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MECÂNICA E RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II Profª Me. Swilann Mendes Pereira Correa REVISÃO Materiais sólidos tendem a deformar-se (ou eventualmente se romper) quando submetidos a solicitações mecânicas. A Resistência dos Materiais é um ramo da Engenharia que tem como objetivo o estudo do comportamento de elementos construtivos sujeitos a esforços, de forma que eles possam ser adequadamente dimensionados. TRAÇÃO COMPRESSÃO TORÇÃO CISALHAMENTO FLEXÃO FLAMBAGEM REVISÃO TRAÇÃO Solicitação que tende a alongar a peça no sentido da reta de ação da força aplicada. COMPRESSÃO Solicitação que tende a encurtar a peça no sentido da reta da força aplicada. REVISÃO CISALHAMENTO Solicitação que tende a deslocar paralelamente, em sentido oposto, duas seções de uma peça (força cortante). TORÇÃO Solicitação que tende a girar as secções de uma peça, uma em relação às outras. REVISÃO FLEXÃO Solicitação que tende a modificar o eixo geométrico de uma peça. Ex.: uma barra inicialmente reta que passa a ser uma curva. FLAMBAGEM Solicitação que tende a o eixo geométrico de uma peça no sentido da reta da força aplicada REVISÃO TRAÇÃO COMPRESSÃO TORÇÃO CISALHAMENTO FLEXÃO FLAMBAGEM Quando cada tipo se apresenta isoladamente, diz-se que a solicitação é SIMPLES. No caso de dois ou mais tipos agirem conjuntamente a solicitação é COMPOSTA. REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – DEFORMAÇÕES A ação de qualquer força sobre um corpo altera a sua forma, isto é, provoca uma deformação. Com o aumento da intensidade da força, há um aumento da deformação. Existem dois tipos de deformação: Deformação Elástica Deformação Plástica O ponto que separa os dois tipos de deformações é o limite de escoamento REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – DEFORMAÇÕES Deformação específica (ou deformação longitudinal - ε) é a relação entre o alongamento total (∆ℓ) e o comprimento inicial (ℓ0). 𝜀 = ∆ℓ ℓ0 REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TENSÃO É uma grandeza vetorial que foi introduzida na resistência dos materiais em 1822, por Augustin Louis Cauchy. É definida como sendo a resistência interna de um corpo qualquer, à aplicação de uma força externa por unidade de área. 𝜎 = 𝐹 𝐴 REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TENSÃO X DEFORMAÇÃO Aumentando-se a tensão, a deformação também vai aumentando e os resultados da experiência podem ser mostrados por um gráfico (σ x ε ), marcando em abscissas (eixo “X”) as deformações e em ordenadas (eixo “Y”) as tensões. REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TENSÃO X DEFORMAÇÃO Efeito da Estricção REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TENSÃO X DEFORMAÇÃO MÓDULO DE ELASTICIDADE A Lei de Hooke estabelece que até a tensão de proporcionalidade (𝜎𝑝) a tensão em um material é proporcional à deformação nele produzida. 𝜎 = 𝐸. 𝜀 REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – MÓDULO DE ELASTICIDADE Módulo de Elasticidade é a medida de rigidez do material: quanto maior o valor de “E”, menor a deformação elástica e mais rígido é o material. Desta forma, para encontrarmos a deformação total, fazemos: ∆ℓ = 𝐹. ℓ 𝐴. 