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TÍTULO DE CRÉDITO

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TÍTULO DE CRÉDITO
AVAL
PENHOR 	
GARANTIA FIDEJUSSÓRIA
GARANTIA REAL
TRANSMISSÃO DE PROPRIEDADE- Tradição (bens móveis). Escrituração( bens imóveis)
CRÉDITO
CONCEITO- CC, art. 887
PRINCÍPIOS:
CARTURALIDADE
LITERALIDADE
ABSTRAÇÃO
AUTONOMIA
FUNÇÕES DOS TITULOS DE CRÉDITO:
O título serve para circular, movimentar crédito. É possível medir o desenvolvimento do país de acordo com o crédito disponível no mercado 
CARACTERÍSTICAS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO:
É quesível- quem corre atrás do crédito é o credor, não o devedor; 
CLASSIFICAÇÕES:
ATOS CAMBIÁRIOS 
TÍTULOS DE CRÉDITO
CRÉDITO
1. CONCEITO
O conceito está previsto na Lei 10.406/2002, artigo 887
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei
O Titulo de crédito é um documento
O Título de Crédito é um documento necessário, obrigatório 
2. PRINCÍPIOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
Os princípios dos títulos de crédito são as normas basilares de toda a sua disciplina.
2.1 PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE
No século XX, os títulos de credito eram em totalidade escritos, e isso origina o princípio da cartularidade
O Título de crédito é extrajudicial, e o credor precisa levar o título para que o débito seja pago. No momento em que é pago, o devedor pega de volta o título; o IDEAL é que a quitação seja dada no próprio titulo
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei
Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. Diz-se que o documento é necessário, porque enquanto existe o documento, o credor deve exibi-lo para exercitar todo o Direito, seja principal, seja acessório, que o título porta consigo e não se pode fazer qualquer mudança na posse do título sem anota-la nele; 
Em síntese, a necessidade do documento deve entender-se no sentido de que uma vez unido o direito ao título, não é possível exercer o direito sem estar de posse do título, O credor do direito precisa provar que está com posse legítima do título para exercer o direito, com base no próprio documento. Do mesmo modo, para se ter a prova do pagamento do título é necessária a entrega do próprio título. 
Assim sendo, fica claro que o documento é imprescindível para o exercício do direito , o que traduz a ideia essencial do princípio da cartularidade ou incorporação
EXCEÇÕES DA CARTULARIDADE 
· Ação para cancelamento
· Duplicata eletrônica: A duplicata é eletrônica, logo, não tem documento. Irá instruir o protesto como forma de que não houve pagamento. No caso da duplicata, dificilmente irá para o Judiciário. O que prova a existência de uma duplicata eletrônica não paga é o protesto. Quem faz o protesto é o tabelião por meio eletrônico; 
EXECUÇÃO. DUPLICATA VIRTUAL. BOLETO BANCÁRIO. As duplicatas virtuais – emitidas por meio magnético ou de geração eletrônica – podem ser protestadas por indicação (art. 13 da Lei n. 5.474/1968), não se exigindo, para o ajuizamento da execução judicial, a exibição do título. 
Protesto: meio de prova, de não pagamento. Certidão feita pelo tabelião que prova que o título não foi pago, e será útil como meio de prova contra qualquer um; A duplicata não paga poderá ser encaminhada de forma online, então o cartório irá enviar comunicado para o devedor para que ele pague antes que seja feito o protesto; Se o devedor faz o pagamento encerra o processo; Se o devedor não faz o pagamento faz a lavratura do protesto; É o meio que prova que existe uma duplicata eletrônica e que ela não foi paga; O protesto será feito contra o devedor principal (não pode ser avalista); O protesto não se dirige ao credor ou devedor, protesta-se o título;
#O protesto será feito com o nome do devedor principal, mas ele não é contra a pessoa. O protesto é contra o título
O último endossatário é o proprietário do título, é o credor. Se é o proprietário do título é proprietário do crédito. Na data de vencimento de uma promessa o ultimo credor apresenta a promessa a um devedor originário, principal. Se o devedor direito, principal, que fez a promessa, resolve não pagar e devolve o título. O credor pode executar o devedor direto ou indireto, mas o que ele normalmente faz é o protesto- prova de que não houve pagamento, endereçada a todos os devedores indiretos- é solene e meio de prova; 
Devedor------primeiro beneficiário -----(endosso)--- Ana (segunda beneficiária)
Ana apresenta o título ao devedor na data. Se pagar será concluída a obrigação. Se não pagar far-se-á execução para provar que o título venceu e está em aberto. Essa prova é útil para execução pois serve de prova para executar tanto o primeiro beneficiário quanto o devedor; 
2.2. PRINCÍPIO DA LITERALIDADE
Em regra, qualquer ato será definido no próprio Título no sentido de que ele tem seu conteúdo e seus limites determinados nos precisos termos do título, vale dizer, “ele existe segundo o teor do documento”. O teor literal do título é relevante para definir a existência, o conteúdo e a modalidade do Direito. 
Isso significa que inscrito no papel estão disciplinados pela lei todos os elementos indispensáveis à compreensão jurídica do problema; Em síntese, a literalidade dá a certeza quanto a natureza, ao conteúdo e a modalidade da prestação prometida ou ordenada; 
O Direito literal 
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei
Exemplo: O devedor tem 70 mil, de 100 mil, para dar ao credor no dia do vencimento; O credor tem obrigação de aceitar esse valor. Como o devedor pagou uma parte, o credor deverá dar um recibo feito no próprio título isso manifesta a literalidade, as informações são escritas no próprio título;
Exemplo: No caso do endosso, para a transferência, irá escrever no próprio titulo; 
A literalidade não incluí os valores definidos na Lei: como a mora; A multa aplicada a dívida deverá estar escrita no título
CONSEQUÊNCIAS:
· Vale o que está escrito no título: significa que o titulo tem facilidade comparado a outros tipos de contrato. Isso significa que todas informações estarão contidos no título, se faltar informação ele estará incompleto; Não há contrato de aval ou de endosso no título de crédito. Meros ajustes verbais não podem influir no exercício do direito ali mencionado, pois quem recebe o titulo deve saber pelo teor do próprio que direito está recebendo. É o teor literal que irá definir os limites para o exercício dos direitos nele mencionados.
· Limites: A literalidade estabelece limites. A visão da disciplina é “pró crédito”, e isso significa que não há partido do devedor ou credor, há partido do ponto de que sem crédito o mercado não funciona e se há títulos sem força de impacto ele deixa de valer no mercado e vai “caducando”; Esses limites servem para defender o credito, logo serão impostos tanto aos credores quanto aos devedores; Os limites são os mesmos, só muda o ponto de vista; O devedor não está obrigado a receber um centavo a menos do que pactuado, assim como o devedor não pode ser cobrado de mais do que pactuado; O credor não pode cobrar antes da data e o devedor não pode pagar fora da data; Todas essas limitações devem ser estabelecidas no próprio título; Não pode alterar condições de lei de ordem pública, pois não são negociáveis; Não se pode exigir mais do que está escrito, apenas o valor literal. Se o título tem vencimento certo mas foi combinado verbalmente que só seria cobrado após o término de determinado serviço, esse ajuste verbal não impede a exigecia do titulo a partir do vencimento.
EXEMPLO: Mathaus tenta inserir no título um aval com benefício de ordem. Ele está fazendo no “lugar certo”, mas não é permitido e eficaz porque são delimitados limites. O aval deve ser estabelecido em contrato, então não será eficaz;
 Atualização ou correção monetária e juros de mora não precisam estar inscritos notítulo pois constam na lei. Atualização e juros de mora não são a mesma coisa
ATUALIZAÇÃO: Para fazer esse calculo utilizamos índices; Se o título prevê o índice, será aplicado ele. Se não tiver previsto: advogado do credor elege o título mais alto, e devedor o título mais baixo; . Poderá ser exigida a correção monetária a partir do vencimento, uma vez que ela representa apenas a recomposição do valor da moeda corroída pela infração. Ela não representa valor novo, mas um ajuste naquele devido;
Exemplo: se emitir um titulo de crédito que venceu ontem, de 100 mil reais, hoje ele valerá os mesmos 100 mil pois o tempo é pouco; Se há valor de face de 100 mil em título do ano anterior, quando irá pagar no próximo ano haverá atualização monetária; 
JUROS DE MORA: Não é atualização, é uma multa, uma punição pela demora; Logo, deve-se pagar o dinheiro atualizado + juros pela demora; 
Se as partes convencionarem elas podem estabelecer no título:
· MULTA MORATÓRIA: Pode ser pactuada mas deve estar previsto no título		
· JUROS REMUNERATÓRIOS: pode ser pactuado mas devem estar previsto no título 
LITERALIDADE INDIRETA:
As regras do contrato servem para executar o título. Muitos bancos usam esse instrumento pois pode haver informações no contrato que não estão contidos no título;
2.3. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei
Do título de crédito podem decorrer vários direitos, podem surgir várias relações jurídicas, vale dizer, podemos ter vários devedores (emitente, avalista, endossantes...) e também vários credores sucessivos. Cada um desses credores ou devedores do título possui uma ligação autônoma, no sentido de que seu crédito ou débito não é afetado por questões que digam respeito a outras pessoas; 
Qualquer pessoa de boa-fé que adquira a condição de credora do título de crédito, adquire um direito novo, como se fosse um credor originário, não ocupando a posição do antigo credor. Tal princípio é uma garantia de negociabilidade do título, na medida em que a pessoa que o adquire não precisa saber se o credor anterior teria ou não direito de receber o valor do título. 
