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7 NACIONALIDADE

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1
DIREITO
CONSTITUCIONAL
NACIONALIDADE
Por Bruna Daronch
2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2 ESPÉCIES DE NACIONALIDADE...........................................................................7
3 BRASILEIROS NATOS........................................................................................8
4 BRASILEIROS NATURALIZADOS........................................................................11
5 SITUAÇÃO DOS PORTUGUESES: “quase nacionais”...........................................18
6 DIFERENÇAS ENTRE NATOS E NATURALIZADOS................................................20
7 PERDA DA NACIONALIDADE.............................................................................22
8 DISPOSITIVOS PARA O CICLO DE LEGISLAÇÃO..................................................29
9 BIBLIOGRAFIA INDICADA.................................................................................30
3
ATUALIZADO EM 27/02/20181
Caros alunos Ciclos, a FUC sobre Nacionalidade está totalmente atualizada com a nova
Lei de Migrações (Lei 13.445/2017). 
#SELIGA: Em quase todos os tópicos de substanciais mudanças, colocamos #TABELAS
comparando os institutos/requisitos para ressaltar as principais novidades da nova legislação e
o Estatuto do Estrangeiro, que foi integralmente revogado.
NACIONALIDADE
1 INTRODUÇÃO
- Nacionalidade - vínculo jurídico-político que liga o indivíduo ao Estado, fazendo dele um
componente do POVO (NACIONAIS DE UM PAÍS).
#DOUTRINA: Gilmar Ferreira Mendes conceitua nacionalidade como vínculo político e pessoal
que se estabelece entre o Estado e o indivíduo, fazendo com que este integre uma dada
comunidade política, o que faz com que o Estado distinga o nacional do estrangeiro
para diversos fins. Afirma, ainda, que o conceito de nacionalidade associa-se ao ser
humano. Somente por extensão pode-se cogitar de nacionalidade de pessoas jurídicas,
empresas ou coisas. A Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948 e a Convenção
Americana de São José da Costa Rica estabelecem que a pessoa tem direito à nacionalidade
do Estado em que tiver nascido, na falta de outra. Busca-se, portanto, evitar a situação dos
apátridas.
Qual a natureza jurídica da nacionalidade? É ponto de divergência doutrinária a natureza
jurídica da nacionalidade. Dentre elas, pode-se destacar: a contratual, a de vínculo jurídico e a
de vínculo político. A corrente contratualista sustenta ser a nacionalidade um contrato entre o
1 As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um
canal aberto de diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde
críticas, sugestões e equívocos, porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1.
Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do material e o número da página para melhor
identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas jurídicas acerca do
conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados. 
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indivíduo e o Estado, do qual resultariam direitos e deveres para os contratantes. Esta teoria é
insuficiente para explicar o fenômeno da nacionalidade, uma vez que o recém-nascido
também a possui, mesmo não podendo concluir um contrato, pois este pressupõe
manifestação de vontade. Entretanto, pode-se considerá-la como sendo ao mesmo tempo um
vínculo jurídico e político que une o indivíduo ao Estado, uma vez que dá a ele direitos
e deveres de um modo geral e, em especial, direitos políticos.
- Apesar de nacionalidade derivar de natio (nação), o conceito de nacional não é ligado a
nação, mas ao povo (conceito mais amplo). Quando se fala em nação, a nação pressupõe
um vínculo entre as pessoas, ou de origem histórica, ou de origem cultural, ou de língua. As
pessoas têm características em comum. O povo é um conceito mais amplo. No Canadá, por
exemplo, alguns são mais ligados ao povo francês, outros são mais ligados ao povo inglês. A
palavra povo abrange os nacionais de um país.
- Povo - conjunto de pessoas que fazem parte do Estado (elemento humano), unido ao Estado
pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade. O povo é a dimensão pessoal do fenômeno
estatal.
Povo brasileiro = brasileiros natos + naturalizados.
- População - conjunto de residentes no território, sejam eles nacionais ou estrangeiros, ou,
ainda, apátridas. 
POVO POPULAÇÃO
Conceito político e jurídico Conceito estatístico
Inclui apenas os nacionais Inclui nacionais e estrangeiros
Inclui os nacionais no exterior Inclui pessoas apenas de passagem
pelo país
Brasileiros natos e
naturalizados
Inclui todo mundo: brasileiros,
estrangeiros, apátridas, pessoas de
passagem
#NÃOCONFUNDIR:
INDIVÍDU
O
ESTAD
O
NACIONALID
ADE
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Povo População Nação Cidadania
Conjunto de
pessoas (elemento
humano do
Estado) unidas
pelo vínculo da
nacionalidade.
Conjunto de
habitantes de um
território, podendo
ser nacionais ou
estrangeiros.
Agrupamento
humano ligados
por laços
históricos,
culturais,
econômicos e
linguísticos.
Possui como
pressuposto a
nacionalidade,
caracterizando-se
como titularidades
de direitos
políticos de votar e
ser votado.
#DOUTRINA: Nacionalidade é um conceito mais amplo que o de cidadania. Por conseguinte,
pressupõe-se que todo cidadão brasileiro é titular da nacionalidade brasileira, seja ela
primária ou secundária. Nacionalidade  direitos políticos  cidadania. 
#SELIGA: O exercício de DIREITOS POLÍTICOS possui como pressuposto a
nacionalidade, seja ela originária ou derivada.
#CONCLUSÃO: O cidadão é o nacional (brasileiro nato ou naturalizado) no gozo dos direitos
políticos.
- A nacionalidade é regulamentada pelo direito interno (caráter estritamente soberano
da concessão da nacionalidade). Algumas regras gerais sobre a nacionalidade:
a) Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade (considerado um direito humano).
Evita-se a figura do apátrida (ou HEIMATLOS, expressão alemã que significa sem pátria
ou apátrida).
b) Toda pessoa deveria ter apenas uma nacionalidade. Isso evitaria os conflitos da polipatridia
(repulsa histórica do DIP à polipatridia, embora ainda exista).
c) Toda pessoa tem direito a mudar de nacionalidade, direito que está sujeito às regras
estabelecidas pelos entes estatais envolvidos. 
d)Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade (art. XV da DUDH). A
pessoa pode perder sua nacionalidade, desde que a partir de regras previamente
estabelecidas e compatíveis com as normas internacionais de direitos humanos e com o
Estado de Direito. Ex: art. 15 da CF.
e) A nacionalidade deve ser efetiva, ou seja, fundamentada em laços sociais consistentes
entre o indivíduo e o Estado. Busca-se evitar que a nacionalidade seja concedida em bases
meramente mercantilistas ou fictícias. 
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f) A nacionalidade da mulher não se relaciona com a do marido. 
g) Os filhos de agentes de Estados estrangeiros herdam a nacionalidade dos pais, não importa
onde nasçam. 
h) É proibido o banimento: o Estado não deve expulsar ou deportar o nacional de
seu próprio território (art. 5º, XLVII, d). Por outro lado, o Estado sempre deve receber os
detentoresde sua nacionalidade quando venham do exterior, inclusive quando expulsos ou
deportados de Estado estrangeiro (lembrar também da figura do refugiado).
#DOUTRINA #OLHAOGANCHO 
- Apesar de a concessão de nacionalidade ser em grande parte fruto da discricionariedade dos
Estados, A SUA PERDA DEVE SE DAR EM VIRTUDE DE DETERMINADAS DISPOSIÇÕES LEGAIS OU
MESMO CONSTITUCIONAIS. Um Estado não pode arbitrariamente privar o indivíduo de sua
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. 
- A Convenção de Haia determina que um Estado não pode exercer sua proteção diplomática
em proveito de um seu nacional contra outro Estado de que o mesmo seja também nacional.
