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Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. TEXTO - SISTEMA CARDIOVASCULAR 1. FUNÇÕES Através da circulação do sangue, o organismo recebe elementos nutritivos (glicose, lipídios, aminoácidos, sais minerais etc.) necessários para a vida celular. Recebe também o oxigênio necessário para a respiração e demais reações celulares. Além disso, é por meio da corrente sanguínea que o produto do metabolismo celular e o dióxido de carbono, entre outros produtos, são coletados e encaminhados para posterior eliminação. O aparelho cardiovascular também atua na defesa do organismo, contribui para a manutenção da temperatura corpórea, é a via para distribuição dos hormônios produzidos pelo sistema endócrino, participa do mecanismo da homeostase, além de servir como via para distribuição de medicamentos. 2 CONSTITUIÇÃO É constituído por um órgão central, contrátil e oco - CORAÇÃO - que impulsiona o sangue para um conjunto de vasos sanguíneos. SANGUE - GENERALIDADES O sangue é um líquido de coloração vermelha, constituído por plasma e células sanguíneas. 1. PLASMA: é o líquido incolor no qual encontram-se suspensas as células sanguíneas. O plasma é composto por água, sais minerais, lipídios, glicose, proteínas (albumina, protrombina, fibrinogênio e globulinas, entre outras), íons etc. 2.CÉLULAS DO SANGUE 2.a. Eritrócitos ou hemácias ou glóbulos vermelhos: são células anucleadas que possuem no seu interior um pigmento denominado HEMOGLOBINA. Este pigmento confere a cor vermelha ao sangue. As hemácias são células importantes para as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos, e entre o sangue e o ar presente nos pulmões. O oxigênio liga-se à hemoglobina e é transportado, pelas hemácias, para todas as células do corpo. As hemácias captam parte do CO2 e o libera em nível de alvéolo pulmonar. 2.b. Leucócitos ou glóbulos brancos: são células do sangue que participam da defesa do organismo. Podem ser neutrófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos e basófilos. Exercem o papel de defensores do organismo devido a sua capacidade de fagocitose e de produção de anticorpos. 2.c. Plaquetas: são células do sangue importantes para o processo de coagulação sanguínea. CORAÇÃO O coração é um órgão oco e muscular, portanto contrátil, que possui quatro cavidades: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. 1. FUNÇÃO: com a contração do coração o sangue é impulsionado para o interior da rede vascular (vasos), distribuído ao corpo e coletado de volta ao coração. O coração impulsiona o sangue para os pulmões para a oxigenação e recebe o sangue oxigenado proveniente dos pulmões. 2. LOCALIZAÇÃO: está localizado na cavidade torácica, entre os dois pulmões, em um espaço denominado mediastino. No mediastino o coração ocupa uma posição oblíqua, com a base voltada para cima e ápice voltado para baixo. 1/4 do volume do coração está localizado à direita da linha mediana do corpo e 3/4 de seu volume situa-se à esquerda da linha mediana. No mediastino, o coração situa-se posteriormente ao osso esterno e cartilagens costais; anteriormente à coluna vertebral torácica; e superiormente ao músculo diafragma. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 3. FORMA: o coração possui a forma de um cone, com base superior e ápice inferior. 4. FACES: a. face esternocostal: é a face anterior do coração. É convexa e relaciona-se com o osso esterno e cartilagens costais; b. face diafragmática: é a face inferior, plana, relacionada com o músculo diafragma; c. face pulmonar: é a face esquerda do coração relacionada com o pulmão. 5. REGIÕES: no coração pode-se distinguir 2 regiões: a. base do coração: região superior do coração, volumosa, onde encontramos grandes vasos sanguíneos conhecidos como vasos da base; b. ápice do coração: região inferior e afilada do coração. 6. CAVIDADES DO CORAÇÃO Existem 4 cavidades a saber: átrios direito e esquerdo; ventrículos direito e esquerdo. Os átrios não se comunicam entre si, pois estão separados por uma parede músculo-membranosa denominada SEPTO INTERATRIAL. O mesmo ocorre com os ventrículos, que estão separados por uma parede muscular denominada SEPTO INTERVENTRICULAR. Deste modo, as únicas comunicações possíveis entre as câmaras cardíacas são: entre o átrio direito e ventrículo direito, através do óstio atrioventricular direito; e entre o átrio esquerdo e ventrículo esquerdo, através do óstio atrioventricular esquerdo. 