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22/10/2013 1 MORFOLOGIA DE GRAMÍNEAS E LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS Profª Kelen Cristina Basso Universidade Federal de Santa Catarina Campus de Curitibanos Medicina Veterinária Descrição das Principais Gramíneas Forrageiras Gramíneas Perenes de Verão Gênero Brachiaria Brachiaria decumbens CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: médio Hábito de crescimento: touceira decumbente Inflorescência: rácemo simples Bainha: pilosa Lígula: pilosa Folha: pilosa (esparsa) Caule: glabro A folha é lanceolada. Braquiária Decumbens Braquiária Decumbens NOME POPULAR: braquiarinha, decumbens. NOME CIENTÍFICO: Brachiaria decumbens Stapf CULTIVARES: Basilisk, Ipean. ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: espécie perene e decumbente, atingindo até 1 m de altura. Dentre as espécies do gênero Brachiaria é a menos exigente em fertilidade do solo. Resistente ao fogo, pisoteio, corte, seca e solos pobres e ácidos. Apesar da boa tolerância a solos ácidos, responde bem a adubação e tem altos rendimentos em solos férteis. Não tolera geadas e encharcamento. Precipitação anual acima de 800 mm. 22/10/2013 2 Cultivares Brachiaria decumbens IPEAN BASILISK Porte mais baixo Porte mais alto Folhas ⇑ pilosa Menos pêlo < Produção de sementes > Produção de sementes Mais utilizada Cultivares Brachiaria decumbens IPEAN BASILISK OBSERVAÇÃO: muito susceptível ao ataque das cigarrinhas das pastagens. Foi observado também fotossensibilização em animais jovens (bovinos e ovinos), o que pode ser atribuído a presença do fungo Pithomyces chartarum que produz uma toxina (esporodesmina) com ação hepatotóxica. Evitar desmamar bezerros em pastagens com esta braquiária. É considerada espécie invasora de difícil controle em áreas de cultura. VANTAGENS: cobre o solo rapidamente e controla invasoras, persistente, boa produção de sementes. DESVANTAGENS: sensibilidade às cigarrinhas, fotossensibização, baixa relação folha/caule quando madura. Braquiária Decumbens Braquiária Decumbens FOTOSSENSIBILIZAÇÃO • Esporos do fungo Pithomyces chartarum, na presença de umidade, se desenvolvem e tornam-se potenciais agentes de problemas hepáticos em bovinos e ovinos. • “Os animais passam a sofrer de fotossensibilização”. O fungo é responsável pela produção da micotoxina esporidesmina, que ingerida provoca lesões nos ductos biliares, prejudicando o fluxo da bile, indispensável ao processo digestivo • Paralela à doença hepática, a micotoxina esporidesmina também é a causa de uma dermatite, que provoca lesões cutâneas semelhantes a queimaduras, especialmente nas orelhas, flanco, base da cauda e região glútea. • Com a impossibilidade de ser eliminado junto com a bile, o pigmento filoeritrina, resultante do metabolismo normal da clorofila presente no capim, se acumula na corrente sangüínea, principalmente na circulação cutânea. Por ser fotossensível, ao receber luz solar, esse pigmento reage fotoquimicamente e libera substâncias nocivas à derme. “Daí a origem do nome da doença” 22/10/2013 3 Ciclo da Doença FOTOSSENSIBILIZAÇÃO • No Brasil, os primeiros casos da doença surgiram em 1975, coincidentemente a partir do início do pastejo em Brachiaria decumbens, cultivada com sementes de origem australiana. • Suspeita-se, portanto, que as sementes importadas estivessem contaminadas com esporos do fungo Pithomyces chartarum. • São as regiões de cerrado os locais onde mais se observam casos de fotossensibilização. Nelas, em razão dos solos arenosos e de baixa fertilidade, nos quais outros tipos de pastagens são difíceis de serem cultivados, a Brachiaria decumbens se desenvolveu e foi bem aceita pelos pecuaristas. Controle • Prática do manejo dos animais nas pastagens, visando a manutenção