Dispõe também que, em um terceiro Estado, o indivíduo que possua várias
nacionalidades deverá ser tratado como se tivesse só uma, podendo esse terceiro
Estado reconhecer, dentre as alternativas existentes, apenas a nacionalidade do país no qual
ele tenha sua residência habitual e principal ou a do país ao qual, segundo as circunstâncias, o
estrangeiro pareça mais ligado, ou seja, a nacionalidade mais efetiva. 
- O ordenamento brasileiro não comporta nenhuma possibilidade de admissão da
apatridia, embora contemple hipóteses de perda da nacionalidade brasileira (art. 15, CF),
que podem levar à apatridia. 
- O Brasil admite a polipatridia, mas não expressamente. É que o brasileiro perde a
nacionalidade quando adquire outra, salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira e de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território
ou para o exercício de direitos civis. Nesses casos, o sujeito terá a nacionalidade brasileira +
outra nacionalidade (polipatridia). 
#EXEMPLIFICACOACH: Cláudio, súdito do Estado A, estabeleceu seus negócios no Estado B,
onde constituiu vasto patrimônio. Anos depois, correndo risco de se ver expropriado de seus
bens pelo governo do Estado B e sem poder contar, por motivos históricos adversos, com a
proteção diplomática de seu Estado pátrio, Cláudio emigrou para o Estado C, onde requereu
imediatamente a sua naturalização, para receber a proteção diplomática, necessária para
iniciar procedimento na CIJ contra o Estado B. Nessa situação, compete à CIJ, como
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pressuposto ao exame da proteção diplomática outorgada, deliberar acerca da
efetividade internacional do ato de naturalização de Cláudio, embora tenha sido
este realizado no âmbito da soberania nacional do Estado C. Atenção: a assertiva traz
a descrição dos fatos ocorridos no caso nottebohm, no qual a CIJ decidiu que, para fins de
outorga de proteção diplomática, a nacionalidade deve ser efetiva e contínua, o que não
se configurava no caso. 
- Na hipótese de dupla nacionalidade, qualquer um dos Estados pode, em regra, exercer
proteção diplomática em favor do indivíduo. Entretanto, NÃO É ADMITIDO O ENDOSSO NOS
CASOS DE RECLAMAÇÃO FEITA PELO INDIVÍDUO CONTRA O SEU OUTRO ESTADO PATRIAL. A
jurisprudência internacional reconheceu essa exceção em 1912, no caso Canevaro, relativo a
um binacional italiano iure sanguinis e peruano iuresolis que tem suas propriedades
expropriadas pelo governo peruano e busca proteção diplomática pela Itália. 
2 ESPÉCIES DE NACIONALIDADE
1. Nacionalidade originária; primária; de origem; involuntária; de 1º grau, nata -
brasileiros NATOS.
- A nacionalidade originária não é adquirida por um ato de vontade (imposta de maneira
unilateral), mas pelo nascimento (fato natural). 
Existem dois critérios para a atribuição da nacionalidade originária: jus soli (critério
territorial) e jus sanguinis (critério sanguíneo). Cada Estado escolhe o seu critério
(soberania).
#IMPORTANTE: O Brasil utiliza o CRITÉRIO MISTO. O critério territorial (jus soli) não
depende de mais nada: é brasileiro se nasceu no território brasileiro. Já o critério sanguíneo
depende de outro fator, ele sozinho não é capaz de conferir nacionalidade à pessoa. 
2. Nacionalidade secundária ; adquirida ; voluntária ; por aquisição ; de 2ª grau ;
por naturalização - brasileiros NATURALIZADOS.
- A nacionalidade secundária é atribuída por fato posterior ao nascimento, normalmente
em decorrência da manifestação de vontade do Estado em conceder sua nacionalidade e, em
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regra, da vontade do indivíduo em adquiri-la. Essa nacionalidade pode ser requerida tanto por
estrangeiros quanto pelos heimatlos (apátridas).
- O critério de aquisição da nacionalidade secundária por excelência é a
naturalização. Na prática internacional existem outros critérios, como o casamento, o
vínculo funcional e a vontade da lei (naturalização unilateral). 
#ATENÇÃO: o brasil não adota o casamento como critério de atribuição da
nacionalidade secundária. Entretanto, o estrangeiro casado com cônjuge brasileiro pode
fazer jus à redução do prazo mínimo de residência no brasil para obter a naturalização,
que pode passar de 4 para apenas 1 ano ou, no caso de cônjuges de diplomatas, para
apenas 30 dias de permanência no país. 
- A nacionalização unilateral ocorreu com a Constituição de 1891. 
- Os JUÍZES FEDERAIS são competentes para processar e julgar as causas referentes
à NACIONALIDADE. Eventuais recursos deverão ser apreciados pelos TRFs. 
Essa nacionalidade secundária pode ser dividida em:
a) Ordinária: Não cria direito público subjetivo; por mais que o naturalizando preencha os
requisitos, o ato é discricionário, a concessão da nacionalidade é ato de soberania do Estado,
dependendo de oportunidade e conveniência políticas. Esta nacionalidade pode ser adquirida
por: a) todos os estrangeiros (menos os originários de países de língua portuguesa); b) todos
os originários de países de língua portuguesa (menos os portugueses); c) portugueses; d)
legais (Lei de Migração).
b) Extraordinária: Cria direito público subjetivo para o naturalizando. Se ele preencher os
requisitos, terá direito à naturalização, bastando ela pedir.
 
#CONCEITOS:
 - Critério JUS SANGUINIS: O que interessa para a aquisição da nacionalidade é o sangue, a
filiação, a ascendência, pouco importando o local onde o indivíduo nasceu.
 - Critério JUS SOLI ou da territorialidade: Nesse critério, o que importa para a definição e
aquisição da nacionalidade é o local de nascimento, e não a descendência. 
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3 BRASILEIROS NATOS
a) JUS SOLI - os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros,
desde que estes não estejam a serviço de seu país.
- Pais a serviço de seu país = nacionalidade dos pais. Exemplo: um diplomata alemão vem ao
Brasil com sua esposa (ela não precisa estar a serviço do país). O filho será alemão nato, não
brasileiro. 
- E se um dos pais está a serviço e outro não? Exemplo: um cônsul italiano vem ao Brasil e se
casa com uma chilena que trabalha na iniciativa privada (não está a serviço). O filho será
tanto italiano nato quanto brasileiro nato. Por que? A mãe não está a serviço do Chile. Para
que a criança não adquira a nacionalidade brasileira, mesmo nascendo no Brasil, é
necessário que ambos os pais estejam a serviço de seu país ou que um deles esteja
apenas acompanhando o outro. 
- Caso o estrangeiro esteja a serviço de outro país (ex.: austríaco a serviço da
França), o filho nascido no Brasil será brasileiro.
#ATENÇÃO: Hans nasceu em território brasileiro, masseu pai, acompanhado da sua mãe, é
cônsul da República da Gemênia no Brasil. Nesse caso, Hans terá nacionalidade gemênica. 
Serão considerados nascidos no Brasil os nascidos em navios de bandeira brasileira
somente quando trafeguem por espaços neutros, e não onde quer que se encontrem,
pois se estiverem no espaço soberano de outro Estado, terão então a nacionalidade deste
local. 
b) JUS SANGUINIS + CRITÉRIO FUNCIONAL - os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro
ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do
Brasil.
- Serviço público é o prestado a qualquer um dos entes (U, E, DF, M), independente de sua
natureza.
- Aqui, basta o pai ou a mãe. Não precisa ser os dois. É o contrário da hipótese anterior. O
pai é brasileiro, está a serviço do Brasil, e a criança nasce no estrangeiro. O filho será
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brasileiro nato. Da mesma forma que o nosso OJ não reconhece a nacionalidade quando os
dois pais estão a serviço de seu país (ex.: cônsul italiano e companheira), o filho do brasileiro
a serviço no exterior será brasileiro. E se o pai brasileiro for casado com uma italiana? O filho
terá a nacionalidade brasileira e italiana. Basta que o pai esteja a serviço do país. 
