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Aula 09 
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Professor: Jonathas de Oliveira 
 
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 09 
Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 56 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1- O Ministério Público ......................................................................... 3 
2- A advocacia pública ....................................................................... 21 
3- A advocacia privada ....................................................................... 26 
4- A defensoria pública ...................................................................... 28 
5- Questões Comentadas ................................................................... 32 
6- Lista de Exercícios ......................................................................... 42 
7- Gabarito ........................................................................................ 55 
8- Referencial Bibliográfico................................................................ 56 
 
 
Olá amigos! 
 
Esta aula complementa a anterior e “fecha” o ciclo de estudo do Título IV 
da Constituição Federal de 1988. 
Sugerimos que se mantenha um bom nível de concentração e de revisões 
deste e dos tópicos já apresentados, uma vez que a tendência é que a densidade 
de informações a serem exibidas nas próximas aulas permaneça elevada. 
 
Dito isso, avancemos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 09 – O Ministério Público e as Funções Essenciais à Justiça. 
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 09 
Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 56 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
 O Capítulo IV da Constituição Federal nos apresenta as funções essenciais 
à Justiça. 
 De acordo com Mendes e Branco (2010), o Poder Judiciário desempenha 
papel central para contrabalancear os Poderes Legislativo e Executivo na forma 
e nos limites constitucionalmente definidos. Todavia, como meio de limitação 
do próprio Poder Judiciário, recusa-se que ele possa agir, de regra, por iniciativa 
própria (de ofício). 
A jurisdição depende assim de provocação externa para ser exercida. E a 
prerrogativa de movimentar o Judiciário mostra-se, pois, essencial. Disso deriva 
a relevância da ação dos entes e pessoas que oficiam perante os juízos e que, 
por isso, exercem funções essenciais à Justiça. 
São, pois, nos dizeres de Silva (2005), entes e pessoas propulsores da 
atividade jurisdicional do Estado. 
 
 A Constituição Federal as descreve nos seus art. 127 a 135: 
 
 
 O Ministério Público é, de longe, a mais exigida em concursos. Em relação 
às demais, a análise é preferencialmente breve. 
 
 Historicamente, desde o Império se fazia referência à figura dos 
promotores e procuradores de justiça. A atuação destes, todavia, era esparsa e 
desprovida de uma disciplina normativa própria consolidada. 
 Mais recentemente, já no período republicano, o substrato legal referente 
ao Ministério Público passou a ganhar corpo. 
 A Constituição Federal de 1967 passou a tratá-lo no mesmo Capítulo do 
Judiciário, tendo ambas instituições, contudo, atribuições bastante distintas. 
Funções essenciais à Justiça
Ministério Público
Advocacia 
Pública
Advocacia
Defensoria 
Pública
1- O Ministério Público 
 
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 Posteriormente, a Emenda Constitucional nº 1 (também conhecida como 
Constituição Federal de 1969) alocou o Parquet1 no Capítulo referente ao Poder 
Executivo. 
 Somente com o advento da Constituição Federal de 1988 o Ministério 
Público passou a ser tratado como instituição independente e autônoma em 
relação aos três Poderes, além de ter suas competências alargadas, conforme 
veremos a seguir. 
 
1- (FCC/ Técnico de Controle Externo do TCE – CE / 
2015 / Adaptada) Julgue o item abaixo. 
Nos termos da Constituição Federal, o Ministério Público é considerado 
instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, integrando 
a estrutura do Poder Judiciário. 
Resolução: Errado. Ao contrário das advocacias públicas e da defensoria 
pública, que integram o Poder Executivo, o Ministério Público não integra 
nenhum Poder, é autônomo. 
2- (FGV / Analista Judiciário do TJ – RJ / 2014) As 
funções essenciais à Justiça: 
a) estão subordinadas ao Poder Judiciário no plano funcional. 
b) são autônomas em relação ao Poder Judiciário. 
c) estão subordinadas ao Poder Judiciário no plano administrativo. 
d) são autônomas em relação ao Poder Judiciário e subordinadas ao Ministério 
da Justiça. 
e) estão subordinadas ao Poder Executivo exclusivamente no plano financeiro. 
Resolução: Alternativa B. Como registramos, para possibilitar uma efetiva 
prestação jurisdicional, é preciso que outras entidades e indivíduos atuem 
paralelamente com o Poder Judiciário. 
Todavia, errôneo afirmar que fazem parte dele ou a ele se subordinam. 
 
 
 
 
 
 
1 Termo jurídico que se refere ao Ministério Público e a seus membros (promotores e 
procuradores de justiça). 
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CAPÍTULO IV 
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
SEÇÃO I 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do 
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
(1) Vimos ao longo de aulas anteriores que o Ministério Público desempenha 
papel de relevo em diversas ocasiões, por exemplo, quando: 
(i) o PGR representa junto ao STF para que haja intervenção por violação aos 
princípios constitucionais sensíveis; 
(ii) o PGR é ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos 
de competência do STF (o que se reproduz, com especificidades, nos demais 
tribunais); 
(iii) o PGR suscita junto ao STJ que se desloque para a Justiça Federal inquérito 
ou processo que trate de grave violação aos direitos humanos; 
(iv) nas ações civis públicas. 
 
 
Os interesses individuais indisponíveis são aqueles de que seus titulares 
não podem dispor, ou seja, não podem renunciar, alienar ou transmitir a 
qualquer título. 
São interesses maiores da coletividade, como os ligados ao direito à vida, 
à liberdade e à cidadania. 
Nascem e desenvolvem-se independentemente da vontade individual dos 
seus titulares que deles gozam. 
 
 
 
 
 
 
 
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§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público [...] 
 
 
3- (FCC / Analista de Informática do MPE – SE 
/2013) São princípios institucionais do Ministério Público: 
a) a vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos. 
b) a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
c) a autonomia funcional e administrativa e a prática de atos próprios de gestão. 
d) o livre provimento dos cargos da carreira e dos serviços auxiliares e a 
autonomia financeirae orçamentária. 
e) o zelo pelos direitos assegurados na Constituição, a promoção da ação civil 
pública e a representação judicial dos incapazes. 
Resolução: Alternativa B. O que a maior parte das bancas tenta, vez ou outra, 
fazer, é trocar o significado dos princípios acima. Portanto, atenção! 
 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e 
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169 [limites com 
despesa de pessoal ativo e inativo de todos os entes], propor ao Poder 
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-
os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política 
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e 
funcionamento. 
§ 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos 
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta 
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o 
P
ri
n
c
íp
io
s
 i
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s
ti
tu
c
io
n
a
is
 d
o
 M
P
Unidade
Embora existam diferentes ramos, os membros 
do MP agem como um órgão único, integrando 
uma mesma vontade
Indivisibilidade
Dentro de cada ramo, os membros do MP podem 
ser substituídos uns pelos outros em sua 
atuação, sem prejuízo do munus jurídico-
processual que lhe é típico
Independência funcional
Sempre respeitados os limites legais, cada 
membro do MP é livre para formar seu 
convencimento jurídico-técnico sem observância 
a limitações hierárquicas e afins
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Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, 
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. 
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em 
desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo 
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual. 
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente 
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou 
especiais. 
 
