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ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO

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ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO 
SOBERANIA, TERRITÓRIO E POVO 
Dalmo Dallari 
Profa. Ms. Simone Jorge 
SOBERANIA 
Qual a relevância da SOBERANIA nos dias atuais?? 
 - Israel, Cisjordânia e Faixa de Gaza 
 - Síria e Iraque – Estado Islâmico 
 - Nigéria – Boko Haram 
SOBERANIA 
• O conceito de soberania foi claramente afirmado e teoricamente definido desde o século XVI. 
• Uma das bases do Estado moderno e de grande influência prática nos últimos séculos. 
• No Estado da Antiguidade não se encontra qualquer noção que se assemelhe à soberania: faltava ao mundo 
antigo à consciência do conceito de soberania: a oposição entre poder do Estado e outros poderes. 
• No final da Idade Média os monarcas já têm supremacia, ninguém lhes disputa o poder, sua vontade não 
sofre qualquer limitação. 
• Século XVI: Soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma República, palavra que se usa tanto em relação 
aos particulares quanto em relação aos que manipula os negócios de estado de uma República. Expressão 
República equivale ao moderno significado de Estado. 
– Absoluto: a soberania não é limitada nem em poder, nem pelo cargo, nem por tempo certo. 
Nenhuma lei humana, nem do próprio príncipe, nem a de seus predecessores, podem limitar o 
poder soberano. 
• Leis divinas, as únicas limitações do poder soberano. 
– Perpétuo: a soberania não pode ser exercida por um tempo certo de duração 
• (o que significaria que a soberania serias apenas depositário e guarda do poder). 
• Dessa forma, a soberania coloca o seu titular, permanentemente, acima do direito interno e 
o deixa livre para acolher ou não o direito internacional, só desaparecendo o poder 
soberano quando se extinguir o próprio Estado. 
• Revolução Francesa (1789): No combate da burguesia contra a monarquia absoluta, a ideia da soberania 
popular iria exercer grande influência, caminhando no sentido da soberania nacional, concebendo-se a 
nação como o próprio povo numa ordem. 
• No século XX, aperfeiçoada a doutrina jurídica do Estado, a soberania passa a ser indicada como uma de suas 
notas características: teoria jurídica da soberania. Várias posições e pontos de vista para apreender o seu 
conjunto. 
 
• Conceito de Soberania. 
 (Há autores que se referem como um poder do Estado, outros como qualidade do poder Estado). 
 Kelsen (concepção normativista): Soberania é a expressão da unidade de uma ordem (ordem jurídica, 
sistema jurídico). 
• Síntese Dallari: A noção de soberania está sempre ligada a uma concepção de poder, pois mesmo quando 
concebida como o centro unificador de uma ordem está implícita a ideia de poder de unificação. Uma 
evolução do sentido meramente político para uma noção jurídica de soberania. 
• Termos políticos: a soberania expressava a plena eficácia do poder, sendo conceituada como o 
poder incontrastável de querer coercitivamente e de fixar competências. 
• Concepção puramente jurídica: soberania como o poder de decidir em última instância sobre a 
atributividade das normas vale dizer, sobre a eficácia do direito. 
• A soberania é poder jurídico utilizado para fins jurídicos. 
• Todos os atos dos Estados são passíveis de enquadramento jurídico, tem-se como soberano o 
poder que decide qual a regra jurídica aplicável em cada caso, podendo inclusive negar a 
juridicidade da obra. 
• Terceira posição, culturalista: não concorda com a submissão do conceito de soberania aos políticos 
e jurídicos, pois os fenômenos do Estado são, indissoluvelmente, sociais, jurídicos e políticos. 
• Concepção de Miguel Reale: 
 Conceito de soberania como o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro do seu território 
a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência. 
• Assim, a soberania jamais é a simples expressão de um poder de fato, embora não seja integralmente 
submetido ao Direito, encontrando seus limites na exigência de jamais contrariar os fins éticos de 
convivência, compreendidos dentro da noção do bem comum. Dentro desses limites o poder soberano tem 
a faculdade de utilizar a coação para impor suas decisões. 
Características da soberania (Reale): 
• Una: não se admite ao poder do Estado a convivência com duas soberanias (poder de decisão de última 
instância sobre a atributividade das normas é sempre superior a todos os demais que existam no Estado) 
• Indivisível: se aplica à universalidade dos fatos ocorridos no Estado 
• Inalienável: aquele que a detém desaparece quando fica sem ela (seja o povo, a nação ou o Estado) 
• Imprescritível: jamais seria verdadeiramente superior se tivesse um prazo de duração. 
