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Atividade - Citação CPP

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Missão: Construir, com excelência, o conhecimento e o saber, por meio do ensino, pesquisa e 
extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o 
desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
 
 
CURSO DE DIREITO – 11/09/2017 
DISCIPLINA: Direito Processual Penal II 
PROFESSORA: Patrícia Raposo Moreira 
PERÍODO: 6º Período 
ALUNA: ANNELISE DE SOUZA OLIVEIRA 
 
 
 
Questionário 
 
1. O que significa a citação no processo penal? 
A citação é o ato processual que dá ciência ao acusado do recebimento da denúncia ou queixa, 
e chama-o para se defender, a citação assegura o exercício do contraditório e da ampla defesa. 
2. Por que se diz que a citação é um misto de contraditório e de ampla defesa? 
Pode-se dizer que a citação é um misto de contraditório e de ampla defesa pois ao mesmo 
tempo que dá ciência ao acusado da instauração do processo contra ele, também o chama ao 
processo para exercer seu direito de defesa. 
3. A falta de citação gera nulidade? 
Sim, a falta da citação configura nulidade absoluta conforme artigo 564, III,”e” do CPP que 
traz que: “Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: 
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes: 
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos 
concedidos à acusação e à defesa; ” 
 
4. O que é circundução? 
Denomina-se circundação o ato pelo qual se julga nula ou de nenhuma eficácia a citação, 
quando anulada diz-se que há citação circunda. 
5. A falta ou nulidade da citação poderá ser sanada? 
 
 
Missão: Construir, com excelência, o conhecimento e o saber, por meio do ensino, pesquisa e 
extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o 
desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
Sim, se o interessado comparecer em juízo antes de o ato consumar-se, mesmo que com o 
exclusivo propósito de arguir a falta ou nulidade da citação, permite o natural 
desenvolvimento do processo, pois o fim da citação foi alcançado, o réu será cientificado do 
teor da acusação, devendo o juiz, ainda, adiar eventuais atos processuais cuja realização 
possa prejudicá-lo. 
6. Em quantas vezes é realizada a citação no processo penal? 
A citação no processo penal é feita uma única vez, pois uma vez citado o acusado, fica este 
vinculado à instância com todos os ônus decorrentes, não sendo necessária uma nova citação 
no processo de execução, pois constitui um prolongamento da relação processual. 
7. Qual a finalidade da citação? 
A citação é feita para fins de apresentação da resposta à acusação, de acordo com o artigo 396 
do CPP. 
8. Quais são os efeitos da citação válida? 
No processo penal a citação tem efeito único que é estabelecer a angularidade da relação 
processual, fazendo surgir à instância. Sobre o efeito da citação o artigo 363, caput do CPP 
traz que “o processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado.” 
9. Quais são as espécies de citação? 
A citação pode ser de suas espécies, a real ou pessoal e a ficta ou presumida. 
10. O que se entende por citação real ou pessoal? 
A citação real é aquela feita pessoalmente, ou seja, na pessoa do próprio acusado. Pode ser 
concretizada por mandado, por precatória, carta de ordem, carta rogatória, ou mediante 
requisição. 
11. É admissível no processo penal comum a citação pelo correio, por e-mail ou telefone? 
 
 
Missão: Construir, com excelência, o conhecimento e o saber, por meio do ensino, pesquisa e 
extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o 
desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
No processo penal não se admite citação pelo correio, nem tampouco por e-mail ou telefone, 
segundo disposição expressa da Lei nº 11.419/06 (art.6º), “não se admite citação eletrônica no 
processo penal.” 
12. O que se entende por citação ficta ou presumida? 
Na citação ficta presumi-se que o acusado tenha tomado conhecimento da instauração do 
processo penal, sua utilização é medida excepcional, e deve ser levada a efeito apenas quando 
demonstrado que o acusado não foi encontrado para ser citado pessoalmente, ou se oculta para 
não ser citado. 
13. Cite as modalidades de citação pessoal. 
São modalidades de citação pessoal: citação por mandado, citação por carta precatória, carta 
de ordem, carta rogatória e mediante requisição. 
14. O que é citação por mandado? 
Será citado por mandado, cumprido por oficial de justiça, o réu que residir na comarca do 
juízo processante. É uma ordem escrita do juízo para que o oficial cumpra a determinação que 
no mandado é expressa. 
15. O que se entende por citação imprópria? 
A citação imprópria é a citação feita na pessoa do curador de inimputável, cuja doença mental 
ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado tenham sido diagnosticados antes da 
citação. 
16. Quais são os requisitos intrínsecos da citação por mandado? 
Os requisitos intrínsecos estão elencados no art. 352 do CPP: “O mandado de citação 
indicará: 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
 