(1) A redação dos parágrafos acima é essencialmente a mesma que a aplicável, 
por meio do art. 99, ao Poder Judiciário. 
 Desse modo, a Constituição Federal concede ao Ministério Público a 
denominada autonomia FAO (funcional, administrativa e de proposta 
orçamentária). 
 
Art. 128. O Ministério Público abrange: 
 
 
 
 
(1) Cumpre destacar que não há vínculo ou subordinação institucional, 
administrativa, orçamentária ou processual entre o MP da União e o MP dos 
Estados. 
(2) Assim como não existe “Justiça Municipal” também não há “Ministério 
Público Municipal”. O que existe são núcleos dos Ministérios Públicos da União e 
dos Estados que atuam na circunscrição jurídica dos Municípios. 
MP da União
MP Federal MP do Trabalho MP Militar
MP do DF e 
Territórios
MP dos Estados
Ministério Público 
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(3) Em sede de controle de constitucionalidade (ADI 789), o STF já manifestou 
entendimento que o Ministério Público junto ao TCU é instituição que não 
integra o Ministério Público da União. 
 Analogamente, os Ministérios Públicos junto aos Tribunais de Contas dos 
Estados, não integram os Ministérios Públicos daqueles entes. 
 O rol do art. 128 da Constituição Federal é taxativo e a arquitetura 
institucional por ele delineada não comporta interpretação extensiva. 
 O fundamento constitucional dos denominados “Ministérios Públicos de 
Contas” são outros, a saber, os art. 73, § 2º, I, e art. 130 da CF/88. 
 
4- (CESPE / Auditor do TCE – RN / 2015) No que se 
refere à organização dos poderes, ao controle de constitucionalidade e às 
funções essenciais à justiça, julgue o item a seguir, considerando entendimentos 
dos tribunais superiores. 
Aos membros do Ministério Público junto a tribunal de contas estadual aplicam-
se os mesmos direitos, vedações e formas de investidura dos promotores de 
justiça, uma vez que estão vinculados, em termos administrativos, ao respectivo 
Ministério Público estadual. 
Resolução: Errado. Os Procuradores das Cortes de Contas são ligados 
administrativamente a elas, sem qualquer vínculo com o Ministério Público 
comum (União e Estados) (ADI 3.315 /TO). 
5- (CESPE / Analista Judiciário do TRE – GO / 2015) 
Em relação ao Poder Judiciário e às funções essenciais à justiça, julgue o 
seguinte item. 
O Ministério Público Eleitoral é parte integrante do Ministério Público da União, 
tem estrutura própria e é composto por procuradores investidos no serviço 
público mediante aprovação em concurso próprio para a respectiva carreira. 
Resolução: Errado! O MP eleitoral não tem uma estrutura própria, mas uma 
composição mista, com representantes do Ministério Público Federal e Estadual. 
O Procurador-Geral Regional da República exerce a função de Procurador-Geral 
perante o Tribunal Superior Eleitoral e indica Procuradores da República para 
atuarem perante o TSE e os TREs. Em primeira instância atuam os Promotores 
Eleitorais, que integram o Ministério Público Estadual. 
6- (CESPE / Agente Administrativo do TCE – RO / 
2013) Julgue o item abaixo: 
O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende o 
Ministério Público Federal, o Ministério Público Militar, o Ministério Público do 
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Distrito Federal e Territórios, mas não abrange o Ministério Público junto ao TCU 
nem o Ministério Público do Trabalho. 
Resolução: Errado. 
 O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que 
compreende o Ministério Público Federal, o Ministério Público Militar, o Ministério 
Público do Distrito Federal e Territórios, mas não abrange o Ministério Público 
junto ao TCU nem e abrange também o Ministério Público do Trabalho. 
 
 Vejamos agora as disposições constitucionais a respeito dos chefes de 
cada instituição, quais sejam, o Procurador-Geral da República (MP da União) e 
os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados (MP dos Estados). 
 
 
7- (FCC / Analista Judiciário do TRE – AP / 2015) 
Afonso tem 39 anos e é Subprocurador Geral da República. Nesse caso, Afonso: 
a) não poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, pois já exerce cargo 
para o qual foi nomeado após aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos 
membros do Senado Federal, para mandato de até dois anos. 
b) poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, após a aprovação de 
seu nome pela maioria absoluta dos integrantes da carreira, para mandato de 
quatro anos, permitida a recondução. 
PGR (§§1º, 2º e 4º)
• Chefe do MPU (Federal + Trabalho
+ Militar + DFT)
• Nomeado pelo Presidente da
República dentre integrantes de
carreira, maiores de 35 anos, após
aprovação de seu nome pela
maioria absoluta do Senado
Federal
• Mandato de 2 anos• Permitida a recondução (várias)
• A destituição do PGR, por
inicativa do Presidente da
República, deverá ser precedida de
autorização da maioria absoluta
do Senado Federal
PGJ (§§3º e 4º)
• Chefe do MPE
• Os MP dos Estados formam lista
tríplice dentre integrantes da
carreira, na forma da lei respectiva,
para escolha de seu Procurador-
Geral, que será nomeado pelo
Chefe do Poder Executivo
• Mandato de 2 anos
• Permitida 1 recondução
• Os Procuradores-Gerais de Justiça
nos Estados poderão ser
destituídos por deliberação da
maioria absoluta do Poder
Legislativo, na forma da lei
complementar respectiva
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c) não poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, pois a idade mínima 
para tal nomeação é 40 anos. 
d) poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, após a aprovação de 
seu nome por votação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
por três quintos dos votos dos respectivos membros, para mandato de até 
quatro anos. 
e) poderá ser nomeado Procurador-Geral da República, após a aprovação de 
seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato 
de dois anos, permitida a recondução. 
Resolução: Alternativa E! 
 
 
 
Nos termos da Lei n. 8.625/932 e da Lei Complementar n. 75/933 cada 
ramo do MPU terá seu Procurador-Geral, podemos dizer, seu chefe imediato, 
indicado como segue. 
Não se perca de vista aqui que o Procurador-Geral da República é o 
chefe máximo da instituição Ministério Público da União. 
 
Procurador-
Geral do 
Trabalho 
Nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre 
membros da instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 
anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante 
voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de 
Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma 
recondução, observado o mesmo processo. 
Se não houver número suficiente de candidatos com mais de 
5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice o membro 
que contar mais de 2 anos na carreira. 
Procurador-
Geral da 
Justiça 
Militar 
Nomeado pelo Procurador-Geral da República, dentre 
membros da instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 
anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante 
voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de 
Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma 
recondução, observado o mesmo processo. 
 
2 Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público e dispõe sobre normas gerais 
para a organização do Ministério Público dos Estados. 
3 Dispõe sobre a organização, as atribuições e o Estatuto do Ministério Público da União 
– “Lei Orgânica do Ministério Público da União”. 
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Se não houver número suficiente de candidatos com mais de 
5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice o membro 
que contar mais de 2 anos na carreira. 
Procurador-
Geral 
Eleitoral 
É o Procurador-Geral da República. 
Procurador-
Geral de 
Justiça do 
DF e 
Territórios 
Será nomeado pelo Presidente da República dentre 
integrantes com mais de 5 anos de exercício nas funções da 
carreira, que compõem lista tríplice elaborada pelo Colégio de 
Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de 2 
anos, permitida uma recondução, precedida de nova lista 
tríplice. 
 