do porte baixo das forrageiras (abaixo de 40 centímetros de altura), impedindo assim o florescimento e o sombreamento, fatores responsáveis pelo acúmulo de material vegetativo senescente, na parte basal das plantas, substrato ideal para intensa esporulação do fungo; Tratamento • Proteger o animal da incidência direta de raios solares, mantendo-o em áreas bem sombreadas; • Em seguida deve-se instituir o tratamento tópico das lesões com soluções ou pomadas anti- sépticas; • O uso de protetores hepáticos, porém sua eficácia é duvidosa; Brachiaria brizantha 22/10/2013 4 Brachiaria brizantha NOME POPULAR: braquiária brizantha, ou brizantão. NOME CIENTÍFICO: Brachiaria brizantha Stapf CULTIVARES: Marandu (Braquiarão), MG4, MG5 (Vitória), Xaraés, Piatã. ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: perene, crescimento cespitoso (touceiras) e com presença de rizomas, atinge até 2 m de altura. Exige solos de média a alta fertilidade. Resistente ao pisoteio, corte, seca e solos pobres e ácidos. Alta resistência às cigarrinhas e formigas cortadeiras. Boa tolerância ao sombreamento e fogo. Não tolera solos encharcados e é susceptível à geadas. Precipitação anual acima de 800 mm. Cultivar Marandu Embrapa (CNPGC e CPAC) Não tolera fogo e solo úmido Alta produção Baixa produção de sementes Alta fertilidade de solo 12 a 20 t de MS/ha/ano Boa capacidade de rebrota e resposta à adubação Controla e erosão Folha, lígula e bainha: pilosa Caule: glabro Florescimento no final do verão Brachiaria brizantha Cultivar Marandu MORTE SÚBITA Na época chuvosa, em solos com drenagem deficientes reboleiras restante da pastagem Brachiaria brizantha Cultivar Marandu MORTE SÚBITA Excesso de H2O no solo ⇑ susceptibilidade à fungos patogênicos Mudanças morfológicas e fisiológicas Superpastejo Deficiência nutricional “Solução”: substituição do capim-marandu Brachiaria brizantha Cultivar Marandu Brachiaria brizantha 22/10/2013 5 Cultivar MG4 Tolera solos de média fertilidade Crescimento até 2 m de altura Cespitosa e decumbente 10 a 18 t de MS/ha/ano Boa capacidade de rebrota Folha, bainha e caule: glabros Lígula: pilosa Brachiaria brizantha Cultivar MG4 Brachiaria brizantha Perene, cespitosa Alta tolerância ao frio e seca Altura média = 1,5 m Florescimento tardio (no outono) Enraizamento nos nós inferiores Opção ao capim-marandu (questão da “morte súbita”) Nomes comuns: capim-xaraés, MG 5, capim-toledo Folha linear, com até 64 cm Bainha pilosa Brachiaria brizantha cv. Xaraés Brachiaria brizantha cv. Xaraés Inflorescência Rácemo grande Espiguetas uniseriadas na ráquis Multiplicação Produz 100 a 120 kg/ha.ano de sementes Brachiaria brizantha cv. Xaraés Adaptada aos solos de ⇑ e média fertilidade, textura média Responde à adubação > Tolerância à umidade do que o capim-marandu Moderadamente tolerante ao ataque de cigarrinhas Brachiaria brizantha cv. Xaraés VN semelhante ao capim-marandu Folhas 13 % de PB Planta inteira 57 a 60 % de digestibilidade > Produção de forragem do que o capim-marandu 30 t/ha.ano Xaraés 9,9 novilhos/ha Menor sazonalidade : 70 % águas 30 % seca 22/10/2013 6 Cultivar Xaraés Brachiaria brizantha Cultivar Piatã Embrapa (CNPGC) Crescimento até 1,1 m de altura (porte médio) Boa relação folha/colmo Alta fertilidade de solo Folha áspera e bordas cortantes Espiguetas arroxeadas no ápice Apresenta 12 rácemos (superior as demais) Florescimento no início de verão Média tolerância ao ataque de cigarrinhas Brachiaria brizantha Cultivar Piatã Brachiariabrizantha Brachiaria brizantha cv. Piatã Lançamento 2006 Nome comum: capim-piatã Perene Cespitosa Altura média = 0,85 a 1,5 m Forma touceiras Folha glabra, com bordos cortantes Bainha pilosa Brachiaria brizantha cv. Piatã Inflorescência rácemo Florescimento precoce (JAN e FEV) Multiplicação 