 
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desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. ” 
 
17. Quais são os requisitos extrínsecos da citação por mandado? 
Os requisitos extrínsecos estão dispostos do art. 357 do CPP: “São requisitos da citação por 
mandado: 
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão 
dia e hora da citação; 
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa. ” 
 
18. A citação por ser feita em qualquer lugar em que o acusado seja encontrado? 
A citação pode ser feita em qualquer dia e qualquer hora. Caso o oficial de justiça não 
encontre o citando na sua residência ou em qualquer outro endereço constante no mandado, 
mas obtenha informações sobre seu paradeiro, deverá procurá-lo nos limites do território da 
circunscrição do juiz processante e, se encontrar, realizar a citação, fazendo constar da 
certidão que exarar tal circunstância. 
19. O que se entende por citação por carta precatória? 
Se o acusado estiver em território nacional, em local certo e sabido, porém fora do âmbito da 
competência territorial do juízo processante, a citação deverá ser feita por meio de carta 
precatória, conforme artigo 353 do CPP. 
20. Explique em que consiste a carta precatória itinerante. 
A carta precatória itinerante está prevista no CPP no artigo 355, §2º e ocorre quando ao 
cumprir o mandado de citação expedido pelo juízo deprecado, Oficialde Justiça verifica que o 
acusado não se encontra naquela comarca, e sim em outra, sujeita à competência de outro 
juízo. Na hipótese da carta precatória itinerante, desde que haja tempo para fazer a citação, 
deve o juiz deprecado remeter os autos da carta precatória ao juiz da comarca onde se 
encontra o acusado para fins de efetivação da diligência, o de deverá ocorrer independente de 
determinação do juízo deprecante. 
 
 
Missão: Construir, com excelência, o conhecimento e o saber, por meio do ensino, pesquisa e 
extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o 
desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
21. Como será realizada a citação do militar? 
De acordo com o art. 358 do CPP, a citação do militar será feita por intermédio do chefe do 
respectivo serviço, o CPP prevê que, em se tratando de militar, o juízo processante deve 
expedir um ofício ao Comandante da Organização Militar em que se encontra lotado o 
acusado. 
22. Por qual razão a citação do militar deverá ser feita por intermédio do chefe do 
respectivo serviço? 
Para preservar a hierarquia e disciplina militares, evitando que o Oficial de Justiça ingresse 
em dependências militares à procura do acusado. 
23. A citação do militar nos moldes do art. 358 do CPP é aplicável a todos os militares? 
Não, é aplicável ao militar da ativa, ou seja, os militares de carreira, os incorporados às Forças 
Armadas para prestação de serviço militar inicial, os componentes da reserva das Forças 
Armadas quando convocados, reincluídos, designados ou mobilizados, os alunos de órgão de 
formação de militares da ativa e da reserva e, em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro 
mobilizado para o serviço ativo nas Forças Armadas. 
24. Como será realizada a citação de funcionário público? 
O funcionário público também deve ser citado pessoalmente, seja por mandado, seja por carta 
precatória. 
25. É necessária a citação de funcionário público com o objetivo de apresentar apenas a 
resposta à acusação? 
Sim, caso determinado funcionário público figure como acusado em um processo penal, se a 
citação for realizada apenas com o objetivo de apresentação da resposta à acusação (CPP, art. 
396, caput), é dispensada a expedição de qualquer notificação ao Chefe da Repartição, já que 
não haverá necessidade de afastamento do servidor de suas funções para tanto. 
26. Como será a citação de acusado preso? 
 