§ 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada 
aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as 
atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a 
seus membros: 
 
(1) Da leitura do art. 61, § 1º, II, “d” c/c art. 128, § 5º temos que é 
competência concorrente entre do Presidente da República e do PGR a 
iniciativa da “Lei Orgânica” do Ministério Público da União. 
 
I - as seguintes garantias: 
 
 
 
 
 
 
 
Garantias
funcionais dos 
membros do MP
I - vitaliciedade, após dois anos de exercício, não 
podendo perder o cargo senão por sentença judicial 
transitada em julgado
II - inamovibilidade, salvo por motivo de 
interesse público, mediante decisão do órgão 
colegiado competente do MP, pelo voto da maioria 
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa
III - irredutibilidade de subsídio [observadas as 
diretrizes constitucionais]
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II - as seguintes vedações: 
 
* O art. 29, § 3º, do ADCT, numa regra de transição, estabelece uma norma de exceção: 
“poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do 
Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto 
às vedações, a situação jurídica na data desta”. 
Ou seja, os membros do MP admitidos antes da promulgação da CF/88 puderam 
optar pelo regime anterior à Carta Magna, no qual era permitido exercer outra função ou 
cargo público de importância equivalente ou superior na administração pública, assim como 
exercer a advocacia. 
 
 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, 
parágrafo único, V [quarentena de saída]. 
 
8- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 9ª Região / 
2015) Considere as seguintes atividades: 
I. Participar de sociedade comercial, na forma da lei. 
II. Exercer atividade político partidária. 
III. Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública. 
Aos integrantes do Ministério Público do Trabalho é vedado, 
constitucionalmente, o constante em: 
a) I, II e III. 
b) I e III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
Vedações
funcionais aos 
membros do MP
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, 
honorários, percentagens ou custas processuais
b) exercer a advocacia*
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer 
outra função pública, salvo uma de magistério
e) exercer atividade político-partidária
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou 
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei
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d) II, apenas. 
e) III, apenas. 
Resolução: Alternativa C. 
O problema do item III é os promotores e procuradores podem exercer o 
magistério, ocupando um cargo de professor, além daquele no MP. 
9- (IBFC / Analista de Promotoria do MPE – SP / 
2013) Relativamente às garantias e às vedações impostas aos membros do 
Ministério Público, pode-se afirmar corretamente que: 
a) A inamovibilidade garante ao promotor de justiça, de modo absoluto, a 
impossibilidade de remoção sem seu consentimento. 
b) Aos promotores de justiça é vedado exercer outro cargo ou função, inclusive 
o magistério, salvo, neste último caso, se estiverem disponibilidade. 
c) A irredutibilidade de subsídio garante aos membros do Ministério Público 
imunidade tributária de imposto sobre a renda e proventos dequalquer 
natureza. 
d) Aos membros do Ministério Público é vedado dedicar- se à atividade político-
partidária, bem como receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou 
participação em processo e honorários. 
e) A vitaliciedade é equivalente à estabilidade, posto que os membros do 
Ministério Público e os servidores públicos podem perder o cargo não só por 
decisão judicial, como também por processo administrativo e mediante 
procedimento de avaliação periódica de desempenho. 
Resolução: Alternativa D. 
O erro da “A” é que tal regra pode ser excepcionada por interesse público, 
mediante decisão do órgão colegiado competente no MP, pelo voto da maioria 
absoluta dos membros, sempre assegurada ampla defesa. 
 Já a alternativa “B” erra uma vez que os promotores (assim como os 
procuradores) de justiça podem exercer o magistério mesmo que não estejam 
em disponibilidade. 
Por sua vez, a opção “C” erra uma vez que a irredutibilidade (nominal) 
do subsídio não os dispensa de recolherem o IR na fonte. 
 Por fim, a opção “E”, bastante simples, é que ambos institutos não se 
confundem. Sendo vitalícios, os membros do MP podem perder o cargo apenas 
mediante decisão judicial transitada em julgado. 
 
 
 
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Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
 
(1) Excepcionalmente, na omissão do MP num caso concreto, tal restrição 
poderá ser “relaxada” – ver art. 5º, LIX. 
 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância 
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas 
necessárias a sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses 
difusos e coletivos; 
 
(1) Vamos lembrar que direitos difusos são aqueles cujos titulares são 
indeterminados e indetermináveis. São direitos transindividuais 
(ultrapassam a esfera do indivíduo), de natureza indivisível, e que têm por 
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. 
 Exemplos de direitos difusos são os da criança e do adolescente, dos 
povos indígenas, dos idosos e dos portadores de necessidades especiais. 
Já os direitos coletivos são aqueles cujos titulares são 
indeterminados, porém, determináveis. Também são transindividuais e de 
natureza indivisível. Todavia, seu titular é grupo, categoria ou classe de pessoas 
ligadas entre si ou com a parte contrária. 
Exemplos de direitos coletivos são os direitos de determinados 
consumidores de bens ou serviços (por exemplo, pais de alunos matriculados 
numa determinada escola), proprietários de um determinado modelo de 
automóvel (que, exemplificativamente, apresentou necessidade de recall), 
moradores de um conjunto habitacional ou condomínio, dentre muitos outros. 
(2) Podemos também aproveitar a oportunidade e rever os aspectos nucleares 
da ação civil pública (observe-se que o MP não é o único legitimado ativo): 
 
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IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para 
fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta 
Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações 
indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua 
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma 
da lei complementar respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei 
complementar mencionada no artigo anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito 
policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações 
processuais; 
A
ç
ã
o
c
i
v
i
l
p
ú
b
l
i
c
a
Objeto e 
objetivo
Tutelar, dentre outros interesses difusos e coletivos 
(rol não taxativo), ações relacionadas:
- ao meio ambiente;
- ao consumidor;
- a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico;
- à ordem econônima;
- à ordem urbanística.
Legitimados 
ativos
- o Ministério Público; 
- a Defensoria Pública; 
- a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
- a autarquia, empresa pública, fundação ou 
sociedade de economia mista;
- a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos 
termos da lei civil;
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção aos objetos acima relacionados.
Legitimados 
passivos
Pessoas físicas ou jurídicas que lesionem ou 
ameaçem lesionar os bens tutelados
Competência 
para julgar
O foro do local onde ocorrer o dano
Admite 
liminar?
Sim
Não é 
cabível para
Pretensões que envolvam:
- tributos e contribuições previdenciárias;
- o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS 
ou outros fundos de natureza institucional cujos 
beneficiários podem ser individualmente 
determinados
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IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis 
com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a 
consultoria jurídica de entidades públicas. 
 
(1) Registre-se que o rol de atribuições conferidas ao Ministério Público pelo 
art. 129 da CF não é taxativo (numerus clausus), mas exemplificativo (numerus 
apertus). 
 