Se determinada pessoa adquiriu a posse do título de maneira ilegítima, por exemplo, furtando o documento, ela não poderia receber o valor do título; Todavia, se ela transfere o título a um terceiro de boa-fé, este terceiro terá direito de receber o valor, uma vez que recebe um direito autônomo, como se credor originário fosse. Trata-se da inopobilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé;
Exemplo: O credor no momento de emitir o título de crédito exige um aval; O devedor sugere um avalista- o credor pode negar o avalista; O aval é garantia pessoal (garantia fidejussória- responde com patrimônio próprio)
... continuação: essa responsabilidade do avalista é autônoma; um dia antes da emissão do título, o emitente estava interditado, logo, ele não tinha nenhuma responsabilidade sobre o título; Nessa caso, o avalista tem que pagar sem nenhum revés, não pode entrar com ação de quem está interditado; Nesse caso, deveria saber se há garantia patrimonial ou não, antes de ser inserido; Se o avalista for executar, o advogado deve saber que foi interditado e não há o que ser feito; 
#A data de emissão do Título é obrigatória para provar-se essas formas;
A ideia é que as obrigações são absolutamente autônomas; 
O Bem de família não é uma exceção no aval, só poderá perde-lo na fiança; 
Está ligado no problema na parte
(título emitido hoje- emissão 03/03- vencimento 30/04)
Promitente (devedor direto)------------Primeira beneficiária ou tomadora------------
Julia, primeira beneficiária quer uma garantia. Logo, o promitente consegue avalista; A emissão foi no dia 03/03 e vencimento no dia 30/04; No dia do vencimento a beneficiária apresenta o título para o promitente, que devolve o título para ela e não paga; Logo, a Julia poderá executar ou protestar. Na hora da execução, a beneficiária poderá executar tanto o promitente quanto o avalista (ambos não); Não há benefício de ordem, portanto poderá escolher qualquer um para executar. Julia resolve executar o promitente, mas no momento da execução surge uma interdição ao promitente que é anterior ao título. Não há má-fé nesse caso, pois pode saber-se ou não da interdição. No momento da emissão do título o promitente não sabia da interdição; Essa sentença foi averbada no cartório de registros naturais que estabelece a interdição e estabelece que o promitente é incapaz e não tem nenhuma responsabilidade patrimonial quanto a ninguém. Nesse caso, o avalista irá responder pois sua obrigação é autônoma; Nesse caso o avalista não pode apresentar nada em sua defesa, a única coisa a ser apresentada é o parcelamento; Júlia só conseguiu resolver o problema porque a garantidora existia. O avalista pode pedir o título de volta, mas não haverá nesse caso o Direito de regresso; 
Se o promitente não fosse interditado ou a interdição for posterior à emissão, o avalista poderá entrar em regresso; 
Exemplo 2: Romário emite nota promissória (que recebeu o Aval de Ricardo) para Edmundo que a endossou para Ronaldo. Considerando que houve três assinaturas (emissão, endosso, aval) sem qualquer menção em contrário, temos três devedores solidários do título. 
Se Romário for absolutamente incapaz e não for representado sua obrigação é nula e embora sua assinatura crie o título, isto não invalida o título em si, nem as demais obrigações; Ricardo e Edmundo continuam devedores. 
Se a assinatura de Romário for falsa todas as outras obrigações se mantém dado o princípio da autonomia das obrigações; 
2.4. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
A LINDB prevê como fontes formais: LEI, analogia, costumes, etc; Na opinião de alguns autores, requisitos da lei é uma tradução ruim, o ideal seria dizer requisitos normativos; 
Título de Crédito atípico é ou não título de crédito: se criar algum título ele valerá? Os autores poderão concordar ou discordar; O argumento é que: 
O artigo 887 é uma tradução Literal do Direito Italiano. Vão afirmar que houve um problema na tradução e o correto seria elementos normativos. Assim, costumes seriam fonte formais de Direito, logo, se um titulo de crédito vira costume ele será válido mesmo que não previsto em lei; 
Exemplo: Vale começa a emitir vales que são pequenas indenizações. Esse título vira costume na região. Logo, o professor acredita que é titulo de crédito pois ele é costume
Problema: O título de crédito poderá movido por monitória, a execução só pode ser feita em títulos de crédito típicos; 
2.5. PRINCIPIO DA ABSTRAÇÃO
O título de crédito se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, isto é, questões relativas a esse negócio jurídico subjacente não tem o condão de afetar o cumprimento da obrigação do título de crédito. Não importa a origem do título, ele existe abstratamente, completamente desvinculado da relação inicial. “não se leva em conta a não ser o título, sendo irrelevante o que impôs sua emissão”;
Decorre do principio da cartularidade ou incorporação na medida em que o Direito incorporado ao título existirá por si só, desvinculado da relação jurídica subjacente. Ele também decorre do principio da literalidade, na medida em que o direito será definido pelo teor literal do titulo e não pelo negócio subjacente;
Trata-se de uma garantia da circulação do título, na medida em que o adquirente não precisa conferir o que ocorreu nesse negócio jurídico; Quem recebe o título recebe um direito abstrato, isto é, um direito não dependente do negócio que deu origem ao título;
	Exemplo: Jose tem dívida de jogo com o João, que não é autorizada. José faz promessa de pagar 50 mil reais em 31 de maio; José não quer pagar dívida; João vai ao judiciário mas José apresenta exceção pessoal (o negócio jurídico que motivou o título é ilícito logo não há obrigação de quitar prestação de contrato ilícito)
José-primeiro beneficiário---------------João-tomador
Exemplo-continuação: João está com título, precisa de fazer reforma, vai até uma loja de material de construção, compra materiais, a loja não sabe que há problema no título e recebe promessa de 50 mil reais em função do material. João endossa o título a loja; O credor, o beneficiário é a loja; A loja não está de má-fé (a boa-fé é presumida); No dia 31 de maio abre o prazo de exigibilidade (vence o título), então a loja vai até José para pagar a loja e ele não o faz; José alega que é uma dívida de jogo. A loja poderá protestar e executar; Poderá executar qualquer um dos dois, pois mesmo que foi dívida de jogo, diante da boa-fé da loja, infere-se que a exceção pessoal é unicamente entre José e João então a loja de boa-fé pode executar qualquer um dos dois e será satisfeita; João ao endossar o título garante o pagamento, logo, se a loja executa o João ele deverá pagar e recuperar o título, e não poderá regressar a José mediante a exceção pessoal entre eles; Esse caso cabe mediante boa-fé do terceiro; inopolibilidade de exceções pessoais ao terceiro de boa-fé;
Exemplo: 
Jonh comprou cadeiras de robert e as pagou com cheques. Roberto não entregou as cadeiras mas endossou os cheques para Ana. Ana terá direito de exigir de Jon o pagamento do cheque. A eventual alegação e que o contrato não foi cumprido não é motivo para impedir o credor de receber esse valor, uma vez que o título se desvinculou da cuasa; 
#O protesto será feito com o nome do devedor principal, mas ele não é contra a pessoa. O protesto é contra o título
Deve-se haver uma compatibilização entre esse principio da abstração e o da boa-fé. Se o credor está de boa-fé, ele não deve ser afetado por defesas causais, defesas ligadas ao negócio jurídico. Mas, se ele está de má-fé, não há motivo para defende-lo e por isso ele será afetado pelo negócio que deu origem ao título
Ausência de boa-fé quando:
· Credor participa do negócio
Exemplo: Rivaldo tem dívida de jogo com Ricardo, a qual foi representada em forma de título de crédito (nota promissória) que se manteve em poder do beneficiário. Nesse caso, Ricardo não pode exigir a nota promissória, uma vez que ele foi parte do negócio subjacente. O título continua vinculado ao negócio uma vez que as defesas ligadas a esse podem afetar o crédito;
· Credor tem conhecimento dos vícios do negócio
· Credor deveria ter conhecimento dos vícios
O Problema é a circulação. A REGRA do Direito Civil resolve o problema entre as duas pessoas que tem contrato ilícito, mas a abstração ao afastar o vício para os terceiros de boa-fé aos quais foi transferido o título envolve o Direito empresarial. 
3. FUNÇÕES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
· Representar o crédito
Precisamos de crédito, e precisamos movimenta-lo, logo, ele é representado pelo título de crédito; O título de crédito é o próprio crédito; 
Exemplo: se pego cheque que alguém passou para mim, independente do motivo; O cheque tem espaço para nome de quem deu o cheque (beneficiário); O cheque não tem o nome de quem possuí o crédito (cheque ao portador); Se eu estiver devendo 90 reais a alguma outra pessoa, posso passar esse cheque para outra pessoa e essa pessoa poderá utiliza-lo para efetuar o pagamento; Nota-se que o cheque é o próprio credito, ele próprio representa o crédito; Ele não é uma prova do que existe o crédito, ele é o próprio credito. 
