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ELEMENTOS DO ESTADO-1.ppt

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CIÊNCIA POLÍTICA E TEORIA GERAL DO ESTADO
O Estado e seus Elementos Constitutivos 
Edivaldo Ferreira Jr
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O Estado e seus Elementos Constitutivos
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“O Estado é um artifício da inteligência humana.”
Burdeau.
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O Estado e seus Elementos Constitutivos
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- INDAGAÇÃO:
O homem se emancipa do Estado?
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 Proteção dos direitos do nascituro, e se prolonga até depois de sua morte, na execução de suas últimas vontades.
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 Art. 2º do Código Civil: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Art. 650 do CPC: Se um dos interessados for nascituro, o quinhão que lhe caberá será reservado em poder do inventariante até o seu nascimento.
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As decisões do Estado obrigam a todos que habitam em seu território.
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 “O Estado assim procede para realizar o bem público, por isso e para isso tem autoridade (direito de mandar e ser obedecido) e dispõe de poder (é a força por meio da qual se obriga alguém a obedecer), cuja manifestação concreta é a força.”Darcy Azambuja.
 
	
 		
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 Conceito:
 Estado (do latim status = estar firme).
O termo Estado apareceu pela primeira vez na Obra “O Príncipe” de Maquiavel, em 1513, na Itália. 
estado – no Brasil – usualmente empregado para representar uma das unidades da Federação.
Estado – unidade do mundo político – personalidade de direito público internacional.
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 Estado (definição):
“O Estado é um povo fixado em um território e organizado sob um poder de império, supremo e originário, para realizar, com ação unitária, os seus próprios fins coletivos.” Oreste Ranelletti.
 Poder de Império = Poder de mando.
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Elementos do Estado: Materiais ou concretos:
- Povo/População;
- Território.
Formal ou abstrato:
- Poder.
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-Elemento humano – População/Povo.
 - População (Demográfico, quantitativo) – brasileiros e estrangeiros em território nacional;
- Povo (jurídicos) - natos e naturalizados = nacional; conj. de cidadãos que votam e podem ser votados
- Nação – cultural.
 IDEAL => POPULAÇÃO=POVO.
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- População – todas as pessoas presentes no território do Estado, incluindo estrangeiros. Dado essencialmente quantitativo, que independe de qualquer laço jurídico de sujeição do poder estatal.
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Povo – vínculo do indivíduo ao Estado através da nacionalidade ou cidadania.
Sentido:
- Político – corpo eleitoral – capacidade decisória;
- Jurídico – “conjunto de indivíduos que pertencem ao Estado, isto é, o conjunto de cidadãos.” Oreste Ranelletti. 
Aplicação universal. Artigo 12, C.F./88;
- Sociológico – equivalência do conceito de povo com o de nação (consciência nacional). Ex: Judeus (Povo e Nação).
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POVO
Compreende-se como POVO o conjunto dos indivíduos que, através de um momento jurídico, se unem para constituir o Estado, estabelecendo com este um vínculo jurídico de caráter permanente, participando da formação da vontade do Estado;
É o conjunto de cidadãos do Estado;
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A cidadania se divide em:
 CIDADANIA (simples) – concedida ao indivíduo que, no momento do seu nascimento, atende aos requisitos fixados pelo Estado para considerar-se integrado nele OU a concedida ao indivíduo que atende a outros pressupostos, que não o nascimento, estabelecidos pelo Estado para a sua aquisição;
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A cidadania se divide em:
 CIDADANIA ATIVA – Quando o Estado estabelece determinadas condições objetivas, cujo atendimento é pressuposto para que o cidadão adquira o direito de participar da formação da vontade do Estado e do exercício da soberania;
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Nação 
É formada pela organização de elementos comuns entre as pessoas, como a língua, a etnia, a moral e a cultura.
A nação é responsável muitas vezes pela formação e manutenção da coesão do Estado.
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Diferença entre Estado e Nação:
 “A nação é uma realidade sociológica; o Estado, uma realidade jurídica. O conceito de nação é essencialmente de ordem subjetiva (moral, cultura...), enquanto o conceito de Estado é necessariamente objetivo.” (Sahid Maluf).
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CARACTERÍSTICAS (Nação):
- conceito variável, conjunto de indivíduos ligados por origens e história comuns, que convivam com objetivos sólidos e com consciência social;
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CARACTERÍSTICAS (Nação):
- não tem significação jurídica e, sim como realidade sociológica;
- sentimento de um grupo de indivíduos unidos pela origem comum, pelos interesses comuns, por ideais e aspirações comuns – denota sentimento de patriotismo.
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TERRITÓRIO.
Elemento geográfico
“Base física e geográfica do Estado.”
“É o espaço dentro do qual é permitido que os atos do Estado, em especial, os seus atos coercitivos, sejam efetuados.” Hans Kelsen.
 