150 kg/ha de sementes puras Brachiaria brizantha cv. Piatã Não é indicada para regiões com inverno rigoroso Adaptada a solos de média fertilidade Responde à adubação Adaptada a solos arenosos 22/10/2013 7 Brachiaria brizantha cv. Piatã Produção de forragem: 9,5 t MS/ha 64 % da produção no período das águas Produção animal: Período das águas 660 a 900 g/animal.dia 2,2 a 5,2 UA/ha Período de seca 200 a 350 g/animal.dia 1,2 a 1,8 UA/ha Brachiaria humidicola NOME POPULAR: braquiária humidícola, capim-agulha, quicuio do Amazonas. NOME CIENTÍFICO: Brachiaria humidicola ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: perene, porte baixo. Apresenta estolões fortes, longos, de cor púrpura, que enraízam com facilidade. Adapta-se a solos de baixa fertilidade. Resistente ao pisoteio, corte, seca, sombreamento, frio, pragas e umidade. Boa tolerância ao encharcamento. Média resistência às cigarrinhas. É uma espécie bem agressiva, com rebrota vigorosa. Precipitação anual acima de 800 mm. Não tolera geadas. Brachiaria humidicola CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: muito baixa Hábito de crescimento: estolonífero Inflorescência: rácemo simples Bainha: glabra Lígula: pilosa Folha: glabra, lanceolada Caule: glabro Brachiaria humidicola Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada" • hiperparatireoidismo nutricional secundário caracterizada por um inchaço bilateral dos ossos da face. • deficiência de cálcio no sangue estimula a glândula paratireóide a produzir um hormônio (paratohormônio) que mobiliza o cálcio dos ossos para o sangue. • O cálcio retirado dos ossos é substituído por um tecido cicatricial fibroso, que provoca aumento de volume dos ossos da face. Embora irreversíveis, essas lesões podem ser controladas quando detectadas. 22/10/2013 8 Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada" • baixa qualidade da forrageira • baixo conteúdo protéico e de minerais • elevados teores de fibra • altas concentrações de princípios tóxicos, oxalatos • baixos teores de cálcio Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada" • O oxalato é uma substância presente em algumas forrageiras que, ao ser absorvida pelo organismo, se une ao cálcio formando um quelato, tornando-o indisponível e impedindo que este possa cumprir suas funções vitais. Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada" outros fatores: • Deficiência de Cálcio na Alimentação: com a baixa oferta de cálcio, ocorre uma menor absorção para a corrente sangüínea, diminuindo os níveis de cálcio e a relação Ca:P • Excesso de Fósforo na Alimentação: Mesmo que os níveis de cálcio estejam corretos na alimentação, um excesso de fósforo causará o desequilíbrio na relação Ca:P. Este excesso de fósforo normalmente esta ligado ao consumo excessivo de grãos de milho ou farelo de trigo ou de certas gramíneas, como napier. • Deficiência de Vitamina D: Esta vitamina é necessária para que o cálcio seja absorvido pelo organismo; em sua ausência, ocorre desequilíbrio na relação Ca:P. Esta causa é rara, pois ocorre apenas em cavalos que não tomam sol. Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada" • relação deve ser próxima de 2:1 (1,6:1 para potros em crescimento e éguas em lactação; 1,8:1 para cavalos de esporte e em manutenção). • desequilíbrio sangüíneo nesta relação, com aumento da quantidade de Fósforo no sangue, o organismo vai tentar reequilibrá-lo retirando cálcio do maior reservatório do corpo do animal que são os ossos. • os ossos também necessitam de cálcio, para dar consistência • primeiros ossos a sofrerem com a retirada do cálcio, são os ossos da face. Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada" Osteodistrofia Fibrosa "Cara Inchada" 22/10/2013 9 TRATAMENTO • aumentar a administração de cálcio (nos casos de deficiência deste), diminuir o fósforo (quando em excesso) • evitar pastos ricos em oxalato. • Em estágios mais avançados, deve-se proceder a uma administração maciça de cálcio, além de medicamentos que auxiliem sua absorção. • É fundamental iniciar o tratamento nos estágios iniciais, pois, em casos graves, a cara inchada pode levar o animal à morte por obstrução dos seios nasais impedindo a respiração. • PREVENÇÃO Brachiaria dictyoneura NOME POPULAR: braquiária dictioneura NOME CIENTÍFICO: Brachiaria dictyoneura Stapf CULTIVARES: Llanero e IAPAR 56 ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: espécie perene, semi-ereta a prostrada, estolonífera e rizomatosa, porte baixo. Adapta-se bem a solos ácidos, argilosos e de baixa fertilidade. Resistente ao pisoteio, corte, seca e frio. Alta resistência ao encharcamento e às cigarrinhas. Boa aceitabilidade. Precipitação anual acima de 700 mm. Não tolera geada. Brachiaria dictyoneura CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: baixo Hábito de crescimento: estolonífero Inflorescência: rácemo simples Bainha: glabra Lígula: pilosa Folha: glabra, lanceolada Caule: glabro Obs: a folha é dobro de tamanho da folha da B. humidicola. A B. humidicola é mais estolonífera que a B. dictyoneura Brachiaria dictyoneura Brachiaria ruziziensis Brachiaria ruziziensis 22/10/2013 10 NOME POPULAR: braquiária ruziziensis, capim-congo, ruzi-grass NOME CIENTÍFICO: Brachiaria ruziziensis ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: perene e cespitosa, atinge de 1 a 1,5 m de altura. É muito semelhante a B. decumbens, porém com folhas “aveludadas”. Exige solos de média fertilidade e bem drenados. Resistente ao pisoteio. Tolera sombreamento. Pouco tolerante a geadas. Boa cobertura de solo. Susceptível às cigarrinhas porém mais resistente que a B. decumbens. Precipitação anual acima de 800 mm. Brachiaria ruziziensis CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: baixo Hábito de crescimento: cespitoso Inflorescência: rácemo simples, com duas linhas de sementes. Bainha: pilosa Lígula: pilosa Folha: pilosa, cor verde pálido (aveludada) Caule: glabro Floração tardia. Obs: não forma touceiras grandes, recomendada para ILP. Brachiaria ruziziensis Brachiaria mutica Brachiaria mutica NOME POPULAR: capim-bengo, capim-angola, capim- fino, capim-angolinha, capim-de-boi. NOME CIENTÍFICO: Brachiaria mutica (Forsk.) Stapf ORIGEM: África e América tropical CARACTERÍSTICAS: perene, estolonífera, podendo chegar até 1 m de altura. Adapta-se bem a baixadas úmidas e áreas que apresentam períodos curtos de inundação. Não tolera geadas e secas prolongadas. Susceptível às cigarrinhas e pragas. Precipitação anual acima de 800 mm. Brachiaria mutica CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: baixo Hábito de crescimento: estolonífero Inflorescência: rácemo simples Bainha: pilosa Lígula: pilosa Folha: pilosa Caule: glabro Brachiaria mutica 22/10/2013 11 Panicum maximum NOME POPULAR: capim colonião, capim touceira, colonião cana branca NOME CIENTÍFICO: Panicum maximum Jacq. CULTIVARES: dentro do gênero Panicum temos colonião, tanzânia, mombaça, tobiatã, aruana, massai. ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: perene, cespitosa, forma grandes touceiras podendo atingir até 3 m de altura, presença de rizomas. Exige altas temperaturas, solos férteis e bem drenados. Apresenta baixa tolerância à geada e ao encharcamento. Baixa resistência ao fogo e à seca. Alta resistência à cigarrinha.Precipitação acima de 800 mm por ano. Panicum maximum cv. Colonião CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: muito alto Hábito de crescimento: cespitoso Inflorescência: panícula Bainha: glabra Lígula: pilosa Folha: glabra Caule: glabro Ao passar a mão sairá uma serosidade