LXXIII). 
13 Ação civil pública (Lei nº 7.374/85): ação coletiva movida para defender direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos. Art. 5º da referida Lei: “Têm 
legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). I - o Ministério Público; II - a Defensoria Pública; 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; V - a associação 
que, concomitantemente: a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao 
meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico”. 
14 Para a prova de Analista Processual, é preciso diferenciar os direitos coletivos lato sensu (coletivos em sentido estrito e difusos), dos individuais homogêneos. 
direitos individuais homogêneos: são direitos de titularidade individual, mas que podem ser defendidos em conjunto, por meio de uma só ação judicial que 
tutele coletivamente todos os direitos individuais das pessoas envolvidas. Ex: várias pessoas foram lesadas por um produto defeituoso comercializado por uma 
loja: cada uma tem direito a receber uma indenização (direito individual), mas tal pedido pode ser tutelado, em juízo, por meio de uma só ação civil coletiva, 
que proteja, de uma só vez, todos os consumidores incluídos na mesma situação fática. Esse é um direito individual homogêneo (= direito individual que pode 
ser protegido coletivamente). Sobre o tema, Teori Zavascki ensina: “(...) os direitos individuais homogêneos são (...) um conjunto de direitos 
subjetivos individuais ligados entre si por uma relação de afinidade, de semelhança, de homogeneidade, o que permite a defesa coletiva de todos eles” 
(ZAVASCKI, Teori Albino. Processo Coletivo, p. 42. São Paulo: RT, 2007). Cf. art. 81 do CDC: “(...) interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para 
efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II - 
interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou 
classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos 
os decorrentes de origem comum”. 
15 Atribuição do MPF. 
16 Art. 7º da LC 75/93: “Incumbe ao Ministério Público da União, sempre que necessário ao exercício de suas funções institucionais: I - instaurar inquérito civil e 
outros procedimentos administrativos correlatos; II - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial e de inquérito policial militar, 
podendo acompanhá-los e apresentar provas; III - requisitar à autoridade competente a instauração de procedimentos administrativos, ressalvados os de 
natureza disciplinar, podendo acompanhá-los e produzir provas”. 
4 
artigo anterior17; 
 VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os 
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; 
 IX - exercer outras funções18 que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, 
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas19. 
 
2.4. GARANTIAS 
 
 2.4.1. Vitaliciedade (CF, art. 128, §5º, I, a, e LC 75/93, art. 17, I) 
 
 Direito do membro do MPU de, após dois anos de efetivo exercício, só perder o cargo em uma hipótese: sentença judicial transitada em 
julgado. 
 
 Estabilidade Vitaliciedade 
Aplicação Servidores públicos efetivos Membros do Judiciário, do MP e dos 
Tribunais de Contas 
Prazo para aquisição Três anos Dois anos 
Perda do cargo 1) Sentença judicial transitada em julgado; 2) PAD; 3) Processo de avaliação 
periódica de desempenho (CF, art. 41, §1º); 4) Contenção de gastos com pessoal 
(CF, art. 169, §4º) 
Sentença judicial transitada em 
julgado 
 
 OBS: estágio probatório dos servidores é de três anos, revogado tacitamente o art. 20, caput, da Lei nº 8.112/90 (EC 19/98; STF, STA nº 
269 e 290, relator Gilmar Mendes; STJ, MS nº 12.523/DF, 3ª Seção, Relator Felix Fischer). O estágio probatório dos membros ainda é de dois 
anos (LC 75/93, art. 197). 
 
 2.4.2. Inamovibilidade 
 
 O membro do MPU não pode ser removido ex officio, salvo duas hipóteses: 
 1) Por motivo de interesse público, por decisão da maioria absoluta do Conselho Superior do ramo ao qual pertence (CSMPF, CSMPT, 
CSMPM, CSMPDFT) – CF, art. 128, §5º, I, b, que revogou tacitamente o art. 17, II, da LC 75/93. 
 2) Por motivo disciplinar, por decisão da maioria absoluta do CNMP (CF, art. 130-A, §2º, III). 
 
 2.4.3. Irredutibilidade de subsídios 
 
 Não está prevista na LC 75/93 (art. 17, III), mas é garantida constitucionalmente (CF, art. 128, §5º, I, c). 
 
2.5. VEDAÇÕES (CF, art. 128, §5º, II, na redação da EC 45/04; LC 75/93, art. 237, parcialmente revogado pela EC 45/04) 
 
 O membro do MPU não pode: 
 
 1) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; 
 2) exercer a advocacia20; 
 3) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
 4) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério21; 
 5) exercer atividade político-partidária22; 
 6) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as 
exceções previstas em lei; 
 7) mesmo depois de aposentado/exonerado, exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do 
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (CF, art. 95, parágrafo único, V, c/c art. 128, §6º). 
 
2.6. PRERROGATIVAS (LC 75/93, art. 18) 
 
 Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União: 
 I - institucionais: 
 a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos juízes singulares ou presidentes dos órgãos judiciários perante os quais 
 
17 LC 75/93, art. 9º: “O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade policial por meio de medidas judiciais e extrajudiciais podendo: I - 
ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou prisionais; II - ter acessoa quaisquer documentos relativos à atividade-fim policial; III - representar à 
autoridade competente pela adoção de providências para sanar a omissão indevida, ou para prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder; IV - requisitar 
à autoridade competente para instauração de inquérito policial sobre a omissão ou fato ilícito ocorrido no exercício da atividade policial; V - promover a ação 
penal por abuso de poder”. 
18 Trata-se de rol meramente exemplificativo. 
19 O MP NÃO PODE fazer a defesa judicial ou consultoria jurídica de entidades públicas, pois isso é atribuição da advocacia pública. 
20 Há que se ter cuidado que há uma regra de transição: alguns membros do MP podem advogar (os que ingressaram na carreira antes de 1988 e optaram pelo 
regime anterior: “Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do Ministério Público admitido antes da promulgação 
da Constituição, observando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data desta” (ADCT, art. 29, §3º). 
21 O STF já julgou que o membro do Judiciário (e também os do MP) podem ter mais de uma função de magistério, desde que haja compatibilidade de horários. 
22 Essa vedação, que após a EC 45/04 se tornou absoluta, traz grandes discussões. Temos, aqui, que separar os membros em três “categorias”: 1) os que entraram 
antes de 1988 e optaram pelo regime jurídico anterior (ADCT, art. 29, §3º) podem exercer tal atividade, desde que tirem licença; 2) os que entraram após a EC 
45/04 não podem exercer qualquer atividade político-partidária: precisam se aposentar ou pedir exoneração; 3) a dúvida é: e os que entraram depois de 1988 e 
antes da EC 45/04? O TSE entendia que não podiam exercer qualquer atividade, mas há julgados recentes em contrário, de modo que não há uma resposta 
formada. 
5 
oficiem; 
 b) usar vestes talares; 
 c) ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou privado, respeitada a garantia constitucional da 
inviolabilidade do domicílio; 
 d) a prioridade em qualquer serviço de transporte ou comunicação, público ou privado, no território nacional, quando em serviço de 
caráter urgente; 
 e) o porte de arma, independentemente de autorização; 
 f) carteira de identidade especial, de acordo com modelo aprovado pelo Procurador-Geral da República e por ele expedida, nela se 
consignando as prerrogativas constantes do inciso I, alíneas c, d e e do inciso II, alíneas d, e e f, deste artigo; 
 II - processuais: 
 a) do Procurador-Geral da República, ser processado e julgado, nos crimes comuns, pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Senado 
Federal, nos crimes de responsabilidade; 
 b) do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser processado e julgado, nos crimes comuns e de 
responsabilidade, pelo Superior Tribunal de Justiça; 
 c) do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira instância, ser processado e julgado, nos crimes 
comuns e de responsabilidade, pelos Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; 
 d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão de flagrante de crime inafiançável, caso em 
que a autoridade fará imediata comunicação àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade; 
 e) ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito a privacidade e à disposição do tribunal competente 
para o julgamento, quando sujeito a prisão antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que tiver de ser 
cumprida a pena; 
 f) não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste artigo; 
 g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e local previamente ajustados com o magistrado ou a autoridade competente; 
 h) receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de jurisdição nos feitos em que tiver que oficiar. 
 Parágrafo único. Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de infração penal por membro do Ministério Público 
da União, a autoridade policial, civil ou militar, remeterá imediatamente os autos ao Procurador-Geral da República, que designará 
membro do Ministério Público para prosseguimento da apuração do fato. 
 
