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Direito Empresarial - Titulos de Créditos

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DIREITO EMPRESARIAL – TÍTULOS DE CRÉDITO.
1 – Conceito de Título de crédito
Os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com a própria obrigação, mas se distinguem dela na exata medida em que a representam. Uma determinada obrigação pode ser representada por diferentes instrumentos jurídicos. Por exemplo: se uma pessoa agindo com culpa, provoca, com seu automóvel, danos em bens de outrem, deste fato surgirá a obrigação no sentido de indenizar os prejuízos decorrentes. Se devedor e credor estiverem de acordo quanto á existência da obrigação e também quanto á sua extensão (valor da indenização) – esta pode ser representada por um título de crédito – cheque, nota promissória ou letra de câmbio. Se as concordam quanto á existência da obrigação, mas não tem idéia da sua extensão ou a chegar um acordo, essa obrigação poderia ser representada por um “reconhecimento de culpa”. Se, porém, não concordam com nada, a obrigação de indenizar somente poderá ser documentada por um título jurídico – uma decisão que julgou procedente a ação de ressarcimento promovida pelo prejudicado. Neste exemplo, uma única obrigação foi representada por três documentos jurídicos diferentes: título de crédito, reconhecimento de culpa e sentença judicial. A natureza do título de crédito tem como sua essencialidade um instrumento representativo de obrigação. Voltando ao exemplo, se o credor da indenização se tiver um título de crédito, poderá, antes do vencimento da obrigação, oferecer esse crédito como garantia em empréstimo bancário, ou pagar seus próprios credores com o título, endossando-o. Os títulos de crédito definidos em lei como extrajudiciais, possibilitam a execução imediata do valor devido. O título de crédito é um documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado.
2 – Princípios Gerais do Direito Cambiário.
Cartularidade: Para que um credor de um título de crédito exerça os direitos por ele representados é indispensável que se encontre na posse do documento (também conhecimento como cártula). Sem essa condição, mesmo sendo a credora, a pessoa não poderá exercer seu direito de crédito valendo-se dos benefícios do regime jurídico-cambial. No entanto, essa não é a sua única característica, pois por meio deste princípio é que se pode identificar o real credor, o portador do documento real. Tendo em vista que não é aceita a cópia autenticada do documento. Somente este pode executar o devedor. Por isto, quem paga o título deve exigi-lo de volta, para que ele não continue no mercado e possa ser cobrado novamente. E para que o pagador possa exercer, contra outros devedores, o direito de regresso. Lembrando que esta característica não se aplica a todos os títulos de crédito, pois a duplicata é excluída de seu rol.
Literalidade: O que não se encontra expressamente consignado no título de crédito não produz conseqüências na disciplina das relações jurídico-cambiais. O título é tido como literal porque a sua existência é regulada pelo teor do seu conteúdo, ou seja, só se leva em consideração o que nele está contido, assim qualquer outra obrigação, embora contida em um documento em separado, nele não se integra, produzindo-se, desta forma, efeitos jurídico-cambiais somente os atos lançados no título de crédito. Um exemplo que pode ser citado é o da existência do aval, pois quando pretenso avalista se obrigou somente em documento em separado e não no título, a garantia não existe, em função do princípio da literalidade.
Autonomia: Entende-se que as obrigações representadas por um mesmo título de crédito são independentes entre si. O direito cambial determina a autonomia das obrigações estabelecidas no título de crédito, assim este constitui uma declaração autônoma do devedor, comprometendo-se a pagar as obrigações nele estabelecidas. Esta autonomia não se configura em relação à causa de tais obrigações, mas em relação ao terceiro de boa-fé, o qual possui um direito próprio que não lhe pode ser negado em razão das relações existentes entre os seus antigos possuidores e o devedor. Exemplificando o atributo da autonomia, narramos a seguinte hipótese: Pedro compra um rádio do João, como não tinha dinheiro para efetuar o pagamento à vista emite uma nota promissória tendo como beneficiário o João, esse, por estar necessitando de dinheiro, desconta o título num banco, ocorre que o rádio apresenta defeitos, portanto Pedro quer desfazer o negócio e pretende não pagar a promissória, no entanto, tendo em vista o princípio da autonomia, o banco (endossatário), atual credor do título, não tem nada a ver com a venda e compra do rádio, assim sendo, Pedro deverá pagar a nota promissória no seu vencimento, e caso queira devolver o rádio e receber o dinheiro de volta, deverá demandar diretamente contra o João.