𝐸 ∆ℓ = 𝜎. ℓ 𝐸 REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – COEFICIENTE DE POISSON As experiências demonstram que um material, quando submetido à tração, sofre além da deformação axial (alongamento), uma deformação transversal (afinamento). Poisson demonstrou que estas duas deformações eram proporcionais uma em relação à outra, dentro dos limites da Lei de Hooke. −𝜈 = 𝜀𝑡 𝜀 REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TENSÃO ADMISSÍVEL É a tensão que oferece a peça uma condição de trabalho sem perigo. O coeficiente de segurança é uma relação entre as tensões de resistência e admissível do material. Em princípio, o coeficiente de segurança é determinado levando-se em consideração diversos fatores parciais, tais como, fator em função da homogeneidade do material, fator em função do tipo de carga a ser aplicado, fator em função de causas desconhecidas, etc. 𝜎 = 𝜎𝑒 𝑘 𝜎 = 𝜎𝑟 𝑘 REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – COEFICIENTE DE SEGURANÇA A rigor, o coeficiente de segurança é expresso da seguinte forma: Onde, 𝑘1, 𝑘2, 𝑘3, 𝑘𝑛, são os fatores de segurança parciais. Porém, para os nossos cálculos de resistência adotaremos os valores de coeficientes de segurança já consagrados pela prática, baseados na qualidade do material e no tipo de carga aplicada à peça. 𝑘𝑇 = 𝑘1 × 𝑘2 × 𝑘3 ×⋯× 𝑘𝑛 REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TIPOS DE SOLICITAÇÕES 1. CARGA ESTÁTICA Ocorre quando uma peça está sujeita a carga constante, invariável ao decorrer do tempo e aplicada lenta e gradualmente. Exemplos: parafuso prendendo uma luminária; uma corrente suportando um lustre, vigas. REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TIPOS DE SOLICITAÇÕES 2. CARGA INTERMITENTE Ocorre quando uma peça está sujeita a uma carga variável de zero a um valor máximo, sempre com a mesma direção e sentido. Exemplo: o dente de uma engrenagem. REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TIPOS DE SOLICITAÇÕES 3. CARGA ALTERNADA Ocorre quando uma peça está sujeita a uma carga variável na mesma direção, mas com sentido contrario. Exemplo: Eixos rotativos, molas, amortecedores, etc. REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TIPOS DE SOLICITAÇÕES 4. CARGA DE CHOQUE Ocorre quando uma peça está sujeita a variação brusca ou a de choque. Exemplo: Componentes de Prensas. REVISÃO COMPORTAMENTO DE UMA VIGA – TIPOS DE SOLICITAÇÕES PROPRIEDADES MECÂNICAS DE ALGUNS MATERIAIS EXERCÍCIOS 1) Represente graficamente os diagramas de Força Cortante e Momento Fletor da estrutura abaixo. EXERCÍCIOS 2) Represente graficamente os diagramas de Força Cortante e Momento Fletor da estrutura abaixo. FLEXÃO SIMPLES CONCEITOS O esforço de flexão simples é normalmente resultante da ação de carregamentos transversais que tendem a curvar o corpo e que geram uma distribuição de tensões aproximadamente lineares no seu interior. Essa distribuição alterna entre tensões de tração e compressão na mesma seção transversal. Isso ocorre desde que a seção transversal do corpo seja simétrica em relação ao plano de aplicação do carregamento transversal (plano de solicitação). A resultante dessa distribuição é um binário de forças de igual intensidade, mas de sentidos opostos, conhecido como Momento Fletor. FLEXÃO SIMPLES CONCEITOS O esforço de flexão simples ocorre em corpos nos quais o sistema de forças externas, e o eixo longitudinal do corpo estejam contidos em um mesmo plano (plano de solicitação). FLEXÃO PURA CONCEITOS A flexão pura é um caso particular da flexão simples onde corpos flexionados somente estão solicitados por um