 Podemos destacar: 
 1) Intimação pessoal: só se considera o MP intimado quando um membro do MP for pessoalmente intimado. 
 2) Depoimento com horário e local previamente ajustados: o membro do MPU tem direito de combinar previamente com o juiz hora e 
local do depoimento. 
 3) Impossibilidade de ser investigado em inquérito policial: o membro do MPU não pode ser investigado pela polícia. Só quem pode 
investigar um membro do MP é outro integrante da carreira (especificamente, o PGR, ou quem receber delegação dele). Se, no curso da 
investigação, houver indícios de que membro do MP cometeu crime, a autoridade policial deverá encaminhar cópia do inquérito para que o PGR 
prossiga na investigação. 
 4) Direito de ser detido somente em caso de flagrante de crime inafiançável. ATENÇÃO: O membro do MPU pode ser preso também em 
virtude de sentença judicial transitada em julgado, com comunicação ao PGR. 
 
2.7. PODER INVESTIGATÓRIO DO MPU 
 
 Segundo a própria Constituição, o Ministério Público pode requisitar informações e documentos para instruir procedimentos 
administrativos. Por outro lado, controverte-se sobre a possibilidade (ou não) de o MP efetuar investigações criminais diretas, independentemente 
da autoridade policial. 
 O MPU não pode determinar a busca e apreensão, nem a quebra do sigilo de dados, nem mesma das comunicações (telefônicas), pois 
tais matérias estão sob reserva de jurisdição. O STF inclusive decidiu que são nulas as provas relativas a quebra de sigilo bancário determinado 
pelo Ministério Público (caso do “Mensalão” – STF, Pleno, Inq 2245, Rel. Min. Joaquim Barbosa). 
 Por outro lado, o MPU pode requisitar documentos de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, as quais não poderão – exceto 
nos casos já listados de reserva de jurisdição – opor sigilo. Se há sigilo, a informação, dado ou documento deverá ser entregue ao membro do 
MPU, que se responsabilizará por manter o segredo. 
 Quanto ao poder investigatório em matéria criminal, tanto o STF quanto o STJ já decidiram que o Ministério Público tem poder 
investigatório, o que deriva de uma interpretação sistemática da Constituição. Não se pode “feudalizar” a investigação, como já afirmou o STJ. 
 Com efeito, se o MP é o titular da ação penal pública, detém o poder de realizar investigações preliminares. Com isso, não quero excluir 
o fundamental trabalho exercido pela Polícia Judiciária, mas é preciso que se reconheça a necessidade e conveniência dessa investigação direta 
pelo Parquet, principalmente quando haja autoridades policiais envolvidas, por exemplo. 
 A jurisprudência pacífica do STJ acolhe tal possibilidade: 
 “Na esteira de precedentes desta Corte, malgrado seja defeso ao Ministério Público presidir o inquérito policial propriamente dito, não 
lhe é vedado, como titular da ação penal, proceder investigações. A ordem jurídica, aliás, confere explicitamente poderes de investigação ao 
Ministério Público - art. 129, incisos VI, VIII, da Constituição Federal, e art. 8º, incisos II e IV, e § 2º, e art. 26 da Lei nº 8.625/1993 
(Precedentes).” (STJ, 5ª Turma, RHC 22.727/GO, Relator Ministro Felix Fischer, DJE de 22.06.2009). No mesmo sentido: STJ, 6ª Turma, AgRg 
no REsp 887.240/MG, Relator Ministro Hamilton Carvalhido. 
 A jurisprudência do STF encaminhou-se em igual sentido, como noticiado no Informativo nº 538/2009. 
 
II – ESTRUTURA DO MPU 
 
1. LEI COMPLEMENTAR Nº 75/93 
 
 É a Lei que estrutura o Ministério Público da União e as carreiras de seusmembros. 
 
2. RAMOS DO MPU 
* MPF 
* MPT 
* MPM 
* MPDFT 
 
6 
3. PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
* Escolha: Presidente da República + Senado Federal (maioria absoluta) 
* Mandato: 2 anos, permitidas as reconduções (várias) – sempre com nova aprovação do Senado 
* Destituição: Presidente da República + Senado Federal (maioria absoluta) 
* Atribuições: 
 # Chefia do MPU: 
� Representar a instituição 
� Iniciativa legislativa concorrente com o Presidente da República, das leis sobre estrutura e funcionamento do MPU (CF, 
art.61, §1º, II, d, c/c art. 128, §5º) 
 # Chefia do MPF 
� Atuar no STF (Pleno) – atribuição indelegável 
� Atuar no STF (turmas e Presidência) – atribuição delegável aos SubPGRs 
� Atuar no STJ (só ações penais originárias – Pleno) - atribuição delegável aos SubPGRs 
� Aplicação de penalidades (a decisão é do CSMPF) 
� Escolhas (PFDC, CGMPF, Coordenador de CCR, etc.) 
� Chefia administrativa 
 
4. CHEFIAS DOS RAMOS DO MPU 
 MPF MPT MPM MPDFT 
Nomenclatura Procurador Geral da 
República 
Procurador Geral do 
Trabalho 
Procurador Geral da Justiça 
Militar 
Procurador Geral de Justiça 
Escolha PR + SF Lista tríplice + PGR Lista tríplice + PGR Lista tríplice + PR 
Mandato 2 anos, permitida a 
recondução 
2 anos, permitida UMA 
recondução 
2 anos, permitida UMA 
recondução 
2 anos, permitida UMA 
recondução 
Destituição PR + SF PGR + CSMPT PGR + CSMPM PR + Congresso23 
 
5. VICE-PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
* Escolha: Procurador-Geral da República, dentre um dos SubPGRs 
* Mandato: 2 anos, permitida a recondução 
* Atribuições: substituição do PGR em caso de impedimento 
* Substituição em caso de vacância: Vice-Presidente do CSMPF24 
 
6. CONSELHO SUPERIOR DO MPF 
* Composição: 
 # Membros natos: PGR + Vice-PGR 
 # Membros eleitos: 8 SubPGRs, eleitos para mandato de dois anos, permitida uma reeleição, sendo: 
� 4 eleitos pelo CPR 
� 4 eleitos pelos próprios SubPGRs 
* Reuniões: podem ser ordinárias ou extraordinárias 
* Atribuições: 
 # Poder normativo 
 # Poder de decisão disciplinar 
 # Opinião 
 # Aprovação de escolhas 
 