Características da soberania (Zanzucchi): 
• Poder originário (nasce no momento que nasce o Estado) 
• Exclusivo: só o Estado o possui 
• Incondicionado: só encontra limites postos pelo próprio Estado 
• Coativo: o Estado não só ordena como dispõe de meios para fazer cumprir suas ordens. 
Justificação e titularidade da soberania. 
• Teorias teocráticas: todo poder vem de Deus (São Paulo: omins potestas a Deo): direito divino ou 
sobrenatural. 
• Teorias democráticas: a soberania se origina do próprio povo. 
• Objeto e significação da Soberania: os cidadãos do Estado estão sempre sujeitos ao seu poder soberano. 
SOBERANIA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 I - a soberania; 
 II - a cidadania 
 III - a dignidade da pessoa humana; 
 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 V - o pluralismo político. 
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: 
 I - independência nacional; 
 II - prevalência dos direitos humanos; 
 III - autodeterminação dos povos; 
 IV - não-intervenção; 
 V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
 VII - solução pacífica dos conflitos; 
 VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
 IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
 X - concessão de asilo político. 
 Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS 
 Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor 
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
 I - plebiscito; 
 II - referendo; 
 III - iniciativa popular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
 I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
 II - facultativos para: 
 a) os analfabetos; 
 b) os maiores de setenta anos; 
 c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS 
 Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os 
seguintes preceitos: Regulamento 
 I - caráter nacional; 
 II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de 
subordinação a estes; 
 III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
 IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
Subseção II Do Conselho de Defesa Nacional 
 Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos 
relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: 
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA 
 Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,tem por fim 
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
 I - soberania nacional; 
CAPÍTULO VIII DOS ÍNDIOS 
 Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os 
direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer 
respeitar todos os seus bens. 
 § 5º - É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso 
Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do 
País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o 
risco. 
 
TERRITÓRIO 
A noção de território, como componente necessário do Estado, só apareceu com o Estado moderno, embora isso 
não queira dizer que os Estados anteriores não tivessem território. 
• Não havia necessidade de uma clara delimitação territorial; 
• O tipo de relacionamento entre autoridade pública e os particulares não tornava imperativa a definição da 
ordem mais eficaz num determinado território. 
A afirmação da soberania sobre determinado território parece, em princípio, uma diminuição, pois implica que o 
poder será exercido apenas dentro daqueles limites de espaço. 
• Entretanto, foi com essa delimitação que se pôde assegurar a eficácia do poder e a estabilidade da ordem. 
• Conceito de território 
 O território não chega a ser um componente do Estado, mas é o espaço ao qual se circunscreve a validade 
da ordem jurídica estatal. Embora a eficácia de suas normas possa ira além dos limites territoriais, sua validade 
como ordem jurídica estatal depende de um espaço certo, ocupado com exclusividade. 
• Aspectos fundamentais da noção de território: 
 A) Não existe Estado sem território. 
 B) O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado. 
 C) Além de ser elemento constitutivo necessário, o território, sendo o âmbito da ação soberana do Estado, é 
objeto de direitos deste, considerado no seu conjunto. 
EM SUMA: 
 A ordem jurídica estatal, atuando soberanamente em determinado território, está protegida pelo princípio 
da impenetrabilidade. 
 Reconhecimento ao Estado do monopólio de ocupação de determinado espaço. 
• Significância jurídica negativa: exclui outras ordenações e o obriga a agir dentro da ocorrência de certas 
circunstâncias; 
• Significância jurídica positiva: Assegura ao Estado a possibilidade de agir soberanamente no seu campo de 
ação. 
• TERRITÓRIO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 Há diversas menções relacionas às riquezas naturais e atribuição de competências. 
 Destacamos o aspecto constitutivo deste artigo. 
TÍTULO III Da Organização do Estado 
CAPÍTULO I 
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
 § 1º - Brasília é a Capital Federal. 
 § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem será regulada em lei complementar. 
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei. 
POVO 
O termo povo está entre aqueles que, pelo uso indiscriminado e excessivo, acabaram por tornarem-se equívocos. 
• Difere de população, que é mera expressão numérica, demográfica ou econômica. 
