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1.INTRODUÇÃO O mamoeiro (Carica papaya, L) é uma fruteira típica de regiões tropicais e subtropicais. O mesmo é conhecido por: papaia, no México; fruta boma, m Cuba; passaraiva, no Nordeste do Brasil. O Brasil destaca-se como o País que mais produz mamão em escala internacional, concentrando 29% da oferta mundial, seguido da Índia com 24%, Tailândia com 8,8%, México com 7,4% e Indonésia com 5,9%. No Brasil mesmo sendo cultivadas em praticamente todo o território nacional à exceção de algumas regiões com invernos rigorosos, as regiões Sudeste e Nordeste somam em média 87,5% da produção nacional, destacando-se os estados do espírito Santo e Bahia como os principais produtores destas regiões. O desenvolvimento de plantas de mamão transgênicos (receberam um gen a mais) resistentes ao vírus, a partir de técnicas de engenharia genética e da biologia molecular, possibilitará que o cultivo do mamoeiro deixe o nomadismo, reintroduzindo-o em áreas abandonadas, além de proporcionar a melhoria da produtividade, qualidade e do aspecto do fruto, e consequentemente uma maior competitividade do mamão brasileiro no mercado internacional. 2.CONTROLE QUÍMICO DE PRAGAS 2.1.ÁCARO BRANCO (Polyphagotarsonemus latus) O ácaro branco, Polyphagotarsonemus latus, também conhecido como ácaro-da-queda-do-chapéu-do-mamoeiro, localiza-se na face inferior das folhas novas, tornando-as cloróticas, coriáceas e encarquilhadas. Praticamente, não é visto a olho nu, sendo notado somente quando as plantas atacadas já apresentam os sintomas típicos. 2.1.1.DANOS Esse ácaro provoca deformações, paralisação do crescimento e morte da planta. Pelo fato de destruir as folhas da parte apical em sucessivas brotações até a planta deixar de brotar, pode acarretar queda na produção. O ataque é maior no período chuvoso. 2.1.2.CONTROLE Para o controle do ácaro-branco, recomenda-se aplicação de produtos como o enxofre, na formulação pó molhável. Não aplicar nas horas mais quentes do dia, e evitar misturas com óleos emulsionáveis ou produtos cúpricos. Direcionar a aplicação de modo a atingir o ápice da planta. PRAGA INGREDIENTE ATIVO NOME COMERCIAL FORMULAÇÃO DOSAGEM EM 100 LITROS DE AGUA ÁCARO ENXOFRE SULFICAMP WP 300g THIOVIT SANDOZ WP 200g KULUMUS DF WG 400g KULUMUS DF-AG WG 400g 2.2.ÁCAROS RAJADO (Tetranychus urticae) E VERMELHO (Tetranychus desertorum) O ácaro-rajado, Tetranychus urticae e o ácaro-vermelho, Tetranychus desertorum, localizam-se na face inferior das folhas mais velhas do mamoeiro, entre as nervuras mais próximas do pecíolo, onde tecem teias e efetuam a postura. 2.2.1.DANOS Provocam amarelecimento e posterior necrose das folhas, ocasionando a desfolha da planta e afetando seu desenvolvimento, além de deixar os frutos expostos à ação direta dos raios solares, prejudicando sua qualidade. Esses ácaros ocorrem durante os meses quentes e secos do ano. 2.2.2.CONTROLE Recomenda-se a aplicação de enxofre, na formulação pó molhável, de bromopropilato ou de vamidothion (seletivo para inimigos naturais, porém não registrado para a cultura do mamoeiro), dirigindo a pulverização para a face inferior das folhas mais velhas. Para o uso do enxofre, não aplicar nas horas mais quentes do dia, e evitar misturas com óleos emulsionáveis e também com produtos cúpricos. 2.3.CIGARRINHA VERDE (Empoasca sp) As cigarrinhas, tanto as formas jovens como os adultos, sugam a seiva das plantas e injetam toxinas que causam o amarelecimento e encurvamento das folhas mais velhas. Quando intensamente atacadas, as folhas tornam-se rugosas e caem prematuramente, afetando o desenvolvimento da planta. 2.3.1.CONTROLE Efetuar aplicação com trichlorphon (não registrado para o mamoeiro), somente quando houver ataque. 2.4.MANDAROVÁ OU GERVÃO (Erinnyis ello) O mandarová pode atacar ocasionalmente o mamoeiro. As lagartas se alimentam inicialmente das folhas e brotações mais novas, e, depois, das folhas mais velhas. Em infestações severas, pode causar o desfolhamento total da planta, atrasando seu desenvolvimento e expondo os frutos à insolação direta. 2.4.1.CONTROLE Deve-se dar preferência ao uso do Bacillus thuringiensis, devendo ser aplicado principalmente quando as lagartas estiverem pequenas, ou seja, entre o 1o e o 3o instar, pois nessa fase o produto é mais eficiente. O controle químico somente deve ser efetuado em casos de ataque generalizado; as aplicações deverão ser feitas quando as lagartas estiverem entre o 1o e o 3o instar, visto que é muito difícil efetuar o controle a partir do 4o instar. Em ataques isolados (focos), recomenda-se a catação manual e destruição das lagartas. 