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TEMA: Mensuração Florestal 
AULA: Dendrometria 
Prof°: Marcus Costa 
 
 
 
 
Dendrometria para Concursos 
Prof. Marcus Costa 
 
 
 
 
Saudações Florestais! 
 
 
Antes de tudo, gostaria de me apresentar, meu nome é Marcus 
Costa, sou Engenheiro Florestal, especialista em Gestão Florestal, servidor 
público federal desde 2012 quando passei em 1° lugar para o cargo de 
Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário/Engenheiro Florestal no 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. 
A proposta desta aula é dar a você o melhor suporte teórico para a 
resolução de todas as questões objetivas que possam ser cobradas em 
sua prova sobre Dendrometria. Para isto, vamos intercalar a teoria com 
questões de concursos comentadas para que você possa fixar o conteúdo 
e se acostumar como ele costuma ser cobrado nas provas. Sempre que 
possível colocarei ilustrações para facilitar ainda mais sua assimilação. 
Ao final, serão apresentadas todas as questões da aula. Isto é para 
que você possa resolvê-las sem ler os comentários ou utilizá-las como 
ferramentas de revisão rápida na “reta final” de preparação para o seu 
concurso. 
O assunto que vamos tratar a partir de agora engloba: idade das 
árvores e povoamento, DAP, CAP, Área Basal, Altura e Volume. O 
assunto parece vasto, contudo, existem assuntos que são recorrentes nas 
provas. E são nestes assuntos que vamos focar! 
Finalmente, gostaria de convidá-lo, caro (a) aluno (a) a participar 
ativamente desta aula. Sinta-se à vontade para enviar suas dúvidas no e-
mail contato@concurseiroflorestal.com.br 
Após esta breve apresentação, vamos à nossa aula... 
 
 
 
 
Dendrometria para Concursos 
Prof. Marcus Costa 
 
 
 
 
Conteúdo 
 
1. Dendrometria ...................................................................................... 4 
1.1. Idade das Árvores e dos Povoamentos ............................ 6 
1.2. Diâmetro à Altura do Peito (DAP) e Circunferência ............ 8 
1.3. Área Seccional e Área Basal ......................................... 13 
1.4. Altura .............................. Erro! Indicador não definido. 
1.5. Volume ............................ Erro! Indicador não definido. 
1.6. Equações de Volume .......... Erro! Indicador não definido. 
2. Questões Extras ............................................ Erro! Indicador não definido. 
3. Lista De Questões........................................ Erro! Indicador não definido. 
4. Gabarito ........................................................ Erro! Indicador não definido. 
 
 
Dendrometria para Concursos 
Prof. Marcus Costa 
 
 
 
1. Dendrometria 
 
 O termo Dendrometria significa medida da árvore (DENDRO = 
árvore; METRIA = medida). Numa definição mais ampla pode-se 
conceituar a Dendrometria como um ramo da Ciência Florestal que se 
encarrega da determinação ou estimação dos recursos florestais, quer 
seja da própria árvore ou do próprio povoamento, com finalidade de 
predizer com precisão o volume, o incremento ou a produção de um 
determinado recurso florestal. 
 A Dendrometria surgiu para atender objetivos específicos, dentre 
eles os comerciais, os de ordenação florestal e os de pesquisas, e sua 
importância está no fato da mesma envolver-se em outros ramos, tais 
como: geoprocessamento, inventário florestal, economia florestal, 
silvicultura etc. 
No Brasil, a Dendrometria adquire maior importância pelo fato de 
contribuir para o conhecimento e avaliação das florestas (naturais e 
plantadas), fornecendo elementos para o desenvolvimento do 
ordenamento racional, sob os aspectos quantitativos. 
 
Tipos de Medidas- em dendrometria, as medidas podem se dar de 3 
formas: 
 
MEDIDA CARACTERÍSTICA EXEMPLO 
Direta Homem diretamente sobre 
a árvore 
DAP, CAP, comprimento de toras, espessura da 
casca, número de anéis de crescimento, altura 
de árvores abatidas, etc. 
Indireta Fora do alcance direto do 
homem - métodos óticos. 
Altura de árvore em pé, área basal e diâmetro 
a várias alturas usando-se o Relascópio de 
Bitterlich, diâmetro da árvore em alturas 
diversas com o Pentaprisma de Wheeler, etc. 
Estimativa Métodos estatísticos Curvas, equações, tabelas 
 
Dendrometria para Concursos 
Prof. Marcus Costa 
 
 
 
Veremos mais detalhes sobre estes exemplos mais adiante. 
 