- A aquisição da nacionalidade, nessa hipótese, independe de formalidades. 
c) JUS SANGUINIS + REGISTRO - os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe
brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente[...]. 
- Preceito incluído pela EC 54/07, adotando o critério do ius sanguinis somado a um requisito
específico: a necessidade de registro em repartição brasileira competente (Embaixada ou
Consulado), independentemente de qualquer outro procedimento subsequente, além do
registro, para confirmar a nacionalidade.
d) JUS SANGUINIS + RESIDÊNCIA + OPÇÃO [...]OU venham a residir no Brasil e
optem, em qualquer tempo, DEPOIS DE ATINGIDA A MAIORIDADE, pela
nacionalidade brasileira.
- Preceito incluído pela EC 54.
- A adoção pode ser utilizada como critério para a atribuição da nacionalidade
originária. 
- E se a criança vier ao Brasil com menos de 18 anos? Nesse caso ela não teria capacidade pra
manifestar sua vontade. O STF entende que como essa opção só pode ser feita após a
maioridade, filho de brasileiro(a) que vem residir no Brasil antes dos 18 anos adquire a
nacionalidade brasileira automaticamente. Quando atinge a maioridade, a nacionalidade
fica suspensa. Até os 18 é automático, depois de 18 suspende até a opção
confirmativa. Se não optar, não é mais brasileiro nato. Se optar, é brasileiro nato. É a
nacionalidade provisória até os 18 anos.
* #NOVIDADELEGISLATIVA: O filho de pai ou de mãe brasileiro nascido no exterior e que
não tenha sido registrado em repartição consular poderá, a qualquer tempo, promover ação
de opção de nacionalidade. O órgão de registro deve informar periodicamente à autoridade
competente os dados relativos à opção de nacionalidade, conforme regulamento.
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#CONCURSOSFEDERAIS: O pedido de opção pela nacionalidade brasileira deve ser
apresentado à Justiça Federal. Segundo o Des. Francisco Wildo, está previsto no artigo 4º da
Lei n. 818/1949, cujos dispositivos devem ser adaptados à disciplina constitucional atual e
complementados com dispositivos da Lei 6.015/73 (Lei de Registros Públicos), com os
seguintes destaques: a) autuada a petição inicial, instruída com a documentação necessária, o
órgão do Ministério Público Federal será ouvido no prazo de cinco dias; b) provados os
requisitos constitucionais, o juiz homologará a opção por sentença; c) transitada em julgado a
sentença homologatória, convém entregar os autos ao requerente para facilitar a inscrição da
opção no registro civil de pessoas naturais. A decisão do juiz que determina a realização do
registro não mais está sujeita ao duplo grau de jurisdição e tem efeito extunc.
#ATENÇÃO: Helen, com 17 anos, nasceu na Gemênia e é filha de pais brasileiros, sendo que
nenhum deles esteve na Gemênia a serviço da República Federativa do Brasil. Nesse caso,
Helen poderá ser considerada brasileira nata, mas só poderá fazer essa opção após atingir a
maioridade, e não com 17 anos. 
- O indivíduo que fizer pedido de opção da nacionalidade brasileira após a prática de
um delito no exterior não será extraditado! Entretanto, o STF também admite que o
processo de extradição seja suspenso enquanto tramita o pedido de opção da
nacionalidade brasileira. Afinal, se o indivíduo for brasileiro nato (em razão da opção), ele
não poderá ser extraditado.
#APROFUNDAMENTO: O que se entende por nacionalidade potestativa? É aquela
prevista no art. 12, inciso I, alínea “c”, da CF. Atualmente os requisitos são: Nascidos de pai
brasileiro ou mãe brasileira; Que nenhum dos pais estivesse a serviço do Brasil; Inocorrência
do registro na repartição competente; Fixação de residência a qualquer tempo; Realização da
opção, após a maioridade, a qualquer tempo. No momento em que o filho de pai brasileiro
e/ou mãe brasileira, que não estivessem a serviço do Brasil, nascido no estrangeiro, fixasse
residência no Brasil, adquiriria a nacionalidade provisória, que seria confirmada com a opção
feita perante a Justiça Federal, a partir da maioridade. Como a realização da opção exige
plena capacidade de manifestação de vontade, se a fixação de residência em território
nacional ocorrer antes da maioridade, passará a ser considerado brasileiro nato, porém sujeita
essa nacionalidade a manifestação da vontade do interessado, mediante a opção, depois de
atingida a maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não manifestada a opção, esta passa
a constituir-se em condição suspensiva da nacionalidade brasileira.
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#IMPORTANTE: Durante o período de fixação da residência até atingir a maioridade civil,
todos os direitos inerentes à nacionalidade poderão ser exercidos, pois a aludida condição
suspensiva só vigorará a partir da maioridade. Também por este motivo que Gilmar Ferreira
Mendes afirma que, pendente a nacionalidade brasileira do extraditando da homologaçãojudicial ex tunc da opção, já manifestada, suspende-se o processo de extradição.
#DOUTRINA: Gilmar Ferreira Mendes destaca que o texto constitucional não cuidou das
questões atinentes à nacionalidade nos espaços hídricos, aéreos ou terrestres não submetidos
à soberania de um Estado. Assim, adota-se a posição de Pontes de Miranda que considera
brasileiros natos os nascidos a bordo de navios ou aeronave de bandeira brasileira quando
estiverem em espaço neutro.
4 BRASILEIROS NATURALIZADOS
- A naturalização pode ser tácita ou expressa. A CF não prevê a naturalização tácita,
como aconteceu com a Constituição de 1824 e 1891 (todos aqueles que estavam no território
brasileiro e não optaram por manter a nacionalidade de origem foram automaticamente
considerados brasileiros).
- A CF somente estabeleceu a naturalização EXPRESSA, que está prevista no inciso II.
Duas possibilidades:
a) Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade
moral = naturalização ordinária.
- “Na forma da lei”: reportava-se ao Estatuto do Estrangeiro. Hoje, aplica-se a Lei de
Migração (veja as novidades abaixo).
- A naturalização é faculdade exclusiva do poder executivo e far-se-á mediante portaria
do ministro da justiça, com efeitos retroativos à data do requerimento. (STF, Inf. 689).
- A portaria de naturalização do Ministro da Justiça gerará a emissão, pelo Ministério da Justiça,
de certificado de naturalização, o qual será solenemente entregue pelo juiz federal da
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cidade onde tenha domicílio o interessado. A naturalização só gera efeitos com a
entrega solene. 
#ATENÇÃO: No interregno entre a publicação da portaria de naturalização no Diário Oficial e
a entrega solene do certificado pelo juiz federal ao naturalizando, não estará este investido na
condição de brasileiro naturalizado, sujeitando-se, portanto, ao processo extradicional, de
acordo com sua nacionalidade originária. O status de brasileiro naturalizado, para fins
de extradição, só passa a ser considerado após a entrega solene ao naturalizado,
pela Justiça Federal, do certificado de naturalização. Contudo, a extradição fica
impedida nos casos de naturalização extraordinária (os efeitos retroagem à data da
solicitação). 
- Havendo várias varas, será competente para a entrega do certificado o juiz da 1ª Vara. Não
havendo nenhum juiz federal, o certificado será entregue pelo juiz da comarca e, na sua
falta, pelo da comarca mais próxima. 
- No ato de entrega do decreto de naturalização, o estrangeiro casado poderá, mediante
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz que se apostile ao mesmo a adoção do
regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção
ao competente registro, nos termos da LINDB. 
- A naturalização ficará sem efeito se o certificado não for solicitado pelo
naturalizando no prazo de 12 meses contados da data de publicação do ato, salvo
motivo de força maior, devidamente comprovado.