7. PROCURADOR FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO 
* Função: defender direitos difusos e coletivos 
* Escolha: PGR, com aprovação do CSMPF (maioria absoluta), dentre SubPGRs 
* Mandato: 2 anos, permitida uma recondução 
* Destituição: PGR + CSMPF (maioria absoluta) 
 
8. CGMPF 
* Função: acompanhamento e fiscalização disciplinar dos membros do MPF 
* Escolha: PGR, dentre lista tríplice elaborada pelo CSMPF (dentre SubPGRs) 
* mandato: 2 anos, permitida uma recondução 
* Destituição: PGR + CSMPF (2/3) 
 
9. CÂMARAS DE COORDENAÇÃO E REVISÃO 
* Função: órgãos setoriais de integração, coordenação e revisão do MPF 
* Composição: 3 membros, sendo 
 # 1 (Coordenador) indicado pelo PGR, dentre SubPGRs 
 # 2 indicados pelo CSMPF (não precisam ser SubPGRs) 
* Mandato: 2 anos 
 
23 A lei fala “Senado Federal” (art. 154, §2º), mas a CF fala “Poder Legislativo” (CF, art. 128, §3º), que é todo o Congresso. 
24 CUIDADO!!!!: em caso de vacância do PGR, NÃO HAVERÁ SUCESSÃO: será escolhido novo PGR. Enquanto isso, quem irá substituí-lo será o Vice-
Presidente do CSMPF. Então teremos: 1) Substituição em caso de impedimento (temporário): Vice-PGR; 2) substituição em caso de vacância (até que seja 
escolhido novo PGR): Vice-Presidente do CSMPF; 3) sucessão do PGR (completar o que falta do mandato): NÃO HÁ. 
7 
* Atribuições: 
 # Coordenar a atuação dos membros do MPF da mesma área 
 # Revisar decisões dos membros do MPF 
 # Resolver conflitos de atribuições 
 
10. COLÉGIO DE PROCURADORES DA REPÚBLICA 
* Composição: todos os membros da carreira (ativos) 
* Atribuição: 
 # Eleger: 
� 4 SubPGRs para o CSMPF 
� Listas tríplices 
 
11. QUADRO GERAL DA ESTRUTURA DO MPU 
 
MPU 
 
CHEFIA: PGR 
 
MPF MPT MPM MPDFT 
PGR PGT PGJM PGJ 
Vice-PGR Vice-PGT Vice-PGJM Vice-PGJ 
CSMPF CSMPT CSMPM CSMPDFT 
CGMPF CGMPT CGMPM CGMPDFT 
Colégio de Procuradores da 
República 
Colégio de Procuradores do 
Trabalho 
Colégio de Promotores da 
Justiça Militar 
Colégio de Promotores e 
Procuradores de Justiça 
CCR's CCR CCR CCR's 
PFDC - - PDDC 
 
III – CARREIRAS DOS MEMBROS DO MPU 
 
1. QUADRO-RESUMO 
 
MPF Justiça Federal 
Comum 
MPT Justiça Trabalhista 
Unidade Cargo Unidade Cargo 
PGR Subprocuradores
-Gerais da 
República 
STJ PGT Subprocuradores-
Gerais do Trabalho 
TST 
PRR’s Procuradores 
Regionais da 
República 
TRF’s PRT Procuradores 
Regionais do Trabalho 
TRT’S 
 
PR’s Procuradores da 
República 
Juízes Federais PRT Procuradores do 
Trabalho* 
Juízes do Trabalho 
*Só atuam na 1ª instância, junto aos juízes do trabalho nas causas que envolvam interesse individual indisponível (menores e incapazes) 
 
MPM Justiça Militar MPDFT Justiça 
Distrital 
Unidade Cargo Unidade Cargo 
PGJM Subprocuradore
s-Gerais da 
Justiça Militar 
STM PGJ Procuradores 
de Justiça 
 
Promotoria Militar Procurador da 
Justiça Militar 
 
 
 
Promotorias de 
Justiça 
Promotores 
de Justiça 
TJDFT 
Promotoria Militar Promotor da 
Justiça Militar 
Auditorias 
Militares 
Promotorias de 
Justiça 
Promotores 
de Justiça 
Adjuntos 
Juízes de 
Direito 
 
 
8 
2. DISPOSIÇÕES ESTATUTÁRIAS ESPECIAIS 
 
2.1. NATUREZA 
 
 Membros do MPU são considerados AGENTES POLÍTICOS pelo STF25. São, portanto, agentes públicos, especificamente agentes 
políticos. 
 Assim, possuem vínculo estatutário, mas regido não pela Lei nº 8.112/90, mas pela Lei específica (LC 75/93). 
 OBS1: As disposições da Lei nº 8.112/90 são aplicáveis SUBSIDIARIAMENTE aos membros do MPU (LC 75/93, art. 28726). 
 OBS2: A LC 75/93 não se aplica aos servidores do MPU, só aos MEMBROS. Os servidores são regidos pela Lei nº 11.415/06 e pela 
Lei nº 8.112/90. 
 
2.2. Distinções em relação ao regime da Lei nº 8.112/90 
 
 2.2.1. Concurso público 
 
 - Provas E títulos 
 - Participação da OAB em todas as fases do procedimento 
 - Prazo de validade: 2 anos prorrogáveis por mais 2 
 - Exigem-se do bacharel em Direito três anos de atividade jurídica, na data da inscrição definitiva do concurso 
 
Art. 193. O prazo de eficácia do concurso, para efeito de nomeação, será de dois anos contados da publicação do ato homologatório, 
prorrogável uma vez pelo mesmo período. 
 Art. 187. Poderão inscrever-se no concurso bacharéis em Direito há pelo menos dois anos, de comprovada idoneidade moral. 
CF, art. 129, § 2º: O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade 
jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
 
 2.2.2. Posse e exercício 
 
 Art. 195. O prazo para a posse nos cargos do Ministério Público da União é de trinta dias, contado da publicação do ato de 
nomeação, prorrogável por mais sessenta dias, mediante comunicação do nomeado, antes de findo o primeiro prazo. 
 Parágrafo único. O empossado prestará compromisso de bem cumprir os deveres do cargo, em ato solene, presidido pelo Procurador-
Geral. 
POSSE: o prazo para posse é de 30 dias, prorrogável por mais 60 dias. Total para tomar posse: 90 dias. Trata-se de disposição diferente da contida 
na Lei nº 8.112/90, que, para os servidores, prevê que o prazo para tomar posse é de trinta dias, improrrogáveis. 
 Art. 196. Para entrar no exercício do cargo, o empossado terá o prazo de trinta dias, prorrogável por igual período, mediante 
comunicação, antes de findo o prazo inicial. 
EXERCÍCIO: 30 dias, prorrogável por mais 30 dias. Mais uma vez, o prazo é diferente do que prevê a Lei nº 8.112/90(15 dias improrrogáveis). 
 LC 75 LEI 8.112/90 
POSSE 30 dias, prorrogável por mais 60 30 dias improrrogável 
EXERCÍCIO 30 dias, prorrogável por mais 30 15 dias improrrogáveis 
 
 2.2.3. Estágio probatório 
 
 Para os SERVIDORES PÚBLICOS, a estabilidade é conquistada após três anos de efetivo exercício (CF, art. 41, caput). O estágio 
probatório terá essa mesma duração (EC 19/98; STF, STA 269 e 290, Relator Gilmar Mendes; STJ, 3ª Seção, MS 12.523/DF, Relator Felix 
Fischer). 
 Todavia, para os MEMBROS do MPU, o prazo de vitaliciedade é de DOIS ANOS (idêntico ao estágio probatório): CF, art. 128, § 5º, I, 
a; LC nº 75/93, art. 17, I. 
 