• Difere de nação. Referente à nacionalidade, e que indica que alguém é membro de uma nação, composta 
por uma comunhão formada por laços históricos e culturais. 
• Revela o vínculo jurídico entre a pessoa e o Estado. Nasce da necessidade de disciplinar juridicamente a 
presença de alguém em algum lugar. 
• Durante a primeira fase do Estado Moderno, enquanto prevaleceu a monarquia absoluta, foi se 
generalizando, sobretudo na França, a designação cidadão, o que iria influir para que o conceito de povo se 
ampliasse. 
• No Estado Moderno todo indivíduo submetido a ele é, por isso mesmo, reconhecido como pessoa. E aqueles 
que, estando submetidos ao Estado, participam ao mesmo tempo da sua constituição exercem funções 
como sujeitos, sendo, pois, titulares de direitos públicos subjetivos. 
• O Direito Subjetivo se caracteriza por ser um atributo da pessoa. Este faz dos seus sujeitos titulares de 
poderes, obrigações e faculdades estabelecidos pela lei. ”Em outras palavras o direito subjetivo é um poder 
ou domínio da vontade do homem, juridicamente protegida. É uma capacidade própria e de competência de 
terceiros.” 
• 1. Direitos Subjetivos Públicos – O direito subjetivo público divide-se em direito de liberdade, de 
ação, de petição e direitos políticos. Em relação ao direito de liberdade, na legislação brasileira, como 
proteção fundamental, há os seguintes dispositivos: 
• Exemplo: Art. 5º, inciso LXXIII CF- qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que 
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada 
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
• Conceito de POVO adotado por Dallari 
 O povo é o elemento que dá condições ao Estado para formar e externar uma vontade (ver exemplo de 
vontade no próximo slide). Deve-se compreender como povo o conjunto de indivíduos que, através de um momento 
jurídico (exemplo, promulgação da Constituição de 1988), se unem para constituir o Estado, estabelecendo com este 
um vínculo jurídico de caráter permanente, participando da formação da vontade do Estado e do exercício do poder 
soberano. 
• Constituição Federal 
 Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
 II - garantir o desenvolvimento nacional; 
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
 IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação. 
Prossegue o conceito de POVO: 
• Todos os que se integram no Estado, através da vinculação jurídica permanente, fixada no momento jurídico 
da unificação e constituição do Estado, adquirem a condição de cidadãos, podendo-se, assim, conceituar o 
povo como o conjunto de cidadãos do Estado. 
• O indivíduo que no momento mesmo do seu nascimento atende aos requisitos fixados pelo Estado para 
considerar-se integrante nele, é, desde logo, considerado cidadão. 
• A aquisição da cidadania depende sempre das condições fixadas pelo próprio Estado, podendo 
ocorrer com o simples nascimento ou pelo atendimento de certos pressupostos que o próprio 
Estado estabelece. 
• Pode ocorrer que o cidadão deixando de atender os requisitos mínimos venha a perder a cidadania, 
ato de extrema gravidade. 
• POVO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 PREÂMBULO 
 Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um 
Estado Democrático, (...) 
TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais 
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democráticode Direito e tem como fundamentos: 
 I - a soberania; 
 II - a cidadania 
 III - a dignidade da pessoa humana; 
 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 V - o pluralismo político. 
CAPÍTULO III 
DA NACIONALIDADE 
 Art. 12. São brasileiros: 
 I - natos: 
 a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não 
estejam a serviço de seu país; 
 b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço 
da República Federativa do Brasil; 
 c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em 
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer 
tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
54, de 2007) 
II - naturalizados: 
 a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; 
 b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze 
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão 
atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
 § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos 
nesta Constituição. 
 (...) 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
 I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; 
 II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, 
de 1994) 
 a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 3, de 1994) 
 b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, 
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em 
cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
 Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 (...) 
 XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
FINALIDADE E FUNÇÕES DO ESTADO 
• Fins objetivos. A questão dos fins objetivos prende-se à indagação sobre o papel representado pelo Estado 
no desenvolvimento da história da Humanidade. Para uns, existem fins universais objetivos, ou seja, fins 
comuns a todos os Estados de todos os tempos. 
• Fins subjetivos. Para os que atêm aos fins subjetivos o que importa é o encontro da relação entre os Estados 
e os fins individuais. O Estado é sempre uma unidade de fim, ou seja, é uma unidade conseguida pelo desejo 
de realização de inúmeros fins particulares, sendo importante localizar os fins que conduzem à unificação. 