- O dirigente do órgão competente do Ministério da Justiça poderá determinar, se necessário,
outras diligências. Em qualquer caso, o processo deverá ser submetido, com parecer, ao
Ministro da Justiça.
- A formulação de pedido de naturalização impede a deportação do estrangeiro com
visto de permanência vencido quando o exame do pedido de obtenção da
nacionalidade secundária brasileira estiver atrasado. 
- O estrangeiro admitido no Brasil durante os primeiros 5 anos de sua vida e estabelecido
definitivamente no território nacional poderá requerer ao Ministro da Justiça enquanto menor,
por intermédio de seu representante legal, a emissão de certificado provisório de
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naturalização (naturalização provisória), que valerá como prova de nacionalidade
brasileira até 2 anos após atingida a maioridade, prazo para a opção confirmativa
perante o Ministro da Justiça. 
- Após a naturalização, qualquer mudança de nome ou do prenome será excepcional
e motivada, mediante autorização do Ministro da Justiça.
#ATENÇÃO - Não existe direito público subjetivo à obtenção da naturalização (ordinária), que
se configura ato de soberania estatal, sendo, pois, ato discricionário do Chefe do Poder
Executivo. A naturalização será requerida pelo interessado por meio de petição dirigida ao
Ministro da Justiça, apresentada no órgão competente do Ministério da Justiça nos Estados, no
caso o Departamento de Polícia Federal, que procederá a sindicância sobre a vida pregressa
do naturalizado e opinará quanto à conveniência da naturalização. Os requisitos da petição,
bem como os requisitos da naturalização estão previstos nos arts. 111 e seguintes da Lei
6.815/80. Ao final, o Ministro da Justiça é competente para emitir a portaria que concede a
nacionalidade brasileira ao estrangeiro. Do despacho que denega o pedido, cabe pedido de
reconsideração. A portaria de naturalização gerará a emissão, pelo Ministério da Justiça, de
certificado de naturalização, o qual será solenemente entregue pelo Juiz Federal da cidade
onde tenha domicílio o interessado. Havendo várias Varas da Justiça Federal, será competente
para a entrega do certificado o Juiz da 1ª Vara. Não havendo nenhum Juiz Federal, o
certificado será entregue pelo juiz da comarca e, na sua falta, pelo da comarca mais próxima.
A naturalização perderá efeito, porém, se o certificado não for solicitado pelo interessado no
prazo de doze meses, contados da data da publicação do ato, salvo por motivo de força maior,
devidamente comprovado.
Importante destacar que a naturalização não importa aquisição da nacionalidade
brasileira pelo cônjuge e filhos do naturalizado, nem autoriza que estes entrem ou
permaneçam no Brasil sem que satisfaçam às exigências da Lei de Migração. Ademais,
a naturalização não extingue a responsabilidade civil ou penal a que o naturalizado estava
anteriormente sujeito em qualquer outro Estado. 
Vamos estudar as #NOVIDADES trazidas pela Lei de Migração?
Modalidades de
Naturalização
Ordinária
Extraordinária
Especial
Provisória
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a) Naturalização Ordinária:
A concessão da naturalização ordinária depende do preenchimento de uma série
requisitos, que em comparação com as disposições do Estatuto do Estrangeiro, sofreram certo
abrandamento:
#DEOLHONASNOVIDADES:
Lei 13.445/2017
(Art. 65)
Lei 6.815/1980
(Art. 112)Será concedida a naturalização
ordinária àquele que preencher as
seguintes condições:
São condições para a concessão da
naturalização:
Ter capacidade civil, segundo a lei
brasileira
Capacidade civil, segundo a lei
brasileira
Ter residência em território nacional,
pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos
Ser registrado como permanente no
Brasil
Comunicar-se em língua portuguesa,
consideradas as condições do
naturalizando
Residência contínua no território
nacional, pelo prazo mínimo de quatro
anos, imediatamente anteriores ao
pedido de naturalização
Não possuir condenação penal ou
estiver reabilitado, nos termos da lei
Ler e escrever a língua portuguesa,
consideradas as condições do
naturalizando
 – 
Exercício de profissão ou posse de
bens suficientes à manutenção própria
e da família
 – Bom procedimento
 – 
Inexistência de denúncia, pronúncia ou
condenação no Brasil ou no exterior
por crime doloso a que seja cominada
pena mínima de prisão, abstratamente
considerada, superior a 1 (um) ano
 – 
Boa saúde (requisito dispensado ao
estrangeiro que reside no Brasil há
mais de 2 anos).
A nova lei ainda prevê hipóteses em que o prazo de residência no território nacional será
reduzido para, no mínimo, um ano. Vejamos as novas hipóteses em comparação com a
16
previsão constante no Estatuto do Estrangeiro, que continha prazos variáveis, conforme o
caso:
#DEOLHONASNOVIDADES:
Lei 13.445/2017
(Art. 66)
Lei 6.815/1980
(Art. 113)
Redução do prazo de
naturalização = 1 ano
Mediante preenchimento de
quaisquer das seguintes
condições:
Redução do prazo de
naturalização = prazo variável
(1, 2 ou 3 anos)
Ter filho brasileiro
Ter filho ou cônjuge brasileiro (Um
ano)
1 ano
de
residênc
ia
Ter cônjuge ou companheiro
brasileiro e não estar dele
separado legalmente ou de fato
no momento de concessão da
naturalização
Ser filho de brasileiro
Haver prestado ou poder prestar
serviço relevante ao Brasil
Haver prestado ou poder prestar
serviços relevantes ao Brasil, a juízo
do Ministro da Justiça
Recomendar-se por sua
capacidade profissional, científica
ou artística
Recomendar-se por sua capacidade
profissional, científica ou artística
2 anos
de
Residên
cia
 –
Ser proprietário, no Brasil, de bem
imóvel, cujo valor seja igual, pelo
menos, a mil vezes o Maior Valor de
Referência; ou ser industrial que
disponha de fundos de igual valor; ou
possuir cota ou ações integralizadas
de montante, no mínimo, idêntico,
em sociedade comercial ou civil,
destinada, principal e
permanentemente, à exploração de
atividade industrial ou agrícola.
3 anos
de
residênc
ia
17
#AJUDAMARCINHO #PONTODEDESTAQUE: Vimos acima que, para ocorrer a naturalização
ordinária, é necessário que o estrangeiro tenha residência no Brasil pelo prazo mínimo de 4
anos. A Lei prevê, contudo, que esse prazo mínimo poderá ser reduzido para 1 ano, se o
naturalizando: II - tiver filho brasileiro; III - tiver cônjuge ou companheiro brasileiro e não
estiver dele separado legalmente ou de fato no momento de concessão da naturalização; IV -
tiver prestado ou puder prestar serviço relevante ao Brasil; ou V - tiver destacada capacidade
profissional, científica ou artística que recomende a redução.
b) Naturalização Extraordinária:
A naturalização extraordinária será concedida a pessoa de qualquer nacionalidade fixada
no Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde
que requeira a nacionalidade brasileira.
Os requisitos para a naturalização extraordinária não sofreram alterações com a Lei de
Migração, e nem poderiam, tendo em vista que decorrem de mandamento constitucional,
conforme o art. 12, inciso II, b, da CF/88. 
Vale lembrar a doutrina majoritária entende que a concessão da naturalização
extraordinária é ato vinculado. Nesse mesmo sentido, o STF entende que quando a CF diz
“desde que requeiram”, significa que se a pessoa cumprir os 2 requisitos, basta requerer para
ter o direito.
c) Naturalização Especial:
A naturalização especial poderá ser concedida ao estrangeiro que se encontre em pelo
menos uma das situações elencadas no art. 68. Observem:
a) Seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de integrante do Serviço
Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou
b) Seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do
Brasil por mais de 10 (dez) anos ininterruptos.