O processo de medição pode incorrer em erros, veja os principais 
deles: 
 
Tipos de erros 
 Erros sistemáticos: São causados por defeito do aparelho ou por 
inabilidade do operador. São erros que se repetem com certa 
frequência, causada por falhas de procedimentos, ou por problemas 
nos aparelhos. (Ex1. fitas métricas com emendas, Ex2. operador em 
posição inadequada). 
 Erros compensantes: São causados por arredondamento, não 
dependem do aparelho, nem do operador. 
 Erros de precisão: O aparelho que fornecer o menor erro padrão 
será o mais preciso. 
 
Sistemas de Medidas - No Brasil, usualmente, são utilizados os 
seguintes sistemas de medidas: 
 
Para Volume: 
 1 metro cúbico (1m³) = equivale a 1m x 1m x 1m de madeira sólida; 
 1 estéreo = 1 metro cúbico (não sólido) de lenha empilhada; 
Para Área: 
 1 hectare (ha) = equivale a 10.000 metros quadrados (m²). 
 
 
Dendrometria para Concursos 
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1.1. Idade das Árvores e dos Povoamentos 
 
Uma das mais importantes características de um povoamento 
florestal é sem dúvida alguma, a idade, pois, é através dela que o técnico 
florestal pode avaliar o incremento em termos de volume, diâmetro ou 
altura de uma dada espécie em um determinado local. A idade do 
povoamento também é preciso ser conhecida quando se quer construir 
curvas de sítio, pois as mesmas servem como uma variável em função da 
qual houve um acréscimo em altura das árvores daquele local, além de 
servir de base comparativa para espécies semelhantes em locais distintos. 
Em florestas plantadas, a idade geralmente não é problema, pois se 
sabe através dos arquivos das empresas a idade do povoamento. Porém, 
em floretas nativas a definição da idade das árvores é um problema, pois 
não se possui nenhum dado registrado com referência à idade das 
árvores. 
Dentre os métodos de determinação da idade, a contagem dos 
anéis de crescimento1 merece destaque, pois é um método bastante 
preciso e muito difundido. Para se determinar a idade das árvores se 
mede e se analisam os anéis de crescimento da árvore. 
A atividade cambial da árvore vai acrescentando, ano a ano, 
camadas justapostas de material lenhoso, formando assim os chamados 
anéis de crescimento que são compostos de duas camadas. 
Em um anel, distinguem-se normalmente duas partes: lenho inicial 
(ou primaveril) e lenho tardio (outonal ou estival). 
O lenho inicial (ou primaveril) corresponde à cor clara do anel e é 
produzido quando a árvore retoma o crescimento devido a fatores 
climáticos favoráveis como umidade e temperatura, o que geralmente 
acontece na primavera. 
 
1 Mais detalhes sobre Anéis de Crescimento, Lenho Inicial e Tardio consulte aula de 
Anatomia da Madeira. 
Dendrometria para Concursos 
Prof. Marcus Costa 
 
 
 
O lenho tardio (ou outonal), produzido na segunda fase do 
crescimento vegetativo, ou seja, no fim da estação de crescimento, 
corresponde à cor escura do anel e é, frequentemente, constituída por um 
maior número de células por unidade de área. 
Já vou lhe avisando, se cair alguma questão sobre anéis de 
crescimento em sua prova, há grande possibilidade de que seja no sentido 
de confundir e misturar as definiçõesde lenho inicial e tardio. Por isso, 
fique de olho! 
 
 
Figura 1: Disco de madeira apresentando anéis de crescimento. 
 
