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1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL UBERLÂNDIA CAMPUS DE PATOS DE MINAS ENGENHARIA DE ALIMENTOS QUÍMICA ANALÍTICA Prof. Dra. DJENAINE DE SOUZA 2 1) Introdução às separações cromatográficas; 2) Classificação da cromatografia; 3) Mecanismos de separação; 4) Teoria básica: a) Velocidade de migração; b) Constante de distribuição; c) Tempo ou volume de retenção; d) Fator de retenção; e) Fator de separação; f) Eficiência de separação; g) Fatores que afetam a eficiência. 3 2 4 A cromatografia surgiu em 1906 quando um botânico russo (Mikhael Semenovih Tswet) separou pigmentos de plantas em uma coluna de vidro contendo CaCO3. éter de petróleo CaCO3 mistura de pigmentos pigmentos separados Cromatografia = kroma [cor] + graph [escrever] 1 –SEPARAÇÕES CROMATOGRÁFICAS 5 A cromatografia é baseada na diferença de mobilidade de solutos passando por uma fase sólida. A + B FASE MÓVEL Tempo de retenção Sinal A separação e isolamento das espécies é feita passando-se uma quantidade suficiente de solvente através da coluna para provocar o aparecimento de bandas ou zonas de separação individuais que devem sair pela extremidade oposta da coluna, onde podem ser detectadas. 6 3 7 8 CROMATOGRAFIA PLANAR COLUNA CENTRÍFUGA CCD CP CSC GASOSA LÍQUIDA CLÁSSICA CLAE CG CGAR 9 1 – Pela forma física do sistema cromatográfico: PLANAR e COLUNA 2 – Classificação dos métodos cromatográficos 4 10 * CROMATOGRAFIA EM PAPEL * CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA * CRHOMATHON * CROMATOGRAFIA LÍQUIDA * CROMATOGRAFIA GASOSA * CROMATOGRAFIA FLUÍDO SUPERCRÍTICO 11 Cromatografia em papel • Compostos hidrossolúveis, ácidos orgânicos e ions metálicos • Princípio: partição (solubilidade) • Quantidade de amostra necessária 10-3 a 10-6 g • Tipos: ascendente, descendente, bidimensional, circular • F.M. - Sistema de solventes • F.E. - Água retida na celulose (papel Whatman) • Métodos de detecção: físico-químicos • Análise qualitativa: Rf (fator de retenção) - problema : reprodutibilidade • Análise quantitativa: densitômetro, extração dos solutos 12 5 13 Cromatografia em Camada Delgada • Método rápido (20-40 min.) • Uso de diversos agentes cromogênicos • Maior sensibilidade que C.P. (10-9 g) • Grande gama de compostos pode ser analisada • Método simples e barato • F.M. - sistema de solventes • F.E - Adsorventes (sílica, alumína, celite, amido) • Métodos de detecção: físico-químicos • Princípio: Adsorção (polaridade) 14 Tipos de adsorventes: G- aglutinantes (gesso amido ou talco) H- sem aglutinante (p/ CL) P-camada preparativa F- contém fluorescência R- adsorvente sem aditivo Critérios para escolha da fase móvel: analitos devem ser solúveis diferentemente não deve haver reação entre analitos/FM e FM/FE Adsorção depende: natureza química do adsorvente área de superfície/ tamanho da partícula porosidade da partícula -atividade --> sítios ativos Requerimento da amostra:: detectável no cromatograma solúvel na FM estável à luz, oxigênio, solvente, não ser volátil 15 Cromatografia em papel Vantagens: •técnica simples •não requer instrumentação sofisticada •baixo custo Desvantagens: •uso limitado •alargamento de banda- difusão- •pouca alternativa de reveladores Cromatografia em camada delgada Vantagens: •maior sensibilidade •mais rápido •> repetibilidade •< difusão •> faixa de aplicação •reveladores reativos •permite aquecimento Desvantagens •degradação de compostoslábeis devido á grande superfíciede exposição •dificuldades na quantificação Comparação 6 16 Centrífuga - Chromatron • É um tipo de cromatografia em camada delgada, preparativa e acelerada por movimento rotacional 17 Cromatografia em coluna 18 2 – De acordo com a fase móvel empregada: LÍQUIDA, GASOSA e FLUÍDO SUPERCRÍTICO Características da fase móvel: Inerte � Não interage nem com a amostra, nem com a fase estacionária, apenas transporta a amostra através da coluna. Puro � Isento de impurezas que possam contaminar a amostra, ou gerar ruído no sinal. Compatível com o detector. 