#DEOLHONASNOVIDADES:
Lei 13.445/2017
(Art. 68)
Lei 6.815/1980
(Art. 114)
Situações para concessão da Naturalização especial no
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naturalização especial: Estatuto do Estrangeiro:
Seja cônjuge ou companheiro, há
mais de 5 (cinco) anos, de
integrante do Serviço Exterior
Brasileiro em atividade ou de
pessoa a serviço do Estado
brasileiro no exterior
De cônjuge estrangeiro casado há
mais de cinco anos com diplomata
brasileiro em atividade
Nesses
casos, a
Lei
6.815/80
dispensav
a a
residência
, exigindo
apenas a
estada no
Brasil por
30 dias.
Seja ou tenha sido empregado em
missão diplomática ou em
repartição consular do Brasil por
mais de 10 (dez) anos
ininterruptos
De estrangeiro que, empregado em
Missão Diplomática ou em
Repartição Consular do Brasil,
contar mais de 10 (dez) anos de
serviços ininterruptos.
Por fim, a Lei de Migração ainda elenca os requisitos para a concessão da naturalização
especial:
#DEOLHONASNOVIDADES:
Requisitos para a
concessão da
naturalização
especial
Ter capacidade civil, segundo a lei brasileira.
Comunicar-se em língua portuguesa, consideradas
as condições do naturalizando.
Não possuir condenação penal ou estiver
reabilitado, nos termos da lei.
d) Naturalização Provisória:
A naturalização provisória sofreu grande mudança, pois, com o advento da Lei
13.445/2017, amplia-se a faixa etária para a sua concessão. O prazo de dois anos para a
conversão da naturalização provisória em definitiva foi mantido.
#DEOLHONASNOVIDADES:
Lei 13.445/2017
(Art. 70)
Lei 6.815/1980
(Art. 116)
Condições para Naturalização
Provisória
Condições para Naturalização
Provisória
Poderá ser concedida ao migrante
criança ou adolescente que tenha
fixado residência em território
nacional antes de completar 10
(dez) anos de idade.
O estrangeiro admitido no Brasil
durante os primeiros 5 (cinco) anos
de vida, estabelecido
definitivamente no território
nacional, poderá, enquanto menor,
19
requerer a emissão de certificado
provisório de naturalização, que valerá
como prova de nacionalidade brasileira
até dois anos depois de atingida a
maioridade.
Deverá ser requerida pelo seu
representante legal.
Deverá ser requerida pelo menor, por
intermédio de seu representante legal
ao Ministro da Justiça.
A naturalização será convertida em
definitiva se o naturalizando
expressamente assim o requerer no
prazo de 2 (dois) anos após atingir a
maioridade.
A naturalização se tornará definitiva se
o titular do certificado provisório, até
dois anos após atingir a maioridade,
confirmar expressamente a intenção
de continuar brasileiro, em
requerimento dirigido ao Ministro da
Justiça.
Outros pontos de destaque (#NÃOESQUECER):
- Tradução ou adaptação do nome: No curso do processo de naturalização, o naturalizando
poderá requerer a tradução ou a adaptação de seu nome à língua portuguesa. Será mantido
cadastro com o nome traduzido ou adaptado associado ao nome anterior.
- Alistamento como eleitor: No prazo de até 1 ano após a concessão da naturalização,
deverá o naturalizado comparecer perante a Justiça Eleitoral para o devido cadastramento.
- Efeitos da naturalização: A naturalização produz efeitos após apublicação no Diário
Oficial do ato de naturalização. 
- Perda da nacionalidade: O naturalizado perderá a nacionalidade em razão de condenação
transitada em julgado por atividade nociva ao interesse nacional, nos termos do inciso I do §
4º do art. 12 da Constituição Federal. O risco de geração de situação de apatridia será levado
em consideração antes da efetivação da perda da nacionalidade. 
- Reaquisição da nacionalidade: O brasileiro que, em razão do previsto no inciso II do § 4º
do art. 12 da Constituição Federal, houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa,
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poderá readquiri-la ou ter o ato que declarou a perda revogado, na forma definida pelo órgão
competente do Poder Executivo.
*NOVIDADE LEGISLATIVA: Foi publicado no dia 20 de novembro de 2017 o Decreto nº 9.199,
que regulamenta a Lei nº 13.445 (Nova Lei de Migração). Inteiro teor:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9199.htm.
5 SITUAÇÃO DOS PORTUGUESES: “QUASE NACIONAIS”
- Aos portugueses com RESIDÊNCIA PERMANENTE no País, se houver RECIPROCIDADE em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição = quase nacionalidade. 
- O português é equiparado ao brasileiro naturalizado2 (não é nato por causa da última
parte: “salvo os casos previstos nesta Constituição”). 
- Cuidado: “serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro nato, salvo os casos previstos
nesta Constituição” está certo! Direitos do brasileiro nato – restrições da CF = direitos
do brasileiro naturalizado, que é o caso desses portugueses. 
- O gozo dos direitos políticos no Brasil importa em suspensão do exercício dos
mesmos direitos em Portugal. 
- Atenção: o benefício do estatuto da igualdade não é automático, exigindo que o
interessado o requeira e que o pedido seja deferido pelo ministro da justiça.
Importante destacar que havendo reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos
aos portugueses com residência permanente no Brasil “os mesmos direitos inerentes aos
brasileiros naturalizados”, salvo quando houver expressa vedação constitucional. A convenção
sobre igualdade de direitos e deveres entre brasileiros e portugueses, firmada em 7/9/1971, foi
substituída por novo tratado bilateral que entrou em vigor em 2001 (Decreto nº 3.927/91):
2 Assertiva errada de concurso: a situação do cidadão português que, no Brasil, seja admitido no
regime de igualdade plena previsto na Convenção sobre Igualdade de Direitos e Deveres entre
brasileiros e portugueses, é idêntica à do brasileiro naturalizado. Está errado porque o brasileiro
naturalizado conta, no exterior, com a proteção das autoridades brasileiras e só pode ser extraditado
nas hipóteses do art. 5º, LI, da CF, o que não é o caso do português beneficiado pelo Estatuto da
Igualdade.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9199.htm
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Artigo 13. 1. A titularidade do estatuto de igualdade por brasileiros em Portugal e por
portugueses no Brasil não implicará em perda das respectivas nacionalidades. 2. Com a
ressalva do disposto no parágrafo 3º do Artigo 17, os brasileiros e portugueses referidos no
parágrafo 1º continuarão no exercício de todos os direitos e deveres inerentes às respectivas
nacionalidades, salvo aqueles que ofenderem a soberania nacional e a ordem pública do Estado
de residência. 
Artigo 17. 1. O gozo de direitos políticos por brasileiros em Portugal e por portugueses no Brasil
só será reconhecido aos que tiverem três anos de residência habitual e depende de
requerimento à autoridade competente. 2. A igualdade quanto aos direitos políticos não
abrange as pessoas que, no Estado da nacionalidade, houverem sido privadas de direitos
equivalentes. 3. O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão do
exercício dos mesmos direitos no Estado da nacionalidade.