Vamos exercitar este assunto resolvendo algumas questões: 
1. (CESPE - 2013 - Polícia Federal - Perito Eng. Florestal) O 
conhecimento da idade das árvores e das informações que podem ser 
inferidas do estudo dos seus anéis de crescimento são de suma 
importância para o aperfeiçoamento do uso da floresta. Em um anel, 
distinguem-se normalmente duas partes: lenho inicial (ou primaveril) e 
lenho tardio (outonal ou estival). 
Comentário: A idade de uma floresta é uma característica de grande 
importância para o uso racional e adequado da floresta. Quando não se 
tem informações precisas sobre a idade da floresta, o estudo dos anéis de 
crescimento é uma ótima opção para se realizar esta estimativa. Em um 
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anel, distinguem-se normalmente duas partes: lenho inicial (ou 
primaveril) que apresenta coloração clara e lenho tardio (outonal 
ou estival) que apresenta coloração escura. 
Gabarito: C 
2. (CESPE – 2002 – IBAMA – ANALISTA AMBIENTAL) Anéis de 
crescimento são marcas anuais, registradas na madeira de árvores das 
regiões temperadas, resultado da alternância de estações favoráveis 
(primavera-outono) e desfavoráveis (outono-inverno) ao crescimento. A 
análise desses anéis pode resultar em estimativas precisas da idade das 
árvores. 
Comentário: Se você está atento percebeu que há um erro nesta 
questão. Ela diz “estações favoráveis (primavera-outono)”. O correto seria 
dizer que a estação favorável é primavera-verão. Os anéis de crescimento 
são mais visíveis em regiões de clima temperado, pois lá, as estações do 
ano são mais bem definidas. Contudo, nas regiões tropicais as árvores 
também apresentam anéis de crescimento. É lógico que esta questão foi 
anulada. 
Gabarito: X 
 
1.2. Diâmetro à Altura do Peito (DAP) e Circunferência 
 
O Diâmetro e a 
Circunferência das árvores 
desempenham papel 
importante no cálculo do 
volume, da área basal ou do 
crescimento. 
Estas medidas são 
tomadas à altura do peito, 
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ou seja, a 1,30m do solo, e por esta razão são denominados 
respectivamente: 
 Diâmetro à Altura do Peito (DAP) e 
 Circunferência à altura do Peito (CAP). 
O diâmetro de uma circunferência é igual a duas vezes o raio, ou seja, d = 
2r: 
 
 
3. (IBFC - 2013 - PC-RJ - Perito Criminal - Engenharia 
Ambiental) O diâmetro é uma das variáveis mais importantes na 
quantificação volumétrica, avaliação de biomassa ou estudo de 
crescimento. Serve para diferenciar, ainda que empiricamente, árvores 
finas de árvores grossas. A medida de qualquer diâmetro da árvore 
baseia-se sempre na hipótese de que, em cada ponto de medição, o 
diâmetro obtido aproxima-se do diâmetro de um círculo. A medição do 
diâmetro de uma árvore em pé é feita sempre que possível à altura do 
peito do medidor (DAP), observada a referência de [Y] m acima do solo. A 
padronização dessa distância, largamente difundida na atividade florestal 
no Brasil, indica que a lacuna [Y] corresponde a: 
a) 1,00 
b) 1,10 
c) 1,20 
d) 1,30 
e) 1,40 
 
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Comentário: O texto questão dá uma boa visão geral da importância do 
DAP na atividade florestal. Para responder, basta saber que o DAP 
(Diâmetro à Altura do Peito) é tomado a uma altura de 1,3m do solo. 
Gabarito: Letra D 
 
Através de uma relação matemática pode-se transformar, com o 
𝜋 (PI), o diâmetro em circunferência ou vice-versa: 
 
onde: 
C = Circunferência 
𝜋 = 3,1416 
R = raio (ou metade do diâmetro) 
 
Pulo do Gato: Circunferência é igual a “Dois Pierre!” 
 
Se r = d/2, como já vimos, temos: 
 
Simplificando: 
 
𝐶 = 𝜋.𝑑 → 𝐶𝐴𝑃 = 𝜋.𝐷𝐴𝑃 ∴ 𝐷𝐴𝑃 =
𝐶𝐴𝑃
𝜋
 
 
Ou seja,o DAP é igual ao CAP dividido por PI 
 
Vamos ver agora instrumentos que são utilizados para medição do 
DAP e do CAP. 
 
 
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Instrumentos para medição de Diâmetro e Circunferência 
 
Suta - instrumento constituído 
por uma régua graduada e dois 
braços, um fixo e outro móvel. O 
diâmetro é dado diretamente na 
medição. Para árvores elípticas devem 
ser colhidos os diâmetros dos dois lados. 
Fita métrica - feitas de lona ou 
aço reforçado, é o instrumento de 
medição mais barato e simples. 
Constitui-se de uma fita graduada dos 
dois lados. Com ela determina-se o 
CAP. 
Fazendo a relação DAP = CAP / 𝜋, é obtido o diâmetro. 
 