· Circulação de crédito/riquezas
A função primordial dos títulos de crédito é a de facilitar e agilizar a circulação de riquezas;
Representando o próprio direito, os títulos de credito permitem que a simples transferência do documento transfira o direito ali representado, assegurando à circulação dos direitos de crédito o máximo de simplicidade e segurança. Mesmo que não venham a circular, é certo que é constante em todos os títulos a vontade de criar um título circulatório. Assim, a função primordial dos títulos de crédito é a de facilitar e agilizar a circulação de riquezas, permitindo o melhor desempenho das atividades econômicas. Os títulos se destinam a tornar mais simples, rápida e segura as movimentações de bens e direitos;
 Os títulos de crédito foram feitos para circular **se fizer contrato com outra pessoa e combinar como forma de pagamento o titulo de crédito, é preciso se preparar para o fato de que o titulo vai circular; No entanto, aparece pessoa com o título para receber; Primeiro, verifica-se se o título foi endossado, se ele foi endossado a obrigação é pagar o título para a pessoa que o porta;) 
Exemplo: O vale supracitado desenvolve a economia pois move-se quantia econômica; Países em situação de economia facilitada são países ricos; 
4. CARACTERÍSTICAS
FASES
ITÁLIA
As cidades-estados mais desenvolvidas estão na Itália; 
Exemplo: O comerciante está em BSB e vai para Paracatu comprar mercadoria para trazer. Esse é o comércio padrão (compra e revenda); Porém, cada cidade tinha sua própria moeda, assim, se o comerciante compra algo naquela cidade, ele tem que pagar da moeda loca; Para tal, ele precisará fazer cambio; Depois do cambio, ele traz o produto, vende, faz cambio, etc; Nesse contexto, surge o banco que emite um papel com o nome do comerciante em moeda local de Paracatu, mas ele recebe em moeda de Brasília; Assim, compra em Brasília um titulo que vale moedas em Paracatu. Ademais, havia o problema de transportar o dinheiro, que era perigoso; Logo, o titulo emitido pelo banco com o nome do comerciante tornava mais fácil; Ao chegar, era necessário apresentar título ao banco, que irá dar dinheiro em moedas de Paracatu; 
Entretanto, quando o comerciante chega em Paracatu para trocar o dinheiro, ao trocar, a instituição não consegue trocar no mesmo momento. Não conseguiam avisar que o comerciante estava chegando;
França
No período Frances, no século XVII, criam o endosso; Assim, permite que o problema fosse solucionado e que o título circulasse com maior facilidade; As corporações mandavam no jogo, mas como os títulos eram feitos em alta escala, de modos diferentes, gerava uma insegurança; Assim, buscaram uniformizar os títulos. 
Período alemão:
Busca-se uniformizar os títulos; Segue-se a Lei Uniforme de Genebra qualquer lugar do mundo que assinaram o contrato obedecem as mesmas regras. A partir desse momento acontece a uniformização;
CARACTERÍSTICAS
4.1. BEM MÓVEL
O título de crédito é um bem móvel e como tal está sujeito aos princípios gerais que regem os bens móveis. Assim é que a posse de boa-fé dos títulos de crédito equivale a propriedade. Essa natureza móvel simplifica a circulação dos títulos de crédito, agilizando a transmissão de riquezas, o que é essencial para os títulos de crédito; 
Ele poderá dar direitos de posse (não permite a alienação- art. 1196) e propriedade (permite alienação 1.228)
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
# A posse LEGÍTIMA presume a propriedade;
4.2. OBRIGAÇÃO QUESÍVEL
Como o devedor não tem certeza de quem é o atual credor do título, nada mais lógico do que exigir que o credor o apresente, para poder exigir seu pagamento. Diante da necessidade de apresentação do documento ao devedor, é obvio que o título		 de crédito contém uma obrigação quesível, no sentido de que cabe ao credor dirigir-se ao devedor para exigir o cumprimento da obrigação; 
Nos títulos de crédito, há uma obrigação a ser cumprida pelo devedor e recebida pelo credor. Em toda obrigação, uma das duas partes deve tomar a iniciativa para o cumprimento da obrigação. No caso dos títulos de crédito, essa iniciativa cabe ao credor, logo é ele que deve se dirigir ao devedor para exigir o pagamento e não o contrário; A obrigação de correr atrás do crédito é do credor e o protesto se dará no domicílio do devedor; 
4.3. CAMBIARIDADE
Cambiáridade dos títulos de crédito é entendida como a possibilidade de mudança do credor, a possibilidade de transmissãodo crédito. Ela se da mediante a função principal dos títulos de credito de permitir a circulação ágil das riquezas, e para cumprir esse mister, a circulação é simplificada e protegida pelo ordenamento. Quem recebe os títulos é protegido e por isso pode realizar tais operações com mais tranquilidade; 
Não se quer dizer que os créditos sempre irão circular, mas que eles nascem para circular e essa é uma possibilidade que em regra se põe a disposição do credor. A regra do título de crédito é ele circular na economia; 
4.4. EXECUTIVIDADE
Não havendo o pagamento voluntário de uma determinada obrigação, compete ao credor recorrer ao Poder Judiciário para buscar o pagamento desse crédito. Em determinadas situações, o credor terá que obter o reconhecimento judicial desse crédito com a consequente condenação do devedor ao pagamento para só então lançar mão das medidas satisfativas do seu crédito. esse não é o caso dos títulos de crédito. Nesse caso é necessário processo do conhecimento
Todavia, em outras situações, as obrigações são representadas em certos documentos, aos quais a lei atribui tamanho grau de certeza que permite ao credor pleitear medidas satisfativas. Há uma opção do legislador para uma solução mais rápida e pronta de certos direitos. Essa é a hipótese dos títulos de crédito, daí falar-se em eficácia processual abstrata dos títulos, na medida em que eles permitem a realização da execução, sem a necessidade de qualquer nova demonstração da existência do crédito. Eles são diretamente encaminhados ao processo de execução;
Os títulos de crédito são títulos executivos extrajudiciais, por isso eles não precisam de confirmação judicial, ou seja, não passam pelo processo de conhecimento desde que sejam exigíveis ( a partir do vencimento até a prescrição), líquidos e certos; Os títulos de crédito são executáveis a partir da composição de suas exigências:
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
É exigível do vencimento até a prescrição. A, exigibilidade é de responsabilidade do credor ou seja, ele quem deve demonstra-la; Entretanto, a liquidez e certeza dos títulos são presumidas e cabe ao devedor demonstrar sua ausência;
A certeza diz respeito à exigência da obrigação, que exige alto grau de probabilidade da existência do crédito; 
A liquidez se refere a determinação do objeto da obrigação;
Em toda obrigação uma das partes deve tomar a iniciativa para o cumprimento da obrigação. No caso dos títulos de crédito, essa iniciativa compete ao credor, logo, ele é quem deve se dirigir ao devedor para exigir o pagamento e não o contrário quesível;
4.5. PRO SOLVENDO
Em regra, o título de crédito tem origem em determinado negócio jurídico; Salvo a intenção diversa das partes é pro solvendo, isto é, a simples entrega do título ao credor não significa a efetivação do pagamento. Em outras palavras, a emissão do título não extingue a obrigação que lhe deu origem, de modo que as duas, a cambial e a originária coexistem; 
Com a emissão do título, estamos diante da mesma obrigação, dotada de outra roupagem, a cambial; prova disso é que a perda ou destruição do título não impede que o credor ajuíze uma ação baseada no contrato. Assim, se o cheque emitido pelo comprador no contrato de compra e venda for destruído, resta ao vendedor exigir o pagamento do preço com base no contrato.
4.6. SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA
		 O que os credores objetivam é o recebimento do valor constante do título, o seu pagamento. Várias pessoas podem assumir a responsabilidade pelo pagamento em títulos de crédito. Esses vários possíveis devedores assumem obrigações, em regra, mediante a aposição de suas assinaturas no documento. Havendo vários obrigados e obedecidos os requisitos exigidos, o credor poderá exigir de um, alguns ou todos o pagamento integral do título. 
Essa é a solidariedade cambiária, entre vários obrigados, de modo que o credor pode exigir de um, alguns ou todos a obrigação constante do documento. Cita-se que a solidariedade cambiária é específica, isto é, não se confunde com a solidariedade Civil. 
	SOLIDARIEDADE CAMBIÁRIA
	SOLIDARIEDADE CIVIL
	Causa distinta
	Causa comum
	Pluralidade de prestações (tantas quantos forem os devedores do título)
	Unidade de prestações
	Não é sempre que haverá retorno, ou seja, nem todos devedores terão esse direito de exigir dos outros coobrigados. Esse Direito só poderá ser exercido em face dos devedores anteriores, isto é, o pagamento feito por determinado devedor extingue a obrigação de todos os devedores posteriores a ele, não havendo possibilidade de cobrança dos posteriores;
	Direito de regresso de qualquer devedor que paga a dívida aos codevedores. Pode ser exigido contra todos codevedores.