Importante observar que não se trata de uma dupla cidadania ou uma cidadania comum
luso-brasileira. Simplesmente, uns e outros recebem, à margem ou para além da condição
comum de estrangeiro, direitos que a priori poderiam ser apenas conferidos aos cidadãos do
país. Ressalta Gilmar Ferreira Mendes que reconhecida a igualdade, poderá o beneficiário votar
e ser votado, bem como ser admitido no serviço público. O titular do estatuto pleno passa a ter
deveres como o concernente à obrigatoriedade do voto. Nos termos do tratado, os direitos
políticos não podem ser usufruídos no Estado de origem e no Estado de residência. Assim,
assegurado esse direito no Estado de residência, ficará ele suspenso no Estado de origem. No
que tange aos cargos públicos, o beneficiário português do estatuto pleno poderá ter acesso a
todas as funções, excetuadas aquelas conferidas apenas aos brasileiros natos. Porém, não se
pode afirmar que a situação do português admitido no Estatuto de Igualdade seja
idêntica à do brasileiro naturalizado. Observa Francisco Rezek que, ao contrário do
naturalizado, o português beneficiário do estatuto de Igualdade Plena não pode aqui prestar
serviço militar, estando submetido à expulsão e à extradição, esta quando requerida
pelo governo português. O benefício da igualdade só será extinto no caso de expulsão ou de
perda da nacionalidade portuguesa. Caso se verifique a perda de direitos políticos em Portugal,
haverá igualmente a perda desses direitos no Brasil, fazendo com que o titular do estatuto
pleno passe a deter apenas a igualdade civil.
- Não confundir duas situações3:
3 - Assertiva errada de concurso: desde que haja reciprocidade, a lei brasileira atribui a pessoas
originárias de países de língua portuguesa com residência permanente no Brasil, independentemente
de naturalização, os direitos inerentes ao brasileiro, inclusive o gozo dos direitos políticos, salvo a
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22
Naturalização de estrangeiro
proveniente de país de língua
portuguesa (conceito mais
amplo) ;
Residência ininterrupta por 1 ano +
idoneidade moral.
Quase nacionalidade (portugueses –
conceito mais restrito) ;
Aos portugueses com residência
permanente no país, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros,
serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro naturalizado.
#APROFUNDAMENTO #OUSESABER: Quais são os dois tipos de “quase
nacionalidade”? Temos a dois tipos:
(i) A igualdade simples abarca os mesmos direitos dos brasileiros.
(ii) A igualdade qualificada abarca, além dos demais direitos, os direitos políticos. Atenta-se
que os direitos políticos em Portugal serão suspensos, pois a pessoa não pode, por exemplo,
votar aqui e votar também em Portugal.
6 DIFERENÇAS ENTRE NATOS E NATURALIZADOS
- A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados,
salvo nos casos previstos nesta constituição. Assim, só uma EC pode diferenciar natos e
naturalizados. 
- Em princípio, o brasileiro nato não poderá perder a nacionalidade, salvo se adquirir
outra. O naturalizado poderá ter sua naturalização cancelada não só por esse motivo,
como também por conta de atividade nociva ao interesse nacional (art. 12, §4º, i). 
- 04 diferenças de tratamento: cargos privativos de brasileiros natos, 6 assentos no
conselho da república, empresa jornalística/radiofusão e extradição.#SELIGANATABELA:
Extradição Somente o naturalizado pode ser
extraditado (o nato nunca!)
O naturalizado pode ser extraditado por
crime cometido antes da naturazliação ou
então mesmo depois da naturalização se o
ocupação de cargo privativo de brasileiro nato. Está errado porque o benefício do Estatuto da Igualdade
aplica-se apenas aos portugueses, não aos nacionais dos demais países de língua portuguesa. 
23
crime cometido foi o tráfico ilícito de
entorpecentes.
Cargos privativos
Há alguns cargos privativos de brasileiro
nato. São eles:
i. Presidente e Vice-Presidente da
República ;
ii. Presidente da câmara dos
deputados ;
iii. Presidente do Senado Federal ;
iv. Ministro do Supremo Tribunal
Federal ;
v. De carreira diplomática ;
vi. De oficial das Forças Armadas
vii. De Ministro de Estado da Defesa
Atividade nociva ao interesse nacional
Somente o brasileiro naturalizado poderá
perder a nacionalidade em virtude da prática
de atividade nociva ao interesse nacional
(art. 12, par. 4º, I, da CF/88).
Conselho da República
Participam do Conselho da República, além
de outros membros, seis cidadãos brasileiros
natos, segundo o art. 89 da CF/88.
Empresa jornalística e de radiodifusão
Para que o brasileiro naturalizado seja
proprietário de empresa jornalística e de
radiodifusão no Brasil é necessário que
tenha se naturalizado há mais de 10 anos.
#DEOLHONAJURISPRUDENCIA: É possível conceder extradição para brasileiro naturalizado
envolvido em tráfico de droga (art. 5º, LI, da CF/88). STF. 1ª Turma. Ext 1244/República
Francesa, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 9/8/2016 (Info 834)
 Questão de segurança nacional: diplomata, Forças Armadas e Min. de Estado da Defesa.
 Linha sucessória da Presidência da República: qualquer um que possa
eventualmente ocupar a presidência da República tem que ser brasileiro nato.
Vice Presidente da CD Presidente do SF Ministro do STF.
24
#ATENÇÃO: pode haver deputados ou senadores naturalizados, somente o presidente da
CD/SF que não pode ser. No caso do STF, todos os Ministros do STF devem ser
natos, não só o presidente! Existe um rodízio na presidência do STF, ou seja, qualquer
ministro pode assumir a presidência do STF, e, logo, a Presidência da República.
Obs.: O Presidente do CNJ, como é o Presidente do STF (mesma pessoa), também
não pode ser naturalizado. 
#ATENÇÃO: O único Ministro de Estado que tem que ser nato é o da Defesa.
7 PERDA DA NACIONALIDADE
- O brasileiro naturalizado (hipótese 1 e 2) e o nato (hipótese 2) podem perder a
nacionalidade brasileira. 
1) PERDA-PUNIÇÃO: cancelamento da naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional - só se aplica ao brasileiro naturalizado, não se aplica
ao nato.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA -Inf. 694 do STF: DEFERIDA A NATURALIZAÇÃO, SEU
DESFAZIMENTO SÓ PODE OCORRER POR PROCESSO JUDICIAL, MESMO QUE O ATO DE
CONCESSÃO DA NATURALIZAÇÃO TENHA SIDO EMBASADO EM PREMISSAS FALSAS (ERRO DE
FATO). O MINISTRO DO ESTADO DE JUSTIÇA, POR MEIO DE ATO ADMINISTRATIVO, NÃO PODE
CANCELAR O DEFERIMENTO DA NATURALIZAÇÃO. Além disso, “em virtude de atividade nociva
ao interesse nacional” é uma causa exemplificativa. Não houve a recepção do art. 112, §§
2º e 3º, da Lei 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) pela atual Constituição, de
dispositivos que permitiam ao Ministro da Justiça agir dessa forma (processamento pela via
administrativa).
- A nacionalidade brasileira não poderá ser readquirida por outro procedimento de
naturalização, salvo por ação rescisória.
- O MPF é competente para promover a ação e a Justiça Federal para julgá-la.
25
- Não se sabe o que é “uma atividade nociva ao interesse nacional”. Como a nacionalidade é
um direito fundamental, deve-se considerar apenas um ato que seja tipificado como crime e
contrário aos interesses do Estado.
- A decisão possui efeitos ex nunc, somente atingindo a relação jurídica indivíduo-Estado, após
o trânsito em julgado.
#DEOLHONAJURISPRUDENCIA #STF: A naturalização só pode ser desfeita por sentença
judicial (e não por processo administrativo). Com base, nesse entendimento, que deriva da
leitura do art. 12, § 4º, I, da CF/88, o STF entendeu, em 2013 que, após ter sido deferida a
naturalização, seu desfazimento só pode ocorrer mediante processo judicial, mesmo que o ato
de concessão da naturalização tenha sido embasado em premissas falsas (erro de fato). O STF
entendeu que os §§ 2º e 3º do art. 112 da Lei n.°6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro) não foram
recepcionados pela CF/88, pois previam processo administrativo. Assim, o Ministro de Estado
da Justiça não tem competência para rever ato de naturalização. STF. Plenário. RMS 27840/DF,
rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, 7/2/2013 (Info 694).