momento fletor, não existindo assim o carregamento transversal. É uma condição considerada idealizada, mas com a consideração das hipóteses simplificadoras, essa condição pode ser acoplada, posteriormente, aos efeitos das cargas transversais para se definir a deformada e as tensões na flexão simples. As condições de equilíbrio requerem que os esforços internos sejam equivalentes às solicitações externas. Como a solicitação na barra, no caso da flexão pura, é um momento constante M, em qualquer seção da barra a distribuição de tensões deve ser igual ao momento M. FLEXÃO SIMPLES Vigas e eixos são importantes elementos estruturais e mecânicos usados em projetas de engenharia. OBJETIVO Determinar a tensão provocada nesses elementos por conta da flexão. Descobrir o momento interno em uma seção. 02 CASOS 1. Consideraremos elementos retos, com seção transversal simétrica e feitos de materiais homogêneos lineares elásticos;2. Casos especiais que envolvem flexão assimétrica e elementos feitos de materiais compósitos. Também consideraremos elementos curvos, concentrações de tensão, flexão inelástica e tensões residuais. FLEXÃO SIMPLES DEFORMAÇÃO POR FLEXÃO Assumindo que: • Viga prismática reta (linear); • Viga feita de material homogêneo; • Viga com área da seção transversal simétrica em relação a um eixo e a um momento fletor aplicado em torno de uma linha central perpendicular a esse eixo de simetria. Quando um momento fletor é aplicado, as linhas da grade tendem a se distorcer. (Ex.: Borracha) FLEXÃO SIMPLES DEFORMAÇÃO POR FLEXÃO Assumindo 3 premissas: • O eixo longitudinal (x) que se encontra no interior da superfície neutra, não sofre qualquer mudança no comprimento; • As seções transversais da viga permanecem planas e perpendiculares ao eixo longitudinal durante a deformação; • Qualquer deformação da seção transversal dentro de seu próprio plano será desprezada. FLEXÃO SIMPLES DEFORMAÇÃO POR FLEXÃO 𝜀 = lim ∆𝑠→0 ∆𝑠′ − ∆𝑠 ∆𝑠 𝜀 = − 𝑦 𝑐 𝜀𝑚á𝑥 𝜎𝑥 = 𝐸. 𝜀𝑥 𝜀𝑦 = −𝜐. 𝜀𝑥 Distância arbitrária y FLEXÃO SIMPLES TENSÃO NA FLEXÃO Desta forma, uma variação linear da deformação gera um variação linear da tensão normal, onde: A tensão (𝜎) variará de zero (no eixo neutro do elemento) até um valor máximo (𝜎𝑚á𝑥), à distância “c” mais afastada do eixo neutro. 𝜎 = − 𝑦 𝑐 𝜎𝑚á𝑥 Representa a distribuição de tensão na área da seção transversal FLEXÃO SIMPLES TENSÃO NA FLEXÃO 𝜎 = − 𝑦 𝑐 𝜎𝑚á𝑥 Representa a distribuição de tensão na área da seção transversal Se +M na direção +z os valores positivos de y resultarão em valores negativos para 𝜎. FLEXÃO SIMPLES TENSÃO NA FLEXÃO - DETERMINANDO O EIXO NEUTRO Podemos encontrar a posição do eixo neutro na seção transversal satisfazendo a condição de que, a força resultante produzida pela distribuição de tensão na área da seção transversal deve ser nula, ou seja, 𝐹𝑅 = 𝐹𝑥 = 0. Sabendo que 𝜎 = 𝑑𝐹 𝑑𝐴 𝑑𝐹 = 𝜎𝑑𝐴 0 = 𝐴 𝑑𝐹 = 𝐴 𝜎 𝑑𝐴 𝐴 𝑑𝐹 = 𝐴 − 𝑦 𝑐 𝜎𝑚á𝑥 𝑑𝐴 𝐴 𝑦 𝑑𝐴 = 0 Sabendo que 𝜎𝑚á𝑥 𝑐 não é igual a zero, então: FLEXÃO SIMPLES TENSÃO NA FLEXÃO - DETERMINANDO O EIXO NEUTRO Em outras palavras, o momento de primeira ordem da área da seção transversal do elemento em torno do eixo neutro (c) deve ser nulo. Essa condição só pode ser satisfeita se o eixo neutro (c) também for o eixo centroide horizontal para a seção transversal analisada. Por consequência, uma vez determinado o centroide para a área da seção transversal do elemento, a localização do eixo é conhecida. 