	Todos são obrigados pela dívida inteira, mas caso um pague, o direito de regresso dos demais coobrigados é exercido por todo o valor do título e não pela quota-parte de cada um
	Aquele que paga pode exigir a quota-parte dos demais (art. 283)
	A prescrição é individual, corre ou interrompe-se para cada codevedor
	A interrupção da prescrição em face de um devedor afeta os demais
5. CLASSIFICAÇÕES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
5.1 . CIRCULAÇÃO
Cheque nominal: documento com emitente e ordem dada de pagamento para o beneficiário; O cheque é nominal quando o beneficiário está nominado. Esse título é regra, pois isso o nome não faz sentido; Qualquer um pode endossar o crédito, logo, ele não será nominativo
· NOMINATIVO:
Título que circula por escrituração. É e exceção da exceção; As ações são títulos nominativos; A escrituração é uma circulação controlada, pois isso não há ação falsa; A circulação é controlada; a CVM analisa esse controle; O proprietário do título é aquele cujo nome se encontra no registro do emitente. Não se trata de simples inscrição do nome do proprietário, mas de um registro com o nome do proprietário; **Assim, a circulação em face de seu emitente é feita por termo de cessão ou transferência. A transferência perante o emitente é sempre feita nos seus registro, pelo termo de transferência ou averbação do endosso em preto lançado no título; Cita-se como exemplo ações e debentures; 
· TÍTULO À ORDEM
O nome do beneficiário consta no título e ele circula por endosso. Essa é a regra; O nome do beneficiário consta no teor do documento, mas acompanhado de cláusula “a ordem”. Tal cláusula permite a transferência do titulo mediante simples endosso, ou seja, assinatura do proprietário no próprio título. O endosso será eficaz com a posse do título pelo endossatário; A prestação poderá ser paga a ele ou a quem ele transmitir o título. Não há necessidade de comunicação ao emitente, simplificando e agilizando a circulação dos títulos de crédito; Se não disser nada, pressupõe-se que o título circula à ordem. É um pressuposto legal, ou seja, algo de que se parte, a ideia de que o endosso é regra. Não precisa escrever “À ordem” pois é pressuposto legal, pressupõe-se; 
Exemplo: Se o devedor emite promessa para credor, o credor pode circular o título por endosso pois ele é o proprietário do crédito
EXCEÇÕES
TÍTULO NÃO À ORDEM
O título é utilizado para circular riqueza, se o promitente transmite título que não pode circular por endosso, é possível que este não aceite pois ele dificulta a circulação; Mesmo que não seja possível circular por endosso, poderá circular por título de crédito que é instituto mais difícil. Se o emitente do título determinar que o título não é à ordem ele não circula por endosso, mas poderá circular por cessão de crédito; É um exemplo raro na vida real pois a cessão de crédito é muito rara; 
Exemplo: Promitente (devedor principal) faz promessa de pagar n ao beneficiário (credor). O promitente quer limitar a circulação do título, ou seja, quer que o beneficiário seja o promissor do crédito, ele determina que irá pagar ao beneficiário em data determinada e estipula “título não a ordem”; Quando o título é “não à ordem” o endosso é proibido; 
Exemplo: Emitente risca o “à ordem” no cheque e escreve: títulonão à ordem. Isso pode acontecer para que evite a circulação para pessoas que não conhece; 
 TÍTULO AO PORTADOR: É exceção. O nome do portador não consta no título, de modo que poderá exercer o Direito aquele que apresentar o título, circula por simples tradição, basta entrega do documento.. Só pode existir se fala-se de cheque até R$100,00; Se for superior a esse valor é necessário ter o nome do beneficiário no título; Depende de autorização legal específica e apenas cheques de valor até 100 podem ser;
· A tendência é de que os títulos passem a circular por escrituração; Os títulos por ora circulam eletronicamente sem controle, mas a ideia é de que eles passem a circular de forma controlada; Quando eles passarem a circular de forma controlada, poderá saber em cadeia a transferência dos títulos, a posse; Essa circulação controlada diminuí o risco, e os juros de empréstimo serão menores; 
Cartão de Crédito # Cheque especial
O Cartão não faz débito direto na conta como o cheque especial, apenas paga no vencimento; A diferença é apenas o meio pelo qual o dinheiro sai; Nenhum dos dois é titulo de crédito; 
5.2. ESTRUTURA
· TÍTULO SIMPLES: É título promessa; É a promessa de pagamento. O próprio emitente do título assume diretamente a obrigação de pagar o beneficiário. A pessoa que cria o título afirma que irá, pessoalmente, pegar o título no vencimento. Promete-se fato próprio; Nesse tipo de título, quando faz promessa e não está acostumado a circulação padrão de mercado, espera que quem apareça para cobrar o primeiro beneficiário, mas o mais provável é que será outro beneficiário. Há dois sujeitos: 
· Promitente/emitente (aquele que faz promessa-devedor principal) 
· Tomador/beneficiário- credor principal (aquele que recebe a promessa.
Devedor/Promitente---------(promessa)--------credor/Beneficiário
Exemplos: Nota promissória e cédulas de crédito
· ORDEM: A pessoa cria o título, prometendo que outra pessoa efetuará o pagamento. Quem cria ordens de pagamento não assume diretamente a obrigação de efetuar o ato de pagar aquela obrigação. Promete-se um fato de terceiro. O emitente/sacador dá ordem a um terceiro/sacado para que pague determinada quantia ao tomador/beneficiário; A estrutura do tipo ordem tem o sujeito específico que é o “sacado”;
Há três partes envolvidas:
· Sacador: aquele que emite a ordem, que da a ordem. No caso do cheque é o correntista; 
· Sacado: sujeito que obedece a ordem dada pelo sacador; Aquele que cumpre a ordem; No exemplo do banco a condição de cumprir ordem de pagamento é ter dinheiro. Faz pagamento ao tomador
· Tomador/Beneficiário: é o primeiro credor ou credor originário. É o sujeito que recebe o valor do cumprimento da ordem; 
Sacador---------(ordem)------- sacado-------(pagamento)-------tomador
Exemplo: Cheque, o sujeito abre uma conta no banco. O banco mantém o dinheiro guardado e eventualmente obedece as ordens. Uma das ordens de pagamento dadas ao banco é o cheque e o pagamento do cheque; No Cheque consta: “pague.. r$... à ... beneficiário... ou a sua ordem” – não precisa constar “ou a sua ordem” pois já está descrito na lei, mas serve para deixar claro a possibilidade do endosso; Essa ordem é dada ao banco, quem cumpre a ordem é o banco e quem paga a conta é o emitente. Há três pessoas nesse modelo: correntista/banco/beneficiário; Quando surgir o cheque online o banco passa a ter controle pela escrituração;
Exemplos: Nota promissória e cédulas de crédito
5.3. MODELO
· LIVRE: Em regra os títulos de crédito são em modelo livre; No dia do vencimento de qualquer título, de qualquer forma, haverá de cumprir a obrigação; Entretanto, mesmo que o modelo seja livre, todos os requisitos devem estar presentes; Se faltar um requisito não será título de crédito, mas pode preenche-lo se for de comum acordo; Não há um modelo aprovado,, de modo que qualquer documento que atenda os requisitos legais pode er considerado um título de crédito
Exemplo: Se quiser eu posso emitir um título de crédito em um guardanapo, inclusive se houver avalista haverá de ser cumprido;
Exemplo: Faz compromisso por computador. Acordam em 2.000 reais, mas no momento de assinar não coloca o valor. Depois Ana pode preencher se for no preço combinado, ela não pode colocar valor estranho; 
Exemplo: letra de cambio e nota promissória.
· VINCULADO: Significa que existe modelo previsto; Existe um padrão determinado por determinação que deve ser seguido sob pena de não ter qualquer valor como título de crédito; Não é determinado por Lei; Algumas informações são modificadas relativo a informação do momento. Não significa que só pelo fato de o título ser vinculado é necessário autorização para imprimir o título, isso significa que algumas instituições tem autorização legal para impressão do documento; O cheque é pendente de autorização para impressão; Existe título de crédito que qualquer um pode imprimir mas é de modelo vinculado; 
Exemplo: Cheque tem modelo previsto. Existe padrão e pouca coisa se modifica entre eles; Cheque tem modelo de papel; Tem sujeito que imprime cheque (BANCO); Tem sujeito que saca o cheque (emitente); Banco tem autorização legal para imprimir o cheque, mas certa pessoa quer fazer um cheque diferente, ele não poderá faze-lo pois precisa de autorização legal
Exemplo: O banco tem conta no banco, ele é sacado e é o sacador. Ele pode imprimir cheque contra ele mesmo; É o cheque administrativo;
#A emissão do Cheque precisa de permissão de agentes específicos em modelo padrão
#A emissão das duplicatas pode ser feito por qualquer empresário, mas se não seguir o padrão não cumpre os requisitos e não se enquadra aos títulos de crédito; 
#Nota promissória é de modelo livre, qualquer um pode faze-la de qualquer forma; 
5.4. MODALIDADE DE PRESTAÇÃO
Pacta Sun Servanda- não é obrigado a receber diferente do acordado; O
· EM MOEDA: Se o título tiver prestação em moeda, terá de receber em moeda; No Direito Empresarial é permitido emitir títulos em moeda estrangeira; No mais, far-se-á prestação em moeda corrente; Os títulos de valor em dinheiro são a regra no direito empresarial, na medida em que na maioria dos títulos de crédito envolve o pagamento de determinada quantia em dinheiro. Assim, notas promissórias, as letras de cambio, as duplicatas, os cheques e todas as cédulas de crédito são títulos de valor em dinheiro, uma vez que asseguram ao seu titular o recebimento de dinheiro.