2) Perda-mudança: Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) De reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) De imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis.
- É a naturalização voluntária. Nesse caso, podem perder a nacionalidade os natos e
naturalizados. 
- A perda independe de ação judicial, já que se concretiza no âmbito de procedimento
administrativo. A perda da nacionalidade decorre de Decreto Presidencial ou, por
delegação, de decreto do Ministro da Justiça. O decreto é ato meramente declaratório,
porque a perda decorre de acontecimento anterior, no caso, a aquisição de outra
nacionalidade, e seu efeito é apenas o de dar publicidade ao fato. 
- Se adquirir a nacionalidade italiana, por exemplo, poderá manter as 2 nacionalidades, já que
a Itália admite a dupla nacionalidade.
26
- É admitida a reaquisição da nacionalidade brasileira, sob a forma derivada. Ou seja, volta
como brasileiro naturalizado, não nato. Perdeu a nacionalidade brasileira  adquire
como estrangeiro  naturalização. 
#EXEMPLIFICACOACH: suponha que Raimundo, brasileiro nato, tenha saído do Brasil para
morar nos Estados Unidos, onde reside há mais de 30 anos e que, nesse país, tenha obtido a
nacionalidade americana como condição para permanecer no território americano. Nessa
situação, caso deseje retornar ao Brasil para visitar parentes, Raimundo não necessitará de
visto, pois não perderá a nacionalidade brasileira. 
#DEOLHONODECRETO #NOVIDADELEGISLATIVA:
*NOVIDADE LEGISLATIVA: Foi publicado no dia 20 de novembro de 2017 o Decreto nº
9.199, que regulamenta a Lei nº 13.445 (Nova Lei de Migração). Inteiro teor:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9199.htm.
Art. 248.  O naturalizado perderá a nacionalidade em razão de sentença transitada em julgado
por atividade nociva ao interesse nacional, nos termos estabelecidos no art. 12, § 4 o , inciso I, 
da Constituição.
Parágrafo único.  A sentença judicial que cancelar a naturalização por atividade nociva ao
interesse nacional produzirá efeitos após o trânsito em julgado.
Art. 249.  A perda da nacionalidade será declarada ao brasileiro que adquirir outra
nacionalidade, exceto nas seguintes hipóteses:
I - de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; e
II - de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos
civis.
Art. 250.  A declaração da perda de nacionalidade brasileira se efetivará por ato do Ministro de
Estado da Justiça e Segurança Pública, após procedimento administrativo, no qual serão
garantidos os princípios do contraditório e da ampla defesa.
Art. 251.   Na hipótese de procedimento de perda de nacionalidade instauradoa pedido do
interessado, a solicitação deverá conter, no mínimo:
I - a identificação do interessado, com a devida documentação;
II - o relato do fato motivador e a sua fundamentação legal;
III - a documentação que comprove a incidência de hipótese de perda de nacionalidade,
devidamente traduzida, se for o caso;
IV - endereço de correio eletrônico do interessado, se o possuir.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art12%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art12%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Decreto/D9199.htm
27
§ 1o  O Ministério da Justiça e Segurança Pública dará publicidade da decisão quanto à perda
de nacionalidade em seu sítio eletrônico, inclusive quando houver interposição de recurso.
§ 2o  Caberá recurso da decisão a que se refere o § 1o à instância imediatamente superior, no
prazo de dez dias, contado da data da publicação no sítio eletrônico do Ministério da Justiça e
Segurança Pública.
Art. 252.  O Ministério da Justiça e Segurança Pública dará ciência da perda da nacionalidade:
I - ao Ministério das Relações Exteriores;
II - ao Conselho Nacional de Justiça; e
III - à Polícia Federal.
Art. 253.  O risco de geração de situação de apatridia será considerado previamente à
declaração da perda da nacionalidade.
#APROFUNDAMENTO: Para Gilmar Ferreira Mendes e Francisco Rezek, o ato do Presidente
da República que declara a perda da nacionalidade é meramente declaratório, pois a perda se
deu com a própria naturalização. Mazzuoli defende que o brasileiro nato que perde a
naturalização ao se (re)naturalizar será brasileiro naturalizado com todas as implicações que
esta situação jurídica lhe causa. Porém, o Supremo Tribunal Federal, em 18 de junho de 1986,
ao julgar a Ext 441, tendo como Relator o Ministro Néri da Silveira, se pronunciou pela
impossibilidade da extradição do brasileiro que readquiriu sua nacionalidade, conforme
ementa a seguir: "Extradição. Havendo o extraditando comprovado a reaquisição da
nacionalidade brasileira, indefere-se o pedido de extradição. Constituição federal, art. 153,
parágrafo 19, parte final. Não cabe invocar, na espécie, o art. 77, i, da lei n. 6.815/1980. Essa
regra dirige-se, imediatamente, a forma de aquisição da nacionalidade brasileira, por via de
naturalização. Na espécie, o extraditando é brasileiro nato (Constituição Federal, art. 145, i,
letra ''a''). A reaquisição da nacionalidade, por brasileiro nato, implica manter esse status e
não o de naturalizado. Indeferido o pedido de extradição, desde logo, diante da prova da
nacionalidade brasileira, determina-se seja o extraditando posto em liberdade, se tal não
houver de permanecer preso."
Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o greencard decidir adquirir a nacionalidade
norte-americana, ele irá perder a nacionalidade brasileira. Não se pode afirmar que a presente
situação se enquadre na exceção prevista na alínea “b” do § 4º do art. 12 da CF/88. Isso
porque, como ele já tinha o greencard, não havia necessidade de ter adquirido a
nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou para o exercício de
direitos civis. O estrangeiro titular de greencardjá pode morar e trabalhar livremente nos EUA.
Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por livre e
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espontânea vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e
garantias inerentes ao brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o
Brasil, poderá ser extraditado sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. Art. 12
(...) § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: II - adquirir outra
nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei
estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis; STF. 1ª Turma. MS 33864/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
19/4/2016
Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o greencard decidir adquirir a nacionalidade
norte-americana, ele irá perder a nacionalidade brasileira. Não se pode afirmar que a presente
situação se enquadre na exceção prevista na alínea “b” do inciso II do § 4º do art. 12 da
CF/88. Isso porque, como ele já tinha o greencard, não havia necessidade de ter adquirido a
nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou para o exercício de
direitos civis. O estrangeiro titular de greencard já pode morar e trabalhar livremente nos EUA.
Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por livre e
espontânea vontade. Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e
garantias inerentes ao brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o
Brasil, poderá ser extraditado sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. STF. 1ª
Turma. MS 33864/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 19/4/2016 (Info 822). STF. 1ª
Turma. Ext 1462/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 28/3/2017 (Info 859).
SITUAÇÃO IMPEDE A...
O indivíduo requer a naturalização após a
prática de um delito no exterior
Extradição
O indivíduo requer a naturalização, cujo
exame está atrasado, e seu visto de
permanência vence
Deportação
Extradição não admitida pela lei brasileira Deportação e Explusão
Reconhecimento da condição de refugiado Extradição
Estrangeiro casado com brasileira, ou que
tenha filho brasileiro, dependente da
economia paterna
Apenas a expulsão
#FACILITACOACH #AJUDAMARCINHO:
1) Nacionalidade Originária É aquela que resulta de uma fato natural (o
29
(também chamada de primária,
atribuída ou involuntária)
nascimento).
A pessoa se torna nacional nato.
Critérios para a atribuição da nacionalidade
originária :
a) Critério territorial ( jus soli ) : se a pessoa
nascer no território do país, será
considerada nacional deste ;
b) Critério sanguíneo ( jus sanguínis ) : a
pessoa irá adquirir a nacionalidade de seus
ascendentes, não importando que tenha
nascido no território de outro país.