10- (FGV / Técnico do MPE – RJ / 2016) O Ministério 
Público de determinado Estado da Federação, com base no art. 129, III, da 
Constituição da República Federativa do Brasil, instaurou procedimento 
investigatório para apurar informações de que determinada indústria estava 
despejando poluentes, sem qualquer tratamento, em um rio que, além de 
abrigar variada fauna, era utilizado por inúmeras pessoas como fonte exclusiva 
de água potável. 
No exemplo narrado, a investigação busca proteger uma modalidade de 
interesse: 
a) coletivo; 
b) difuso; 
c) individual homogêneo; 
d) social disponível; 
e) coletivo transacionável. 
Resolução: Alternativa B. Note-se que os titulares do direito agredido são 
indeterminados e indetermináveis. Assim, trata-se de interesse difuso. 
11- (FCC / Analista Judiciário do TRE – RR / 2015 / 
Adaptada) Não constitui função institucional do Ministério Público, de acordo 
com a Constituição Federal: 
a) Exercer o controle externo da atividade policial. 
b) Representar para fins de intervenção da União no Estado-membro. 
c) Intervir como fiscal da lei nas causas em que a União, suas Autarquias ou 
Empresas Públicas figurarem como autoras, rés, assistentes ou opoentes. 
d) Mover a ação civil pública para o resguardo do sistema político vigente. 
e) Mover a ação penal pública privativamente. 
Resolução: Alternativa C. O erro é que é vedada ao MP a representação judicial 
e a consultoria jurídica a entidades públicas. 
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12- (CESPE/ Analista Administrativo do TCE – ES / 
2013 / Adaptada) Julgue o item abaixo: 
A Constituição Federal estabelece, de forma taxativa, as garantias, os 
impedimentos e as funções institucionais do Ministério Público. 
Resolução: Errado. O rol do art. 129 é exemplificativo (numerus apertus) e 
não taxativo (numerus clausus). 
 Isso não significa que as funções institucionais do MP podem ser 
ampliadas sem critério. Claro que não! 
 No entanto, desde que guardem consonância com o múnus (“função”) 
público delineado pela CF/88, as atribuições do MP podem abranger outras 
hipóteses. 
13- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – SP / Área 
Administrativa / 2012) Por meio do Ato Normativo no 721, de 16 de 
dezembro de 2011, o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do 
Estado de São Paulo estabeleceu o Plano Geral de Atuação da instituição para o 
ano de 2012. Elegendo a segurança escolar como tema prioritário, o Plano 
indica, dentre outras ações e diretrizes, a realização de "visitas e reuniões 
setoriais em estabelecimentos de ensino, com o fim de possibilitar diagnóstico 
com vistas à identificação daqueles em que a situação de violência seja 
especialmente relevante e de qual a modalidade criminosa que mais aflige a 
população escolar respectiva, para possibilitar atuação preventiva e a 
pacificação do ambiente escolar". 
As ações e diretrizes acima referidas decorrem de previsão da Constituição da 
República, segundo a qual ao Ministério Público compete: 
a) defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e 
individuais indisponíveis, promovendo as medidas necessárias à garantia dos 
direitos assegurados na Constituição. 
b) promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. 
c) promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos. 
d) exercer o controle externo da atividade policial, na forma estabelecida em lei 
complementar. 
e) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, 
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. 
Resolução: Alternativa A. Questão fácil, porém didática e que nos dá um 
panorama de algumas das principais competências do MP. 
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 Observe-se que TODAS as alternativas acima estão, essencialmente, 
corretas. No entanto, a única competência que, diretamente, diz com a ação 
destacada no enunciado é a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste 
artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto 
nesta Constituição e na lei. 
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da 
carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo 
autorização do chefe da instituição. 
 
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á [...] 
 
 
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93 
[disposições relativas à carreira da magistratura]. 
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. 
 
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas 
aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma 
de investidura. 
 
(1) O STF possui diversos julgados (vide, dentre outros, MS 27.339/DF, ADI 
328/SC e ADI 3.315/CE) em que se ressalta que o Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas não tem qualquer vínculo com o Ministério Público 
comum (da União e dos Estados). 
Compete aos Ministérios Públicos de Contas atuar na qualidade de custos 
legis (fiscais da lei) no âmbito dos respectivos Tribunais de Contas, auxiliando 
Ingresso na 
carreira
Mediante 
concurso público 
de provas e
títulos
Com a 
participação da 
Ordem dos 
Advogados do 
Brasil em todas 
as fases
Exigindo-se do 
bacharel em 
Direito, no 
mínimo, 3 anos
de atividade 
jurídica
Obedecendo-se, 
nas nomeações, à 
ordem de 
classificação
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na fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
Administração Pública, e desempenhando ações diversas para fins de proteção 
do erário. 
 
 Avançando, nossa Constituição Federal dispõe sobre o Conselho Nacional 
do Ministério Público. 
 O abaixo transcrito art. 130-A foi inserido no texto constitucional pela EC 
nº 45/2004, no contexto da chamada “Reforma do Judiciário”. 
 No seu bojo, está a necessidade de conferir maior eficiência à atuação 
dos membros do MP, em especial reforçando-se mecanismos de controle 
administrativo do Parquet. 
 
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze 
membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a 
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de 
dois anos, admitida uma recondução, sendo: 
 
 
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados 
pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei. 
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da 
atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do 
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: 
I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, 
podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou 
recomendar providências; 
II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante 
provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros 
O PGR membro nato, preside o CNMP
4 membros do MPU
assegurada a representação de cada uma de suas 
carreiras [ou seja, 1 de cada ramo] [dentre estes será 
escolhido o corregedor do CNMP]
3 membros do MPE - [dentre estes será escolhido o corregedor do CNMP]
2 juízes 1 indicado pelo STF + 1 indicado pelo STJ
2 advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB
2 cidadãos
de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados 1
pela Câmara dos Deputados e 1 pelo Senado Federal
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ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-
los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao 
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de 
Contas; 
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do 
Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços 
auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, 
podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a 
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao 
tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla 
defesa; 
IV - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de 
membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos 
de um ano; 
V - elaborar relatório anual, propondo as providênciasque julgar necessárias 
sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o 
qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. 
 
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, 
dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a 
recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas 
pela lei, as seguintes: 
I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos 
membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; 
II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; 
III - requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes 
atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. 
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
oficiará junto ao Conselho. 
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, 
competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado 
contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços 
auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério 
Público. 
 
14- (FCC / Técnico do CNMP / 2015) O Presidente do 
Conselho Nacional do Ministério Público é: 
a) o Procurador-Geral da República. 
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b) definido por meio de eleição dentre os membros do Ministério Público que o 
integram, por maioria simples. 
c) o Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
d) o Presidente do Senado Federal. 
e) definido por meio de eleição dentre os membros do Ministério Público que o 
integram, por maioria absoluta. 
Resolução: Alternativa A. O PGR é membro nato e Presidente automático do 
CNMP. 
 
