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7. DIREITOS DE NACIONALIDADE

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ATUALIZAÇÃO ATÉ 07.09.16
DIREITO DE NACIONALIDADE[1: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2016/05/info-822-stf.pdf -ver quadro de resumo – Pág 3][1: Este material foi produzido pelos coaches com base em anotações pessoais de aulas, referências e trechos de doutrina, informativos de jurisprudência, enunciados de súmulas, artigos de lei, anotações oriundas de questões, entre outros, além de estar em constante processo de atualização legislativa e jurisprudencial pela equipe do Ciclos R3.]
1. Constituição Federal
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 1º   Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.
2. Espécies de nacionalidade
a) NACIONALIDADE PRIMÁRIA (art. 12, I)
Adquirida através do nascimento, independentemente da vontade. São os brasileiro natos. A CF adota o critério territorial e sanguíneo. Só não reconhece a pai E mãe estrangeiros a serviço do país. Critério sanguíneo – pai brasileiro ou mãe brasileira quando qualquer deles esteja a serviço do Brasil. Mesmo que não se encaixem nesse caso, podem ser registrados no Consulado ou venham residir no Brasil e optem, após a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Todos esses serão brasileiros natos.Segundoo critério do iussolis: do simples nascimento da pessoa em território nacional, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de outro Estado (letra "a" do inciso 1 do art. 12).
b) NACIONALIDADE SECUNDÁRIA (art. 12, II) 
A pessoa adquire a nacionalidade por ato de vontade. 
Naturalização tácita ou grande naturalização – mesmo que uma pessoa não manifeste expressamente a vontade de adquirir a nacionalidade brasileira. A nossa CF 88 não contempla nenhuma hipótese de naturalização tácita. Em 1824 portugueses que aqui residiam – possibilidade. A CF 1891 – qualquer estrangeiro que residisse no Brasil. O objetivo era povoar o Estado.
Naturalização expressa – na CF/88 há duas espécies:
(1) Ordinária (art.12, II, (a) naforma da Lei 6.815/8o (arts. 111 e ss.), para aqueles que reúnem capacidade civil, segundo a lei brasileira, registro permanente, residência contínua pelo prazo mínimo de quatro anos, e que saibam ler e escrever a língua portuguesa, entre outros requisitos; ou (b) aos procedentes de países de língua portuguesa, aos quais seexigem somente a residência por um ano no país e idoneidade moral (art. 12, li, "a", in fine, da CF/88).
(2) Extraordinária (art. 12, II, b)- (a) aosestrangeiros residentes no país há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram (art. 12, li, "b", da CF/88); (b) por radicação precoce, ao estrangeiro admitido no país até os cinco anos de idade, se vier a requerer até dois anos depois de atingida a maioridade civil (§ 2°, inc. 1, do art. 115 da Lei 6.815/80); ou (c) após conclusão do curso superior, ao estrangeiro que se mudou para o país antes da maioridade, desde que a requeira em até um ano após a conclusão do curso (§ 2°, inc. li, do art. 115 da Lei 6.815/80).
É possível conceder extradição para brasileiro naturalizado envolvido em tráfico de droga (art. 5º, LI, da CF/88). STF. 1ª Turma. Ext 1244/República Francesa, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 9/8/2016 (Info 834)
3. Perda da nacionalidade 
Cancelamento da nacionalidade (derivada):
Por meio de sentença judicial, em razão de atividade nociva ao interesse nacional em ação da legitimidade ativa do MPF (art. 6°, IX, da LC 75/93) e competência da Justiça Federal.
Perda da nacionalidade propriamente dita:
Incide em relação à nacionalidade tanto originária quanto derivada. Ocorre por força de decreto presidencial, nos casos de aquisição de outra nacionalidade, na forma do art. 23 da Lei 818/49.
Atenção: o art.12, § 4°, inciso li, da Constituição veda a perda da nacionalidade brasileira nas hipóteses: (a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira, o que torna a pessoa polipátrida; e (b) de imposição de naturalização ao brasileiro como condição para a permanência em território estrangeiro ou para o exercício de direitos civis por parte de outros Estados.
Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o green card decidir adquirir a nacionalidade norte-americana, ele irá perder a nacionalidade brasileira. Não se pode afirmar que a presente situação se enquadre na exceção prevista na alínea “b” do § 4º do art. 12 da CF/88. Isso porque, como ele já tinha o green card, não havia necessidade de ter adquirido a nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou para o exercício de direitos civis. O estrangeiro titular de green card já pode morar e trabalhar livremente nos EUA. Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por livre e espontânea vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e garantias inerentes ao brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o Brasil, poderá ser extraditado sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. STF. 1ª Turma. MS 33864/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 19/4/2016 (Info 822).
c) Nulidade da aquisição da nacionalidade:
Aplica-se só aos casos de nacionalidade derivada. Decorre de decisão proferida emprocesso administrativo, a cargo do Ministério da Justiça, após comprovada, a qualquer tempo, a falsidade ideológica ou material dos documentos utilizados no processo de naturalização (art. 112, §§ 2° e 3°, da Lei 6.815).
CICLOS R3 – G8 – MATERIAL JURÍDICO

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