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Ideias psicologicas na Antiguidade

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Universidade Estácio de Sá – Campus Macaé 
Curso de Psicologia
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Prof° Diego Flores
- IDÉIAS PSICOLÓGICAS NA ANTIGUIDADE:
Período pré-socrático: 
São os chamados filósofos da physis = natureza ou cosmos. Buscavam conceituar a natureza de tudo o que existe, mas não a partir de noções míticas. (O mito é sempre uma representação coletiva, transmitida através de várias gerações e que relata uma explicação do mundo. A explicação mitológica não se prende à lógica racional.) 
Estes primeiros filósofos gregos, também chamados cosmologistas, pretendiam encontrar a origem, a substância primordial que gerou tudo o que existe. Concebiam uma alma humana, mas esta não era imortal. Desse modo não havia uma descrição pormenorizada de uma suposta natureza humana, como já nos filósofos pós socráticos. Esta era da mesma natureza que todo o mundo físico, o que interessava é que, assim como tudo o que existe, ela tinha em sua origem uma dada substância primordial da qual surgiu e à qual voltaria.
Principais filósofos cosmologistas:
TALES DE MILETO - (640 AC a 548 AC)
Foi o primeiro filósofo de que se tem notícia, e o primeiro a propor uma substância primordial. Para ele o princípio do cosmos era a ÁGUA. 
ANAXIMANDRO - (610 AC a 547 AC)
Discípulo de Tales. O princípio era o "apeiron", infinito ou indeterminado, a matéria eterna e indestrutível, da qual provêm todos os seres finitos e determinados, e na qual os contrários - como o quente e o frio, o seco e o úmido -, em luta uns com os outros, são finalmente reabsorvidos.
ANAXÍMENES – ( 585 AC a 524 AC)
Concordava com Anaximandro quanto ao princípio ser o “apeiron” e com suas características, mas postulava que essa substância fosse o ar.
HERÁCLITO – ( 540 AC a 475 AC)
 O cosmos está em constante mudança, o permanente é uma ilusão dos sentidos. Tudo está em processo, em movimento. O Fogo é a substância primordial. “Tudo flui”.
PITÁGORAS - (570AC a 496 AC)
O número é o princípio de tudo. Estudava matemática e buscava um conhecimento do mundo a partir dela. Exceção dentre os pré-socráticos, já concebia uma alma imortal que evoluiria pelo amor ao saber (filosofia).
DEMÓCRITO (460 AC a 370 AC)
Foi, de fato, contemporâneo de Sócrates. Concebe o átomo (indivisível), uma unidade indivisível e material que comporia a natureza. Primeiro sistema rigorosamente materialista.
PERÍODO SOCRÁTICO:
SÓCRATES – Não deixou escritos, tudo o que se sabe sobre suas idéias foi escrito por Xenofonte e principalmente Platão. Uma de suas frases mais conhecidas é “ Tudo que sei é que nada sei” considerava que aquele que dizia saber é quem de fato não sabia, pois o conhecimento nunca se esgota, sempre podemos ir além e ampliar uma idéia, desenvolver melhor um conceito. Desenvolveu o método da maiêutica.
Maiêutica: Sócrates dizia que a Filosofia não era possível enquanto o indivíduo não se voltasse para si próprio e reconhecesse suas limitações. "Conhece-te a ti mesmo" era outro lema seu. Sócrates procura o conceito. Este é alcançado através de perguntas. As perguntas têm um duplo caráter: ironia e maiêutica. Na ironia, confunde o conhecimento sensível e dogmático. Sócrates costumava iniciar uma conversação fazendo perguntas e obtendo, dessa forma, opiniões do interlocutor, opiniões que ele, aparentemente, aceitava. Depois, por meio de um interrogatório hábil, desenvolvia as opiniões originais do tal interlocutor, mostrando a tolice e os absurdos das suas opiniões superficiais, através das consequências contraditórias ou absurdas destas mesmas opiniões e a confessar o seu erro ou a sua incapacidade para alcançar uma conclusão satisfatória. Esta primeira parte do método de Sócrates, destinada a levar o indivíduo à convicção do erro, é a ironia.Na maiêutica, dá à luz um novo conhecimento, um aprofundamento que não chega ao conhecimento absoluto. Ele comparava, frequentemente, este método com a profissão da mãe: era possível trazer a verdade à luz. 
 PLATÃO (427AC a 347 AC)
Foi discípulo de Sócrates e muito de seu pensamento é oriundo de reflexões sobre as idéias socráticas. Platão concebia a alma (psichè) separada do corpo. Quando alguém morria, a matéria (o corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo, ou seja, seria imortal. O conhecimento verdadeiro não viria dos sentidos, estes nos levam à ilusão. A experiência não nos mostra a verdade. No Mundo sensível, material, temos apenas simulacros, cópias imperfeitas, imagens. A essência está no Mundo das Idéias, onde se encontra as essências originais, a verdade. Esse plano só pode ser alcançado pelo pensamento, pela inteligência. A alma inteligente está presa ao corpo, essa prisão seria uma violência à sua natureza verdadeira. Para ele todo aprendizado é uma recordação – reminiscência, de algo que se conhecia antes, nesse mundo das Idéias. O Mito da Caverna é uma ilustração metafórica dessa divisão entre o mundo das idéias e o mudo das imagens.
ARISTÓTELES (384 AC a 322AC)
Foi discípulo de Platão e seu opositor. Escreveu o primeiro tratado sistemático sobre a alma (psiché). No entanto, entendia a alma como o que anima os seres, a vida, por isso estudava não apenas a alma humana (alma racional), mas a de todos os seres vivos. O corpo não seria obstáculo para o pensamento, mas um instrumento, ainda que concordasse com Platão quanto à superioridade do pensamento. Porém, este não seria inato, ele concebe o intelecto como tabula rasa, sem idéias inatas, mas uma superfície na qual se inscreve a experiência. Para ele, o objeto do conhecimento não é a imagem nem a idéia mas o próprio objeto. Ambos são meios através dos quais se cria o conhecimento. Suas idéias dão origem ao empirismo.
Concebe as leis da associação, que explicam como se associam as idéias a partir da experiência, . Uma idéia atrai outra idéia se: 1 – quando previamente experimentadas, eram contíguas no espaço, ou no tempo. 2- se são semelhantes 3- se são contrastantes.
O Mito da Caverna - Platão
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior. 
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas. 
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam. 
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna. 
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria. 
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficariainteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade. 
Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los. 
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. 
Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chauí.
Ver também, na Internet, vídeos sobre vida e obra dos filósofos.
Sócrates
http://www.youtube.com/watch?v=lquq1Wypk_4&feature=channel
Platão
http://www.youtube.com/watch?v=wV5v4R8aHvw&feature=relmfu
Aristóteles
http://www.youtube.com/watch?v=CwKeyqNLA3s&feature=relmfu

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