 
 
A advocacia pública no Brasil é composta por três carreiras centrais: a 
Advocacia Geral da União, as Procuradorias dos Estados-membros e do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Residualmente, ainda temos outras organizações que exercem funções 
típicas de advocacia pública, como por exemplo as procuradorias no âmbito do 
Poder Legislativo, as procuradorias de algumas autarquias estaduais, dentre 
outras, que não são foco deste estudo. 
 
 
 
Seção II 
DA ADVOCACIA PÚBLICA 
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através 
de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-
lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e 
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder 
Executivo. 
 
 
Representação 
judicial e extrajudicial
União
Consultoria e 
Assessoramento
Poder Executivo, somente
2- A advocacia pública 
 
Atualmente, é a Lei Complementar nº 73/93 
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 Nos termos da LC nº 73/93 a Advocacia-Geral da União apresenta a 
seguinte composição: 
 
 
§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, 
de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores 
de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
§ 2º - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que 
trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos. 
 
(1) Observe-se que o AGU é escolhido, dentro dos limites constitucionais, de 
forma relativamente discricionária pelo Presidente da República, podendo 
inclusive ser cidadão que não componha a carreira da instituição. 
 Já o ingresso nas classes iniciais da carreira (exemplo: Advogado da 
União, Procurador-Geral da Fazenda Nacional ou Procurador do Banco Central) 
depende de concurso de provas e títulos. 
Órgãos de direção 
superior
o Advogado-Geral da União
a Procuradoria-Geral da União e a 
da Fazenda Nacional
a Consultoria-Geral da União
o Conselho Superior da Advocacia-
Geral da União
a a Corregedoria-Geral da 
Advocacia da União
Órgãos de execução
as Procuradorias Regionais da União e as da 
Fazenda Nacional e as Procuradorias da União e as 
da Fazenda Nacional nos Estados e no DF e as 
Procuradorias Seccionais destas
a Consultoria da União, as Consultorias Jurídicas 
dos Ministérios, da Secretaria-Geral e das demais 
Secretarias da Presidência da República e do 
Estado-Maior das Forças Armadas
Órgão de assistência 
direta e imediata ao AGU
o Gabinete do Advogado-Geral da 
União
Órgãos vinculados
as Procuradorias e Departamentos Jurídicos das 
autarquias e fundações públicas (ex.: a 
Procuradoria do Banco Central)
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§ 3º - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da 
União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em 
lei. 
 
(1) Como explica Alexandre (2012), dívida ativa é uma espécie de registro de 
valores que as Fazendas Públicas têm o direito de exigir judicialmente de 
determinado sujeito passivo. Trata-se de um crédito passível de cobrança 
forçada (executável) desde o momento que se esgota o seu prazo para 
pagamento e até que ocorra a prescrição da ação. Nesse interstício ele deve ser 
inscrito nos cadastros de dívida ativa, para que seja providenciada a cobrança 
judicial com posterior ordem de execução fiscal. 
 Contudo, a referida inscrição normalmente não é feita pelo mesmo órgão 
fiscalizador que efetuou o lançamento do crédito tributário. Ela é feita, em regra, 
pelas procuradorias dos entes respectivos (em âmbito federal, pela 
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional). 
 
15- (CESPE / Advogado da União / 2015) Acerca de 
aspectos diversos relacionados à atuação e às competências dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário, do presidente da República e da AGU, julgue 
o item a seguir. 
Compete à AGU a representação judicial e extrajudicial da União, sendo que o 
poder de representação do ente federativo central pelo advogado da União 
decorre da lei e, portanto, dispensa o mandato. 
Resolução: Correto. Para o STF, uma vez subscrito o ato por detentor do cargo 
de advogado da União, dispensável é a apresentação de instrumento de 
mandato, ou seja, da procuração (AO 1.757 / PA). 
16- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 3ª Região / 
2016) De acordo com a Constituição Federal, o cargo de Advogado-Geral da 
União, observados limites etários, o notável saber jurídico e a reputação ilibada, 
comporta provimento através de nomeação pelo Presidente da República, a qual 
será: 
a) precedida de eleição dentre todos os integrantes da carreira de Advogado da 
União, que formarão lista tríplice vinculativa. 
b) livre, devendo, no entanto, recair em integrante da carreira de Advogado da 
União. 
c) livre, devendo, no entanto, ser aprovada pelo Senado Federal. 
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d) livre, podendo, inclusive, recair em pessoa que não integre a carreira de 
Advogado da União. 
e) livre, exercendo o titular do cargo mandato por prazo certo e determinado. 
Resolução: AlternativaD. Ao contrário do Ministério Público, em que a chefia 
da instituição obrigatoriamente recai sobre integrante da carreira, no caso da 
AGU, a indicação do Advogado-Geral é bastante flexível. 
17- (FGV / Analista Judiciário do TJ – RJ / 2014) 
Determinada lei estadual, editada no corrente ano, com o objetivo de aumentar 
a eficiência na representação judicial da Administração Pública, dispôs que as 
execuções fiscais passariam a ser promovidas pela “Procuradoria da Fazenda 
Estadual”, estrutura orgânica criada pela referida lei, vinculada à Secretaria de 
Estado de Fazenda e totalmente autônoma em relação à Procuradoria-Geral do 
Estado, a quem caberia a representação dos demais interesses estatais. À luz 
desse quadro, é correto afirmar que a lei estadual é: 
a) inconstitucional, pois a Procuradoria da Fazenda Estadual deveria ser órgão 
integrante do Ministério Público. 
b) constitucional, pois a lei estadual pode dispor livremente sobre as matérias 
de interesse do Estado. 
c) inconstitucional, pois a Procuradoria da Fazenda Estadual deveria estar 
diretamente subordinada ao Chefe do Poder Executivo. 
d) constitucional, pois a Procuradoria da Fazenda Estadual está 
constitucionalmente vocacionada à defesa dos interesses fazendários do Estado. 
e) inconstitucional, pois o Estado não pode criar Procuradorias autônomas e 
desvinculadas da Procuradoria-Geral do Estado. 
Resolução: Alternativa E. A CF/88 determina que na execução da dívida ativa 
de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 
Deste modo, simetricamente, na execução da dívida ativa de natureza 
tributária, a representação dos Estados caberá à Procuradoria Geral do Estado. 
 
 
Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em 
carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e 
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas 
as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das 
respectivas unidades federadas. 
Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada 
estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de 
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desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das 
corregedorias. 
 
(1) As procuradorias-gerais dos Estados-membros e do DF exercem, 
observadas determinadas especificidades, atividades análogas às da Advocacia-
Geral da União em âmbito federal. 
Conforme já decidiu o Supremo, o Procurador-Geral de determinado 
Estado, cargo de livre nomeação e exoneração pelo Governador, também pode 
ser escolhido ou não entre os membros de carreira da instituição (ADI 291/MT). 
 
 
 No âmbito do Ministério Público da União, os membros do Parquet são 
todos denominados procuradores. 
 Nos Estados-membros, são denominados promotores e procuradores. 
Aqueles, em se tratando de status institucional, são equivalentes aos juízes. 
Estes, aos desembargadores. 
 Por seu turno, no contexto da advocacia (pública e privada) o termo 
“procurador”, quando empregado, é sinonímia de “advogado”. 
 