· EM MERCADORIA: Se o título prevê prestação em mercadoria determinada, a prestação deverá ser cumprida naquela especificação; Há circulação jurídica da mercadoria sem ser estritamente necessário a circulação física. São títulos representativos, documentos que representam mercadorias ou bens, como os conhecimentos de depósito e warrants emitidos por armazéns gerais ou cédulas de produto rural; Quem possuí títulos representativos a principio não pode exigir o pagamento em dinheiro, mas sim a entrega de mercadorias como produtos rurais;
Exemplo: O produtor de soja tem ciclo de colheita determinado, e se ele perde o ciclo ele perde toda a lavoura. O produtor não vende de acordo com o ciclo, ele irá vender em um bom momento; O produtor vai ao armazém geral e constrói e armazena. Se você é produtor e deixa toneladas de soja no armazém, o armazém da título em mercadoria; Se o sujeito quiser vender a mercadoria que está armazenada no título ele apenas precisa endossar o título; Ao endossar, irá transferir a propriedade da mercadoria à outrem; Poderá também fracionar a mercadoria, pois a emissão do título é acordada;
6. ATOS CAMBIÁRIOS
São os atos utilizados para circular o título de crédito, são os instrumentos utilizados para circulação do título; 
6.1 EMISSÃO/SAQUE
É o ato de criar a obrigação cambiária, de criar o título de crédito. O ato de criar o título de crédito não é um contrato, é uma declaração unilateral de vontade. Contrato de lastro- obrigação subjacente: uma parte da prestação e a outra parte da contra prestação o título não é contrato, é uma prestação do contrato. Essa criação depende da vontade do emitenteou sacador, por isso poderá ser “emissão” ou “saque”. Essa criação do título é combinada, ou seja, em regra o devedor combina as regras com o credor antes da emissão do título. Será combinado por exemplo o valor da promessa, se será feito apenas uma promessa, etc. Somente será encontrado pela emissão de letras de cambio, já que são ordens de pagamento que por meio do saque, criam três situações jurídicas distintas: sacador, sacado e tomador. Saque é a criação, a emissão da letra de câmbio; 
Exemplo: Não faz sentido dizer que é contrato pois posso, por exemplo, emitir cheque e deixa-lo na gaveta. Funcionária poderá comprar 
CAPACIDADE/IMPEDIMENTOS
O título é obrigação patrimonial, logo a regra básica é que tenha capacidade civil plena. Não trataremos da interdição, da emancipação e demais questões do Direito Civil pois já foram tratadas anteriormente. O que nos interessa são as questões específicas dos títulos de crédito; 
I. Capacidade civil plena
II. Casamento:
 Se for casado poderá realizar promessa de pagamento sem outorga opsória, independente do regime. Isso significa que não precisa de autorização. - é título que compromete patrimônio. Dependendo do regime, quando há emissão de promessa poderá comprometer o patrimônio do cônjuge; 
Emissão Aval
No aval não é devedor principal, logo, tanto aval quanto fiança precisam ter autorização do cônjuge; No aval a legislação especifica nada fala sobre a autorização do cônjuge, logo, interpreta de acordo com a lei Geral do CC. No regime de separação absoluta não é necessária
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648 , nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
III - prestar fiança ou aval;
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. --> o que faz sentido no Direito empresarial é a regra desse artigo, pois a autorização conjugal não faz sentido. O Empresário individual casado poderá alienar bens registrados, pois ele está exercendo atos da vida empresarial, não da vida civil. Se ele vender bem de família ele precisa de autorização do conjugue;
III. Falido
O empresário falido não está autorizado a emitir o título de crédito. Fala-se que é o empresário que declarou falido. Deve-se lembrar que sócio é diferente de sociedade. A autonomia patrimonial determina que quem exerce a atividade empresarial é o empresário que poderá ser a pessoa jurídica. Os sócios não são empresários, mesmo que sejam pessoa jurídica. Se a pessoa é MEI e o patrimônio é dividido para exercício da atividade empresarial, estará 	 sujeito a Falência, o problema nesse caso é que nesse caso não há separação patrimonial e portanto todo patrimônio responde. O empresário em processo de falência ainda pode emitir titulo 
Exemplo: O Silvio Santos não é o empresário, quem é empresário é o SBT, porque quem exerce a empresa é o SBT; Empresa é atividade, o SBT exerce a atividade, a empresa que é “serviços de telecomunicação”. O SBT é uma pessoa jurídica que na prática é o empresário. 
IV. Procuração
A procuração para emitir título de crédito é aquela que prevê mais celeridade, logo, é a privada.
Pessoas físicas fazem contrato para criar terceira pessoa jurídica. Quando tem formação da pessoa jurídica pode ser que precise mais de uma assinatura para o título de crédito, mas isso deverá ser descrito. A desconsideração da personalidade jurídica é exceção do artigo 50 do CC. O Estatuto ou contrato da pessoa jurídica vai prever quem assina o título de crédito, se é uma ou mais pessoas; A pessoa que faz negócio com a pessoa jurídica precisa saber quem faz negócio por ela; Nesse caso é possível que haja emissão conjunta. Não precisa de autorização para emitir, exceto no aval. 
A emissão do título de crédito não prevê necessidade de autorização ou outorga, exceto no caso do Aval. 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: III - prestar fiança ou aval;
A exceção é o regime de separação absoluta de bens; 
6.2 ACEITE
Só cabe em título do tipo ordem, não serve para o tipo promessa. Por isso, nota promissória não comporta o aceite
Nos títulos de crédito as obrigações são assumidas mediante declarações de vontade. Ora, se o sacado não manifestou sua vontade, não se pode imputar a ele a obrigação de pagar o título. Assim sendo, o sacado pode, a seu critério, efetuar ou não o pagamento dessa obrigação. Caso não efetue esse pagamento, o credor não pode obriga-lo a pagar, pois ele não assumiu nenhuma obrigação
DEFINIÇÃO:
 É uma declaração unilateral de vontade do aceitante. Declaração de vontade que coloca o sacado como devedor principal. Um título do tipo ordem comporta a figura do : Sacador; Sacado; Tomador; 
É a declaração de vontade facultativa, pelo qual o sacado assume a obrigação de realizar o pagamento de soma indicada no título dentro do prazo especificado nele, tornando-se responsável direto pela execução da obrigação. 
· O título de crédito não tem benefício de ordem, logo, mesmo que o sacado seja o devedor direto, no dia do vencimento o tomador deve apresentar o título para pagamento. Se não houver pagamento o título é devolvido para o tomador e ele poderá executar qualquer um, mesmo que o sacado seja o devedor principal. 
· O devedor principal não tem Direito de regresso, isso significa que o sacado não poderá regressar contra o sacador se tiver efetuado o aceite; Uma vez que o sacado deu aceite, se tornou devedor principal, não poderá regressar contra ninguém, mas qualquer pode regressar contra ele. Se o tomador executa o Sacador, ele retém o título pra si. Como ele não é o devedor principal da obrigação, pela regra ele poderá entrar com ação de regresso contra o sacado; 
Nos títulos de crédito as obrigações são assumidas mediante declarações de vontade. Se o sacado não manifesta sua vontade não se pode imputar a ele a obrigação de pagar o título. A vontade do sacador não é suficiente para tornar o sacado devedor do título. Assim sendo, o sacado pode, a seu critério, efetuar ou não o pagamento dessa obrigação e se não efetua não pode ser obrigado a fazê-lo. O beneficiário pode verificar se o sacado vai ou não efetuar o pagamento. Caso ele se manifeste no sentido de que vai pagar o título, ele deve expressar essa vontade no próprio título assumindo a condição de obrigado pelo pagamento. Ao declarar sua vontade no sentido de que vai efetuar o pagamento, o sacado se torna devedor do título e pode ser compelido a efetuar pagamento. O aceite é sempre facultativo e representa ato formal pelo qual sacado se obriga a efetuar, no vencimento, o pagamento da ordem que lhe é dada. 
Sacador/emitente: quem dá a ordem- tem expectativa que o sacado faça o pagamento
Sacado: quem recebe a ordem.
Sacador--------(ordem)------------Sacado---(pagamento)----Tomador/beneficiário
Sacador dá ordem de pagamento ao sacado, para pagar o tomador.
Exemplo: No exemplo do comerciante que saía de Brasília para Paracatu e apresentava o título de crédito para alguém; Título emitido em Brasília para comerciante que leva o titulo para Paracatu para banco apresentar o pagamento. Se o vencimento é 30/06 e o comerciante chegou até o banco no dia 22/03, pode ser que o comerciante tenha desconfiança com o banco de Paracatu. Assim, antes de esperar o dia 30/06 para o pagamento, ele realiza aceite; O credor (comerciante) vai apresentar o título ao sacado (banco em Paracatu) para dizer que ele aceita ou não o título. Se o sacado aceita, ele assina no verso do título, logo, ele declara que ele (sacado) é o devedor principal do título. O sacador não deixa de ser coobrigado se o sacado aceitou o título, ele apenas não será o devedor principal. O tomador no exemplo é o comerciante, o tomador tem o título nas mãos . Se o tomador quiser executar o sacado, se ele paga, ele não poderá regressar pois ele é o devedor principal quando deuaceite. O tomador poderá executar qualquer um deles, pois não há benefício de ordem. Qualquer um poderá regressar contra o sacado que deu o endosso, mas ele não poderá regressar contra ninguém. 
Exemplo: Banco é o sacado e não manifesta sua vontade na emissão do título e por isso, não assume responsabilidade. Basta a manifestação do sacador (cliente) para fazer surgir o cheque. Caso o cheque não seja pago pelo banco, ele não pode ser executado para pagar o titulo, pois ele não manifestou sua vontade. 
FORMA DO ACEITE
SACADOR------SACADO-------BENEFICIÁRIO
Para assumir a condição de devedor do título o sacado deve manifestar sua vontade aceitando a ordem que lhe foi dada. Pelo principio da literalidade essa manifestação de vontade deve ser exteriorizada no próprio título de crédito, mediante assinatura do sacado ou de procurador com poderes especiais. Não há forma solene para aceite, podendo ser expresso de diversas maneiras desde que demonstre a intenção de se tornar obrigado pelo pagamento do título na condição de aceitante. 
A legislação presume como aceite a simples assinatura dos sacado na frente do título, no anverso da letra de cambio, mesmo sem qualquer indicação. Caso o sacado assine no verso, o que é aceito Jurisprudencialmente, tal assinatura só será considerada uma aceite se for completada por uma declaração que indique que aquela assinatura é um aceite, como expressões “ aceitação, aceitante, de acordo”;
Em todo caso, o aceite deve ser firmado no próprio título, em razão do princípio da literalidade. Com efeito, firmado o aceite no próprio título, garante-se ao sacado o direito de arrependimento, isto é, uma vez que ele não é o criador do documento, ele pode se arrepender da obrigação assumida e riscar seu nome no aceite antes de devolver o título a quem o apresentou. O aceite riscado não produz efeitos, o sacado segue sem ser responsabilizado pelo pagamento. 
Uma assinatura do sacado em qualquer lugar significa aceite de acordo com a jurisprudência. Quando fala-se de lei, o aceite apenas pode ser feito na frente do título; Se o sacador não assinou o título, é como se não tivesse emitido o título, quando se tratar de letra de cambio; A primeira assinatura é do sacador/emitente, a segunda assinatura é do sacado; 
DATA DO ACEITE
 O título vai vencer 20 dias depois da apresentação para aceite, e nesse caso a data é CERTA. O vencimento por data certa e o indeterminado são as espécies previstas no título de crédito. 