Com efeito, existe todo um amparado jurídico armado, que garante ao credor: a) aquela pessoa que lhe transfere o título – o seu devedor não poderá cobrá-lo mais (principio da cartularidade); b) as relações jurídicas que poderão interferir com o crédito adquirido são apenas aquelas que constam, expressamente, do título e nenhuma outra (principio da literalidade); c) nenhuma execução pertinente á relação da qual ele não tenha participado terá eficácia jurídica quando da cobrança do título (principio da autonomia). Desta forma, o direito protege o próprio crédito comercial e possibilita a sua circulação com mais facilidade e segurança.
3 – Classificação dos Títulos de Crédito.
A classificação dos títulos de crédito se faz por quatro principais critérios
Quanto ao modelo: distingue os títulos de créditos entre aqueles de modelo livre e os de modelo vinculado. No primeiro grupo, são exemplos a letra de câmbio e a nota promissória, são esses os títulos cuja forma não precisa observar um padrão normativamente estabelecido. Os seus requisitos devem ser cumpridos para que se constituam títulos de créditos, mas a lei não determina uma forma especifica para eles. Já o grupo dos títulos de modelo vinculado, em que se encontram o cheque e a duplicata mercantil, reúne aqueles em relação aos quais o direito definiu um padrão para o preenchimento dos requisitos específicos de cada um. Um cheque somente será cheque se lançado no formulário próprio fornecido, por talão, pelo próprio banco sacado.
Quanto à estrutura: os títulos de crédito serão ordem de pagamento ou promessa de pagamento. No primeiro caso, o saque cambial dá nascimento a três situações jurídicas distintas: a de quem dá a ordem, a do destinatário da ordem, e a do beneficiário da ordem de pagamento. No caso da promessa, apenas duas situações jurídicas distintas emergem do saque cambial: a de quem promete pagar e a do beneficiário da promessa. A letra de câmbio, o cheque e a duplicata mercantil são ordens de pagamento, ao passo que a nota promissória é uma promessa de pagamento. 
Quanto à emissão: os títulos de créditos são causais ou não causais. Um título causal somente pode ser emitido se ocorrer o fato que a lei elegeu como causa possível para sua emissão, ao passo que o título não causal, ou abstrato, pode ser criado por qualquer causa, para representar obrigação de qualquer natureza no momento do saque. A duplicata mercantil, exemplo de título causal, somente pode ser criada para representar obrigação decorrente de compra e venda mercantil. Já o cheque e a nota promissória, podem ser emitidos para representar obrigações das mais diversas naturezas.
Quanto á circulação: podem ser ao portador ou nominativo. Os títulos ao portador são aqueles que, por não identificarem o seu credor, são transmissíveis por mera tradição, neste contexto, portador significa possuidor de títulos ou documentos que devem ser pagos a quem os apresente. Assim, títulos de crédito ao portador são aqueles que circulam livremente através das pessoas que têm sua posse. Devem, portanto, serem pagos a quem os portar, pelo fato de neles não constar expressamente o nome do seu credor ou titular, sendo desta forma o portador,o seu credor. Nominativo que são os títulos que identificam o seu credor. Sendo nominativo, pode ser “à ordem” ou “não à ordem”. Estando prevista no verso do título a cláusula “a ordem”, por exemplo, “Pague-se ao fulano de tal”, o credor somente poderá transferir o título pelo endosso. Caso contrário, na ausência desta cláusula, o título será “não à ordem”, podendo ser transferido mediante o procedimento da cessão de crédito, estabelecido no Código Civil.
4 – Letra de Câmbio
Entende-se por Letra de Câmbio uma ordem dada, por escrito, a uma pessoa, para que pague a um beneficiário indicado, ou à ordem deste, uma determinada importância em dinheiro. A letra de câmbio é um título de crédito, dotado de literalidade e de autonomia das obrigações. Desempenha importantíssima função econômica pela ampla utilização do crédito que proporciona. 
4.1 – Saque: Este instituto somente será encontrado pela emissão de letras de câmbio, já que estas são ordens de pagamento que, por meio do saque, criam três situações jurídicas distintas, sendo estas: a figura do sacador, o qual dá a ordem de pagamento e que determina a quantia que deve ser paga; a figura do sacado, àquele para quem a ordem é dirigida, o qual deve realizar o pagamento dentro das condições estabelecidas; e, por último, o tomador, credor da quantia mencionada no título. Saque, portanto, é o ato de criação, ou seja, da emissão da letra de câmbio. Após esse ato, o tomador pode procurar o sacado para receber do mesmo a quantia devida. Sendo que não tem por única função emitir o título, mas também visa vincular o sacador ao pagamento da letra de câmbio, assim sendo, caso o sacado não pague a dívida ao tomador, este último poderá cobrá-la do próprio sacador, que é o próprio devedor do título.
4.2- Figuras Intervenientes:
Na letra de câmbio os intervenientes possuem, no título, funções diversas: 
Sacador, Subscritor ou Emitente - é aquele que dá a ordem, aquele que cria e emite a letra, dando a ordem de pagamento - é também denominado credor.