18- (FGV / Analista de Procuradoria da PGE – RO / 
2015) De acordo com o texto da Constituição da República de 1988, aos 
Procuradores dos Estados: 
a) é assegurada vitaliciedade após três anos de efetivo exercício, mediante 
avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório 
circunstanciado das corregedorias; 
b) é assegurada vitaliciedade após dois anos de efetivo exercício, mediante 
avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório 
circunstanciado das corregedorias; 
c) aplica-se a obrigatoriedade de concurso público de provas e títulos para 
ingresso na carreira, com a participação de representante do Poder Judiciário 
em todas as suas fases; 
d) aplica-se a obrigatoriedade de concurso público de provas e títulos para 
ingresso na carreira, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em 
todas as suas fases; 
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e) incumbe a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, 
em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, 
de forma integral e gratuita, aos necessitados. 
Resolução: Alternativa D. 
 Os Procuradores Estaduais (advogados públicos dos Estados) não são 
dotados de vitaliciedade, mas apenas de estabilidade. Assim, erradas as opções 
“A” e “B”. 
 Já a opção “C” erra uma vez que a participação requerida no concurso 
para Procurador Estadual é da OAB e não de representante do Judiciário. 
 Por fim, a opção “E” erra ao fazer uma miscelânea de competências dos 
Procuradores, do Ministério Público e da Defensoria Pública. 
 
 
 
A legislação infraconstitucional considera pressuposto processual a 
capacidade postulatória das partes que compõem o processo. 
Essa capacidade nada mais é que a aptidão para a prática de atos 
processuais em juízo (apresentar petições, provas, alegações etc.), e somente 
se faz presente quando a parte goza do denominado jus postulandi ou quando 
esteja representada por quem o detenha, vale dizer, por um advogado. 
Regra geral, apenas o advogado inscrito na Ordem dos Advogados do 
Brasil, a Defensoria Pública e o Ministério Público detêm capacidade 
postulatória, ressalvados alguns atos como por exemplo a impetração de habeas 
corpus, a postulação nos juizados especiais (até determinado valor da causa), 
e as ações na Justiça do Trabalho, que podem ser apresentadas e impulsionadas 
pessoalmente pelas partes interessadas. 
 
SEÇÃO III 
DA ADVOCACIA 
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo 
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites 
da lei. 
 
(1) O advogado é indispensável à administração da Justiça. Contudo, sua 
presença pode ser dispensada em certos atos jurisdicionais, conforme vimos 
anteriormente. 
3- A advocacia privada 
 
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(2) Segundo o STF (ADI 1.127/DF), a imunidade profissional assegurada ao 
advogado não impede que ele seja processado por crime de desacato 
decorrente de ato ou manifestação abusivos no exercício de sua profissão. 
 
 A Lei nº 8.906/1994 (“Estatuto da OAB”) dispõe sobre o estatuto geral 
da advocacia privada. 
 Dentre diversas outras disposições, interessante destacar que a referida 
lei aduz serem nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não 
inscrita na OAB (art. 4º). 
De regra, o advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do 
mandato (por meio de procuração). Contudo, afirmando urgência, pode atuar 
sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, 
prorrogável por igual período (art. 5º, §1º). 
No rol dos direitos do advogado, além de ampla liberdade ao exercício de 
sua atividade precípua, incluem-se ter mantida a inviolabilidade de seu 
escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho e 
de sua correspondência (relativa ao exercício da advocacia); poder comunicar-
se com seus clientes, pessoale reservadamente, mesmo sem procuração, 
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos 
civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; ter a presença de 
representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao 
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade 
e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; e não ser 
recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de 
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em 
prisão domiciliar (vide art. 7º). 
 
19- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 3ª Região / 
2015 / Adaptada) Julgue o item abaixo. 
O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por 
seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
Resolução: Correto. Válido destacar que a participação do advogado pode ser 
contornada em determinadas situações. Por exemplo, a impetração de habeas 
corpus e o pedido de revisão criminal podem ser feitos pelo próprio réu. Além 
disso, no processo administrativo disciplinar, a falta de defesa técnica por 
advogado não ofende a CF/88 (Súmula Vinculante n.º 5). 
 
 
 
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Lembremos o que estabelece o art. 5º da nossa Constituição Federal: 
 
[Art. 5º] LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita 
aos que comprovarem insuficiência de recursos; 
 
 Nessa orientação, em prol dos hipossuficientes, a Defensoria Pública 
emerge como instituição nuclear, conferindo maior eficácia à pretensão de 
isonomia no acesso ao Judiciário prevista na CF/88. 
Válido ressaltar que, entre os modelos de assistência jurídica dos Estados 
contemporâneos, o Brasil adotou o sistema salaried staff model, o que significa 
que incumbe aos advogados (defensores) públicos a prestação de assistência 
jurídica integral e gratuita aos necessitados, recebendo aqueles agentes 
públicos uma remuneração fixa (por subsídio) para o desempenho da função, e 
não caso a caso, como ocorre com os advogados na iniciativa privada. 
 
SEÇÃO IV 
DA DEFENSORIA PÚBLICA 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função 
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do 
regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção 
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e 
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e 
gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta 
Constituição Federal. 
 
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito 
Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos 
Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante 
concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a 
garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das 
atribuições institucionais. 
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia 
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária 
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e 
subordinação ao disposto no art. 99, § 2º. 
§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e do 
Distrito Federal. 
4- A defensoria pública 
 
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§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que 
couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição 
Federal. 
 
(1) As Defensorias Públicas (União, Estados e DF) gozam de autonomia FAO 
(funcional, administrativa e de proposta orçamentária), sendo-lhes aplicados, 
ainda, princípios institucionais de igual monta àqueles concebidos para o 
Ministério Público. 
 