Em regra o aceite não precisa ser datado. Todavia, nas letras a certo termo da vista, é fundamental identificar o dia do aceite para poder se chegar ao dia do vencimento, uma vez que o dia do aceite funciona como termo inicial do prazo estabelecido para o vencimento. Também é fundamental a data do aceite, quando o teor literal do título determina que a apresentação para o aceite seja feita dentro de prazo determinado. Nesses casos o aceite deve ser datado no próprio dia em que foi dado, salvo se o portador exigir que seja datado com o dia da apresentação.
Quando for à vista, a data do aceite é obrigatória pois irá contar 20 dias a partir do momento do aceite. Caso não seja colocado o dia do aceite nas letras à vista, o portador poderá promover protesto por falta de data do aceite, cujo dia será considerado o dia do aceite. Não é essencial, na medida em que para o efeito do vencimento do título, considera-se a data do aceite, o ultimo dia do prazo para apresentação, contando-se daí o respectivo prazo;
APRESENTAÇÃO PARA ACEITE
Em regra ela não é obrigatória. Se o beneficiário confia no sacado ele não apresenta para aceite, apenas apresenta para pagamento. 
Exemplo: Se ele acredita que João vai pagar, ele não apresenta para aceite; No dia 30 de novembro ele apresenta o sacado para pagamento; O sacado não se negou ao aceite, ao pagamento, portanto resta ao sacado realizar o pagamento. Se a relação de confiança não for 100%, o beneficiário vai apresentar o título para aceite. Em alguns títulos há prazo estipulado para apresentar para aceite. 
Apresentação facultativa
Em regra a apresentação é facultativa, e quem escolhe é o credor da vez; Poderia ser outro credor, porque o beneficiário pode perfeitamente realizar endosso; Como o próprio aceite é facultativo, em regra a apresentação para aceite também o é. Todavia, pela vontade de um signatário do título ou de acordo com o tipo de letra de cambio a apresentação pode se tornar obrigatória. 
Caso haja um dia definido para vencimento do título, isto é, com vencimento a certo termo da data (exemplo: 30 dias da emissão) ou com vencimento em dia certo (exemplo: 23 de novembro de 2008), o credor pode apresentar o título apenas para o pagamento. Ele já sabe quando poderá exigir o pagamento. Assim, se pela pratica reiterada de casos anteriores ele acredita que sacado irá efetuar o pagamento no vencimento, ele não precisa do aceite, da confirmação por parte do sacado. Portanto, quando os títulos tem vencimento em dia certo ou a certo termo da data a apresentação para o aceite é uma opção do credor, que poderá ser exercida até o vencimento do título. 
Apresentação obrigatória
Existe também a apresentação obrigatória. Exigibilidade é do vencimento até a prescrição, logo, não tem como configurar o vencimento sem contabilizar o prazo; Por isso, nesse tipo de vencimento à vista, a apresentação para aceite é obrigatória pois vence 20 dias depois do aceite; É a ideia de aperfeiçoamento do título, ou seja, torna a exigibilidade visível. Se não tiver apresentação o prazo não começa a contar e não há vencimento; 
Exemplo: se estivesse escrito no vencimento – pague 20 dias da vista (depois que o título é mostrado ao sacado) ou o aceite, nesse caso a apresentação para aceite se torna obrigatória
A data de quando foi feito o aceite pode ser inserida posteriormente ao dia do aceite; Qualquer informação exceto a assinatura pode ser posterior à emissão do título. Não pode inventar a data do aceite. 
Súmula 387 do STF: "a cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto".
Caso o título tenha vencimento a certo termo da vista (exemplo: 120 dias da vista do presente titulo), isto é, quando o prazo para o vencimento só começa a correr do dia do visto ou do dia do aceite, é obrigatória a apresentação para o aceite. Ora, pela forma do vencimento, a obrigação só se torna exigível depois dos dias estipulados após o visto ou o aceite. Assim, é fundamental que esse dia chegue, sob pena de o título nunca vencer. Diante disso, a apresentação para o aceite se torna obrigatória, sob pena do título não chegar a ser exigível 
Sendo necessária a apresentação, a lei estabelece um prazo para que essa apresentação ocorra, a fim de não perpetuar a vida do título de crédito. O prazo para essa apresentação é de um ano contado da emissão do título. O sacado pode aumentar ou reduzir esse prazo, bem como alterar seu termo inicial. Os endossantes apenas poderão reduzir o prazo.
Título à vista:
Nos títulos a vista, a apresentação do titulo ao sacado já torna a obrigação exigível. Desse modo, fica difícil a apresentação do titulo para aceite. Apresentado o título ao sacado, a postura dele é efetuar o pagamento ou não, pois a obrigação já é exigível. Não há sentido na conduta do sacado de dizer que vai pagar, se aquele já é o momento próprio de efetuar o pagamento, apresentando o titulo o sacado deve pagar ou negar o pagamento e não dizer que vai pagar, uma obrigação que já deve ser paga. É possível no caso de acordo entre credor e sacado sobre tal assunto ou sob o fundamento de que não haveria motivo para impedir essa aceitação na legislação. 
REAPRESENTAÇÃO
Apresentando o título ao sacado para o aceite, ele pode ter a intenção de confirmar a autenticidade e o dever de assumir tal obrigação. Assim sendo, o sacado tem o direito de pedir a reapresentação do título no primeiro dia subsequente, garantindo-se assim a oportunidade de o sacado confirmar o que foi combinado com o sacador. Trata-sede um direito do sacado, logo, não há possibilidade de negativa a tal pedido. 
Arrependimento só é eficaz antes da devolução;
Exemplo: O beneficiário apresenta título ao sacado para aceite. João (sacado) dá aceite, mas antes de devolver para o beneficiário (cláudio) ele determina que não tem nada obrigando ele à esse aceite, ele se arrepende e cancela o aceite (arrepende-se). Nesse caso, antes da devolução esse aceite é eficaz. 
A apresentação para aceite envolve a colocação material do título à disposição do sacado. Essa apresentação pode ser feita pelo portador ou detentor do título, e em todo caso, não há obrigação de deixar o título nas mãos do sacado. Todavia, nada impede que o faça e nesse caso entende-se que o prazo razoável para devolução é de 24 horas, caso não tenha sido combinado outro. Após o prazo a retenção é indevida e autoriza o beneficiário às medidas para reaver o título;
RECUSA
Ao sacado é dada a faculdade de aceitar ou não a ordem que lhe foi dada. Sua simples indicação como sacado não lhe imputa responsabilidade, cabendo a ele assumir ou não responsabilidade pelo pagamento do titulo. Caso ele não dê aceite, não surge qualquer obrigação da sua parte, ele não integra mais a relação cambiária. Para o sacado a recusa do aceite não gera efeitos. 
Se o sacado não der o aceite, o efeito imediato é que ele deixa de compor a obrigação cambiária; Como o sacador não deixa de ser devedor pela entrada do sacado (ele sempre é codevedor), e no caso de o sacado não der aceite, o beneficiário vai protestar o título para que o vencimento passe a ser imediato.
Assim, a recusa do aceite gera o vencimento antecipado do título (art. 43) e a obrigação constante do título se torna exigível imediatamente, mesmo antes da data ali consignada. Todos os que assinaram o titulo e se tornaram devedores da letra (sacador, endossante, avalista) serão chamados a pagar o título imediatamente, mesmo antes da data prevista, pois garantiram que o sacado iria aceitar e efetuar o pagamento. Com a frustração dessa promessa sua responsabilidade se faz presente imediatamente. 
Com a recusa, o beneficiário poderá cobrar o título imediatamente em face dos signatários do título. Todavia, para exercer esse direito exige-se que o beneficiário prove a recusa do aceite, que deve ser feita de forma solene, ou seja, o protesto lavrado pelo competente cartório (art. 44). Não basta a declaração de recusa do sacado, a prova da falta do aceite será sempre feita pelo competente cartório de forma solene, atestando de forma indiscutível essa ausência do aceite. Com a prova da recusa do acete em mãos (protesto), o beneficiário poderá cobrar o título antecipadamente de todos os signatários. Não interessa o motivo da não aceitação. A doutrina distingue a falta do aceite da recusa do aceite. 
Exemplo: No exemplo do comerciante que saía de Brasília para Paracatu e apresentava o título de crédito para alguém; Título emitido em Brasília para comerciante que leva o titulo para Paracatu para banco apresentar o pagamento. Se o vencimento é 30/11 e o comerciante chegou até o banco no dia 22/03, pode ser que o comerciante tenha desconfiança com o banco de Paracatu. Assim, antes de esperar o dia 30/11 para o pagamento, ele realiza aceite; 
José sacou ordem contra João em Benefício de Cláudio; É claro que entre o sacado e o sacador há algum contrato para que José possa realizar essas ações; Cláudio porta o título, logo ele poderia esperar até o dia 30/11 para apresentar o título ao sacado realizar o pagamento, mas poderá apresentar o título para aceite ao sacado. 
Sacador dá ordem para o sacado realizar pagamento para o beneficiário no dia 30/11. Se o sacado dá o aceite ele se torna o devedor principal. O beneficiário não sabe se o sacado vai ou não cumprir ordem no dia 30/11, logo, fará a primeira apresentação para aceite; Se o sacado não aceitar, o primeiro efeito imediato faz com que o sacado saia da obrigação cambiária. Ele 
-Emitida a ordem, o sacado é o devedor presumido; Emitida a ordem presume-se que o sacado é o devedor principal, para ele deixar de ser ele deve se negar ao cumprimento da ordem, dado que presume-se que ele o é; Se o sacado não dá o aceite, o beneficiário irá protestar o título para que possa cobra-lo de forma imediata. 