 
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extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o 
desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
O artigo 360 do CPP traz que: “se o réu estiver preso, será pessoalmente citado”. Portanto, se 
o acusado estiver preso na comarca do juízo processante, a citação deve ser feita por mandado 
regularmente cumprido por Oficial de Justiça. 
27. Como será realizada a citação de acusado no estrangeiro? 
Estando o acusado no estrangeiro, sua citação será feita mediante carta rogatória, 
independentemente da natureza do delito (afiançável ou inafiançável). Para que a citação 
possa ser feita por carta rogatória, é indispensável que o acusado esteja em local certo e 
sabido; estando em local incerto e não sabido, sua citação será feita por edital. 
28. Suspende o curso da prescrição no caso de citação por carta rogatória? 
Sim, afiançável ou não o delito, estando o acusado em local certo no estrangeiro, sua citação 
será feita mediante carta rogatória, permanecendo suspenso o curso da prescrição enquanto 
não houver seu cumprimento nos moldes do artigo 368 do CPP. 
29. Como será o procedimento da carta rogatória? 
A carta rogatória deve ser encaminhada ao Ministério da Justiça, cabendo a este solicitar ao 
Ministério das Relações Exteriores o seu cumprimento. De lá, pela via diplomática, a carta 
seguirá à Justiça rogada. Como o CPC não definiu os requisitos da carta rogatória, utiliza-se 
subsidiariamente o artigo 202 do CPC que traz os requisitos essenciais da carta de ordem, da 
carta precatória e da carta rogatória. 
30. É possível a expedição de carta rogatória no Juizado Especial Criminal? 
Considera-se que a expedição de carta rogatória (art. 368 do CPP) não se aplica aos Juizados 
Especiais Criminais, portanto, no caso de o acusado estar no estrangeiro, às peças existentes 
devem ser encaminhadas ao Juízo comum, nos moldes do que ocorre no caso de o acusado 
não ser encontrado para citação pessoal, pois o procedimento da citação por edital, assim 
como o da carta rogatória, não é compatível com os princípios adotados pela Lei 9.099/95.16. 
31. Como será a citação em legações estrangeiras (embaixadas e consulados)? 
 
 
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extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o 
desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
O artigo 369 do CPP estabelece que as citações que houverem de ser feitas em embaixadas e 
consulados serão efetuadas mediante carta rogatória. Portanto, havendo a necessidade de se 
proceder à citação de funcionário que resida em uma embaixada ou consulado estrangeiro, e 
desde que tal pessoa não goze de imunidade diplomática, a comunicação deverá ser feita por 
meio de carta rogatória, preservando-se a inviolabilidade física de tais localidades. 
32. O que é uma carta de ordem? 
A carta de ordem é semelhante à carta precatória, diferenciando-se desta em virtude do órgão 
jurisdicional de que emana. Quando o órgão jurisdicional que a solicita e aquele a quem se 
solicita estão no mesmo grau de jurisdição, trata-se de carta precatória; quando o órgão 
jurisdicional que solicita o cumprimento é de grau superior, fala-se em carta de ordem. 
33. O que se entende por citação por edital? 
Citação por edital é espécie de citação ficta, pois não é realizada pessoalmente, presumi-se 
que o acusado tomou conhecimento da citação através de edital, que deve ser publicado em 
jornal de grande circulação, na imprensa oficial ou afixado no átrio do fórum, com o prazo de 
15 (quinze) dias, admitindo-se a possibilidade de que o acusado, ou pessoa a ele ligada, faça 
sua leitura, tomando ciência da existência do processo penal. 
34. É possível citação por edital no âmbito dos Juizados Especiais Criminais? Explique. 
A citação por edital não é admissível no âmbito dos Juizados Especiais Criminais. De acordo 
com o art. 66 da Lei n° 9.099/95, a citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre 
que possível, ou por mandado. O parágrafo único do referido dispositivo, por sua vez, 
preceitua que não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças 
existentes ao Juízo comum, no qual deverá ser observado o procedimento sumário do Código 
de Processo Penal. 
35. Qual é o prazo de dilação da citação por edital? 
O art. 361 do CPP determina que o prazo do edital de citação será de 15 dias. 
 