7 19 20 21 8 22 DETECTOR É um dispositivo que indica os componentes separados pela coluna. Examinam continuamente o material, gerando um sinal na passagem de substâncias que foram separadas. ���� 3 tipos: • Universais – geram um sinal para qualquer composto. • Seletivos – geram um sinal apenas para compostos com determinadas características. • Específicos – geram um sinal para compostos que tenham um determinado elemento na sua estrutura. 23 3 – De acordo com a fase estacionária: SÓLIDAS, LÍQUIDAS E QUIMICAMENTE LIGADAS Características da fase estacionária: • Características próximas das dos solutos a serem separados. • Seletividade, deve ser um bom solvente diferencial dos componentes da amostra. • Quimicamente inerte relativamente à amostra. • Volatilidade baixa. • Estabilidade térmica. • Pouco viscoso. • Puro. Parafinas – apolares Poliglicóis – polares Poliésteres - polares Silicones – cobrem ampla faixa de polaridade. 24 4 – De acordo com o modo de separação: ADSORÇÃO, PARTIÇÃO, TROCA IÔNICA, EXCLUSÃO ou MISTURAS DE MECANISMOS. 9 25 Para que uma separação ocorra é necessário que os componentes da amostra apresentem mobilidades diferentes e interações diferentes com a fase móvel e estacionária. Existem diferentes mecanismos para que a separação ocorra, proporcionando técnicas cromatográficas diferentes. 1 – Cromatografia de adsorção: o soluto é adsorvido na superfície de uma fase estacionária. 2 – Cromatografia de partição: o soluto dissolvido em um líquido recobre a superfície de um suporte sólido. 3 3 3 3 –––– MECANISMOS DE SEPARAÇÃOMECANISMOS DE SEPARAÇÃOMECANISMOS DE SEPARAÇÃOMECANISMOS DE SEPARAÇÃO 26 3 – Cromatografia de troca iônica: ânions são mantidos ligados a cátions que estão covalentemente ligados à fase estacionária. Resinas de troca iônica podem ser empregadas na fase estacionária para a atração e troca de ânions de interesse. 4 – Cromatografia de exclusão molecular: pequenas moléculas penetram os poros da fase estacionária e moléculas grandes são excluídas. 5 – Cromatografia de afinidade: um tipo de molécula em uma mistura complexa é ligada covalentemente à fase estacionária e todas as outras moléculas são excluídas. 27 10 28 4 4 4 4 –––– TEORIA BÁSICATEORIA BÁSICATEORIA BÁSICATEORIA BÁSICA Velocidades de migração Constante de distribuição Tempo ou volume de retenção Fator de retenção Fator de separação Eficiência de separação Fatores que afetam a eficiência 29 tR tM tR’ = tR - tM TEMPO SI N AL tR = TEMPO DE RETENÇÃO (tempo, após a injeção da amostra, que o analito demora para atingir o detector cromatográfico). tM = TEMPO MORTO (tempo que a espécie não retida leva para atingir o detector). tR’ = TEMPO DE RETENÇÃO AJUSTADO (tempo médio que o analito fica retido na fase éstacionária). a) Tempo ou volume de retenção 3030 b) Velocidades de migração Concentração X distância migrada Perfis de concentração em diferentes tempos de migração. B é mais retido pela coluna que A B migra mais rapidamente. O movimento através da coluna aumenta a distância entre A e B. Alargamento dos picos e diminuição na eficiência de separação Diferenças nas velocidades de migração melhoram a eficiência da separação. Velocidade de migração do analito e o alargamento dos picos são os principais fatores em separações cromatográficas. 