𝐴 𝑑𝐹 = 𝐴 − 𝑦 𝑐 𝜎𝑚á𝑥 𝑑𝐴 FLEXÃO SIMPLES TENSÃO NA FLEXÃO - DETERMINANDO O MOMENTO INTERNO RESULTANTE O momento interno resultante deve ser igual ao momento produzido pela distribuição de tensão em torno do eixo neutro. 𝑀 = 𝐴 𝑦 𝑑𝐹 𝑀 = 𝐴 𝑦(𝜎 𝑑𝐴) 𝑀 = 𝐴 𝑦 𝑦 𝑐 𝜎𝑚á𝑥 𝑑𝐴 Ou 𝑀 = 𝜎𝑚á𝑥 𝑐 𝐴 𝑦2 𝑑𝐴 Uma vez que 𝑑𝑀 = 𝑦 𝑑𝐹 e 𝑑𝐹 = 𝜎𝑑𝐴, temos, para toda seção transversal: FLEXÃO SIMPLES TENSÃO NA FLEXÃO - FÓRMULA DA FLEXÃO A integral representa o momento de inércia da área da seção transversal, calculada em torno do eixo neutro. Por consequência, podemos reescrever a equação de forma geral: 𝑀 = 𝐴 𝑦 𝑑𝐹 𝑀 = 𝐴 𝑦(𝜎 𝑑𝐴) 𝑀 = 𝐴 𝑦 𝑦 𝑐 𝜎𝑚á𝑥 𝑑𝐴 Ou 𝑀 = 𝜎𝑚á𝑥 𝑐 𝐴 𝑦2 𝑑𝐴 𝜎𝑚á𝑥 = 𝑀. 𝑐 𝐼 Onde, 𝜎𝑚á𝑥 = tensão normal máxima no elemento, que ocorre em um ponto na área da seção transversal mais afastada do eixo neutro. M = momento interno resultante, determinado pelo método das seções e pelas equações de equilíbrio e calculado em torno do eixo neutro da seção transversal. I = Momento de inércia da área da seção transversal calculada em torno do eixo neutro. c = distância perpendicular do eixo neutro a um ponto mais afastado do eixo neutro, onde 𝜎𝑚á𝑥 age. y = distância arbitrária acima da superfície neutra. 𝜎 = − 𝑀. 𝑦 𝐼 EXERCÍCIOS 3) A viga tem seção transversal retangular e está sujeita à distribuição de tensão mostrada na figura abaixo. Determine o momento interno (M) na seção provocado pela distribuição de tensão: (a) Pela fórmula da flexão; (b) Pela determinação da resultante da distribuição de tensão pelos princípios básicos. RECAPITULANDO... 𝑥 e 𝑦 : representam as distâncias algébricas ou coordenadas x, y do centroide de cada parte composta; 𝐴 : representa a soma das áreas das partes compostas ou, simplesmente, a área total. 𝑥 = 𝑥𝐴 𝐴 𝑦 = 𝑦𝐴 𝐴 ENCONTRANDO O DO ELEMENTO ANALISADO 3 MÉTODOS DISTINTOS RECAPITULANDO... O perfil é dividido em duas figuras geométricas: dois retângulos. Do plano cartesiano: y: ao longo do eixo de simetria, de modo que 𝑥 = 0 (∴ meu eixo de referência, a base da minha área) x: eixo de referência, passando pela base do perfil. 𝑥 = 𝑥𝐴 𝐴 𝑦 = 𝑦𝐴 𝐴 1º MÉTODO OBETIVO: Localizar o centroide (C) da área da seção transversal da viga T ao lado. RECAPITULANDO... O perfil é dividido em duas figuras geométricas: dois retângulos. Do plano cartesiano: y: ao longo do eixo de simetria, de modo eu 𝑥 = 0 (∴ meu eixo de referência, a base da minha área) x: eixo de referência, passando pela parte superior do perfil. 𝑥 = 𝑥𝐴 𝐴 𝑦 = 𝑦𝐴 𝐴 2º MÉTODO OBETIVO: Localizar o centroide (C) da área da seção transversal da viga T ao lado. RECAPITULANDO... O perfil é considerado um retângulo grande menos dois retângulos pequenos. Do plano cartesiano: y: ao longo do eixo de simetria, de modo eu 𝑥 = 0 (∴ meu eixo de referência, a base da minha área) x: eixo de referência, passando pela base do perfil. 𝑥 = 𝑥𝐴 𝐴 𝑦 = 𝑦𝐴 𝐴 3º MÉTODO OBETIVO: Localizar o centroide (C) da área da seção transversal da viga T ao lado. RECAPITULANDO... 𝐼 : Momento de inércia de cada figura geométrica em relação ao eixo neutro (ou em relação a um eixo específico, quando for solicitado; A: Área de cada figura geométrica; d: diferença entre o centro geométrico e o centroide. 