6.1. ÁTRIO DIREITO A parede medial é representada pelo septo interatrial. Neste local é possível observar uma depressão ovalada denominada FOSSA OVAL que nada mais é do que o vestígio do FORAME OVAL que no feto estabelece a comunicação entre os átrios direito e esquerdo. Ao nascimento este forame está fechado, restando apenas uma depressão. O átrio direito recebe o sangue venoso de todo o corpo, incluindo o do próprio coração, através de vasos que desembocam neste átrio. São eles: veias cavas superior e inferior, e seio coronário. O sangue venoso sai do átrio direito para o ventrículo direito pelo óstio atrioventricular direito.Portanto, no átrio direito temos os seguintes orifícios: 6.1.a. Orifícios de entrada para o sangue: óstio da veia cava superior: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no átrio direito o sangue venoso proveniente da cabeça, pescoço, membro superior e parte do tórax; óstio da veia cava inferior: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no átrio direito o sangue venoso proveniente do tórax, abdome, pelve e membro inferior; óstio do seio coronário: orifício de abertura da veia de mesmo nome. Esta veia lança no átrio direito o sangue venoso do próprio coração. 6.1.b. Orifício de saída para o sangue: óstio atrioventricular direito: orifício que comunica o átrio direito com o ventrículo direito. O sangue venoso lançado no átrio direito passa, a seguir, para o ventrículo direito através deste óstio. Este representa, ao mesmo tempo, o orifício de saída do átrio direito e o orifício de entrada do ventrículo direito. OBS: o átrio direito possui uma pequena expansão em sua cavidade, visível na superfície do coração, denominada de aurícula atrial direita. 6.2.VENTRÍCULO DIREITO Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. Possui paredes mais delgadas, quando comparadas com as paredes do ventrículo esquerdo. Recebe o sangue venoso do átrio direito, e envia este sangue, por meio do tronco pulmonar, para ser oxigenado nos pulmões. Para tanto possui os seguintes orifícios: 6.2.a. Orifício de entrada para o sangue: óstio atrioventricular direito: permite a passagem de sangue do átrio direito para o ventrículo. Este óstio já foi mencionado no item sobre orifício de saída do átrio direito. 6.2.b. Orifício de saída para o sangue: óstio do tronco pulmonar: orifício de abertura de um calibroso vaso sanguíneo de mesmo nome. O sangue venoso do ventrículo direito passa para o tronco pulmonar que o leva em direção aos pulmões. 6.3. ÁTRIO ESQUERDO Apresenta uma expansão, visível na superfície do coração, denominada de aurícula atrial esquerda. Este átrio recebe o sangue oxigenado proveniente dos pulmões, por meio das quatro veias pulmonares, e impulsiona este sangue para o ventrículo esquerdo. Portanto, possui os seguintes orifícios: 6.3.a. Orifícios de entrada para o sangue: óstio das veias pulmonares: são 04 orifícios de abertura das veias pulmonares, sendo que 2 veias são direitas e 2 esquerdas, e lançam no átrio esquerdo o sangue oxigenado que vem dos pulmões. 6.3.b. Orifícios de saída para o sangue: óstio atrioventricular esquerdo: o orifício que comunica o átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo. Representa o orifício de saída do átrio e o orifício de entrada para o ventrículo. É através deste óstio que o sangue do átrio esquerdo alcança o ventrículo esquerdo. 6.4. VENTRÍCULO ESQUERDO Possui paredes bem espessas. Recebe o sangue oxigenado do átrio esquerdo, e impulsiona este sangue para a aorta para que seja distribuído para todo o corpo. Possui os seguintes orifícios: 6.4.a. Orifício de entrada para o sangue: óstio atrioventricular esquerdo: é o mesmo orifício de saída do átrio esquerdo, como comentado anteriormente. 6.4.b. Orifício de saída para o sangue: óstio da aorta: é o orifício de abertura da artéria (vaso) de mesmo nome. O sangue do ventrículo esquerdo é impulsionado para o interior da aorta, que o distribui, através de suas inúmeras ramificações, para todo o corpo. OBS: as paredes dos átrios são mais delgadas e mais membranosas, enquanto que, as paredes dos ventrículos são mais espessas e mais musculares. As aurículas atriais direita e esquerda servem para amortecer o impacto do sangue que chega até aos átrios. 