• Segundo o ponto de vista do relacionamento do Estado com os indivíduos, e estreitamento vinculado à 
amplitude das funções do Estado, há outra ordem de teorias, que, preconizando certo comportamento do 
Estado em função dos objetivos a atingir propõe fins expansivos, fins limitados e fins relativos. 
• Fins expansivos. A ideia do Estado do bem – estar é uma das expressões dessa linha de pensamento, 
sustentando que a consecução de uma situação material bem favorável dará aos homens plena satisfação, 
desaparecendo todas as necessidades. 
• Fins limitados. Alguns dão ao Estado a função exclusiva de preservação da segurança, daí derivando a 
expressão Estado-polícia, para indicar que o Estado só deveria agir para proteger a segurança aos indivíduos, 
nos casos de ameaça externa ou grave perturbação interna. Estado liberal. 
• Fins relativos. Os adeptos dos fins relativos não podem ser considerados ecléticos, que proponham um 
meio-termo reduzindo quantitativamente a expansão ou a limitação. Na verdade, trata-se de uma nova 
posição, que leva em conta a necessidade de uma atitude nova dos indivíduos no seu relacionamento 
recíproco, bem como nas relações entre o Estado e os indivíduos. Garantir a igualdade de todos os 
indivíduos nas condições inicias da vida social. 
• Em síntese: O Estado, como sociedade política, tem um fim geral, constituindo-se em meio para que os 
indivíduos e as demais sociedades possam atingir seus respectivos fins particulares. 
• O Estado busca o bem comum de um certo povo, situado em determinado território. Assim, pois, o 
desenvolvimento integral da personalidade dos integrantes desse povo é que deve ser o seu objetivo, o que 
determina uma concepção particular de bem comum para cada Estado, em função das peculiaridades de 
cada povo. 
O PODER DO ESTADO 
• O problema do poder, para muitos autores, é o tema central da Teoria Geral do Estado, havendo mesmo 
quem sustente que o Estado não só tem um poder, mas é um poder. 
• Para a maior parte dos autores o poder é um elemento essencial ou uma nota característica do Estado. 
Sendo o Estado uma sociedade, não pode existir sem um poder, tendo este na sociedade estatal certas 
peculiaridades que o qualificam, das quais a mais importante é a soberania. 
• Enquanto uma corrente doutrinária pretende caracteriza o pode do Estado como poder político, 
incondicionado e preocupado em assegurar sua eficácia, sem qualquer limitação, uma diretriz oposta 
qualifica-o como poder jurídico, nascido do direito e exercido exclusivamente para a consecução de fins 
jurídicos. 
• Para Miguel Reale – organizar-se, portanto, é constituir-se com um poder, assinalando que, assim como não 
há organização sem presença do direito, não há poder que não seja jurídico, ou seja, não há poder 
insuscetível de qualificação jurídica. Isso não quer dizer que o poder esteja totalmente situado no âmbito do 
direito, pois na verdade o poder nunca deixa de ser substancialmente político. 
• Mesmo que o poder se apresente com a aparência de mero poder político, procurando ser eficaz na 
consecução de objetivos sociais, sem preocupação com o direito, ele já participa, ainda que em grau mínimo, 
da natureza jurídica. E mesmo quando tiver atingido o grau máximo de juridicidade, tendo sua legitimidade 
reconhecida pela ordem jurídica e objetivando fins jurídicos, ele continuará a ser, igualmente, poder político, 
capaz de agir com plena eficácia e independência para a consecução de objetivos não jurídicos. 
CONCEITO DE ESTADO 
• Tendo em conta a possibilidade e a conveniência de acentuar o componente jurídico do Estado, sem perder 
de vista a presença necessária dos fatores não jurídicos, parece-nos que se poderá conceituar o Estado como 
ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território. 
• Nesse conceito se acham presentes todos os elementos que compõem o Estado, e só esses elementos. A 
noção de poder está implícita na de soberania, que, no entanto, é referida como característica da própria 
ordem jurídica. A politicidade do Estado é afirmada na referência expressa ao bem comum, com a vinculação 
deste a um certo povo, e, finalmente, a territoriedade, limitadora da ação jurídica e política do Estado, está 
presente na menção a determinado território.