 
 
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extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o 
desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
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princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
36. O que significa prazo de dilação na citação por edital? 
Esse prazo de dilação é o tempo que deve permear entre a publicação do edital e a data em 
que se considera efetivado o ato processual. Em outras palavras, considerar-se-á aperfeiçoada 
a citação por edital não com a simples publicação do edital, mas sim com o decurso do prazo 
de dilação nele consignado. 
37. Quando o processo e o curso do prazo prescricional serão suspensos? 
O art. 366 do CPP estabelece que: “Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o 
juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, 
decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312”. 
38. O juiz poderá determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes no 
caso de aplicação do art. 366 do CPP? 
O artigo 366 do CPP autoriza a produção antecipada de provas que considerar urgentes para 
que não se percam. 
39. Existe limitação temporal do prazo de suspensão da prescrição descrito no art. 366 do 
CPP? Explique. 
O CPP não definiu uma limitação temporal do prazo da suspensão em seu texto, pois não 
fixa em seu texto quando deverá cessar a suspensão da prescrição. Neste caso a doutrina 
para interpretar o texto da lei criou duas orientações quanto ao prazo da suspensão da 
prescrição: 
a) admite-se como tempo máximo de suspensão da prescrição o tempo máximo de 
prescrição admitido pelo Código Penal — 20 (vinte) anos —, quando, então, deverá 
ser declarada extinta a punibilidade; 
b) b) admite-se como tempo máximo de suspensão da prescrição o tempo de prescrição 
pela pena máxima em abstrato do crime da denúncia, após o que a prescrição voltaria 
 
 
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desenvolvimento do contexto em que estão inseridos. 
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princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
a correr novamente. Nessa linha, o STJ editou a súmula 415, com o seguinte teor: O 
período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena 
cominada. 
40. Quando será possível a decretação de prisão preventiva por ocasião do art. 366 do 
CPP? 
O art. 366 do CPP não criou hipótese de prisão preventiva obrigatória, a decretação da prisão 
preventiva está subordinada à presença dos pressupostos do art. 312 do CPP, e desde que se 
revelem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão. 
41. Como seguirá o processo na hipótese de comparecimento do acusado quando se 
aplicou o art. 366 do CPP? 
Se o acusado tomou conhecimento da instauração do processo penal, seja por meio de seu 
comparecimento pessoal em juízo, seja por força do comparecimento de advogado 
constituído, o processo retomará seu curso normal a partir da apresentação da resposta à 
acusação. 
 
42. O que se entende por citação por hora certa? 
A citação por hora certa se aplica quando por três vezes o Oficial de Justiça houver procurado 
o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar e suspeitar da ocultação do réu, o 
oficial de justiça deverá intimar qualquer pessoa da família, ou, em sua falta, a qualquer 
vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar, 
conforme consta nos artigos 227 a 229 do CPC. 
43. Há distinção prática entre intimação e notificação? Explique. 
Na prática, não há qualquer relevância na distinção entre intimação e notificação. Na verdade, 
pelo que se percebe da própria redação do CPP e da legislação especial, é comum a utilização 
equivocada de tais expressões. Mas a doutrina diferencia as duas. 
44. Qual é a diferença entre intimação e notificação? 
 