7. VALVAS DO CORAÇÃO As valvas representam o conjunto de membranas de tecido conjuntivo denominadas válvulas, isto é, cada valva é formada por 2 ou mais válvulas. As valvas estão presentes em quase todos os óstios de entrada e saída das câmaras cardíacas, fechando ou abrindo estes orifícios, no intuito de controlar o fluxo sanguíneo no coração. Entre elas destacam-se: 7.1. Valva atrioventricular direita: conjunto de três válvulas triangulares. Esta valva localiza-se no óstio atrioventricular direito, e controla o fluxo do sangue do átrio direito para o ventrículo direito. Durante o período de enchimento do átrio direito esta valva se fecha obliterando o respectivo óstio. 7.2. Valva do tronco pulmonar (valva semilunar): é uma valva constituída por 3 lâminas em forma de concha ou meia lua. Localiza-se no óstio do tronco pulmonar controlando o fluxo de sangue do ventrículo direito para o tronco pulmonar. Está fechada durante o período de enchimento do ventrículo. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 7.3. Valva atrioventricular esquerda: é uma valva constituída por duas válvulas triangulares. Está localizada no óstio atrioventricular esquerdo, controlando o fluxo sanguíneo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Encontra-se fechada durante o período de enchimento do átrio esquerdo, e aberta durante o enchimento do ventrículo. 7.4. Valva da aorta (valva semilunar): é uma valva constituída por 3 lâminas em forma de concha ou de 1/2 lua. Está localizada no óstio da aorta. Controla o fluxo do sangue do ventrículo esquerdo para a aorta. Encontra-se fechada no período de enchimento do ventrículo. OBS: cada válvula das valvas atrioventriculares direita e esquerda possui o ápice fixado à parede ventricular através de filamentos membranosos denominados CORDAS TENDÍNEAS. A base de cada válvula é fixada nos anéis fibrosos do coração. Insuficiência valvar: Em algumas situações, uma ou mais valvas cardíacas podem apresentar alterações morfológicas que comprometem o fechamento adequado dos óstios. Esta condição, popularmente, é conhecida como “sopro cardíaco”. 8. PAREDES OU TÚNICAS DO CORAÇÃO: O coração é constituído por 3 estratos de diferentes tecidos e que representam as paredes externa, média e interna do coração. 8.1.Parede ou túnica externa: recebe o nome de PERICÁRDIO. O pericárdio é uma estrutura em forma de "saco" que envolve o coração e o início dos vasos da base, e ainda auxilia na fixação do coração na cavidade torácica. É constituído por 3 lâminas ou folhetos (1 fibroso e 2 serosos. 8.1.a. lâmina fibrosa: é denominada de pericárdio fibroso. É formado por tecido conjuntivo fibroso, rico em fibras colágenas. É esbranquiçado e muito resistente. Das três lâminas é a mais externa. Está fixado ao músculo diafragma, osso esterno, traquéia e brônquios principais. 8.1.b. lâminas serosas ou pericárdio seroso: constituídas por tecido seroso. A primeira lâmina serosa é delgada e se adere à superfície interna do pericárdio fibroso. Esta lâmina pode ser chamada pericárdio parietal ou lâmina parietal do pericárdio seroso. Das três lâminas esta é a média. A segunda lâmina está em contato com a superfície do coração e recebe o nome de lâmina visceral do pericárdio seroso ou epicárdio. Das três lâminas é a mais interna. Entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso existe um espaço estreito (cavidade pericárdica) preenchido por uma película de líquido. Este líquido - líquido pericárdico - facilita o deslizamento entre as lâminas do pericárido durante as contrações do coração. Acúmulo de líquido decorrente de inflamações, infecções ou hemorragias na cavidade pericárdica leva ao tamponamento cardíaco. Nesta condição o acúmulo de líquido passa a comprimir o coração impedindo seu funcionamento. 8.2. Parede ou túnica média: é chamada de MIOCÁRDIO e é formado por fibras musculares estriadas cardíacas. É a parede mais espessa do coração. Representa o principal componente das paredes atriais, ventriculares e septais. O miocárdio forma, no interior das cavidades cardíacas, saliências irregulares denominadas de trabéculas cárneas. Dentre as quais destacam-se os músculos papilares e pectinados. Nos músculos papilares – abundantes nos ventrículos – prendem-se as cordas tendíneas. Os músculos pectinados são mais visíveis nos átrios. 