resenha critica: Aula sobre Nietzsche

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Aluno: Darlam Alves 
Turma: 1813 
Resenha crítica: Reposição da aula de filosofia 
ARAÚJO, Leonardo. Arte e sofrimento. 2017. Aula de filosofia ministrada para 
os cursos de mineração e eletromecânica. Bahia. 2017 
O objetivo da aula, dito de antemão, era focar em Arte e sofrimento e ainda sobre 
a moral humana, e para ilustrar mais sobre esses dois aspectos o professor 
escolheu o filósofo Nietzsche. Nietzsche nasceu no século XIX na Alemanha, 
fez filologia que é o estudo de línguas humanas, mas percebeu que sua 
vocação era a de ser filósofo, o que acabou dando muito certo, pois desde muito 
cedo Nietzsche era tido como um prodígio, e nem precisou terminar toda a 
faculdade para assumir o cargo de professor. Para explicar Nietzsche o 
professor falou sobre diversas obras que serviam para explanar mais sobre o 
seu pensamento, mas para explicar a sua concepção sobre arte e sofrimento e 
ainda sobre moral, algumas obras foram destacadas: O nascimento da tragédia 
Grega; a verdade e a mentira no sentido extra-moral; humano, demasiado 
humano e assim falou Zaratustra. 
A obra que mais chama atenção quando pautados os assuntos de arte e 
sofrimento é o nascimento da tragédia grega, que vai explicar a tragédia grega 
como sendo a união entre imagem e música, e imagem é explicada através do 
deus Apolo – que é o deus dos limites, e da beleza – e a música explicada 
através do deus Dionísio – que é o deus imoral das festas e músicas. Para 
Nietzsche, por influência de Schopenhauer, a união entre imagem e música seria 
no caso os impulsos ligados a natureza humana, por exemplo, Apolo seria o 
espírito da ordem e da racionalidade, enquanto Dionísio seria o espírito da 
vontade de viver de forma espontânea e extasiada, a junção dos dois é 
extremamente importante para cena trágica o que é um ponto determinante para 
a consolidação da tragédia grega; Outra obra muito comentada foi sobre a 
verdade e a mentira no sentido extra-moral, onde é feito um questionamento se 
é sempre bom contar a verdade, e aí o professor até conta uma situação onde 
seria quase que impossível contar a verdade, para mostrar que o ser-humano 
deseja a verdade apenas quando as condições estão agradáveis; Humano, 
demasiado humano aqui Nietzsche critica os modismos de sua época, focando 
principalmente em criticar a moral do ser-humano, e aí ele chega até a falar da 
ideia do super-homem, que seria, no caso aquilo que está além do homem; e na 
obra Assim falou Zaratustra ele desenvolve a polêmica frase de que “deus está 
morto” e ainda anuncia o nascimento do super-homem, o que é inteiramente 
provocador, visto que este tomava o lugar de deus e se tornava o novo modelo 
ideal para elevar a humanidade. 
O objetivo que era falar sobre arte e sofrimento foi alcançado, mas poderia ter 
sido mais explorado se a aula fosse apenas centralizada neste objetivo, ao invés 
de falar de diversas obras que explicam mais o pensamento de Nietzsche acerca 
de diversos temas que não encaixam naquilo que deveria ser o foco. Contudo, o 
professor foi muito didático ao falar sobre todo o conteúdo, porque ele simplificou 
Nietzsche que para muitos é considerado como um filósofo complexo. A aula 
teve segmento cronológico, foi feito primeiro uma contextualização do momento 
histórico que se estava vivendo naquele momento o que é muito importante para 
se compreender diversas obras do mesmo. E digo que o professor foi didático 
não só por dar segmento cronológico a sua apresentação, mas também por 
utilizar recursos multimídias que ajudavam a entender o tema, como por 
exemplo, a curta metragem do meu amigo Nietzsche, o trailer do filme apocalipse 
now e ainda as imagens que mostravam como Nietzsche passou os últimos 11 
anos de sua vida em que ficou vegetando, que deu para ter uma ideia mais ampla 
de que a vida, como dizia o próprio, ficava mais dura quando se estava perto do 
topo, e Nietzsche foi além...