Art. 197. Estágio probatório é o período dos dois primeiros anos de efetivo exercício do cargo pelo membro do Ministério Público da 
União. 
 
 2.2.4. Férias 
 
Art. 220. Os membros do Ministério Público terão direito a férias de sessenta dias por ano, contínuos ou divididos em dois períodos iguais, 
salvo acúmulo por necessidade de serviço e pelo máximo de dois anos. 
 § 1º Os períodos de gozo de férias dos membros do Ministério Público da União, que oficiem perante Tribunais, deverão ser 
simultâneos com os das férias coletivas destes, salvo motivo relevante ou o interesse do serviço. 
 § 2º Independentemente de solicitação, será paga ao membro do Ministério Público da União, por ocasião das férias, importância 
correspondente a um terço da remuneração do período em que as mesmas devam ser gozadas. 
 § 3º O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do início de gozo do respectivo período, facultada a 
conversão de um terço das mesmas em abono pecuniário, requerido com pelo menos sessenta dias de antecedência, nele considerado o 
valor do acréscimo previsto no parágrafo anterior. 
 
 2.2.5. Afastamentos e licenças 
 
 (...) Art. 222. Conceder-se-á aos membros do Ministério Público da União licença: 
 I - por motivo de doença em pessoa da família; 
 
25 “Os magistrados enquadram-se na espécie agente político, investidos para o exercício de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena liberdade 
funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação específica.” (RE 228.977, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ de 12-4-02). 
26 “Art. 287. Aplicam-se subsidiariamente aos membros do Ministério Público da União as disposições gerais referentes aos servidores públicos, respeitadas, 
quando for o caso, as normas especiais contidas nesta lei complementar.”. 
9 
 II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
 III - prêmio por tempo de serviço; 
 IV - para tratar de interesses particulares; 
 V - para desempenho de mandato classista. 
 
 Art. 203. Sem prejuízo dos vencimentos, vantagens, ou qualquer direito, o membro do Ministério Público da União poderá afastar-se de 
suas funções: 
(...) III - até cinco dias úteis, para comparecimento a encontros ou congressos, no âmbito da instituição ou promovidos pela entidade 
de classe a que pertença, atendida a necessidade do serviço. 
 
 2.2.6. Promoção 
 
 Art. 199. § 1º A promoção deverá ser realizada até trinta dias da ocorrência da vaga; não decretada no prazo legal, a promoção 
produzirá efeitos a partir do termo final dele. 
 § 3º É facultada a recusa de promoção, sem prejuízo do critério de preenchimento da vaga recusada. 
 § 4º É facultada a renúncia à promoção, em qualquer tempo, desde que haja vaga na categoria imediatamente anterior. 
 Art. 200. § 1º À promoção por merecimento só poderão concorrer os membros do Ministério Público da União com pelo menos dois 
anos de exercício na categoria e integrantes da primeira quinta parte da lista de antigüidade, salvo se não houver com tais requisitos 
quem aceite o lugar vago; em caso de recusa, completar-se-á a fração incluindo-se outros integrantes da categoria, na seqüência da ordem 
de antigüidade. 
 § 2º Não poderá concorrer à promoção por merecimento quem tenha sofrido penalidade de censura ou suspensão, no período de um 
ano imediatamente anterior à ocorrência da vaga, em caso de censura; ou de dois anos, em caso de suspensão. 
Art. 201. Não poderá concorrer à promoção por merecimento, até um dia após o regresso, o membro do Ministério Público da União 
afastado da carreira para: 
 I - exercer cargo eletivo ou a ele concorrer; 
 II - exercer outro cargo público permitido por lei. 
 § 3º O desempate na classificação por antigüidade será determinado, sucessivamente, pelo tempo de serviço na respectiva carreira do 
Ministério Público da União, pelo tempo de serviço público federal, pelo tempo de serviço público em geral e pela idade dos candidatos, 
em favor do mais idoso; na classificação inicial, o primeiro desempate será determinado pela classificação no concurso. 
 
 Promoção é a forma de desenvolvimento na carreira de membro do MPU. 
OBS1: A promoção se dá pelos critérios alternados de antiguidade e merecimento. 
OBS2: Na promoção por antiguidade, só não será promovido o membro mais antigo se seu nome for recusado por 2/3 do Conselho Superior. 
OBS3: Na promoção por merecimento, o fator antiguidade é também relevante: só podem concorrer, em regra, membros que estejam entre os 20% 
mais antigos da carreira. 
OBS4: Na promoção por antiguidade, a decisão será tomada diretamente pelo Conselho Superior. Na promoção por merecimento, o Conselho 
elaborará lista tríplice, e a decisão caberá ao Procurador-Geral da cada ramo. 
OBS5: É obrigatória (para o Conselho) a promoção do membro que tenha figurado por três vezes consecutivas ou cinco vezes alternadas na lista 
tríplice de promoção por merecimento. 
OBS6: Critérios de desempate na antiguidade: 1) tempo na carreira do MPU; 2) tempo de serviço público federal; 3) tempo de serviço público em 
geral; 4) idade. 
 
IV – TÓPICOS ESPECIAIS 
 
1. AUTONOMIA 
 
 1.1. AUTONOMIA FUNCIONAL E ADMINISTRATIVA (LC 75/93, art. 22) 
 
 Art. 22. Ao Ministério Público da União é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe: 
 I - propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus 
membros e servidores; 
 II - prover os cargos de suas carreiras e dos serviços auxiliares; 
 III - organizar os serviços auxiliares; 
 IV - praticar atos próprios de gestão. 
 
 1.2. AUTONOMIA FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (CF, Art. 127, §§2º e seguintes; LC 75/93, art. 23) 
 
 A iniciativa legislativa da matéria orçamentária é atribuição exclusiva do Presidente da República (CF, art. 165 – leis de iniciativa do 
Poder Executivo estabelecerão o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e os orçamentos anuais). O projeto de lei orçamentária será 
proposto pelo Presidente da República e será apreciado pelo Congresso Nacional na forma do regimento comum (art. 165 e 166 da CF). 
 Porém, o Executivo não elabora sozinho os projetos de lei: cada Poder elabora sua própria proposta orçamentária, de acordo com o que 
está previsto na LDO. As propostas são enviadas ao Executivo (MPOG – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) que consolida todas 
as propostas, elaborando a LOA. 
 Não existem várias leis orçamentárias anuais; no âmbito federal existe apenas uma lei anual, que vale para todos os poderes. Assim, o 
MP elabora sua própria proposta orçamentária, obedecendo o limite imposto pela LDO e envia para o MPOG (Executivo) para consolidação. É o 
próprio MPU que elabora sua proposta orçamentária e é o próprio MPU quem gerencia seus recursos orçamentários. 
 A elaboração da proposta orçamentária deve ser feita dentro dos limites da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
 * OBS: Dotação orçamentária própria do MPU (art. 168): os recursos correspondentes àsdotações orçamentárias, compreendidos os 
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do MP e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão 
entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos. 
 * OBS2: ATENÇÃO! Omissão do MP: se o MP (na figura do PGR) não encaminhar a proposta orçamentária dentro do prazo 
estabelecido na LDO, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA 
vigente, ajustados os valores de acordo com os valores estipulados na forma do §3º – CF, Art. 127, §4º. Mesmo que o MP se omita, o Poder 
Executivo não é livre para elaborar a proposta do MPU; deve, neste caso, repetir a lei orçamentária em vigor, apenas atualizando os valores para 
10 
que estejam de acordo com os limites estabelecidos na LDO. 
 * OBS3: ATENÇÃO! Proposta orçamentária em desacordo: Se o MPU enviar proposta orçamentária em desacordo com o que prevê a 
LDO vigente, o Poder Executivo irá realizar os devidos cortes (ajustes), para adequar a proposta a LDO. Para não violar a separação dos Poderes, 
esses ajustes serão realizados de pleno acordo com o MP. CF, Art. 127, §5º. 
 