𝐼 = 𝐼 + [𝐴. (𝑑)²] ENCONTRANDO O DO ELEMENTO ANALISADO Elementos assimétricos EXERCÍCIOS 4) A viga abaixo tem área de seção transversal em forma de um canal. Determine a tensão de flexão máxima que ocorre na viga na seção a-a. EXERCÍCIOS 5) O elemento com seção transversal retangular foi projetado para resistir a um momento de 40 Nm. Para aumentar sua resistência e rigidez, foi proposta a adição de duas pequenas nervuras em sua parte inferior. Determine a tensão normal máxima no elemento para ambos os casos. EXERCÍCIOS 6) Um elemento com as dimensões mostradas na figura deverá ser usado para resistir a um momento fletor interno M = 2 kNm. Determine a tensão máxima no elemento se o momento for aplicado: (a) em torno do eixo z; (b) em torno do eixo y. EXERCÍCIOS 7) A peça de mármore, que podemos considerar como um material linear elástico frágil, tem peso específico de 24 kN/m³ e espessura de 20 mm. Calcule a tensão de flexão máxima na peça se ela estiver apoiada: (a) em seu lado; (b) em suas bordas. (c) Se a tensão de ruptura for de 1,5 MPa, explique as consequências de apoiar a peça em cada uma das posições. EXERCÍCIOS 8) A viga tem a seção transversal mostrada na figura. Se for feita de aço com tensão admissível de 170 MPa, determine o maior momento interno ao qual ela pode resistir se o momento for aplicado: (a) em torno do eixo z; (b) em tono do eixo y. OBS.: O momento de inércia depende dadistribuição da massa em torno de um eixo de rotação escolhido arbitrariamente. Quanto maior for o momento de inércia de um corpo, mais difícil será fazê-lo girar ou alterar sua rotação. EXERCÍCIOS 9) A viga é composta por quatro peças de madeira coladas como mostra a figura. Se o momento que age na seção transversal for M = 450 N m, determine a tensão de flexão na peça superior A e na peça lateral B. EXERCÍCIOS 10) A viga simplesmente apoiada tem a área da seção transversal mostrada na figura abaixo. Determine: (a) a tensão de flexão máxima absoluta na viga; (b) O gráfico da distribuição de tensão na seção transversal nessa localização. EXERCÍCIOS 11) A peça de máquina feita de alumínio está sujeita a um momento M = 75 Nm. Determine as tensões de flexão máximas tanto de tração quanto de compressão na peça. FLEXÃO VIGAS COMPOSTAS São vigas construídas com dois ou mais materiais diferentes como, por exemplo: madeira com tiras de aço, ou vigas de concreto reforçadas com hastes de aço. Por exemplo: o concreto é excelente para resistir à tensão de compressão, por isso, as hastes de reforço de aço são colocadas na zona de tensão da seção transversal da viga para que elas resistam às tensões de tração resultantes do momento (M). A mistura desses materiais é proposital, pois se tornou um meio mais eficiente de vigas suportarem as cargas aplicadas. FLEXÃO VIGAS COMPOSTAS Método para modificar ou “transformar” a seção transversal da viga em uma seção feita de um único material. Depois disso, a fórmula da flexão poderá ser utilizada para a análise de tensão. Como aplicar o método da seção transformada? Neste ponto, a deformação é a mesma, porém, como a rigidez para os materiais mudam repentinamente, a tensão também muda. Portanto, a determinação do eixo neutro depende da transformação da viga em um único material. 𝜎𝑚á𝑥 = 𝑀. 𝑐 𝐼 FLEXÃO VIGAS COMPOSTAS Aço (mais rígido) e borracha (menos rígido). Se considerarmos que a viga é feita inteiramente do material 2. Nesse caso, a altura h da viga permanece a mesma, já que a distribuição de tensão de deformação deve ser a mesma. Entretanto, a largura b superior da viga tem que ser alargada para poder suportar uma carga equivalente à suportada pelo material 1, mais rígido. Essa largura é determinada da seguinte maneira: 𝑛 = 𝐸1 𝐸2 Fator de transformação 𝑏2 = 𝑏 ′ = 𝑛. 