branca da folha Panicum maximum cv. Colonião Cerosidade branca na bainha foliar e, ou, no colmo Panicum maximum cv. Mombaça NOME POPULAR: capim mombaça NOME CIENTÍFICO: Panicum maximum cv. Mombaça ORIGEM: África/CNPGC CARACTERÍSTICAS: perene, cespitosa, de porte alto, formando touceiras de 2 m de altura, com leve arroxeamento na bainha. Folhas com 3 cm de largura, longas e serrilhadas. As lâminas foliares possuem poucos pêlos curtos (dispersos) na face superior e as bainhas são glabras. Exige solos férteis e bem drenados. Boa resistência à seca e ao frio mas não tolera geadas. Resistente à cigarrinha. Precipitação anual acima de 1100mm. Alta produtividade. Panicum maximum cv. Mombaça 22/10/2013 12 CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: muito alto Hábito de crescimento: cespitoso Inflorescência: panícula Bainha: glabra Lígula: pilosa Folha: pêlos dispersos na lâmina superior Caule: glabro Panicum maximum cv. Mombaça Panicum maximum cv. Tanzânia NOME POPULAR: capim tanzânia NOME CIENTÍFICO: Panicum maximum cv. Tanzânia ORIGEM: África/CNPGC CARACTERÍSTICAS: perene, cespitosa, formando touceiras de porte alto. Folhas decumbentes com 2,6 cm de largura, lâminas e bainhas não possuem pilosidade ou cerosidade. Os colmos são levemente arroxeados. Ótima aceitabilidade. Exige solos de alta fertilidade e bem drenados. Baixa tolerância à seca, ao encharcamento e frio. Resistente ao ataque de cigarrinhas. Precipitação anual acima de 800 mm. Panicum maximum cv. Tanzânia Lâmina foliar glabra Intenso arroxeamento na bainha foliar Panicum maximum cv. Tanzânia cv. Tanzânia cv. Mombaça Arrocheamento nas bainhas: CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: muito alto (mais baixo que Mombaça) Hábito de crescimento: cespitoso Inflorescência: panícula (arroxeada) Bainha: glabra Lígula: pilosa Folha: glabra Caule: glabro e arroxeado Panicum maximum cv. Tanzânia 22/10/2013 13 Panicum maximum cv. Tobiatã NOME POPULAR: capim tobiatã NOME CIENTÍFICO: Panicum maximum cv. Tobiatã CARACTERÍSTICAS: perene, cespitosa, podendo atingir até 3 m de altura. Exige solos de alta fertilidade e bem drenados. Bastante resistente à seca, doenças, pisoteio e cigarrinhas. Alto poder de perfilhamento. Média resistência ao frio. Precipitação anual acima de 800 mm. Panicum maximum cv. Tobiatã CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: muito alto Hábito de crescimento: cespitoso Inflorescência: panícula Bainha: pilosa, com pêlos em forma de espinhos Lígula: pilosa Folha: pouco pilosa, porém é serrilhada Caule: glabro Panicum maximum cv. Tobiatã Panicum maximum cv. Massai NOME POPULAR: capim Massai NOME CIENTÍFICO: Panicum maximum cv. Massai CARACTERÍSTICAS: perene, cespitosa, podendo atingir chegar até 1,5 m de altura. Possui excelente produção de forragem, com grande velocidade de estabelecimento e de rebrota. Do gênero Panicum é o mais adaptado às condições de baixa fertilidade do solo. Resistente ao ataque de cigarrinhas. Média tolerância ao frio e boa ao fogo. Melhor cobertura do solo. Boa aceitação por equinos e ovinos. Panicum maximum cv. Massai Lâmina foliar glabra e estreita, bainha com pêlos Colmo fino e com nó piloso Panicum maximum cv. Massai 22/10/2013 14 NOME POPULAR: capim Aruana NOME CIENTÍFICO: Panicum maximum cv. Aruana CARACTERÍSTICAS: Planta perene e cespitosa, colmo fino e discretamente arroxeado, pilosidade acentuada nas bainhas foliares, pêlos densos, pequenos e macios, Inflorescência do tipo panícula, forrageira de porte médio (1,20 a 1,50 m de altura), elevação precoce do meristema apical, medianamente exigente em fertilidade, não tolera elevada saturação por alumínio, boa capacidade de cobertura do solo, medianamente tolerante à geada, não tolera encharcamento e seca prolongada Panicum maximum