Suta x Fita - Na comparação entre os dois instrumentos, a suta 
apresenta-se mais rápida para colher os diâmetros. Em árvores com 
secção irregular os dois métodos, tanto a fita quanto a suta dão 
resultados maiores que o real, embora o erro da suta seja menor 
(desde que colhidos os dois dados da elipse.). A fita possui vantagem em 
se colher diâmetros em parcelas permanentes. 
 
 
 
Outros instrumentos utilizados na medição de diâmetros, porém 
menos usuais, são: 
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 Vara ou régua de Biltmore; 
 Visor de diâmetro de Bitterlich; 
 Dendrômetro de Friedrich; 
 Pentaprisma ou Calibre Prismático de 
Wheeler (possibilita medição do diâmetro em 
alturas variadas); 
 Garfo de diâmetro; 
 Régua; 
 Relascópio de Bitterlich(Foto) 
 
 
 
4. (CESPE - SGA/AC - 2007 - PERITO CRIMINAL) O diâmetro das 
árvores é sempre obtido diretamente, com uso de fita diamétrica ou suta. 
Comentário: Medir o diâmetro diretamente significa entrar em contato 
com a árvore com o instrumento de medição. A fita diamétrica e a suta 
são instrumentos de medição direta. Contudo, há instrumentos que 
medem o diâmetro sem que o técnico tenha que dar um “abraço” na 
árvore a ser medida, como por exemplo, o Relascópio de Bitterlich, e o 
Pentaprisma de Wheeler que mede o diâmetro da árvore em diversas 
alturas. 
Gabarito: E 
 
Relascópio de Bitterlich: 
instrumento de múltiplas 
utilidades, inclusive para medição 
de alturas. Trabalha segundo o 
princípio trigonométrico. 
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1.3. Área Seccional e Área Basal 
 
Área seccional (g), também chamada de área transversal, é o 
valor da área de uma circunferência tomada à altura do peito: 
𝑔 = 𝜋 .
𝑑²
4
 
ou 
g = 𝜋 r² 
 
Exemplo: Uma determinada árvore tem o Diâmetro à Altura do Peito de 
100cm. A sua área seccional é de 
𝑔 = 𝜋 .
𝑑²
4
 
g = 3,1416 x (100² / 4) 
g = 7.854 cm²ou 0,7854 m². 
 
Explicando de forma mais simples, pois não somos matemáticos, é a 
área de um círculo medido a uma altura de 1,3m. 
 
OBS: Caso a área seccional for tomada em outra região da árvore, deverá 
ser indicada a altura da medição. Ex: g0,1 , neste caso significa que a área 
seccional foi tomada a uma altura de 0,1m do solo, a superfície do toco 
quando a árvore é cortada, por exemplo. 
 
Marcus, preciso mesmo saber mesmo essas fórmulas? 
 
SIM, precisa! Há questões em que além da definição de DAP, CAP, 
Área Basal é necessário calcular.Caso o examinador esteja de bom humor 
(coisa rara!), ele dará a fórmula, valor de Pi, etc. Do contrário, você tem 
que saber. Questões que envolvem cálculos podem ser seu diferencial 
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para seus concorrentes se você estiver com as expressões na ponta da 
língua. 
Diferentemente da área seccional(g) que se refere à área de uma 
árvore do povoamento, a Área Basal (G) é o somatório de todas as áreas 
seccionais de um povoamento e é dada em metros quadrados (m²) por 
hectare. Obviamente, se a área basal for de uma parcela, ela será 
amostral, e se chamará área basal total se for extrapolada para a área 
total do povoamento. 
Imagine o seguinte: a área basal seria algo como colocar todas as 
árvores de um hectare, cortadas a 1,3m de altura, agrupadas dentro 
desse hectare, todas juntinhas uma do lado da outra formando uma 
imensa “mesa”. (Considere que não existam espaços vagos entre as 
árvores). 
 
Área Basal (G) é o somatório de todas as áreas seccionais de 
um povoamento dada em metros quadrados (m²) por hectare. 
 
Por que é importante calcular a Área Basal? 
 