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TERRITÓRIO.
Elemento geográfico
“Área física ou ideal em que o Estado exerce, com exclusividade, seu poder de império ou seu direito de propriedade sobre pessoas e coisas.” Marcus Cláudio Acquaviva.
 
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Não existe Estado sem território;
 A constituição de um Estado integra num conjunto indissociável, entre outros elementos, um território, de que não pode ser privado sob pena de não ser mais Estado;
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Não existe Estado sem território;
A perda temporária do território, entretanto, não desnatura o Estado, que continua a existir enquanto não se tornar definitiva a impossibilidade de se reintegrar o território com os demais elementos;
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Não existe Estado sem território;
As perdas parciais de território também não desnaturam o Estado, não havendo regra quanto ao mínimo de extensão territorial.
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O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado.
- Dentro dos limites territoriais a ordem jurídica do Estado é a mais eficaz, por ser a única dotada de soberania, dependendo dela admitir a aplicação, dentro do âmbito territorial, de normas jurídicas provindas do exterior; (tratados internacionais)
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O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado.
- Há casos, em que certas normas jurídicas do Estado, visando diretamente à situação pessoal dos indivíduos, atuam além dos limites territoriais, embora sem a possibilidade de concretizar qualquer providência externa sem a permissão de outra soberania. 
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Síntese (Dalmo de Abreu Dallari):
1)- não existe Estado sem território;
2)- nos limites territoriais a ordem jurídica do Estado é soberana, dependendo dela admitir a aplicação, dentro do âmbito territorial, de normas jurídicas do exterior;
3)- por ser o limite de atuação soberana do Estado, o território é objeto de direitos.
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PRINCIPIO DA IMPENETRABILIDADE 
- Protege a ordem jurídica estatal, reconhecendo ao Estado o monopólio de ocupação de determinado espaço, sendo impossível que no mesmo lugar e ao mesmo tempo convivam duas ou mais soberanias;
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Limites do Território:
- Competência territorial - é a que o Estado dispõe, relativamente às pessoas que habitam em seu território, as coisas que nele se encontram e a fatos que no mesmo ocorrem.
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REAL
1)- SOLO – superfície da terra (ilhas oceânicas, fluviais ou lacustres);
2)- SUBSOLO – camada do solo abaixo da superfície terrestre, qualquer que seja a profundidade, pertence ao Estado correspondente;
3)- ÁGUAS INTERNAS – rios, lagos, mares internos dentro das fronteiras do Estado;
4)- ÁGUAS LIMÍTROFES – lagos, rios e quaisquer correntes de água que sirvam de limites com outros Estados;
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REAL
5)- ÁGUAS LITORÂNEAS (MAR TERRITORIAL) – águas de faixa costeira que estão sob a soberania dos Estados litorâneos (Lei 8.617/1993).
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REAL
 A Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar – Convenção da Jamaica estabeleceu o regime jurídico relativo a três faixas marítimas: o mar territorial, incluindo
o espaço aéreo sobre, o leito e subsolo do mar territorial; a zona contígua; e a zona econômica exclusiva.
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FAIXAS MARÍTIMAS
1)- zona contígua - é a faixa em que o Estado executa as medidas de fiscalização, policiamento e repressão para evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no seu território ou no seu mar territorial (art. 4º e 5º da lei 8.617/93).
2)- zona econômica exclusiva - é a faixa onde o Estado apenas exerce o monopólio sobre os recursos econômicos existentes como a pesca e outros recursos naturais, sendo a largura desta área de 200 milhas marítimas.