20- (CESPE / Defensor Público Estadual – PE / 2015) 
No que se refere ao tratamento conferido pela CF à DP, julgue o seguinte item. 
Aos defensores públicos empossados após a promulgação da CF é permitido o 
exercício da advocacia privada, desde que não conflitante com o exercício de 
suas atribuições institucionais. 
Resolução: Errado. É vedado ao defensor público o exercício da advocacia fora 
de suas atribuições institucionais. Para o STF, os § 1º e § 2º do art. 134 da 
Constituição do Brasil veiculam regras atinentes à estruturação das defensorias 
públicas, que o legislador ordinário não pode ignorar (ADI 3.043 / MG). 
21- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 2ª Região / 
Área Administrativa / 2014) A respeito das funções essenciais à justiça 
previstas na Constituição Federal, é correto afirmar: 
a) Exige-se do bacharel em direito no mínimo três anos de atividade jurídica 
para o ingresso nas carreiras do Ministério Público, da Advocacia Pública, da 
União e dos Estados, e das Defensorias Públicas da União e dos Estados. 
b) É assegurada autonomia funcional e administrativa às Defensorias Públicas 
Estaduais, sendo que a iniciativa da proposta orçamentária deve se dar dentro 
dos limites da lei de diretrizes orçamentárias do respectivo Estado. 
c) O ingresso nas carreiras da Advocacia Geral da União far-se-á por meio de 
livre nomeação pelo Presidente da República entre cidadãos maiores de trinta 
anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
d) O ingresso na carreira do Ministério Público junto aos Tribunais de Conta se 
dará por meio de escolha do Governador em lista tríplice elaborada pelo 
Conselho Nacional do Ministério Público. 
e) No concurso público de provas e títulos para as carreiras da Advocacia 
Pública, a participação da Ordem dos Advogados do Brasil é facultativa. 
Resolução: Alternativa B. 
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 O problema na alternativa “A” é que, o ingresso na carreira de Advocacia 
Pública da União prescinde dos três anos de atividade jurídica exigidos, por 
exemplo, para membros ingressantes das carreiras da Magistratura e do 
Ministério Público. 
 Já a opção “C” erra uma vez que a livre nomeação pelo Presidente da 
República é apenas para o cargo de Advogado-Geral da União (ainda assim, 
dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada). Nos demais casos de ingresso nas classes iniciais das 
carreiras da instituição, este se dá por concurso público de provas e títulos. 
 A “D”, por sua vez, trata do Ministério Público junto aos Tribunais de 
Conta. Como alertamos previamente, o entendimento majoritário é que essas 
entidades, apesar do nome, não têm qualquer vínculo com o Ministério 
Público comum (da União e dos Estados). Além disso, o ingresso nas 
respectivas carreiras se dará por concurso público e não por escolha do 
Governador. 
 Por último, a alternativa “E” se mostra incorreta já que haverá sim 
participação da OAB em todas as fases de tais concursos. 
22- (FGV / Analista Judiciário TJ – BA / 2015) Em 
relação às funções essenciais à justiça, a Constituição da República de 1988 
dispõe que: 
a) à Advocacia-Geral da União incumbe a defesa da ordem jurídica,do regime 
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
b) a Defensoria Pública é responsável pelas atividades de consultoria e 
assessoramento jurídico ao Poder Executivo, na defesa de seus interesses, nas 
esferas federal e estadual. 
c) é função institucional da Defensoria Pública exercer o controle externo da 
atividade policial e defender judicialmente os direitos dos indígenas. 
d) ao Ministério Público incumbe a orientação jurídica e a defesa, judicial e 
extrajudicial, dos direitos individuais, de forma gratuita, aos necessitados e 
hipossuficientes. 
e) são garantias dos membros do Ministério Público a vitaliciedade, a 
inamovibilidade e a irredutibilidade de subsídio. 
Resolução: Alternativa E. Literalidade do art. 128, I, da CF/88. Vejamos o que 
há de errado com as demais. 
a) à Advocacia-Geral da União ao Ministério Público incumbe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis. 
b) a Defensoria Pública Advocacia Geral da União é responsável pelas atividades 
de consultoria e assessoramento jurídico ao Poder Executivo, na defesa de seus 
interesses, nas esferas federal e estadual. 
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c) é função institucional da Defensoria Pública do Ministério Público exercer o 
controle externo da atividade policial e defender judicialmente os direitos dos 
indígenas. 
d) ao Ministério Público à Defensoria Pública incumbe a orientação jurídica e a 
defesa, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais, de forma gratuita, aos 
necessitados e hipossuficientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23- (FGV / Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal de Cuiabá – 
MT / 2016) Arnaldo, cidadão brasileiro, narrou ao órgão com atribuição do 
Ministério Público três situações fáticas listadas a seguir, cujos efeitos se 
projetavam sobre ele e solicitou a adoção das providências necessárias à sua 
superação. 
Fato I: o único vizinho de Arnaldo, uma vez por semana, escutava, por trinta 
minutos, músicas com o som elevado, que superava em muito os limites tidos 
como toleráveis; 
Fato II: uma indústria existente na cidade de Arnaldo despejou resíduos tóxicos 
no único rio da região, causando grande mortandade de peixes e impedindo o 
uso da água pela população; 
Fato III: outra indústria havia comercializado, exclusivamente na cidade de 
Arnaldo, um produto impróprio para o consumo, causando danos variados a 
todos os seus adquirentes. 
Com base no caso descrito, à luz das atribuições constitucionais de natureza 
extrapenal do Ministério Público e das características dos interesses envolvidos, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Todos os fatos poderiam ser investigados pelo Ministério Público, isso por se 
enquadrarem sob a epígrafe dos interesses individuais e coletivos de natureza 
indisponível. 
b) Somente os fatos II e III poderiam ser investigados pelo Ministério Público, 
pois têm, respectivamente, natureza de interesses difusos e de interesses 
coletivos. 
c) Nenhum dos fatos poderia ser investigado pelo Ministério Público, já que 
Arnaldo, por ser cidadão, teria legitimidade para o ajuizamento da ação popular. 
d) Somente os fatos I e II, isso por violarem o meio ambiente, tendo natureza 
essencialmente difusa, poderiam ser investigados pelo Ministério Público. 
e) Somente os fatos I e III poderiam ser investigados pelo Ministério Público, 
pois somente nesses casos seria possível identificar as vítimas dos ilícitos. 
Resolução: Alternativa B. 
 Vimos previamente que os direitos difusos são aqueles cujos titulares são 
indeterminados e indetermináveis, já os direitos coletivos são aqueles cujos 
titulares são indeterminados, porém determináveis. 
 Sabemos que de acordo com o art. 129, III, da CF/88, dentre outras, é 
função institucional do Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil 
pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de 
outros interesses difusos e coletivos. 
5- Questões Comentadas 
 
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 E por que o fato I não pode ser investigado pelo MP? 
 Porque o vizinho barulhento é o único vizinho de Arnaldo, não há interesse 
coletivo ou difuso envolvido. 
A presença do MP é indispensável apenas nos casos em que haja interesse 
público ligado a uma das partes ou à natureza da questão. Não cabe ao 
Ministério Público tutelar os direitos individuais que se situam na órbita de 
interesse exclusivamente particular, sem danos ou repercussão no meio social, 
mas sim à pessoa. 
 
24- (ESAF / Auditor Fiscal da Receita Federal / 2012 / Adaptada) 
Julgue o item abaixo. 
A Constituição de 1988 instituiu a Advocacia-Geral da União como órgão de 
defesa judicial e extrajudicial da União. Sobre essa instituição, é correto afirmar 
que os membros das Carreiras da AGU gozam da prerrogativa constitucional da 
inamovibilidade, e, no mais, as Procuradorias de Estado devem seguir a 
orientação normativa do Advogado-Geral da União. 
Resolução: Errado. Em primeiro lugar, os membros da AGU, ao contrário dos 
magistrados e membros do MP, não são inamovíveis. 
 Quanto à segunda afirmação, ressalte-se a inexistência de qualquer 
vínculo (inclusive hierárquico) entre a AGU e as Procuradorias dos Estados, 
instituições do Executivo responsáveis pela promoção da defesa técnico-judicial 
do respectivo Estado-membro. 
 