 
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Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
Intimação: é a comunicação feita a alguém no tocante a ato já realizado. A título de exemplo, 
podemos citar a intimação da degravação de audiência, a intimação de sentença prolatada pelo 
magistrado, etc. 
Notificação: diz respeito à ciência dada a alguém quanto à determinação judicial impondo o 
cumprimento de certa providência. Exemplos: notificação para que a testemunha compareça 
em juízo para prestar seu depoimento; notificação do acusado para que compareça à audiência 
una de instrução e julgamento para fins de reconhecimento pessoal. 
45. Como será realizada a intimação do membro do Ministério Público? 
De acordo com a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, constitui prerrogativa do 
membro do MP, no exercício de sua função, além de outras, a de receber intimação pessoal 
em qualquer processo e grau de jurisdição, através da entrega dos autos com vista. Prevalece o 
entendimento de que a entrega dos autos em setor administrativo do Ministério Público, 
formalizada a carga pelo servidor, configura intimação direta, pessoal, cabendo tomar a data 
em que ocorrida como a da ciência da decisão judicial. 
46. Como será realizada a intimação do defensor dativo? 
A partir da edição da Lei 9.271/96, que incluiu o § 4o ao art. 370 do CPP, os defensores 
nomeados, dentre os quais se inclui o defensor dativo, também passaram a possuir a 
prerrogativa da intimação pessoal. Portanto, na medida em que o defensor dativo faz jus à 
intimação pessoal, há de se considerar inválido o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória se o advogado dativo foi intimado por meio de publicação no Diário de Justiça. 
47. Como será realizada a intimação do defensor constituído, dos advogados do 
querelante e do assistente de acusação? 
A intimação do defensor constituído, dos advogados do querelante e do assistente far-se-á por 
publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, 
independentemente da finalidade da comunicação, que pode variar desde a intimação para 
 
 
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princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
audiências até a ciência de decisões judiciais, é indispensável que conste da publicação no 
órgão próprio o nome do acusado, sob pena de nulidade. 
48. O que ocorrerá com a intimação realizada em face de advogado falecido? 
Caso essa intimação mediante publicação seja feita em nome de advogado falecido, o ato deve 
ser considerado ineficaz, porquanto não é idôneo a produzir o efeito pretendido. Se este 
advogado for o defensor do acusado, há de se concluir pela ausência de defesa, com a 
consequente nulidade absoluta do feito, nos termos da súmula n° 523 do Supremo. 11 No 
entanto, tendo o acusado diversos advogados, constituídos em conjunto, basta que conste o 
nome de apenas um deles na publicação da pauta de julgamento da apelação. O falecimento 
de um dos defensores, justamente aquele em cujo nomeocorrer a publicação, não é capaz de 
anular o julgamento do apelo. 
49. Como será realizada a intimação na hipótese de não existir órgão de publicação dos 
atos judiciais na comarca? 
Na hipótese de não existir órgão de publicação dos atos judiciais na comarca, a intimação far- 
-se-á diretamente pelo escrivão, por mandado, ou via postal com comprovante de 
recebimento, ou por qualquer outro meio idôneo (CPP, art. 370, §2°). Isso significa dizer que 
o Diretor de Secretaria deverá intimar o advogado no próprio cartório. Caso não seja possível, 
deve ser expedido mandado de intimação a ser cumprido por Oficial de Justiça. 
50. Como se faz a contagem de prazo na intimação? 
A súmula n° 710 do STF estabelece que “no processo penal, contam-se os prazos da data da 
intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem”. 
51. É possível a intimação por ocasião da realização de audiência pela prática de ato 
processual futuro? Explique. 
Sim, de acordo com o artigo 372 do CPP, estando todos os interessados na intimação reunidos 
por ocasião da realização de audiência, a prática de ato processual futuro poderá, obviamente, 
ser intimada pessoalmente naquela assentada 
 
 
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Visão: Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em 
princípios éticos e humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição. 
52. O que disciplina a Lei Maria da Penha no tocante à notificação da ofendida? 
A Lei Maria da Penha assegura à mulher o direito de ser notificada de todos os atos 
processuais relativos ao agressor, especialmente dos pertinentes ao ingresso e à saída da 
prisão (art. 21). A Lei n° 11.690/08 estendeu tal previsão aos demais procedimentos do 
processo penal, determinando “a comunicação ao ofendido dos atos processuais relativos ao 
ingresso e à saída do acusado da prisão, bem como da designação de audiência, da sentença e 
dos acórdãos (CPP, art. 201, §2°). Essa comunicação poderá ser feita por meio eletrônico, se 
assim o desejar o ofendido (CPP, art. 201, §3°).

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