cv. Aruana Lâmina foliar de coloração verde escura Pilosidade nas lâminas foliares Lâmina foliar ereta e aberta Alta aceitabilidade pelo animais Bastante utilizada para ovinos Panicum maximum cv. Aruana Gênero Cynodon Grupo das Bermudas Com Rizomas Grupo das Estrelas Sem Rizomas Capim-florakirk Capim-tifton 68 Capim-tifton 78 Capim-estrela (roxa e africana) Capim-florico Capim-florona Capim-coastcross Capim-tifton 85 Gênero Cynodon Inflorescência do tipo rácemo digitado Formam boa cobertura da superfície do solo Toleram desfolhação mais intensa e frequente Exigem solos mais férteis Boa resposta à adubação Gênero Cynodon - Coast Cross 22/10/2013 15 Gênero Cynodon - Coast Cross NOME POPULAR: Coast cross NOME CIENTÍFICO: Cynodon dactylon CULTIVARES: Coast cross ORIGEM: África. Cultivar desenvolvida nos EUA. É um híbrido entre Cynodon dactylon cv. Coastal e Cynodon nlemfuensis cv. Robustus. CARACTERÍSTICAS: forrageira perene, rasteira e fortemente estolonífera. Atinge aproximadamente 50 cm de altura. Exige solos férteis e bem drenados, respondendo bem à calagem e adubação. Resistente ao pisoteio, corte e cigarrinha. Não resiste a geada. Precipitação anual acima de 600 mm. Gênero Cynodon - Coast Cross CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: muito baixo Hábito de crescimento: estolonífero Bainha: glabra Lígula: glabra Folha: pêlo no bordo superior Caule: glabro Inflorescência: rácemo digitada composta Gênero Cynodon - Coast Cross Gênero Cynodon - Tifton Gênero Cynodon - Tifton Gênero Cynodon - Tifton NOME(S) COMUM (NS): Tifton NOME CIENTÍFICO: Cynodon nlemfluemsis CULTIVARES: Tifton 44, 68, 78 e 85 ORIGEM: EUA CARACTERÍSTICAS: perene e estolonífera. Exige solos de alta fertilidade e bem drenados. Resistente ao ataque de cigarrinhas. Não tolera geadas. Precipitação acima de 1.000 mm por ano. 22/10/2013 16 Gênero Cynodon - Tifton CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: baixo a muito baixo Hábito de crescimento: estolonífero (Tifton 68) e rizomatoso (Tifton 85) Inflorescência: rácemo digitada composta Bainha: pouco pilosa (Tifton 68) e glabra (Tifton 85) Lígula: pilosa Caule: glabro Folha: Tifton 68 (pilosa e mais comprida e larga) Tifton 85 (lâmina superior glabra e inferior pilosa) Gênero Cynodon - Tifton Tifton 68 Tifton 85 Gênero Cynodon – Tifton 85 Gênero Cynodon – Grama Estrela Gênero Cynodon – Grama Estrela NOME POPULAR: grama estrela, capim estrela, estrela africano NOME CIENTÍFICO: Cynodon plectostachyus CULTIVARES: Estrela comum, Estrela roxo, Florona, Florico. ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: espécie perene e estolonífera que irradia longos estolões, cobrindo rapidamente o solo, não é rizomatosa, atinge de 50 a 80 cm de altura. Requer fertilidade do solo, porém resiste a solos pobres e ácidos (média exigência em fertilidade). Resistente ao pisoteio, corte e seca. Baixa resistência a geadas. Tolera solos encharcados. Resistente à cigarrinha e menos cortada por formigas que o Tifton. Gênero Cynodon – Grama Estrela CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: baixo Hábito de crescimento: estolonífero Inflorescência: rácemo digitada composta Bainha: glabra Lígula: pilosa Folha: glabra e lanciolada Caule: glabro 22/10/2013 17 Gênero Cynodon – Grama Estrela Andropogon gayanus Kunth Nomes comuns:capim-andropógon Nome científico: Andropogon gayanus Kunth Origem: África (Nigéria) Planta perene e cespitosa Sistema radicular profundoCaracterísticas morfológicas Capim-andropógon Estreitamento na base da lâmina foliar Planta com muitos pêlos “esbranquiçados” Características morfológicas Espiguetas com aristas Inflorescência de tipo panículas de racemos Capim-andropógon Características agronômicas Adaptada ao clima tropical Altitude até 1.500 m Ambiente: Sistema