2. CNMP 
 
 Criado pela EC45/04, o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) é, nos moldes do que acontece com o CNJ e o Judiciário (CF, 
art, 92, I-A, e art. 103-B), um órgão de controle INTERNO do Ministério Público. Mesmo assim, não controla a atividade-fim, mas apenas realiza 
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, administrativa e disciplinar do MP. 
 Tal Conselho possui natureza de órgão administrativo autônomo, acima de MPU e dos MPEs, e exerce várias funções relevantes, 
relativas ao controle da atuação financeira/administrativa do MP e do cumprimento do deveres dos membros (art. 130-A, §2º), entre elas: 1) zelar 
pela autonomia funcional e administrativa do MP, podendo expedir atos regulamentares de sua competência; 2) zelar pelo respeito ao art. 37/CF, 
podendo inclusive rever/desconstituir atos, sem prejuízo da tarefa de TCU/TCEs; 3) receber e conhecer de reclamações contra membros e 
servidores do MP (sem prejuízo da atuação de cada órgão); 4) avocar processos disciplinares e aplicar punições, assegurada ampla defesa; 5) rever 
processos disciplinares contra membros do MPU ou dos MPEs julgados há menos de um ano; 6) elaborar relatório anual e sugerir providências 
para o melhor desempenho das funções do MP. 
 Ao CNMP compete também “receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos 
Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição” [CF: art. 130-A (§2º, III); 
e Regimento Interno do CNMP: art. 71, caput]. Todavia, o Conselho Nacional só atua, nesses casos, supletivamente, quando há omissão da 
Corregedoria do ramo do Ministério Público da União a que pertence o Representado. 
 Nesse sentido, o Regimento Interno do CNMP determina que, recebida a Reclamação Disciplinar, manda-se “ouvir, em dez dias, o órgão 
disciplinar originariamente competente para a investigação do fato narrado na reclamação” [Regimento Interno do CNMP: art. 71, §3º]. A partir de 
então, caso a respectiva Corregedoria “alegue conhecimento do objeto da reclamação apenas a partir da comunicação”, passará a dispor de “prazo 
de 120 dias para concluir sua atuação, remetendo cópia dos autos à Corregedoria Nacional quando do encerramento do procedimento disciplinar” 
[Regimento Interno do CNMP: art. 71, §4º]. 
 O CNMP Compõe-se de 14 membros nomeados pelo Presidente, aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado): CF, art. 130-A, 
caput. São membros do CNMP: 1) PGR (Presidente e membro nato); 2) 4 membros do MPU (um de cada ramo); 3) 3 membros de MPE; 4) 2 
juízes (1 escolhido pelo STF e 1 pelo STJ); 5) 2 advogados (escolhidos pela OAB); 6) 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada 
(escolhidos um pela Câmara e outro pelo Senado). O mandato é de dois anos, permitida somente uma recondução. 
 Uma importante figura, criada juntamente com o CNMP, foi o Corregedor-Nacional do Ministério Público, um dos conselheiros do 
órgão fiscalizador. Sobre o Corregedor-Nacional do MP, o art. 130-A, § 3º, da Constituição assim dispõe: 
 
 “O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério 
Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela 
lei, as seguintes: 
 I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e 
dos seus serviços auxiliares; 
 II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
 III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores 
de órgãos do Ministério Público.”. 
 
 Com base nessa regra, percebe-se que os membros do MPU passaram a ser duplamente fiscalizados, quanto ao cumprimento dos 
deveres funcionais e dos princípios da Administração Pública: pelos Corregedores-Gerais do respectivo ramo ao qual pertencerem e pelo 
Corregedor-Nacional de Justiça. 
 Por oportuno, ressalte-se a regra do inciso I, parte final: ao contrário dos Corregedores-Gerais de cada um dos ramos, que podem 
fiscalizar apenas os membros do MPU, o Corregedor-Nacional também possui atribuição para receber reclamações contra servidores do MP 
(serviços auxiliares). 
 
3. FUNÇÃO ELEITORAL 
 
 Não existe um Ministério Público Eleitoral, como ramo do MPU. Há, isso sim, apenas o exercício da função eleitoral pelo MPU, por 
intermédio do MPF. O Procurador-Geral Eleitoral é o próprio PGR (LC 75/93, art. 73). 
 Procurador-Geral Eleitoral: é o próprio PGR (art. 73), que designará, dentre os Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-
Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo. 
 PRE: atua perante o TRE. Juntamente com o seu substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, dentre os Procuradores 
Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para um mandato de 
dois anos. 
 Promotor Eleitoral: atua perante Juízes e Juntas Eleitorais. Será o membro do Ministério Público local que oficie junto ao Juízo 
incumbido do serviço eleitoral de cada Zona Eleitoral. 
 
4. REGIME DISCIPLINAR 
 
4.1. Deveres 
 
Art. 236. O membro do Ministério Público da União, em respeito à dignidade de suas funções e à da Justiça, deve observar as 
normas que regem o seu exercício e especialmente: 
 I - cumprir os prazos processuais; 
 II - guardar segredo sobre assunto de caráter sigiloso que conheça em razão do cargo ou função; 
 III - velar por suas prerrogativas institucionais e processuais; 
 IV - prestar informações aos órgãos da administração superior do Ministério Público, quando requisitadas; 
 V - atender ao expediente forense e participar dos atos judiciais, quando for obrigatória a sua presença; ou assistir a outros, quando 
conveniente ao interesse do serviço; 
 VI - declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei; 
11 
 VII - adotar as providências cabíveis em face das irregularidades de que tiver conhecimento ou que ocorrerem nos serviços a seu 
cargo; 
 VIII - tratar com urbanidade as pessoas com as quais se relacione em razão do serviço; 
 IX - desempenhar com zelo e probidade as suas funções; 
 X - guardar decoro pessoal. 
 
 Deveres (Art. 236): rol não taxativo (meramente exemplificativo). 
 Dentre os vários deveres dos membros do MPU, podemos destacar pelo menos dois: 
 1) Atender ao expediente forense: membro do MP não tem obrigação de registrar ponto. Não necessariamente atende o expediente da 
própria instituição. Porém, deve comparaceraos atos processuais e desempenhar com zelo as atribuições que lhe são conferidas por lei. 
 2) Guardar decoro pessoal: atos privados dos membros do MP podem influenciar na sua conduta profissional. 
 3) Declarar-se suspeito ou impedido: de acordo com a Lei Orgânica, é dever do membro do MPF “declarar-se suspeito ou impedido”, 
nos termos da legislação [LC nº 75/93: art. 236 (VI)]. A lei que disciplina os casos de suspeição e impedimento é o Código de Processo Penal. 
 