𝑏 FLEXÃO VIGAS COMPOSTAS Aço (mais rígido) e borracha (menos rígido). Por outro lado, se o material 2 (menos rígido) for transformado no material 1 (mais rígido), teremos: 𝑛 = 𝐸2 𝐸1 Fator de transformação 𝑏1 = 𝑏 ′ = 𝑛. 𝑏 Nesse caso, o fator de transformação n deve ser menor do que um, haja vista que E1 > E2. Logo, precisaremos de uma quantidade menor de material mais rígido para suportar um determinado momento. FLEXÃO VIGAS COMPOSTAS A tensão na viga transformada é equivalente à tensão no mesmo material da viga verdadeira. Porém, para o material transformado, a tensão determinada naquela seção tem que ser multiplicada pelo fator de transformação, já que a área do material transformado é n vezes a área do material verdadeiro. σ = 𝑛. 𝜎′ EXERCÍCIOS 12) Uma viga composta é feita de madeira e reforçada com uma tira de aço localizada em sua parte interior. Se for submetida a um momento fletor M = 7 kNm, determine a tensão normal nos pontos B e C. Considere: Eaço = 200 GPa Emad = 12 GPa EXERCÍCIOS 13) Os lados da viga mostrada na figura abaixo são reforçados com tiras de aço. Determine a tensão máxima desenvolvida na madeira e no aço se a viga for submetida a um momento fletor Mz = 4 kNm. Dados: Eaço = 200 GPa Emad = 13,1 GPa EXERCÍCIOS 14) A viga em U de aço é usada para reforçar a viga de madeira. Determine a tensão máxima no aço e na madeira se a viga for submetida a um momento M = 1,2 kNm. Dados: Eaço = 200 GPa Emad = 13,1 GPa FLEXÃO VIGAS COMPOSTAS de concreto armado Todas as vigas sujeitas à flexão pua devem existir a tensões de tração e compressão. Porém, o concreto é muito suscetível a fratura quando está sob tração, portanto, por si só não seria adequado para resistir ao momento fletor. Para contornar essa deficiência, são colocadas hastes de reforço de aço no interior das vigas de concreto no local onde o concreto está sob tração, o mais longe possível do eixo neutro da viga. FLEXÃO VIGAS COMPOSTAS de concreto armado Em situações reais de projeto com concreto armado, a capacidade do concreto de suportar qualquer carga de tração é desprezada, visto que a possível fratura do concreto é imprevisível. O resultado é que se considera a distribuição da tensão normal que age na seção transversal de uma viga de concreto armado é semelhante a: FLEXÃO VIGAS COMPOSTAS de concreto armado A análise de tensão requer localizar o eixo neutro e determinar a tensão máxima no aço e no concreto. Para isso, fazemos: 1) Transformar a área do aço em área equivalente de concreto, usando o fator de transformação: 𝑛 = 𝐸𝑎ç𝑜 𝐸𝑐𝑜𝑛𝑐 . . Essa razão, que dá n > 1, é escolhida pois é necessário uma quantidade maior de concreto para substituir o aço. Logo a área transformada é: A′ = 𝐴 = 𝑛. 𝐴𝑎ç𝑜 d = distância entre a parte superior da viga até o aço (transformado). b = Largura da viga. h’ = distância ainda desconhecida entre a parte superior da viga e o eixo neutro. 𝑛 = 𝐸𝑎ç𝑜 𝐸𝑐𝑜𝑛𝑐 A′ = 𝐴 = 𝑛. 𝐴𝑎ç𝑜 𝑏 2 . ℎ′2 + 𝑛. 𝐴𝑎ç𝑜 . ℎ ′ − 𝑛. 𝐴𝑎ç𝑜 . 𝑑 = 0 EXERCÍCIOS 15) A viga de concreto armado tem área de seção transversal mostrada na figura abaixo. Se for submetida a um momento fletor de 60 kNm, determine a tensão normal em cada uma das hastes de reforço de aço e a tensão normal máxima no concreto. Dados: Eaço = 200 GPa Econc = 25 GPa
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