radicular profundo resistência ao frio e à seca Adaptado aos solos de baixa fertilidade natural e bem drenados Solos ácidos, com alto nível de AL3+ Requer precipitação pluvial acima de 400 mm Capim-andropógon Características agronômicas e zootécnicas Boa resposta à adubação Estabelecimento lento Exigente em manejo Bom valor nutritivo, mas depende do manejo Bem aceito por bovinos, eqüinos e bovinos (quando jovem) Produtividade: até 30.000 kg/ha.ano de MS Resistência à cigarrinha-das-pastagens Cultivares: Planaltina e Baeti 22/10/2013 18 Andropogon Capim Gordura Capim Gordura NOME POPULAR: capim gordura, meloso, melado, catingueiro, capim de cheiro. NOME CIENTÍFICO: Melinis minutiflora VARIEDADES OU CULTIVARES: gordura roxo (é o mais cultivado e mais nutritivo), branco, francano. ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: planta perene, cespitosa e decumbente, porte baixo, forma densas touceiras. Folhas viscosas, pegajosas, devido à secreção de óleo essencial. Adapta-se bem em regiões montanhosas, solos ácidos e de baixa fertilidade. O excesso de umidade prejudica seu desenvolvimento. Não tolera geada e seca excessiva. Baixa resposta à adubação e resistente à pragas. Capim Gordura CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: médio Hábito de crescimento: cespitoso/decumbente Inflorescência: panícula de cor vermelha Bainha: pilosa Lígula: pilosa Folha: pilosa (lâmina superior e inferior) Caule: glabro Possui secreção oleosa de cheiro rançoso Capim Gordura Pensacola – Grama Batatais 22/10/2013 19 Pensacola – Grama Batatais NOME POPULAR: capim pensacola, grama forquilha, grama batatais, cuiabana. NOME CIENTÍFICO: Paspalum notatum cv. Pensacola ORIGEM: Américas do Sul e Central. CARACTERÍSTICAS: perene, prostrada e rizomatosa. Apresenta colmos curtos e folhas numerosas, planas e pilosas. Cresce até 60 a 80 cm. Exige solos de média a alta fertilidade e mais de 800 mm de chuva por ano. Resistente à seca, geadas, pisoteio, fogo, encharcamento temporário e ataque de cigarrinhas. Pensacola – Grama Batatais CARACTERÍSTICAS BOTÂNICAS Porte: baixo Hábito de crescimento: rizomatoso Inflorescência: rácemo composto bifurcado Bainha: pilosa Lígula: pilosa Folha: pilosa Capim Elefante Capim Elefante GRUPOS DE CULTIVARES DE CAPIM-ELEFANTE Grupo do Cameroon: touceiras densas, porte ereto e colmos grossos, predomínio de perfilhos basais, florescimento tardio (maio a julho) ou ausente. Exemplos: Cameroon, Wruckwona, IAC-Campinas e Guaçú Capim Elefante GRUPOS DE CULTIVARES DE CAPIM-ELEFANTE Grupo do Napier: touceiras “abertas”, porte ereto e colmos grossos, florescimento intermediário (abril a maio) Exemplos: Napier, Mineiro, Taiwan, Capim-elefante roxo Capim Elefante GRUPOS DE CULTIVARES DE CAPIM-ELEFANTE Grupo do Mercker: menor porte, ereto, colmos e folhas mais finas, florescimento precoce (março a abril) Exemplos: Mercker Comum, Mercker México 22/10/2013 20 Capim Elefante GRUPOS DE CULTIVARES DE CAPIM-ELEFANTE Grupo do Anão: porte baixo, entrenó curto, adaptação ao pastejo Exemplo: Mott Capim Elefante Capim Elefante Capim Elefante Capim Pojuca Capim Pojuca NOME POPULAR: capim Pojuca NOME CIENTÍFICO: Paspalum atratum ORIGEM: Brasil, MS CARACTERÍSTICAS: perene, cespitosa, crescimento até 1,5 m, tolerante ao ataque de cigarrinhas, baixa exigência em fertilidade de solo e alta tolerância a solos mal drenados. VANTAGENS: rápida rebrota no início das chuvas, ideal para solos com lençol freático raso. DESVANTAGENS: não resiste muito períodos secos. 