Sacado ou Devedor - é aquele a quem a ordem é dada, contra quem a ordem é dirigida.
Tomador ou Beneficiário - é aquele a favor de quem é emitida a ordem - é aquele que porta o título e que fica no lugar do credor. 
4.3 – Requisitos Essenciais da Letra de Câmbio
O formalismo é da essência da letra de câmbio, devendo, portanto, conter determinados requisitos essenciais preestabelecidos por lei. Faltando um dos requisitos essenciais, a letra de câmbio deixa de ser uma letra de câmbio. Assim, ela deve trazer:
1. Denominação “letra de câmbio” no seu contexto;
2. A quantia que deve ser paga, por extenso;
3. O nome da pessoa que deve pagá-la (sacado);
4. O nome da pessoa que deve ser paga (tomador);
5. Assinatura do emitente ou do mandatário especial (sacador).
A declaração da quantia em cifra não é requisito essencial, tanto que, se surgir uma disparidade entre a importância declarada por cifra e a declarada por extenso, valerá esta última.
O nome do sacado, por força de hábito, deve ser colocado abaixo do contexto e do lado esquerdo, enquanto que a assinatura de próprio punho do sacador ou de seu mandatário especial deve ser firmada, obrigatoriamente, abaixo do contexto, do lado direito, como acontece em uma carta.
A letra de câmbio não pode deixar de levar o nome do sacado, pois ela não pode ser emitida ao portador. Porém, se ela for emitida incompleta, por exemplo, sem o nome do tomador, poderá circular. Mas os requisitos devem estar totalmente cumpridos, antes da cobrança judicial ou do protesto do título. É que o portador de boa-fé é considerado procurador bastante do sacador para completá-la.
Registre-se que é somente o sacador quem a assina. A assinatura do sacado ou aceitante não figura entre os requisitos indispensáveis à sua validade. A falta dela faz apenas permanecer a vinculação entre o emitente (sacador) e o tomador, não vinculando o sacado na obrigação cambial.
5 – Constituição do Crédito Cambiário
5.1 – Aceite: É por meio deste que o sacado se compromete ao pagamento do título ao beneficiário, na data do vencimento. Para que seja válido este aceite deverá conter o nome e assinatura do aceitante. Importante frisar que, se este aceite se der no verso do título, deverá acompanhar a palavra "aceito" ou "aceitamos", para que não se confunda com endosso; mas se no anverso do título, bastará a assinatura do aceitante. O sacado/aceitante deverá ser civilmente capaz e não poderá ser falido. Se este vier a falecer poderá o inventariante proceder o aceite em nome dos sucessores daquele. 
Havendo endossantes neste título, deverão estes responder como devedores cambiários solidários e, assim sendo, deverão pagar o que estabelece o título ao beneficiário, caso o sacado não o aceite. O aceite é irretratável, ou seja, desde que produzido o sacado não poderá se eximir do pagamento da letra. Prazo de respiro é o prazo de um dia dado em virtude da primeira apresentação do título para aceite do sacado. De acordo com o art. 24 da LU: "o sacado pode pedir que a letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira apresentação". 
As letras com data certa para vencimento ou à vista dispensam a apresentação para aceite, porque vencem no momento em que são apresentadas, devendo ser feita em 1 ano.
Será considerada a falta de aceite quando o sacado não for encontrado, estiver muito enfermo, não podendo, ao menos, expressar-se, ou quando nega o aceite ao título expressamente. Diante da recusa do aceite, o beneficiário deverá, a fim de receber o valor representado pelo título, protestá-lo no primeiro dia útil seguinte, já que esta recusa acarreta o vencimento antecipado do título. Podendo o tomador perder o direito, se não protestar neste prazo, de acionar os demais coobrigados cambiários. Sendo assim, verifica-se que o protesto pressupõe a ausência do aceite.
O aceite deverá ser puro e simples, não podendo ser condicionado, e poderá ser limitado de acordo com que o aceitante se obrigar nos termos do mesmo. A lei permite que o sacador estabeleça uma cláusula de proibição de aceitação do aceite, tornando a letra inaceitável. Com isso, deverá o beneficiário esperar até a data do vencimento do título para apresentá-lo ao sacado, que só então, se recusá-lo, poderá voltar-se ao sacador. Se, entretanto, antes da data do vencimento o sacado aceitar o título, ele será válido. Essa cláusula não será permitida quando a letra for sacada a certo termo da vista, pois quando isso ocorre o prazo do vencimento só corre a partir da data do aceite. 
5.2 – Endosso: É a forma pela qual se transfere o direito de receber o valor que consta no título através da tradição da própria cártula.