A expectativa do sacador ao dar a ordem é de que o sacado realize o pagamento na data estipulada. Se o beneficiário apresentar título para o sacado e o sacado não der o aceite, o sacado está fora da obrigação cambiária, entretanto, o beneficiário não fica na mão, logo, faz protesto para cobrar imediatamente após o protesto o valor combinado do Sacador. O sacador não pretendia pagar nada, nunca, pois ele tinha a expectativa de que o sacador o faria. Dessa forma, gera efeitos:
· Sacado fora da relação cambial
· Vencimento antecipado para os demais, incluindo o sacador; 
Isso significa que: se o sacado recusa o aceite, significa que este não foi combinado com o sacador, e isso fará com que o sacador arque com essa falta de acordo, gerando a antecipação do vencimento para o sacador. O sacado não é beneficiado nessa relação; 
O sacador foi emitir título e o beneficiário exigiu um avalista; Se o beneficiário foi até o sacado, apresentou o título aceite e não houve aceite, ele irá realizar protesto e o sacado (avalista) está fora da relação cambiária. Logo, haverá vencimento antecipado da lavratura do protesto; Se um credor executa o avalista, e ele paga, ele fica com o título de crédito e pode regressar contra sacador. Mas, da forma contrária, o sacador não poderá regressar contra o avalista. 
Exemplo: André é sacador de um título dado em favor de Ronaldo (beneficiário) mencionando Maria como sacado. O vencimento do título é previsto para o dia 31/12/2008. No dia 4/4/2008, Ronaldo (beneficiário) apresenta titulo a Maria (sacado), que se recusa a assinar o título. No mesmo dia, para demonstrar que o sacado não quis dar o aceite, o beneficiário leva o título ao cartório que, fazendo as intimações devidas, certifica, com fé pública, que o sacado não aceitou o título. Com o titulo e o protesto em mãos, o beneficiário poderá cobrar antecipadamente, antes do dia 31 o título de todas as pessoas que assinaram. 
EFEITOS DO ACEITE DADO
· Uma vez dado o aceite, o sacado passa a ser o devedor principal; 
Enquanto não é dado o aceite o sacado é apenas um nome indicado no título, sem relação cambiária. A princípio não há qualquer obrigação da sua parte. A partir do momento em que ele firma o aceite, ele passa a fazer parte da relação cambiária, sendo denominado aceitante. Nessa condição ele se torna obrigado principal e direto pelo pagamento do título. A obrigação do aceitante é uma obrigação literal, autônoma e abstrata. Além disso, é mais grave do que a dos demais coobrigados. Ele é o devedor final da obrigação, de modo que apenas se o aceitante não pagar, é que os demais coobrigados são compelidos a pagar. Ele responde pelo pagamento do título independente da realização do protesto, ao contrário dos demais devedores, cuja exceção depende do protesto tempestivo (art. 53)
· Quando o sacado assume que é o devedor principal a tabela de prescrição muda. 
A prescrição da execução contra o aceitante tem um prazo maior (três anos do vencimento) do que contra os outros devedores (art. 70); Sendo o devedor final da obrigação, é natural que o prazo pelo qual ele se mantem vinculado seja maior. 
· Sacado não pode regressar contra ninguém e todos podem regressar contra ele;
O aceite deve ser dado antes do vencimento estipulado, pois se ele apresenta o título no dia do vencimento não é apresentação para aceite, mas apresentação para pagamento. Quando o sacado efetua o pagamento, todos os devedores do título ficam liberados, ou seja, ele não tem direito de regresso contra ninguém, e não nasce nenhum direito cambiário para o aceitante. O pagamento feito por ele é o pagamento final do título. Em razão disso, todos os portadores do título poderão exigir do aceitante o pagamento, isto é, todos os outros devedores do título terão direitode regresso contra ele, inclusive o sacador. 
EFEITOS DA RECUSA
· Antecipação da execução após protesto tempestivo;
A primeira apresentação para aceite—beneficiário foi ao sacado e o sacado não deu aceite, devolveu título para sacador, mas com a assinatura do sacador; Faz protesto e antecipa o pagamento. O protesto após ser feito fará com que o beneficiário faça segunda apresentação, para pagamento, pois o vencimento foi antecipado. Se o sacador pagar o título, resolve-se a obrigação. Se ele não paga, não há mais “apresentação”, haverá execução. O sacador não pode regressar contra o sacado. Se o sacado der aceite mas não paga, não será necessário protesto pois ele é o devedor principal então apenas executa. 
ACEITE QUALIFICADO	
O sacado pode aceitar a ordem que lhe foi dada, assumindo a condição de devedor principal, mas também pode recusar o aceite, não assumindo qualquer obrigação, é certo que ele pode dar aceite qualificado, isto é, um aceite alterando alguma das condições da ordem de pagamento. Dependendo do tipo de alteração imposta pelo sacado, poderemos ter uma aceite limitativo ou modificativo. 
O aceite qualificado é a recusa parcial. É termo mais técnico. O que acontece é que doutrinariamente separa-se entre os dois. Não é uma separação legal, é doutrinária; Ela distingue em
· Aceite modificativo: quando o sacado modifica a data de cumprimento. 
· Aceite limitativo: quando o sacado limita o valor que aceite- aceite parcial de valor.
O aceitante pode modificar qualquer coisa no título. 
Se o sacado modifica a data, e sacador paga, quando ele cobrar do sacado haverá apresentação para pagamento
ACEITE PARCIAL DE DATA-- ACEITE MODIFICATIVO 
Sacador-------sacado------------beneficiário
O sacado pode dar aceite modificativo, alterando as condições de pagamento (local, data, moeda). A alteração de qualquer circunstancia da ordem do sacador que não seja o valor do título, torna a declaração da vontade do sacado um aceite modificativo;
Sacador fez ordem para sacado realizar pagamento; Letra de cambio com vencimento 30/11 em 100 mil reais; Nesse caso, João aceita pagar os 100 mil reais mas em razão da crise econômica ele não poderá pagar no dia 30/11 mas no fim do ano. Nesse caso poderá haver o aceite parcial
Aceite parcial tem efeito de recusa: para o sacador o aceite parcial vai gera o vencimento antecipado. 
Para o sacado o aceite parcial vale, significa que dá o aceite com outra data. Assim o sacado é o devedor direto do título do dia que combinou com o tomador em diante. Na prática quem aceita parcialmente está recusando a obrigação, logo o tomador poderá fazer protesto e antecipar o vencimento. Assim, o sacador ao pagar a execução, tem o título em mãos mas só poderá cobrar regresso do sacado no dia que ele havia acordado o aceite parcial com o tomador; Se o sacado não pagar haverá execução
ACEITE PARCIAL DE VALOR- ACEITE LIMITATIVO
O sacado pode aceitar pagar o valor total do título, mas também aceitar pagar um valor diferente. Caso aceite pagar mais do que está consignado, ele não responde cambiariamente pelo valor excedente, pois não encontra fundamento o excesso do título. Além disso, ele pode aceitar pagar apenas uma parte do valor consignado, pagando menos que o sacador havia ordenado. Nesse caso, o sacado apenas responde pelo valor que for aceitado e o restante da obrigação continua de responsabilidade do sacador. Se a recusa é pela metade, o aceite também o é. Assim, o efeito da recusa acontece da mesma forma se feito o protesto, sendo que poderá antecipar o valor de 100 mil reais de seu vencimento. Se o sacador paga, ele porta o título e poderá cobrar o restante do valor no dia do vencimento anteriormente estipulado do sacado. 
Sacador-------sacado------------beneficiário
Sacador fez ordem para sacado realizar pagamento; Letra de cambio com vencimento 30/11 em 100 mil reais; Nesse caso, João aceita pagar os 100 mil reais. O tomador solicita o aceite ao sacado, que não concorda com a ordem dada, mas em função de algum problema com o sacador estabelece que aceita 70 mil reais; Se o sacado só aceita pagar 70, ele só poderá ser cobrado nesse valor; o RESTO da obrigação pertencerá ao sacador. O problema é que se houver meio aceite, na verdade há meia recusa. Se a recusa for pela metade, acontece que o aceite também foi pela metade. Assim, o efeito da recusa acontece após o protesto, sendo que há antecipação do vencimento no valor total, ou seja, 100 mil reais; Partindo do pressuposto que venceu antecipado e o sacador pagou, significa que ele porta o título (que vale 100 mil);O sacador deverá esperar a data do vencimento 30/11 para cobrar os 70 mil reais do sacado.
Alguns autores determinam que o sacador poderá cobrar apenas o que resta ao sacado. 
EFEITOS
· Para o sacado, o aceite qualificado o torna devedor do título nos termos em que foi dado o aceite. Sua vontade é suficiente para assunção da obrigação e ela também irá definir os contornos dessa obrigação. Se o título valia mil reais, mas aceita 800, ele é devedor dos 800 e será compelido a pagar o valor aceito. Se o título vencia no dia 8/8, mas ele aceita pagar no dia 08/10, ele pode ser compelido a pagar na data por ele indicada
· Para os demais signatários, o aceite qualificado equivale a uma recusa. Caso o beneficiário se contente com o aceite qualificado, ele poderá exigir que o sacado cumpra sua declaração de vontade. Todavia, ele também poderá considerar esse aceite como recusa que, se devidamente comprovada pelo protesto, facultará a cobrança antecipada do título
· No aceite modificativo A eventual cobrança antecipada do título poderá ser feita pela totalidade do valor escrito no titulo, pois houve o vencimento antecipado pela recusa do aceite. 
· No aceite limitativo, há vencimento antecipado de toda a obrigação, pois se trata de recusa do aceitante. Assim, a garantia assumida pelos demais devedores do título é de pagamento integral da obrigação, se o sacado não pagar. ÉCaso se demonstre (protesto) que o sacado não irá honrar a obrigação consignada no titulo, todos os outros respondem pelo valor consignado. 