11 31 c) Constante de distribuição (Kc) 31 Numa coluna cromatográfica ocorreuma série de estágios independentes, nos quais acontece o equilíbrio entre o analito dissolvido na fase estacionária e na fase móvel A velocidade de eluição depende das constantes de distribuição do analito entre as fases móvel e estacionária. MENOR RETENÇÃO !!! [A]móvel Afinidade pela fase estacionária [A]estacionária Afinidade pela fase móvel 32 d) Fator de retenção (k) constante de equilíbrio em termos da MASSA do analito em cada fase. M S W Wk ==== FATOR DE RETENÇÃO, k: razão entre as massas de analito contidas na fase estacionária (Ws) e na fase móvel (WM) S M V V ====ββββ RAZÃO DE FASES, ββββ: razão entre volumes de estacionária (Vs) e na fase móvel (VM) O fator de retenção k depende da constante termodinâmica de distribuição KC e da razão de fases ββββ da coluna. Descreve as velocidades de migração do soluto nas colunas m mr t ttk −= Fator de retenção avaliado em função do tempo de retenção. 33 e) Fator de separação Tempo de retenção SI N AL A B Razão entre o tempo de retenção de 2 componentes (A e B) t0 mA mB tt tt − − =α Define a seletividade da separação A retenção é proporcional à razão dos coeficientes de partição. A B K K =α Quanto maior a relação dos coeficientes de partição entre as fases móvel e estacionária maior será a separação. 12 34 f) Eficiência de separação Considerando-se que a coluna cromatográfica é composta por uma série de estágios separados onde ocorre o equilíbrio entre o analito e as fases móvel e estacionária. Cada “estágio” de equilíbrio é chamado de PRATO TEÓRICO O número de pratos teó-ricos de uma coluna (N) pode ser calculado por: Coluna mais eficiente tR wb N 35 ALTURA EQUIVALENTE A UM PRATO TEÓRICO (H) = “Tamanho” de cada estágio de equilíbrio A eficiência da coluna cromatográfica aumenta à medida que o número de pratos teóricos aumenta e a altura do prato teórico diminuí. N LH = Distância migrada N úm er o de m o lé cu la s σσσσ = variância do pico. Pico tem perfil gausiano, pode-se considerar o formato do pico pela variância do pico. Perfil de concentração 36 1 – Cada prato teórico tem um equilíbrio do soluto entre a fase móvel e a estacionária; 2 – Movimento do soluto coluna abaixo é transferência de equilíbrio de um prato para outro; 3 – prato teórico explica a forma gausiana do pico cromatográfico e suas velocidade de movimentação na coluna. Capilares, L = 30 m Empacotadas, L = 2 mDiferenças no número de pratos teóricos varia de centenas a milhares de coluna para coluna. 13 37 g) Fatores que afetam a eficiência 1 – Velocidade do fluxo da fase móvel; 2 – Coeficientes de difusão do soluto na fase móvel; 3 – Coeficiente de difusão do soluto na fase estacionária; 4 – Fator de retenção (k); 5 – Diâmetro da partícula na fase estacionária; 6 - Espessura da camada de líquido que recobre a fase estacionária. A altura equivalente a um prato téorico (H) é função da velocidade linear média da fase móvel (u). (A, B, C = constantes) 38 A = TERMO RELACIONADO AOS MÚLTIPLOS CAMINHOS. As moléculas do soluto podem percorrer diferentes caminhos na fase estacionária, promovendo alargamento do pico cromatográfico. Depende do diâmetro das partículas da fase estacionária. B = TERMO LONGITUDINAL. As moléculas do soluto difundem na direção perpendicular ao fluxo. Depende do coeficiente de difusão da fase móvel e é inversamente proporcional ao fluxo. Vazões altas fazem com que o analito permaneça pouco tempo em contado com fase estacionária, minimizando a difusão longitudinal. C = EFEITO DOS COEFICIENTES DE TRANSFERÊNCAIA DE MASSA (Cm e Cs). Uma coluna cromatográfica não opera no equilíbrio, pois há um fluxo. Quanto mais rápido o fluxo, menor o tempo para se ter o equilíbrio do soluto com a fase móvel e estacionária. Aumentando o fluxo aumenta-se o efeito proporcional de C. 39
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