De acordo com o art. 893 do Código Civil: "a transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes" e, por assim dizer, entende-se que não só a propriedade da letra que se transfere como também a garantia de seu adimplemento.
Figuram dois sujeitos no endosso: 
- endossante ou endossador: quem garante o pagamento do título transferido por endosso;
- endossatário ou adquirente: quem recebe por meio dessa transferência a letra de câmbio.
O endosso responsabiliza solidariamente o endossante ao pagamento do crédito descrito na cártula caso o sacado e sacador não efetuem o pagamento. Portanto, se o devedor entregar a seu credor um título, por mera tradição e sem endosso, não estará vinculado ao pagamento deste crédito caso as outras partes se tornem inadimplentes. 
Poderá o endosso se apresentar:
em preto: quando na própria letra traz a indicação do endossatário do crédito. Também conhecido por endosso nominal.
em branco: quando apenas constar a assinatura do endossante, sem qualquer indicação de quem seja o endossatário. Deverá este ser feito sempre no verso do título e se tornará um título ao portador.
5.3 – Aval: Entende-se por aval a obrigação cambiária assumida por alguém no intuito de garantir o pagamento da letra de câmbio nas mesmas condições de outro obrigado. É uma garantia especial,que reforça o pagamento da letra, podendo ser prestada por um estranho ou mesmo por quem já se haja anteriormente obrigado no título. A pessoa que dá tal garantia tem o nome de avalista e aquela a quem ele se equipara, e por intermédio da qual é assumida a obrigação de pagar o título, denomina-se avalizado. Para assumir tal obrigação o avalista necessita ser capaz, como, aliás, deve acontecer com todos quantos se obrigam cambialmente. Aval é a garantia pessoal de dívida (pagamento), de que a obrigação constante do título de crédito será paga por um terceiro ou por um dos signatários (muitas vezes o endossante ou o próprio sacador avalizam o título), prestada mediante assinatura do avalista no anverso do próprio título ou em folha anexa.
O avalista é solidariamente responsável com aquele em favor de quem deu o seu aval. a sua obrigação é autônoma e equivalente (ele é devedor do título da mesma maneira que o avalizado - L.U., art.32) à obrigação do avalizado.
OBS.: O aval pode ser prestado mediante a assinatura do avalista no anverso do título ou no verso da letra com as seguintes expressões: “por aval”, “bom para aval” ou qualquer outra expressão equivalente. Numa folha anexa, o aval será dado através do prolongamento da letra.
Na falta de indicação (aval em branco) de quem está sendo avalizado, entende-se que o aval foi dado em favor do sacador (L.U., art. 31)
COMENTÁRIOS: Se o aval for dado no verso com somente a assinatura do avalista (em branco), ele estará avalizando o sacador. Pode haver uma cadeia de avalistas da mesma forma que se tem uma cadeia de endossantes. O avalista pode aparecer em qualquer lugar do título, avalizando qualquer uma das pessoas e, com isso, aumentando a garantia do pagamento. O aval, como obrigação do Direito Cambiário, faz com que o avalista se obrigue no pagamento integral; logo, o direito de regresso é em relação ao pagamento total do título e não em cotas partes como no Direito Civil.
6 – Nota Promissória
A nota promissória é uma promessa de pagamento pela qual o emitente (DEVEDOR) se compromete diretamente com o beneficiário (CREDOR) a pagar-lhe certa quantia em dinheiro.
 Sendo promessa de pagamento a nota promissória envolve apenas dois personagens cambiários:
 
 1 - O emitente: é a pessoa que emite a nota promissória, na qualidade de devedor do título.
 2 - O beneficiário: é a pessoa que se beneficia da nota promissória, na qualidade de credor do título.
A nota promissória é diferente da letra de câmbio, fundamentalmente, no seguinte aspecto:
 a nota promissória é promessa de pagamento, enquanto a letra de câmbio é ordem de pagamento;
6.1 – Requisitos Essenciais
A nota promissória é o documento formal, devendo, por esta razão, obedecer a diversos requisitos estabelecidos pela Lei (art. 75 da LUG).
- A denominação nota promissória escrita no texto do documento.
- A promessa pura e simples de pagar determinada quantia.
- A data do vencimento ( pagamento ).
- O nome do beneficiário ou à ordem de quem deve ser paga ( não se admite nota promissória ao portador ).
- O lugar onde o pagamento deve ser realizado.
- A data em que a nota promissória foi emitida.
- A assinatura do emitente ou subscritor (é o devedor principal)
Obs¹: Caso não conste na nota promissória a data e local de pagamento ela será um título pagável à vista no local do saque.
Obs²: O endosso, aval, vencimento, pagamento, protesto e execução da nota promissória são idênticos aos da letra de câmbio.

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