#SELIGA: No Brasil, adota-se, como regra, o
critério do jus soli, havendo no entento,
situações nas quais o critério sanguíneo é
aceito.
2) Nacionalidade Secundária
(também chamada de derivada,
adquirida ou voluntária)
É aquela decorrente de um ato voluntário da
pessoa, que decide adquirir, para si, uma
nova nacionalidade. A isso se dá o nome de
naturalização.
Atenção : esse ato voluntário pode ser
expresso ou tácito.
A pessoa se torna nacional naturalizado.
Como a CF trata o assunto (#DEOLHONACF):
São brasileiros (art. 12, CF)
I – Natos (inciso I) II – Naturalizados (inciso II)
a) Os nascidos no Brasil, ainda que de
pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a servição de seu país ;
- adotou-se aqui o critério jus soli  ; (art. 12,
I, a)
- Assim, no Brasil, a regra é o critério do
solo, com mitigações previstas no art. 12, I,
alineas b e c ;
b) Os nascidos no estrangeiro, de pai
a) Naturalização ordinária (comum) – Os
estrangeiros que, segundo os requisitos da
lei, adquiram a nacionalidade brasileia.
- Para os originários de países de língua
portuguesa a lei só pode exigir a residência
por uma ano ininterrupto e idoneidade
moral ;
- Obs. : o Brasil pode negar a
naturalização (é ato discricionário)
30
brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço do Brasil ;
- Critério aqui : jus sanguinis + a
serviço do Brasil (funcional) (art. 12, I, b)
c) Os nascidos no estrangeiro de pai
brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejamregistrados em repartição brasileira
competente ;
- Critério aqui foi o jus sanguinis +
registro (art. 12, I, c, 1ª parte)
d) Os nascidos no estrangeiro de pai
brasileiro ou de mãe brasileira, ainda que
não tenham sido registrados na repartição
brasileira competente, desde que venham a
residir no Brasil e optem, em qualquer
tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira ;
- Critério aqui : jus sanguinis +
residência no Brasil + opção confirmativa ;
- Chamada de nacionalidade
potestativa (porque depende destaopção
confirmativa, que só pode ser dada após a
maioridade)
b) Naturalização extraordinária – Os
estrangeiros de qualquer nacionalidade que
estejam residindo no Brasil há mais de 15
anos ininterruptos e sem condenação
penal ;
Obs. : se o estrangeiro preencher essas
condições, o governo brasileiro não pode
negar a naturalização (é ato vinculado).
Hipóteses de perda da nacionalidade (art. 2º, par. 4º, CF/88)
Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que :
I – Praticar atividade nociva ao
interesse nacional
II – Adquirir outra nacionalidade
A doutrina denomina de ‘perda-punição’ ; A doutrina denomina de ‘perda-mudança’ ;
Se um brasilerio naturalizado praticar
atividade nociva ao interesse nacional, terá
cancelada a sua naturalização ;
Se um brasileiro nato ou naturalizado
adquirir voluntariamente uma nacionalidade
estrangeira, perderá, então, a brasileira ;
Essa perda ocorre por meio de uma
processo judicial, assegurado contraditório e
ampla defesa, que tramita na Justiça Federal
(art. 109, X, da CF/88).
A lei não descreve o que seja atividade
nociva ao interesse nacional ;
Esta perda ocorre por meio de um processo
administrativo, assegurado o contraditório e
ampla defesa, que tramita no Ministério da
Justiça.
Este processo poderá ser instaurado de
ofício ou mediante requerimento (art. 23 da
31
Lei nº 818/49) ;
Após a tramitação do processo, a perda
efetiva-se por meio de sentença, que deve
ter transitado em julgado ;
Após a tramitação do processo, a perda
efetiva-se por meio de Decreto do
Presidente da República ;
Os efeitos da sentença serão ex nunc ; Os efeitos do Decreto serão ex nunc ;
Esta hipotese de perda somente atinge o
brasileiro naturalizado.
Assim, o brasileiro nato não pode perder a
sua nacionalidade, mesmo que pratique
atividade nociva ao interesse nacional.
Esta hipotese de perda atinge tando o
brasileiro nato como o naturalizado.
Havendo perda de nacionalidade por este
motivo, a sua requisição somente poderá
ocorrer caso a sentença que a decretou seja
rescindida por meio de ação recisória.
Desse modo, não é permitido que a pessoa
que perdeu a nacionalidade por esta
hipótese a obtenha novamente por meio de
novo procedimento de naturalização.
Havendo a perda da nacionalidade por este
motivo, a sua reaquisição será possível por
meio de pedido dirigido ao Presidente da
República, sendo o processo instruído no
Ministério da Justiça. Caso seja concedida a
reaquisição, esta é feita por meio de
Decreto.
Alexandre de Moraes defende que o
brasileiro nato que havia perdido e
readquire sua nacionalidade, passa a ser
brasileiro naturalizado (e não mais nato).
Por outro lado, José Afonso da Silva afirma
que o readquirente recupera a condição que
perdera : se era brasileiro nato, voltará a ser
brasileiro nato ; se naturalizado, retomará
essa qualidade ;
Exceções :
A CF traz duas hipóteses em que a pessoa
não perderá a nacionalidade brasileira,
mesmo tendo adquirido outra nacionalidade.
Assim, será declarada a perda da
nacionalidade do brasileiro que adquirir
outra nacionalidade, salvo nos casos :
i. De reconhecimento de nacionalidade
originária pela lei estrangeira :
Ex. : a Itália reconhece aos filhos de seus
nacionais a cidadania italiana. Os brasileiro
descendentes de italianos que adquirem
32
aquela nacionalidade não perderão a
brasileira, uma vez que se trata de mero
reconhecimento de nacionalidade originária
italiana em virtude do vínculo sanguíneo.
Logo, serão pessoas com dupla
nacionalidade.
ii. De imposição de naturalização, pela
norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para
permanência em seu território ou para o
exercício de direitos civis ;
Aqui o objetivo da exceção é preservar a
nacionalidade brasileira daquele que, por
motivos de trabalho, acesso aos serviços
públicos, moradia, etc., praticamente se vê
obrigado a adquirir a nacionalidade
estrangeira, mas que, na realidade, jamais
teve a intenção ou vontade de abdicar da
nacionalidade brasileira.
8 DISPOSITIVOS PARA O CICLO DE LEGISLAÇÃO
DIPLOMA DISPOSITIVOS
CF Art. 12
Lei 13.445/2017 Art. 63 ao art. 76
Decreto 9.199/2017 Art. 213 ao art. 254
Decreto nº 3.927/91 Art. 13 e art. 17
9 BIBLIOGRAFIA INDICADA
Foca no Resumo
Paulo Henrique Gonçalves Portela 
Resumo do TRF5
Resumos do Ponto a Ponto Concursos (Danilo Guedes)
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Material Especial do Ciclosr3 para a turma da 1ª Fase da DPU
Informativos do Dizer o Direito.
Resumo publicado no Dizer o Direito4
Anotações de Aula
4 Leia na íntegra: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2017/09/lei-de-migrac3a7c3a3o-
resumo.pdf. 
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2017/09/lei-de-migrac3a7c3a3o-resumo.pdf
https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2017/09/lei-de-migrac3a7c3a3o-resumo.pdf
	1 INTRODUÇÃO
	2 Espécies de Nacionalidade
	3 BRASILEIROS NATOS
	4 BRASILEIROS NATURALIZADOS
	5 SITUAÇÃO DOS PORTUGUESES: “quase nacionais”
	6 DIFERENÇAS ENTRE NATOS E NATURALIZADOS
	7 PERDA DA NACIONALIDADE
	8 DISPOSITIVOS PARA O CICLO DE LEGISLAÇÃO
	9 BIBLIOGRAFIA INDICADA

Outros materiais