A Área Basal pode ser utilizada, além de se realizar análises 
estatísticas comparativas entre parcelas, estratos e sítios, também é 
utilizada para se determinar momentos de ideais desbastes. Equações de 
regressão para estimativa de altura e volume podem envolver ao invés do 
DAP ou CAP, a área seccional ou a área basal, dependendo do objetivo. 
5. (CESPE - 2014 - ICMBIO - Analista Ambiental) Diâmetro e 
circunferência são variáveis básicas mensuráveis em um povoamento 
florestal, sendo empregadas amplamente no cálculo da área transversal, 
da área basal, do volume, do crescimento e dos quocientes de forma da 
floresta. 
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Comentário: Com os dados de Diâmetro à Altura do Peito (DAP) e 
Circunferência à Altura do Peito (CAP) temos a oportunidade de calcular a 
área transversal (também conhecida como área seccional), área basal 
(que é o somatório das áreas seccionais em metros quadrados por 
hectare), o volume tanto das árvores individuais quanto o volume do 
povoamento. O DAP e CAP também são fundamentais para estimativas de 
crescimento da floresta e para determinação de quocientes de forma da 
florestal (relação entre o volume da árvore e o volume de um cilindro) 
Gabarito: C 
 
Determinação da Área Basal 
 
Os principais métodos para a estimativa da Área Basal são: 
 Método das Parcelas - método em que se medem as áreas 
seccionais das árvores contidas em parcelas de amostragens, 
representativas do povoamento; (mais usual) 
 Método de Bitterlich - pela prova de numeração angular de 
Bitterlich, em parcelas circulares de áreas variáveis, onde são 
utilizados instrumentos com base no princípio de Bitterlich. A 
área basal por hectare é obtida através da leitura feita a partir 
do centro da parcela de área variável; 
Método das Parcelas - É mais adequado para a avaliação do 
número de árvores por há (árv/ha) ou para a distribuição de diâmetros. 
Em inventário florestal contínuo, a amostragem por parcelas é 
preferível, uma vez que na amostragem pontual as árvores amostradas 
em duas medições sucessivas não são as mesmas; na segunda medição 
há um maior número de árvores amostradas em consequência do seu 
crescimento em diâmetro. 
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Na amostragem pontual os requisitos intelectuais são maiores do 
que na amostragem por parcelas, exigindo treino intenso, e equipes mais 
qualificadas. 
 
Método de Bitterlich (ou amostragem angular) - baseado em 
parcelas circulares, o método se difundiu pela rapidez e exatidão. Neste 
método, a determinação da área basal de um povoamento se reduzia a 
uma simples série de contagens simples, não precisando medir diâmetros, 
distâncias e nem consultar tábuas ou fazer cálculos. 
O observador de um ponto qualquer do povoamento, munido de 
uma barra de medição, efetua em torno se si um giro de 360°, visando 
todos os troncos na altura do DAP e conta todas as árvores cujo diâmetro 
aparente largura “d” da mira que determina com as linhas de visada, um 
ângulo “α”. As médias das diversas contagens em pontos diferentes será a 
área basal do povoamento, pois a prova de numeração é repetida em 
vários pontos do povoamento. 
 
 
Barra de Bitterlich 
 
Efetuando-se o procedimento acima, três diferentes grupos de 
árvores são encontrados: 
 
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 árvores com o DAP aparente maior que a abertura da mira (maior 
que o ângulo α); 
 árvore com DAP aparente igual à abertura da mira; 
 árvore com DAP aparente menor que a abertura da mira. 
 
 
Visão da Barra de Bitterlich em uma parcela circular(numeração angular). 
 
O método é baseado no seguinte postulado de Bitterlich: 
 
Postulado de Bitterlich 
"Se de um ponto qualquer do povoamento observamos todas as árvores 
ao nosso redor e contarmos o número de árvores (N) cujo DAP aparente 
for superior à abertura da mira (ângulo α), este número de árvores está 
em relação direta com a área basal por hectare”. 
 
Na figura do exemplo, a área basal por hectare lida no centro da 
parcela 0 é igual a 3,5 m², porque as árvores “b”, “d” e “e” somam um 
valor de 3, a árvore c soma ½ e a e f soma zero, resultando daí N = 
3,5m²/ha. De acordo com o princípio do método, N é multiplicado por 
uma constante instrumental K. O valor de K muda de acordo com o 
tamanho e abertura na mira da barra. 
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Esta constante é igual a 1 para a barra de 1 metro com abertura de 
2cm, então tem-se: 
G = N x K 
G = 3,5 x 1 = 3,5 m²/ha. 
 