4.2. Sanções 
 
Art. 239. Os membros do Ministério Público são passíveis das seguintes sanções disciplinares: 
 I - advertência; 
 II - censura; 
 III - suspensão; 
 IV - demissão; e 
 V - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade. 
 
* OBS1: A sanção de censura não existe na Lei nº 8.112/90 (só no decreto nº 1.171/94 – Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo 
Federal). 
* OBS2: As sanções de demissão e cassação de aposentadoria/disponibilidade de membro vitalício só podem ser aplicadas por sentença judicial 
transitada em julgado (CF, art. 128, §5º, I, a, e LC 75/93, art. 17, I). 
* Quem decide a sanção aplicável? Conselho Superior (de cada ramo) 
* Quem aplica a sanção decidida pelo Conselho? Procurador-Geral de cada ramo. 
* E no caso de o Conselho decidir pela demissão de membro vitalício? O PGR deve ingressar com ação judicial de perda do cargo. 
* OBS3: Prescrição: 
 Art. 244. Prescreverá: 
 I - em um ano, a falta punível com advertência ou censura; 
 II - em dois anos, a falta punível com suspensão; 
 III - em quatro anos, a falta punível com demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade. 
 Parágrafo único. A falta, prevista na lei penal como crime, prescreverá juntamente com este. 
 
4.3. Instrumentos de apuração disciplinar 
 
INSTRUMENTO OBJETO INSTAURAÇÃO CONDUÇÃO PRAZO (dias) 
SINDICÂNCIA Investigação preliminar - 
facultativa 
CG (Corregedor-geral de cada 
ramo) CG 
30 + 30 – por aplicação subsidiária 
da lei 8.112/90 
INQUÉRITO Investigação CG (Corregedor-geral de cada ramo) 
Comissão de 3 
membros vitalícios 30 + 30 
PAD Punir ou sugerir punição CS (de cada ramo) Comissão de 3 membros vitalícios 90 + 30 
 
V – QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
PARTE 1: BASES E ESTRUTURA DO MPU 
 
1. (ESAF/MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2004) A proteção dos 
direitos constitucionais do cidadão, conferida ao procurador dos 
Direitos do Cidadão, não compreende o poder de 
a) notificar a autoridade questionada para que preste informações. 
b) promover em juízo a defesa de direitos individuais lesados. 
c) notificar o responsável para que determine a cessação do desrespeito 
verificado. 
d) representar à autoridade competente para que promova a 
responsabilidade pela ação ou omissão inconstitucionais. 
e) agir de ofício. 
 
2. (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) Dentre os princípios institucionais do 
Ministério Público, a indivisibilidade significa que seus membros: 
a) devem acatar as decisões dos órgãos da administração superior, sob 
pena de perderem os respectivos cargos 
b) integram um único órgão sob a direção do Procurador-Geral da 
República 
c) não se encontram subordinados a nenhum outro órgão ou poder 
quando desempenham seus deveres profissionais 
d) somente podem ser removidos compulsoriamente de seus respectivos 
cargos mediante decisão do colegiado competente 
e) podem ser substituídos uns pelos outros, não arbitrariamente, mas 
conforme a forma estabelecida na lei 
3. (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) O Procurador da República, mesmo 
que em estágio probatório, dentre outras funções: 
a) poderá interceptar comunicações telefônicas, para a produção de 
prova em investigação criminal ou inquérito civil, mesmo sem 
determinação judicial 
b) exercerá a consultoria jurídica de entidades públicas e representará 
judicialmente os interesses patrimoniais da União 
c) presidirá, obrigatoriamente, os inquéritos policiais que versem sobre 
crimes contra o meio ambiente 
d) promoverá, concorrentemente, a ação penal pública, o inquérito civil 
e a ação civil pública 
e) poderá requisitar diligências investigatórias e a instauração de 
inquérito policial, indicando os fundamentos jurídicos de suas 
manifestações processuais 
 
4. (FCC/MPU/TÉCNICO/2007) O órgão do Ministério Público Federal 
competente para determinar o afastamento preventivo do exercício de 
suas funções, do membro do Ministério Público Federal indiciado ou 
acusado em processo disciplinar, e o seu retorno, é: 
a) o Colégio de Procuradores da República 
b) o Conselho Nacional do Ministério Público 
c) o Conselho Superior do Ministério Público Federal 
d) a Corregedoria-Geral do Ministério Público Federal 
e) a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal 
12 
5. (ESAF/MPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2004) A nomeação 
dos procuradores-gerais, nos Estados e no Distrito Federal, é feita pelos 
respectivos governadores, para mandato de dois anos, permitida uma 
recondução. 
 
6. (ESAF/MPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2004) É vedado ao 
membro do Ministério Público, em qualquer hipótese, exercer atividade 
político-partidária, ainda que em disponibilidade. 
 
7. (ESAF/MPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2004) À luz da Lei 
Complementar nº 75/93, julgue os itens abaixo a respeito do perfil 
constitucional do Ministério Público da União (MPU). 
I. O MPU é instituição permanente. 
II. O MPU defende os interesses individuais disponíveis. 
III. Incumbe ao MPU medidas paleativas para a garantia do respeito à 
ordem jurídica. 
IV. O MPU exerce o controle interno da atividade de polícia judiciária. 
O número de itens corretos é: 
a) zero. 
b) três. 
c) dois. 
d) um. 
e) quatro. 
 
8. (MPGO/PROMOTOR/2000 – adaptada) Os membros do Ministério 
Público integram um só órgão, sob a direção de uma única chefia. Essa 
regra é relativa ao princípio institucional da unidade. 
 
9. (MPPB/PROMOTOR/2005 - adaptada) Considerando-se o princípio 
da unidade, o Ministério Público Federal pode atuar na Justiça Estadual 
e o Ministério Público Estadual atuar na Justiça Federal. 
 
10. (MPMA/PROMOTOR/2002 - adaptada) No Ministério Público não 
pode haver subordinação hierárquica, conquanto possa e deva haver 
hierarquia administrativa. Tal afirmação traduz o princípio institucional 
da independência funcional. 
 
11. (MPMG/PROMOTOR/2007 – adaptada) Compete ao Corregedor-
Geral do Ministério Público decidir processo disciplinar contra membro 
do Ministério Público, aplicando as sanções cabíveis. 
 
GABARITO PARTE 1: 1.B. 2.E. 3.E. 4.C. 5.E. 6.E. 7.D. 8.C. 9.E. 
10.C. 11.E. 
 
PARTE 2: REVISÃO (LC 75/93) 
 
1. (ESAF/PGDF/PROCURADOR/2007) De um ponto de vista 
orgânico-estrutural, o Ministério Público não integra o Poder 
Executivo, embora sua função seja de natureza executiva. 
 
2. (FCC/TCE – CE/ANALISTA DE CONTROLE 
EXTERNO/AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS/2008) Aos 
membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplica-se 
a disposição constitucional segundo a qual: 
(A) se assegura vitaliciedade no cargo, após um ano de exercício, não 
podendo perdê-lo senão por sentença judicial transitada em julgado. 
(B) é vedado, a qualquer título ou pretexto, o recebimento de 
honorários, percentagens ou custas processuais. 
(C) se proíbe o exercício de atividade político-partidária, salvo 
exceções previstas na lei. 
(D) o ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas 
e títulos, exigindo-se do bacharel 
em direito, no mínimo, dois anos de atividade jurídica. 
(E) não se permite o exercício de outra função pública, exceto quando 
em disponibilidade. 
 