TÍTULO NÃO SUJEITO À ACEITE
É possível haver cláusula de não aceite, ou seja, título não sujeito ao aceite. Nesse caso, os efeitos da recusa do aceite pelos sacado serão suprimidos.
Caso o aceite seja recusado total ou parcialmente, o título vence antecipadamente, facultando-se ao beneficiário a cobrança antecipada do título, A fim de evitar tal situação, o sacador pode emitir a letra proibindo expressamente sua apresentação para aceite antes do vencimento, pela cláusula não aceitável. Nesse caos o beneficiário deveria apresentar a letra apenas para o pagamento. Essa cláusula é vantajosa para o sacador, na medida que irá impedir que o título seja cobrado antes do vencimento. Além disso, evita despesas com a apresentação de títulos de baixo valor, bem como assegura ao sacador poder de disciplinar relações. 
Não há prejuízo ao beneficiário pois não impede o aceite, mas apenas a cobrança antecipada em razão da recusa do aceite. Caso o tomador apresente o titulo antes da data marcada na cláusula não aceitável e o aceite for recusado, não haverá o vencimento antecipado da obrigação, devendo o tomador aguardar a data estipulada para tomar as providencias para a cobrança do titulo. Se não será possível a cobrança antecipada a apresentação do aceite se torna desinteressante. 
Dúvidas
· Se o sacador emitir ordem contra sacado para realizar pagamento à beneficiário. Presumidamente o devedor principal é o sacado (João) e o beneficiário (Zé) é codevedor e deverá pagar o tomador, que é o primeiro credor. 
· O sacado João deu aceite limitativo ao beneficiário João. Nesse caso, o sacado deixou de ser o devedor direto. O título também não foi modificado; Além disso, se sacador pagar a obrigação, no momento definido pelo sacado no aceite, ele poderá apresentar o título para pagamento. Se o sacado paga apenas uma parte do valor, o sacador entregará apenas recibo, não se obriga a entregar o título. 
· Não é regresso contra o sacado,é aguardar a data de vencimento para que sacador apresente titulo em pagamento para o sacado; Regresso seria se o sacador tivesse sido acionado judicialmente; 
6.3 AVAL
O Avalista, como reforço de garantia, assina e se identifica no título, e passa a ter obrigação autônoma. Nessa assinatura, ele se vincula ao título- se não houver o pagamento pelo devedor principal, ele se compromete a fazer; Ele não pode ser o devedor principal; Na condição de avalista o aval poderá também ser realizado no verso do título, desde que indique o “aval”. Embora o judicial esteja discutindo a questão, na fiança e no aval é necessário a autorização do conjugue; Nesse caso o beneficiário pode recusar o avalista e pedir outro. No caso, se há relação de confiança do promitente; Ainda, o avalista pode limitar o valor de seu aval; O aval poderá ser parcial, mas o avalista não irá alterar o valor do título. Segundo o Código Civil não pode haver aval parcial, mas no nosso âmbito é possível. O aval não pode ser imposto à termo. 
O aval é o ato pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar título de credito nas mesmas condições que um devedor desse título (não é devedor principal mas tem os mesmos efeitos deste). É ato unilateral não receptício de garantia, outorgado por escrito; A ideia fundamental do aval é de garantia, uma garantia pessoal para satisfação do crédito. É garantia peculiar dos títulos de crédito; 
Exemplo: se avalista apenas faz aval parcial de uma parte do valor. O beneficiário na data prevista apresenta em pagamento, e o promitente não paga. O beneficiário irá executar, e se escolher mover execução contra o avalista, ele apenas paga o valor parcial que deu o aval. Nesse caso, pagos os 20 mil, 
Promitente-------- beneficiário
Refere-se à uma nota promissória. O promitente diz pro beneficiário que promete pagar “x” na data determinada. O promitente é o devedor principal formalmente, pois expressa na própria nota. O promitente se identifica na promessa e assina o título, essa assinatura o coloca na posição de devedor direto; O beneficiário acredita que promitente vai cumprir garantia, pois além da promessa há reforço, que é assinatura; Se o promitente (subscritor) não pagar o valor até o vencimento, o beneficiário porta o título que se torna executivo; O beneficiário é o primeiro credor. Se o beneficiário não tem certeza do cumprimento da obrigação pelo promitente, ele poderá pedir avalista. O título já tem a garantia (assinatura) que o promitente é devedor principal e fará com que o titulo possas ser executado contra ele. Assim, poderá haver um reforço da garantia, que será a assinatura do avalista no título; O aval é autônomo, ou seja, a obrigação do avalista independe da obrigação do promitente, mas o avalista não é devedor direto do título; 
Exemplo: Promitente, devedor principal, faz promessa de pagar 50 mil reais a ser pago dia 30/09
6.3.1 FORMA
Para que a garantia se efetive, é fundamental que o avalista declare a sua vontade por escrito. No nosso ordenamento, pelo princípio da literalidade, tal vontade deverá ser expressa sempre no próprio titulo ou no alongamento do documento. Para simplificar e agiliza-lo, entende-se que a simples assinatura do beneficiário na face do título é suficiente para representar o aval.
 Esse padrão formal para o aval diferencia-se do aceite, pela pessoa que assina. Se a assinatura na face do título for do sacado, será um aceite; se for de qualquer pessoa, presume-se que trata-se de um aval. 
Nossa legislação admite uma segunda forma para manifestar a declaração de vontade, com a assinatura no verso do título, desde que acompanhada de alguma expressão que demonstre intenção de garantir o pagamento do título, não havendo forma solene. O STJ vem reconhecendo que a assinatura simples pode ser considerada suficiente para caracterizar o aval desde que não concorram elementos em sentido contrário. Em ambos casos, a assinatura pode ser feita a próprio punho ou por procurador com poderes especiais. Caso o procurador não tenha poderes para dar aval, ele fica responsável pessoalmente pelo aval dado. 
6.3.2. CLASSIFICAÇÃO
Aval parcial
O aval pode ser parcial nos títulos típicos. 
Aval em branco
O aval pode ser feito em branco, na hipótese em que não identifica o avalizado. Presume-se que foi dado em favor de alguém: do sacador, do emitente ou subscritor. 
Aval em preto
O avalizado é expressamente indicado
6.3.3. OUTORGA CONJUGAL
O Aval a princípio exige apenas a declaração de vontade do avalista, que poderá ser acompanhada da indicação do avalizado ou qualquer expressão que indique a intenção das partes. Mas, o CC estipula que as pessoas casadas pela comunhão universal ou parcial só poderão dar aval se obtiverem concordância dos conjugues. A ausência da outorga gera invalidade integral do aval. 
6.3.4. AVAL LIMITADO/parcial
O avalista assume a condição de devedor do título de crédito, garantindo o pagamento da obrigação. A Garantia normalmente é assumida pela integralidade da dívida, mas a assunção dessa responsabilidade, como ato de vontade, permite que o avalista garanta apenas uma parte do título. Assim o avalista pode garantir apenas uma parte do título, exceto nos títulos atípicos. 
Assim, ao contrário do endosso parcial que é nulo, o aval parcial é perfeitamente admitido, ou seja, o avalista pode garantir o pagamento de apenas uma parte da obrigação constante do título.
6.3.5. AVALIZADO
A pessoa por quem se dá o aval é chamada de avalizado, cuja identificação é fundamental para definir os contornos dos direitos e dos deveres do avalista. 
Para identificar esse avalizado, devemos recorrer ao teor do próprio documento que deverá demonstrar por quem foi dado o aval. Ele pode ser avalista do sacador, do aceitante ou de endossantes do título. Além disso, ele pode indicar até outro avalista, isto é, ele pode ser avalista de outro avalista que já consta no título, nos chamados avais sucessivos. Caso ele não indique, estamos diante de um aval em branco, o qual a lei presume que foi dado pelo sacador, isto é, no aval em branco presume-se que o avalizado é o sacador (LUG – art. 31). Em relação aos títulos atípicos, o Código Civil estabelece que o aval em branco se presume a favor do emitente ou devedor final
6.3.6. AVALISTA
A garantia oferecida pelo aval é tida como reforço para obrigação de alguém que já consta do título. A pessoa por quem se dá o aval é chamada de avalizado, cuja identificação é fundamental para definir contorno dos direitos e deveres do avalista. Ao dar aval o avalista assume a obrigação de pagar o título de crédito em obrigação equivalente, mas não igual a de outra pessoa que consta no título. Ele responde da mesma forma que o avalizado, ou seja, está sujeito aos mesmos prazos prescricionais e requisitos de forma para exigência da obrigação, mas não é a mesma obrigação. 
O avalista pode ser do sacador, do aceitante ou endossante, e ele pode indicar outro avalista (avais sucessivos). Caso ele não indique, estamos diante de aval em branco, em que se presume que foi dado pelo sacador. Ou seja, no aval em branco presume-se que o avalizado é o sacador. 
O avalista possuí direito de regresso que nasce ao efetuar o pagamento do título de crédito. Ao pagar o título, ele se torna proprietário do título e exercerá todos os direitos decorrentes dessa propriedade, se tornando credor e podendo exigir dos codevedores o pagamento da obrigação. É um direito novo autônomo, e não de sub-rogação. 
O Direito de regresso é exercido contra o próprio avalizado e daqueles que o avalizado tinha direito de cobrar. Ao pagar ele pode agir contra avalizado e contra os obrigados anteriores. Ao Ele também pode riscar seu aval do título, bem como a assinatura de obrigados posteriores. 
EXEMPLO: Romário emite nota promissória com aval de Ricardo para Edmundo, que a endossou para Ronaldo. Todavia, se Ricardo (avalista) paga esse título, ele não poderá exercer direito de regresso contra Edmundo, mas sim contra Romário que é devedor anterior a Edmundo. Se ele fosse avalista do Edmundo,

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