Resumo K=1 
DAP maior que a mira SOMA 1 
DAP = mira SOMA 0,5 
DAP menor a mira SOMA 0 
 
Vantagens do Método de Bitterlich 
 
A amostragem pontual dá melhores estimativas para a área basal 
por ha, bem como para as variáveis que estão fortemente correlacionadas 
com a área basal, como é o caso do volume por ha (visto as árvores 
serem selecionadas proporcionalmente à sua área basal). 
Na amostragem pontual, não é necessário medir os diâmetros para 
a obtenção da área basal total, basta uma simples contagem, embora a 
avaliação de outras variáveis do povoamento (inclusive a densidade) exija 
a medição dos diâmetros. Basta uma só pessoa para fazer visitas rápidas 
de reconhecimento. 
 
6. (CESPE –2005 - IBAMA- ANALISTA AMBIENTAL) Pode-se obter 
a área basal por unidade de área de uma floresta com base no seguinte 
princípio do método de Bitterlich ou amostragem angular: o número de 
árvores contadas em um giro de 360º cujos diâmetros à altura do peito 
(DAP) observados a partir de um ponto fixo (centro da parcela) sejam 
superiores a um dado ângulo constante de projeção é proporcional à área 
basal por unidade de área. 
 
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Comentário: Sobre o método de Bitterlich, também chamado de 
amostragem angular é importante você se lembrar dos seguintes 
aspectos: a parcela é circular; é utilizado para a obtenção da área basal 
em m² por hectare; é uma medição indireta, ou seja, o observador não 
entra em contato direto com as árvores; é interessante para realizar 
levantamentos rápidos; não há revisitação dos pontos, ou seja, não serve 
para inventários contínuos. 
Gabarito: C 
 
7. (INEP - 2011 - ENADE - Engenharia Grupo VIII) Considerando 
o método idealizado por Bitterlich para se obter estimativas da área basal 
por hectare em povoamentos florestais sem medir os diâmetros das 
árvores nem lançar parcelas fixas, analise a situação a seguir. 
Um engenheiro florestal estaciona-se em dois pontos quaisquer da 
floresta. Munido da barra de Bitterlich com k = 1, ele efetua um giro de 
360º ao seu redor. No primeiro ponto, conta 40 árvores com dap> a e 8 
árvores com dap = a. 
No segundo pontoconta 20 árvores com dap> a e 12 árvores com 
dap = a. Pode-se afirmar que a área basal média é: 
a) 7 m²/ha. 
b) 18 m²/ha. 
c) 35 m²/ha. 
d) 30 m²/ha. 
e) 60 m²/ha. 
 
Comentário: A área Basal pelo Método de Bitterlich é dada por: G = N x 
K, sendo 
G =Área Basal em m²/há 
N = Número de Árvores amostradas 
K = Constante Instrumental da Barra de Bitterlich 
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Quando K = 1, temos o seguinte: 
DAP maior que a mira SOMA 1 
DAP = mira SOMA 0,5 
DAP menor a mira SOMA 0 
 
Sendo assim, 
No ponto 1 temos: G = N x K -> G = (40x1 + 8x0,5) x 1 G = 44 m²/há 
No ponto 2 temos: G = N x K -> G = (20x1 + 12x0,5) x 1 G = 26 m²/ha 
Para calcular a área basal média, basta somar os dois valores e 
dividir por 2. Ou seja, (44 + 26) / 2 = 35 m²/ha. 
Gabarito: C 
 
8. (CESPE - 2005 - CEEERS - Engenheiro Florestal) Os métodos de 
inventário florestal sem parcelas, que têm como exemplo o método de 
Bitterlich, são usados quando aqueles que utilizam parcelas de área fixa 
ou variável são difíceis de ser implementados. A principal vantagem dos 
métodos sem parcelas sobre aqueles que utilizam parcelas é a maior 
eficiência em termos de gastos com mão-de-obra e de área amostrada. 
Comentário: No método de Bitterlich, a área amostrada corresponde ao 
raio definido entre o ponto de observação e o centro da árvore amostrada. 
Na parcela circular, portanto, só existe uma árvore; O método de 
Bitterlich é de área variável que pode ser definida como estação de 
numeração ou estação de leitura. As equipes para realizar o inventário 
pelo método de Bitterlich devem ser mais qualificadas o que encarece o 
processo. 
Gabarito: E 
 
 
 
Dendrometria para Concursos 
Prof. Marcus Costa 
 
 
 
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