3. (FCC/TRF 5 ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA 
JUDICIÁRIA/2008) Em relação ao tratamento constitucional do 
Ministério Público, é INCORRETO afirmar que 
(A) a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do 
Presidente da República, deverá ser precedidade autorização da 
maioria absoluta do Senado Federal. 
(B) seus membros são inamovíveis, salvo motivo de interesse público 
ou administrativo, mediante decisão do Conselho Nacional do 
Ministério Público, pelo voto da maioria simples de seus membros. 
(C) tem como funções institucionais, dentre outras, a de promover a 
ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção 
da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição. 
(D) os Procuradores-Gerais nos Estados poderão ser destituídos por 
deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei 
complementar respectiva. 
(E) tem como princípios institucionais, a indivisibilidade e a 
independência funcional, assegurada a sua autonomia funcional e 
administrativa. 
 
4. (FCC/MPE – PE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008) Os membros do 
Ministério Público são processados e julgados originariamente, por 
certos tribunais do Poder Judiciário e, em alguns casos, pelo Poder 
Legislativo por força da plena autonomia funcional no desempenho de 
suas funções. Assim, é correto afirmar que, em relação 
(A) aos membros do Ministério Público da União que oficiem perante 
tribunais, a competência para os crimes comuns e os de 
responsabilidade será do Superior Tribunal de Justiça. 
(B) aos membros do Ministério Público da União e dos Estados que 
oficiem perante os juízos de primeiro grau, a competência para os 
crimes comuns e de responsabilidade será dos Tribunais Superiores. 
(C) ao Procurador-Geral da República serão competentes o Supremo 
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, e a Câmara dos 
Deputados, nos crimes de responsabilidade. 
(D) a todos os membros do Conselho Nacional do Ministério Público, 
serão competentes o Supremo Tribunal Federal, nos crimes comuns, e o 
Congresso Nacional, nos crimes de responsabilidade. 
(E) ao Procurador-Geral da República e aos Procuradores-Gerais de 
Justiça, a competência será do Superior Tribunal de Justiça, nos crimes 
comuns, e do Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
 
5. (CESPE/TRF1/JUIZ FEDERAL/2009) A CF enumera, em rol 
taxativo, as funções institucionais do MP. 
 
6. (CESPE/TRE-PA/TÉCNICO/2006) O Ministério Público é fruto do 
desenvolvimento do Estado brasileiro e da democracia. A primeira 
Constituição republicana (1891) não tratava o Ministério Público como 
instituição, apenas fazendo referência à escolha do procurador-geral, 
entre os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo 
presidente da República. O Ministério Público passou a ser tratado 
como instituição no Decreto n.º 848/1890, que organizou a justiça 
federal. Em um de seus capítulos, o decreto dispôs sobre a estrutura e 
as atribuições do Ministério Público no âmbito federal. A Constituição 
Federal de 1988 deu nova configuração ao Ministério Público, 
atribuindo-lhe relevantes funções. Entre as opções abaixo, assinale a 
que não se relaciona com as atribuições constitucionalmente previstas 
para essa instituição. 
A Representar a União judicialmente. 
B Defender a ordem jurídica e o regime democrático. 
C Atuar na tutela dos interesses difusos e coletivos (meio ambiente, 
consumidor, patrimônio histórico, turístico e paisagístico; pessoa 
portadora de deficiência; criança e adolescente). 
D Defender, judicialmente, os direitos e interesses das populações 
indígenas. 
E Controlar externamente a atividade policial. 
 
7. (CESPE/TRT-DF/TÉCNICO/2005) A Constituição da República 
confere vitaliciedade aos membros do Ministério Público do Trabalho 
e, portanto, seria inconstitucional uma disposição legal que 
estabelecesse para esses agentes públicos aposentadoria compulsória 
aos setenta anos de idade. 
 
8. (CESPE/PGE-PA/ADVOGADO/2007) O exercício de atividade 
político-partidária por membros do Ministério Público passou a ser 
vedada, no texto constitucional, pela Emenda Constitucional n.º 
45/2004. 
9. Compete ao presidente da República ou ao procurador-geral da 
República a iniciativa de projeto de lei complementar que disponha 
acerca da organização do Ministério Público da União. 
 
10. (CESPE/AGU/2006) Após o afastamento do cargo, seja por 
aposentadoria ou exoneração, o membro do Ministério Público não 
poderá exercer a advocacia antes de decorrido o prazo de três anos. 
13 
11. (CESPE/TRT-PR/ANALISTA/2007) O exercício de atividade 
político-partidária é permitido aos membros do Ministério Público do 
Trabalho. 
 
12. (ESAF/AFC/Área Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) Sobre o 
Ministério Público da União, assinale a única opção correta. 
a) Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes 
orçamentárias (LDO), o Poder Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na 
lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites 
estipulados na LDO. 
b) Lei complementar federal, de iniciativa exclusiva do Presidente da 
República, estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto do 
Ministério Público da União. 
c) É garantia do membro do Ministério Público, a inamovibilidade, 
salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão 
colegiado competente do Ministério Público, por voto de dois terços de 
seus membros, assegurada ampla defesa. 
d) O impedimento para o exercício da advocacia junto ao juízo ou 
tribunal no qual atuava, antes de decorrido três anos de seu afastamento 
do cargo por aposentadoria ou exoneração não se aplica ao membro do 
Ministério Público. 
e) A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do 
Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da 
maioria absoluta das duas Casas do Congresso Nacional. 
 
13. (FCC/TRT 18ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2008) No que 
toca às funções essenciais à justiça, a promoção do inquérito civil e da 
ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do 
meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, é função 
institucional 
(A) do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 
(B) da Advocacia-Geral da União. 
(C) da Defensoria Pública. 
(D) do Ministério Público. 
(E) da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 
 
14. (FCC/TCE-CE/Analista de Controle Externo- Auditoria de Obras 
Públicas/2008) Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais 
de Contas aplica-se a disposição constitucional segundo a qual 
(A) se assegura vitaliciedade no cargo, após um ano de exercício, não 
podendo perdê-lo senão por sentença judicial transitada em julgado. 
(B) é vedado, a qualquer título ou pretexto, o recebimento de 
honorários, percentagens ou custas processuais. 
(C) se proíbe o exercício de atividade político-partidária, salvo 
exceções previstas na lei. 
(D) o ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas 
e títulos, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, dois anos de 
atividade jurídica. 
(E) não se permite o exercício de outra função pública, exceto quando 
em disponibilidade. 
 
15. (FCC/Ministério Público do Ceará/Promotor Justiça/2009) Tendo 
em vista a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal 
sobre os princípios institucionais do Ministério Público (unidade, 
indivisibilidade e independência funcional), 
(A) o princípio do promotor natural é violado pela designação de 
Promotor de Justiça Substituto para prestar auxílio ao titular da 
Comarca, ainda que ambos subscrevam a denúncia. 
(B) o ato processual de oferecimento da denúncia, praticado, em foro 
incompetente, por um representante, prescinde, para ser válido e eficaz, 
de ratificação por outro do mesmo grau funcional e do mesmo 
Ministério Público, apenas lotado em foro diverso e competente, 
porque o foi em nome da instituição, que é una e indivisível. 
(C) a independência funcional é do Ministério Público como instituição 
e dos Conselhos que o integram, relativamenteaos quais, portanto, a 
legislação não pode atribuir funções e competências, delimitando a sua 
esfera de atuação. 
(D) o oferecimento da denúncia por Promotor de Justiça, indicado pelo 
Procurador-Geral de Justiça, após o Juízo local ter considerado 
improcedente o pedido de arquivamento anteriormente manifestado por 
outro membro do Ministério Público, afronta ao princípio do promotor 
natural. 
(E) o princípio do promotor natural está ligado à persecução criminal, 
mas também alcança o inquérito policial, quando já ocorre pleito de 
diligências para elucidar dados relativos à prática criminosa. 
 