3.CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS 3.1.OÍDIO A doença é causada por Oidium caricae e Ovulariospsis papayae. Massas difusas de micélio branco de O. caricae se desenvolvem na face inferior das folhas, notadamente nas áreas adjacentes das nervuras e, ocasionalmente, na face superior. Os conídios nosmicélios dá um aspecto de pó branco recobrindo a área das lesões. Caules, flores, pedicelos e frut podem ser afetados. Ainda que todas as folhas possam sofrer o ataque do fungo, as folhas mais velhas são mais suscetíveis. Em plantas de viveiro pode ocorrer uma queda total das folhas e morte das plantas, caso o ataque seja severo e as condições edafo-climáticas sejam favoráveis. 3.1.1.DANOS A sintomatologia do ataque de O. papayae difere em parte da descrita para O. caricae. A página superior da folha mostra áreas cloróticas que evoluem para manchas amareladas delimitadas pelas nervuras principais, arredondadas, com bordas irregulares medindo 0,5 cm de diâmetro e se juntam atingindo grande área foliar. Correspondendo a essas manchas, na face inferior da folha observam-se pequenas tumefações onde se desenvolve um micélio acinzentado, tênue, único ponto de semelhança com os sintomas de O. caricae. Não se observa nenhum sinal do fungo na face superior da folha. 3.1.2.CONTROLE O controle pode ser feito com fungicidas à base de enxofre. As aplicações do fungicida não devem ser feitas com temperaturas acima de 20 ºC, para não queimar os frutos. DOENÇA INGREDIENTE ATIVO NOME COMERCIAL FORMULAÇÃO DOSAGEM EM 100 LITROS DE AGUA OÍDIO ENXOFRE KULUMUS DF WG 400g KULUMUS DF-AG WG 400g SULFICAMP WP 300g 3.2.VARÍOLA OU PINTA PRETA Causada pelo fungo Asperisporium caricae, é a doença mais comum do mamoeiro e ocorre tanto em folhas como em frutos. Ainda que não cause prejuízos tão grandes como os de outras podridões, pelo fato de as manchas limitarem-se à superfície dos frutos, o grande número de lesões causa mau aspecto e grande desvalorização comercial. 3.2.1.DANOS Na parte inferior da folha, surgem pequenas lesões circulares, levemente angulosas, com esporos escuros do fungo; e, na parte superior, lesões arredondadas, pardo-claras, pardo-claras, Nos frutos, as lesões são circulares, salientes e apresentam centro esbranquiçado no estádio final. A ocorrência dessa doença provoca o amarelecimento e a queda prematura das folhas, o retardamento no crescimento e o consequente definhamento da planta. 3.2.2.CONTROLE Deve-se pulverizar frutos e folhas, preferencialmente, na página inferior, com fungicidas à base de oxicloreto de cobre, mancozeb, estrobilurinas ou triazóis, nas dosagens recomendadas. DOENÇA INGREDIENTE ATIVO NOME COMERCIAL FORMULAÇÃO DOSAGEM EM 100 LITRO DE AGUA VARÍOLA Oxicloreto de Cobre RECONIL WP 400g COBOX WP 200g HOKKO CUPRA 500 WP 250g PROPOSE WP 400g RAMEXANE 850 PM WP 300g AGRINOSE WP 350g 3.3.ATRACNOSE A antracnose do mamoeiro é causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, e, embora ocorra em frutos de qualquer estádio de desenvolvimento, apresenta-se com maior frequência nos maduros. Sua nocividadepara a economia é muito grande, pois os frutos atacados tornam se imprestáveis para a comercialização e para o consumo. Ainda que frutos colhidos não apresentem sintomas da doença, ela se manifesta na fase de embalagem, transporte, amadurecimento e comercialização, e causa grande percentual de perdas. 3.3.1.DANOS Os frutos jovens, quando atacados, cessam o seu desenvolvimento, mumificam, e caem. Com o aparecimento dos frutos e o aumento da precipitação e da umidade relativa, aparecem na casca dos frutos pequenos pontos pretos, o quais aumentam de tamanho formando manchas deprimidas que podem medir até 5 cm de diâmetro. Quando em grande quantidade, as manchas podem coalescer, espalhar-se pela superfície do penetrar e aprofundar-se na polpa, ocasionando, a podridão-mole. 3.3.2.CONTROLE DOENÇA INGREDIENTE ATIVO NOME COMERCIAL FORMULAÇÃO DOSAGEM EM 100 LITROS DE AGUA ATRACNOSE Oxicloreto de Cobre AGRINOSE WP 350g COBOX WP 200g HOKKO CUPRA 500 WP 250g PROPOSE WP 400g 4.CONCLUSÃO Conclui-se que o controle químico é de alta importância, e de alta eficiência no controle de pragas e doenças do mamoeiro, e sem ele o produtor teria inúmeros problemas gerados por pragas e doenças. 5.REFERENCIAS www.scielo.br/pdf/fb/v27n2/9149.pdf www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/artigo_2308.pdf www.cpt.com.br › Cursos Fruticultura › Artigos � PAGE \* MERGEFORMAT �5�
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