3)- Plataforma Continental - compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas, não obstante as deformidades existentes no solo submarino o Estado. 
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REAL
O Estado exerce soberania em relação à faixa correspondente ao seu mar territorial, bem como em relação ao espaço aéreo sobre o mar territorial e ao leito e subsolo sob o mar territorial.
Em que pese a soberania estatal sobre o mar territorial, a Convenção assegura o direito de passagem inocente, pelo mar territorial aos navios de todos os Estados.
PASSAGEM INOCENTE = PERMISSÃO DE PASSAGEM.
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FICTO:
Privilégio de extraterritorialidade => Imunidade Jurídica => Ordem Jurídica Local.
EMBAIXADAS (Inviolabilidade e Imunidade de Jurisdição Civil e Criminal e isenção fiscal); 
LEGAÇÕES DIPLOMÁTICAS - consulados, órgãos (repartições) que atuam em nível local;
NAVIOS E AVIÕES MILITARES (imunidade em relação ao Estado costeiro e se encontram submetidos à jurisdição do Estado de origem - necessitam de licença especial para navegarem em águas territoriais ou sobrevoarem o espaço aéreo de outro Estado).
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FICTO:
Privilégio de extraterritorialidade => Imunidade Jurídica => Ordem Jurídica Local.
NAVIOS E AVIÕES MERCANTES (em alto-mar e espaço aéreo comum, encontram-se sujeitos à jurisdição de seu Estado Nacional).
 AVIÕES MERCANTES EM TERRITÓRIO ESTRANGEIRO (não possuem o direito de passagem inocente, necessitando, em regra, de autorização para sobrevôo).
 NAVIOS MERCANTES EM TERRITÓRIO ESTRANGEIRO (em território estrangeiro, estão submetidos às leis do Estado costeiro a que corresponde o mar territorial e possuem o direito de passagem inocente). 
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FICTO:
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO:
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
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FICTO:
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO:
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
...
II - os crimes:
...
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
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FINALIDADE E FUNÇÕES DO ESTADO:
O Estado, como sociedade política, tem um fim geral, constituindo-se em MEIO para que os indivíduos e as demais sociedades possam atingir seus respectivos fins particulares.
O FIM DO ESTADO É O BEM COMUM.
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O BEM COMUM deve ser entendido como o conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana (Papa João XXIII).
Tal fim também foi atribuído à sociedade humana no seu todo.
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A diferença fundamental que qualifica a finalidade do Estado é: ESTE BUSCA O BEM COMUM DE UM CERTO POVO, SITUADO EM DETERMINADO TERRITÓRIO.
O desenvolvimento integral da personalidade dos integrantes do seu povo é que deve ser o objetivo do Estado, o que determina uma concepção particular de bem comum para cada Estado, em função das peculiaridades de cada povo.
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PODER (GOVERNO):
É o governo que "dá forma ao Estado" (Legon). É o conjunto de poderes públicos que tem a seu cargo a direção política de um Estado, ou seja, uma definição de governo seria: 
O CONJUNTO DAS FUNÇÕES NECESSÁRIAS À MANUTENÇÃO DA ORDEM JURÍDICA E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
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PODER (GOVERNO):
“Governo é o próprio Estado em funcionamento, é o conjunto dos indivíduos que tem a elevada função de dirigir as coisas públicas.” Pinto Ferreira.
O Professor Sampaio Dória inclui "soberania” como sendo o terceiro elemento estatal, o que na visão de outros autores é um pouco ilógico essa inclusão, pois, soberania é justamente a força geradora e justificadora do elemento governo; é o requisito essencial à independência, tanto na ordem interna como na ordem externa. 
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“Quando vem a soberba, então vem a desonra; mas com os humildes está a sabedoria.”
Provérbios. 11.2. 
 
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