16. (FCC/Ministério Público do Ceará/Promotor Justiça/2009) Sobre a 
organização institucional do Ministério Público, é correto afirmar que 
(A) os Procuradores de Justiça oficiam junto ao Superior Tribunal de 
Justiça nas causas cíveis e criminais da competência da Justiça Estadual 
que tenham sido objeto de recurso ordinário ou especial àquela Corte 
Superior, interposto ou não pelo Ministério Público. 
(B) não viola a Constituição da República a conversão automática, na 
aposentadoria, dos cargos de Procurador do Tribunal de Contas dos 
Municípios para os de Procurador de Justiça, vinculando-os ao 
Ministério Público, determinada por norma constitucional estadual. 
(C) não abrange o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, que 
não dispõe de fisionomia institucional própria e − não obstante as 
expressivas garantias de ordem subjetiva concedidas aos seus membros 
− se encontra consolidado na “intimidade estrutural” da Corte de 
Contas. 
(D) o Procurador-Geral do Trabalho é nomeado pelo Presidente da 
República, dentre integrantes da instituição, com mais de trinta e cinco 
anos de idade, constantes de lista tríplice escolhida mediante voto 
plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores, para 
um mandato de dois anos, permitida uma recondução. 
(E) o Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios é 
nomeado pelo Governador do Distrito Federal dentre integrantes de 
lista tríplice elaborada pelo Colégio de Procuradores e Promotores de 
Justiça, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, 
precedida de nova lista tríplice. 
 
17. IDEM - Sobre as garantias, prerrogativas, deveres, vedações, 
funções e atribuições dos membros do Ministério Público, e a teor da 
Constituição, é correto afirmar que eles 
(A) não podem exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra 
função pública ou privada, salvo uma única de magistério, público ou 
privado. 
(B) não podem exercer a advocacia no juízo ou tribunal em que 
oficiavam, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por 
aposentadoria ou exoneração. 
(C) são vitalícios após três anos de exercício, não podendo perder o 
cargo senão por sentença judicial transitada em julgado. 
(D) são inamovíveis, salvo por motivo de interesse público, mediante 
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo 
voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa. 
(E) têm irredutibilidade de subsídio, fixado por meio de lei da iniciativa 
conjunta dos Presidentes da República, do Congresso Nacional e do 
Supremo Tribunal Federal 
 
18. IDEM - O Promotor Eleitoral é o membro do Ministério Público 
local que oficia junto ao Juízo incumbido do serviço eleitoral de cada 
Zona. 
19. IDEM - O Procurador-Geral Eleitoral é designado pelo Procurador-
Geral da República. 
20. IDEM - O Procurador-Geral de Justiça é o Procurador Regional 
Eleitoral. 
21. IDEM - O Ministério Público deve representar judicialmente as 
entidades públicas, quando não constituam advogados para defender-se. 
 
22. (MPE-PR/PROMOTOR/2009) O Procurador-Geral da República 
integra e preside o Conselho Nacional do Ministério público. 
 
23. (FCC/MPE-PE/PROMOTOR/2009) Nos termos da Lei 
Complementar no 75/93, a nomeação do Procurador-Geral da 
República subordina-se aos seguintes requisitos, dentre outros: 
(A) ser integrante da carreira do Ministério Público Federal ou dos 
Estados; ser maior de 35 anos; ter seu nome aprovado por 2/3 do 
Senado Federal. 
(B) ser integrante da carreira do Ministério Público Federal; ser maior 
de 30 anos; ter seu nome aprovado por 2/3 da Câmara dos Deputados. 
(C) ser integrante da carreira do Ministério Público Federal; ser maior 
de 35 anos; ter seu nome aprovado por maioria absoluta do Senado 
Federal. 
(D) ser inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil; ser maior de 30 
anos; ter seu nome aprovado por maioria absoluta do Senado Federal. 
14 
(E) ser indicado pelo Presidente da República dentre advogados da 
União; ser maior de 35 anos e ser aprovado pela maioria absoluta da 
Câmara dos Deputados. 
 
24. (CESPE/MPE-RN/PROMOTOR/2009) Assinale a opção correta 
com relação ao que dispõe a CF acerca do MP. 
A O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, não é obrigado a 
elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na 
lei de diretrizes orçamentárias. 
B Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP Federal e o 
MP dos estados e do DF. 
C Entre as garantias concedidas aos membros do MP está a estabilidade 
após três anos de efetivo exercício. 
D É função institucional do MP defender judicialmente os direitos e os 
interesses das populações carentes. 
E Quando um membro do MP se aposenta, é vedado a ele advogar no 
juízo ou tribunal em que atuava, antes de que hajam transcorrido três 
anos da aposentadoria. 
25. IDEM - O Conselho Nacional do Ministério Público 
A pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs. 
B não tem poderes para determinar a remoção de membro do MP. 
C tem poderes para demitir membro do MP. 
D é composto de quatorze membros, entre os quais cinco membros dos 
MPs dos estados, cada um representando uma região da Federação. 
E deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo. 
 
(CESPE/MPE-RN/PROMOTOR/2009) De navio petroleiro que 
transitava pela costa brasileira, em razão de seu péssimo estado de 
conservação e de negligência de seus tripulantes, vazou grande 
quantidade de óleo, poluindo diversas praias do litoral de determinado 
estado. O péssimo estado de conservação do navio já havia sido 
constatado pelos fiscais da autarquia responsável pela fiscalização 
ambiental. Contudo, o presidente dessa autarquia decidiu, contrariando 
a posição técnica dos fiscais, que o navio estava apto a navegar. 
Posteriormente, apurou-se que o irmão do presidente da autarquia 
ambiental era um dos diretores da empresa dona do petroleiro, 
levantando-se a suspeita de favorecimento à empresa. 
26. Considerando a situação hipotética acima, assinale a opção correta. 
A Na situação apresentada, o MP pode instaurar inquérito policial para 
a apuração de delitos ambientais. 
B Ao MP compete promover privativamente a ação civil pública para a 
defesa do meio ambiente. 
C A CF conferiu ao MP o poder de expedir notificações, requisitar 
diligências investigatórias e documentos, a fim de instruir 
procedimento administrativo de sua competência. 
D Caso não haja membro do MP lotado na comarca do local do dano, o 
procurador-geral poderá nomear bacharel em direito para que este 
desempenhe as funções de promotor ou procurador ad hoc. 
E Caso o membro do MP lotado na comarca do local do dano não tenha 
experiência em direito ambiental, o procurador-geral pode removê-lo e 
lotar, na comarca, outro membro habilitado para a condução da 
apuração. 
 
27. (CESPE/DPE-ES/DEFENSOR/2009) O Ministério Público é parte 
legítima para propor ação civil pública com o objetivo de tutelar 
direitos individuais indisponíveis, como o de recebimento de 
medicamento de uso contínuo por pessoa idosa. 
28. A defensoria pública, conforme previsto na lei de regência, tem 
legitimidade para propor ação civil pública na defesa do meio 
ambiente. 
 
GABARITO PARTE 2: 1.C. 2.B. 3.B. 4.A. 5.E. 6.A. 7.E. 8.C. 9.C. 
10.E. 11.E.

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