22/10/2013 21 Paspalum notatum - Grama forquilha Origem: América do Sul e Central Gramínea perene de verão Planta rizomatosa Folhas numerosas, finas, planas, com pêlos Inflorescência com 2 racemos em forma de forquilha Qualquer tipo de solo (bons e úmidos) Estabelecimento rápido Propagação por mudas ou sementes Hemarthria altissima - Hemartria Origem: vales úmidos do sudeste da África Gramínea perene de verão Até 1,50 m Colmos decumbentes (crescimento semiereto) Inflorescência: racemos isolados ou agrupados de 2 em 2 nas axilas das folhas superiores Prefere baixadas úmidas Resiste bem a baixas T e alagamento temporário Produção de MS (11 t/ha/ano) Propagação vegetativa Axonopus catarinensis - Missioneira gigante Origem: Alto Vale do Itajaí – SC Gramínea perene de verão Híbrido natural (triplóide) A. Jesuiticus x A. Scoparius Solos fertilidade média Boa tolerância à acidez tolerância a solos encharcados Alta resistência à geada Alta aceitabilidade Propagação por mudas Gramíneas anuais de verão Milheto NOME POPULAR: milheto, pasto italiano, capim charuto NOME CIENTÍFICO: Pennisetum americanum ORIGEM: África CARACTERÍSTICAS: planta anual, cespitosa, de crescimento inicial rápido. Possui folhas largas e longas. Adapta-se bem a diversas condições de solo e clima, mas prefere solos arenosos ou argilo- arenosos. Possui sistema radicular profundo. Exige solos de fertilidade média e resiste a períodos de seca e à cigarrinha. Baixa resistência ao sombreamento e solos úmidos. Alta produção de forragem de qualidade. Sorgo NOME POPULAR: sorgo NOME CIENTÍFICO: Sorghum vulgare, Sorghum bicolor, Sorghum saccharatum. ORIGEM: África CULTIVARES: sorgo forrageiro, sorgo granífero e sorgo sacarino. CARACTERÍSTICAS: gramínea anual, folhas amplas, largas e com nervuras medianas muito evidentes. O sorgo granífero apresenta alta capacidade de rendimento de grãos e altura reduzida. O sorgo forrageiro produz colmos suculentos e doces. É específico para produção de silagem e corte, apresenta boa produção de grãos e altura de até 3 m. 22/10/2013 22 Sorgo Gramíneas anuais de inverno Lolium multiflorum - azevém Origem: Região mediterrânea e Sul da Europa Cespitosa Bom perfilhamento Prefere solos argilosos Gosta de umidade Adaptado a Tº Alto valor nutritivo Produção de MS 7 t/ha/ano Propagação por sementes 22/10/2013 23 Origem: Europa Cespitosa Lígula membranosa Inflorescência em panícula aberta com espiguetas Prefere solos argilosos Não tolera à seca Vegeta bem solos de pH 5,0 – 7,0 Corte ou pastejo Produção de MS (4 t/ha/ano) Propagação por sementes Aveia Branca (Avena sativa L.) Secale cereale - Centeio Origem: Europa Cespitosa, 1,20 a 1,50 m Espiga de 5 a 20 cm Solos arenosos e secos Resiste bem ao frio e geada Boa aceitabilidade Bom valor forrageiro Auxilia na descompactação do solo Produção de MS (5 t/ha/ano) Propagação por sementes 22/10/2013 24 Bromus catharticus - Cevadilha Origem: América do Sul Cespitosa Colmos cilíndricos Lâminas foliares planas, sem pilosidade Relativamente exigente em solos Boa resistência à seca e geada Boa ressemeadura natural Boa para fenação Produção de MS (4 t/ha/ano) Propagação por sementes Holcus lanatus - Capim lanudo Origem: Europa e Ásia Gramínea anual de inverno Cespitosa Bom perfilhamento Prefere solos argilosos Gosta de umidade Adaptado a Tº PB 16% Produção de MS 6 t/ha/ano Propagação por sementes Gramíneas perenes de inverno Festuca arundinacea - Festuca Origem: Europa Gramínea perene de inverno Entouceirada Colmos de 0,60 a 1,50 m Sem rizomas Suporta bem inverno (< 0) Suporta bem o pastoreio Prefere solos férteis Produção de MS (9 t/ha/ano) Propagação por sementes Folhagem rejeitada no amadurecimento 22/10/2013 25 Dactylis glomerata - Dátilo Origem: Europa, Alasca e Ásia Gramínea perene de inverno Crescimento cespitoso Colmos em grandes tufos 0,60 a 1,20 Panículas de 5 a 20 cm Pouco exigente em solos Requer boa umidade Resiste bem ao sombreamento Produção de MS (8 t/ha/ano) Propagação por sementes Rápido declínio do V.N.
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