25- (ESAF / Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional / 2012) Sobre a 
organização constitucional da Advocacia- Geral da União, é correto afirmar que 
a) a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de 
órgão vinculado, representa a União extrajudicialmente, cabendo- lhe, nos 
termos da lei, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder 
Legislativo. 
b) na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União 
cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei. 
c) a Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de 
livre nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado 
Federal, dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada. 
d) o ingresso nas classes iniciais das carreiras da Advocacia-Geral da União far-
se-á, salvo no caso de reaproveitamento de advogados integrantes dos quadros 
funcionais de autarquias ou fundações extintas, mediante concurso público de 
provas ou de provas e títulos. 
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e) a Advocacia-Geral da União é a instituição que representa judicialmente a 
União perante o Supremo Tribunal Federal, salvo na matéria tributária onde esta 
representação cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. 
Resolução: Alternativa B. 
a) a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamenteou através de 
órgão vinculado, representa a União extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos 
termos da lei, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder 
Legislativo Executivo. 
c) a Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de 
livre nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado 
Federal, dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada. 
d) o ingresso nas classes iniciais das carreiras da Advocacia-Geral da União far-
se-á, salvo no caso de reaproveitamento de advogados integrantes dos quadros 
funcionais de autarquias ou fundações extintas, mediante concurso público de 
provas ou de provas e títulos. 
e) a Advocacia-Geral da União é a instituição que representa judicialmente a 
União perante o Supremo Tribunal Federal, salvo na matéria tributária onde esta 
representação cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. A Advocacia-
Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, 
representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da 
lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as 
atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. 
 
26- (FGV / Procurador do Município - Niterói / 2014) A partir das regras 
e princípios constitucionais afetos à Advocacia Pública, é correto afirmar que as 
Procuradorias Municipais: 
a) devem atender, tanto quanto possível, ao princípio da descentralização 
administrativa, criando-se estruturas independentes para as atividades de 
consultoria e assessoria jurídica litigiosa. 
b) podem receber autonomia administrativa e financeira. 
c) devem seguir o princípio da especialização, havendo Procuradorias 
específicas para cada ente da Administração Pública que possua personalidade 
jurídica de direito público. 
d) devem ser necessariamente dirigidas por profissional da respectiva carreira. 
e) devem ser regidas pelo princípio da unidade, prevalecendo o princípio geral 
de que as atividades de consultoria e assessoramento jurídico devem ser 
desempenhadas pela mesma estrutura orgânica. 
Resolução: Alternativa E. Vide o art. 132 da CF/88. 
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 Já o problema nas alternativas “A”, “B” e “C” é essencialmente o mesmo, 
qual seja, inexiste previsão constitucional nesse sentido. 
 Quanto ao item “D”, o STF tem jurisprudência pacífica sobre o tema: "O 
cargo de Procurador Geral do Estado é de livre nomeação e exoneração pelo 
Governador do Estado, que pode escolher o Procurador Geral entre membros 
da carreira ou não. Precedentes." (ADI 291, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 
julgamento em 7-4-2010, Plenário, DJE de 10-9-2010.) No mesmo sentido: ADI 
2.682, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-2-2009, Plenário, DJE de 
19-6-2009. Em sentido contrário: ADI 2.581, Rel. p/ o ac. Min. Marco Aurélio, 
julgamento em 16-8-2007, Plenário, DJE de 15-8-2008. 
 
27- (FCC / Auditor do TCE – AM / 2015) Considere as seguintes 
afirmações acerca da disciplina constitucional das funções essenciais à Justiça: 
I. São funções essenciais à Justiça aquelas exercidas por Ministério Público, 
advocacia, órgãos de Advocacia Pública e Defensoria Pública. 
II. São princípios institucionais tanto do Ministério Público como da Defensoria 
Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, cabendo a 
ambos elaborar a respectiva proposta orçamentária, dentro dos limites 
estabelecidos pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
III. Aos membros do Ministério Público, tanto da União quanto dos Estados, é 
assegurada a vitaliciedade após dois anos de exercício, não podendo perder o 
cargo senão por sentença judicial transitada em julgado, ao passo que aos 
Procuradores dos Estados e do Distrito Federal é assegurada estabilidade após 
três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os 
órgãos próprios, após relatório circunstanciado da corregedoria respectiva. 
IV. Aos membros do Ministério Público e das Defensorias Públicas é vedado o 
exercício da advocacia em qualquer hipótese. 
Está correto o que se afirma apenas em: 
a) I e II. 
b) III e IV. 
c) I, II e III. 
d) II e IV. 
e) I, III e IV. 
Resolução: Alternativa C. 
 O único erro é do item IV, uma vez que, com efeito, o art. 128, §5.º, II, 
da CF/88, contém tal vedação. 
No entanto, conforme vimos, o art. 29, § 3º, do ADCT, numa regra de 
transição, estabelece uma norma de exceção: “poderá optar pelo regime 
anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do Ministério 
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Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto 
às vedações, a situação jurídica na data desta”. Ou seja, os membros do MP 
admitidos antes da promulgação da CF/88 puderam optar pelo regime anterior 
à Carta Magna, no qual era permitido exercer outra função ou cargo público de 
importância equivalente ou superior na administração pública, assim como 
exercer a advocacia. 
 
28- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – GO / 2017) No 
modelo de funcionamento da justiça montado no Brasil, entendeu-se ser 
indispensável a existência de determinadas funções essenciais à justiça. Nesse 
sentido, a CF considera como funções essenciais à justiça: 
a) o Poder Judiciário, o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia e 
as polícias civil e militar. 
b) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública, a advocacia e 
as polícias civil e militar. 
c) o Poder Judiciário e o Ministério Público. 
d) o Ministério Público, a defensoria pública, a advocacia pública e a advocacia. 
e) o Poder Judiciário, o Ministério Público e a defensoria pública. 
Resolução: Alterntativa D. 
 
 
29- (CESPE / Delegado de Polícia Substituto da PC – GO / 2017 / 
Adaptada) Julgue o item abaixo. 
A exigência constitucional de que o chefe do Ministério Público da União, 
procurador-geral da República, pertença à carreira significa que ele, para o 
exercício do cargo, pode pertencer tanto ao Ministério Público Federal quanto 
ao estadual. 
Resolução: Errado. O procurador-geral da República, sendo chefe do Ministério 
Público da União, deve ser membro de carreira do MPU. 
 
30- (CESPE / Agente de Segurança Penitenciária da SERES - PE / 
2017) A respeito do Ministério Público, julgue as asserções que se seguem. 
Funções essenciais à Justiça
Ministério Público
Advocacia 
Pública
Advocacia
Defensoria 
Pública
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I É garantida aos membros do Ministério Público a irredutibilidade de subsídios, 
de modo a se evitar a redução nominal da remuneração. 
II É permitido que promotor de justiça receba honorários de sucumbência e 
custas processuais nos processos em que o Ministério Público for o vencedor na 
demanda. 
Assinale a opção correta, a respeito das asserções I e II. 
a) As asserções I e II são erradas. 
b) As asserções I e II são certas, e a II é uma justificativa da I. 
c) As asserções I e II são certas, mas a II não é uma justificativa da I. 
d) A asserção I é certa, e a II é errada. 
e) A asserção

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