Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estruturas de mercado número de empresas que compõem esse mercado tipo do produto (idênticos ou diferenciados) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS • Mercado atomizado • Infinitos vendedores e compradores • As empresas são tomadoras de preços • Produtos homogêneos • Livre entrada e saída de firmas • Informação perfeita NO LONGO PRAZO NÃO EXISTEM LUCROS EXTRAORDINÁRIOS Concorrência pura ou perfeita COMO SERÁ ENTÃO A DEMANDA DE MERCADO E DA FIRMA EM CONCORRÊNCIA PERFEITA? Características básicas: • uma única empresa produtora do bem ou serviço; • não há produtos substitutos próximos; • existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. Monopólio As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: • Monopólio puro ou natural • Patentes • Controle de matérias-primas chaves • Monopólio estatal ou institucional Monopólio Duas formas: • oligopólio concentrado: pequeno número de empresas no setor. Ex. Indústria automobilística; • oligopólio competitivo: um pequeno número de empresas domina um setor com muitas empresas. Ex.: cervejarias no Brasil. Características básicas: • Poder de mercado; • Barreiras à entrada de novas empresas no setor Oligopólio Tipos de oligopólio: • com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); • com produto diferenciado (por exemplo, automóveis). Formas de atuação das empresas: • concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções (empresas líderes e satélites); • formam cartéis Oligopólio 26.02.2013: Manipulação da Libor é alvo de avalanche de processos Bancos sob suspeita dos reguladores de terem manipulado taxas de juros ao redor do mundo estão tentando escapar de outro atoleiro: mais de 30 processos movidos por mutuários, credores e outros demandantes, que alegam que foram enganados pelas mesmas instituições financeiras. Barclays, RBS e UBS já pagaram cerca de US$ 2,5 bilhões e admitiram culpa para pôr um fim a alegações de manipulação por reguladores dos Estados Unidos e do Reino Unido. Os advogados afirmam que os acordos alcançados com reguladores até agora não sustentam a alegação central na maioria dos processos civis: de que os bancos se engajaram em práticas ilegais contra a concorrência. Os 16 bancos acusados nas ações são membros de um painel que apresenta diariamente estimativas de custos de empréstimos usados para definir a Libor em dólar, taxa na qual se baseiam trilhões de dólares em contratos financeiros. Hausfeld disse que, nas provas já divulgadas, os operadores "indicaram que o painel da Libor era um cartel" e discutiram quanto poderiam ganhar ao manipulá- la. Um porta-voz do RBS não quis comentar além das declarações, feitas em documentos apresentados às autoridades, de que o banco possui "defesas legais e factuais que têm substância e credibilidade". Bank of America, Barclays, Citigroup, UBS e J.P. Morgan não quiseram comentar. Oligopólio COMO DETERMINA PREÇOS? • Modelo tradional: RMg = CMg • Teoria da organização industrial Mark-up = Receitas de Vendas – Custos de Produção Onde: p = preço do produto; c = custo unitário direto ou variável; m = taxa (%) de mark-up 1p m c Características básicas: • Mercado atomizado; • Inexistência de barreiras à entrada • Produto diferenciado, mas com substitutos próximos; • Poder de mercado OBSERVAÇÃO: • No longo prazo há tendência apenas para lucros normais (RT=CT), Concorrência Monopolística Setores • Livros • CDs • Jogos de computador • Restaurantes • Biscoitos • Móveis • Leite Empresas no Brasil • Nestlé • Farmácias Pague Menos • MacDonalds Exemplos de concorrência monopolística Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos. Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios. Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Estruturas de mercado: fatores de produção • Medida de concentração: valor do faturamento das quatro maiores empresas do setor sobre o total faturado do setor • Quanto mais próximo de 100% mais concentrado é o setor • Dados de 1990: • Aços planos (100%); Material de transporte (94%); fumo (91%) • Fiação e tecelagem (20%); Petroquímica (43%); Confecções (46%) • Setor comercial: supermercados (55%) • O combate ao abuso de poder econômico •SBDC •Cade Grau de concentração econômica no Brasil CASOS PRÁTICOS CASO NESTLÉ / GAROTO Definição do mercado relevante • No mercado de balas e confeitos, a participação de mercado resultante da operação (2,7%) seria incapaz de conferir poder de mercado às empresas. • A elevada participação da Nestlé no mercado de achocolatados não resultava da operação, sendo que o aumento da participação da líder (Nestlé/Garoto) de 58,1% para 61,2%, não alterou substancialmente a estrutura de oferta. • No mercado de coberturas de chocolate e de chocolates em geral, a operação introduziu incentivos para condutas colusivas ou, no mínimo, condutas de colaboração tácita entre as duas únicas ofertantes do mercado. CONCLUSÃO DO CADE (1) Nem a esperada redução nos custos variáveis, nem o grau de rivalidade remanescente no mercado, seriam suficientes para evitar os aumentos de preço ao consumidor de chocolate; (2) Não havia qualquer remédio estrutural capaz de reduzir os efeitos negativos da elevação da concentração; (3) Em 4 de fevereiro de 2005, a maioria do Conselho votou pelo veto a operação, determinando à Nestlé que vendesse a Chocolates Garoto a um concorrente que tivesse participação inferior a 20% no mercado relevante; (4) As partes peticionaram junto ao CADE requerendo reconsideração da decisão, o que o CADE negou em 3 de fevereiro de 2005; (5) As empresas recorreram novamente ao CADE, propondo alienações parciais de produção e marca. O CADE, mais uma vez rejeitou o pedido de reconsideração, em 27 de abril de 2005. CASO DO CARTEL DAS BRITAS 03/04/2002: Registrada denúncia anônima informando sobre formação de cartel por 17 pedreiras em São Paulo, que se reuniam diariamente no Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo com o intuito de partilhar o mercado, fixar preços e aumentar os lucros. Foi o primeiro caso de cartel em que se realizou busca e apreensão de documentos existentes nas empresas ANÁLISE As empresas possuíam 53% do mercado no ano de 1999 e 57% em 2003, sendo que segundo documentos coletados pela SDE na sede do SINDIPEDRAS afirma-se que o “Grupo” possuiria cerca de 70% do mercado O grupo foi inicialmente formado por um conjunto de nove empresas G9 e foi transformado em G14, com a adesão de mais cinco empresas na seqüência Os participantes do cartel realizavam encontros quinzenais, denominados feedback, nos quais a presença dos representantes das empresas era obrigatória O principal objetivo dessas reuniões era verificar se os direcionamentos de vendas estavam sendo cumpridos ou não CONCLUSÃOO Plenário condenou as empresas ao pagamento de multas que variavam de 15% a 20% do faturamento bruto no exercício de 2002, dependendo da infração da empresa, e 300.000 UFIR’s ao Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo Foram obrigadas a publicar o extrato da decisão em meia página de um dos dois jornais de maior circulação no Estado de São Paulo por dois dias seguidos em duas semanas consecutivas, às custas do Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo, assim como recomendou aos órgãos públicos que não realizem o parcelamento de tributos federais e que sejam cancelados incentivos fiscais ou subsídios públicos concedidos às Representadas CASO DO CARTEL DE LINHAS AÉREAS: RIO–SÃO PAULO Descrição do caso Em agosto de 1999, vários jornais denunciaram que cinco dias após o encontro dos presidentes das quatro maiores linhas aéreas do Brasil, os preços das passagens do trecho Rio–São Paulo aumentaram simultaneamente em 10%. Análise Além do encontro dos executivos das empresas, provas revelaram que dados tarifários foram trocados entre as companhias por meio de publicações no Sistema ATPCO, o sistema de dados tarifários de linhas aéreas Uma companhia poderia inserir uma notificação de mudança de tarifa para que, por um período inicial de três dias, a mudança pudesse ser vista apenas pelas outras companhias aéreas, e não pelos consumidores ou pelas agências de viagem Decisão Em setembro de 2004, o CADE determinou que as quatro companhias haviam entrado em conluio para aumentar as tarifas Cada empresa foi multada em 1% (um por cento) de seu faturamento proveniente da rota afetada em 1999 e foi proibida de fixar tarifas e de publicar previamente ajustes de tarifas
Compartilhar