8.3. Parede ou túnica interna: É denominada ENDOCÁRDIO. Representa uma delgada lâmina brilhante de tecido conjuntivo e endotélio que forra todas as cavidades do coração, estando bem aderida à superfície de suas paredes e saliências. Participa da formação das válvulas e cordas tendíneas. O endocárdio é impermeável ao sangue e é contínuo com o endotélio dos vasos sanguíneos da base. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 9. IRRIGAÇÃO DO CORAÇÃO O suprimento sanguíneo para o coração é fornecido pelas artérias coronárias direita e esquerda que se originam da aorta ascendente, penetram nos tecidos cardíacos, ramificando-se intensamente nas paredes do coração. 10. DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO O sangue venoso do coração é coletado por uma série de veias que, após uniões sucessivas, formam o seio coronário que desemboca no átrio direito, lançando aí o sangue venoso do coração. 11. INERVAÇÃO DO CORAÇÃO O controle nervoso do coração é dividido em dois grupos de estruturas diferentes que representam as inervações extrínseca e intrínseca do coração. 11.1. Inervação EXTRÍNSECA do coração: É realizada pelo sistema nervoso autônomo, com seus componentes simpático e parassimpático. O componente simpático é proveniente da medula espinhal e envia fibras nervosas para o coração, constituindo os nervos cardíacos simpáticos. O parassimpático envia fibras nervosas para o coração através do nervo vago proveniente do tronco encefálico. As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas, no coração, formam os plexos cardíacos superficial e profundo.. O simpático atua no coração aumentando a frequência de contrações (taquicardia - aumento dos batimentos). O parassimpático atua no coração diminuindo a frequência de contrações (bradicardia - diminuição dos batimentos). 11. 2. Inervação INTRÍNSECA do coração: Esta inervação não é constituída por elementos nervosos. É formada por fibras musculares estriadas cardíacas especiais, com estriações transversais pouco acentuadas, com pouco miofibrilas, e de diâmetro menor do que as demais fibras musculares cardíacas. Estas fibras constituem o tecido nodal que, por si só, é capaz de gerar impulsos elétricos que se propagam pelo coração, determinando a contração do miocárdio. Desta maneira, os elementos simpáticos e parassimpáticos da inervação extrínseca atuam no coração controlando a quantidade de impulsos que é gerada pelas fibras do tecido nodal. Macroscopicamente, não é possível distinguir no coração os locais onde encontramos estas fibras especializadas em geração de impulsos. Este estudo é microscópico. Sabe-se, no entanto, que elas agrupam-se formando: 11.2.a. Nó sinoatrial: conjunto de fibras localizado na parede do átrio direito, próximo ao óstio da veia cava superior. É o "marca-passo" do coração, pois determina a "cadência" do ritmo cardíaco. Seu comprometimento leva à necessidade do uso de marca-passo artificial. 11. 2.b. Nó atrioventricular: localiza-se na parede do átrio direito, próximo ao óstio do seio coronário, no septo interatrial. 11.2.c. Fascículo atrioventricular: conjunto de fibras que se inicia próximo ao nó atrioventricular e estende-se ao septo interventricular, onde bifurca-se, originando os ramos direito e esquerdo. 11.2.d. Ramos ou plexo subendocárdico: conjunto de fibras que representa as ramificações dos ramos direito e esquerdo do fascículo atrioventricular. Estas ramificações estão distribuídas pelas paredes ventriculares, abaixo do endocárdio, e suas fibras são também denominadas de fibras de Purkinje. OBS: a inervação intrínseca também é conhecida com o nome de sistema excito-condutor do coração. CIRCUITOS SANGUÍNEOS 1. PEQUENA CIRCULAÇÃO OU CIRCULAÇÃO PULMONAR Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. Compreende o trajeto do sangue rico CO2 ("venoso") a partir do átrio direito até alcançar, de volta, o átrio esquerdo já oxigenado. O sangue venoso de todo o corpo é lançado no átrio direito, por meio das veias cavas superior, inferior e seio coronário. Do átrio direito, este sangue passa para o ventrículo direito pelo óstio atrioventricular direito. Deste ventrículo, o sangue sai pelo tronco pulmonar e é levado aos pulmões para que ocorra a oxigenação. O tronco pulmonar é um vaso curto que se bifurca originando as artérias pulmonares direita e esquerda (uma para cada pulmão). Uma vez nos pulmões, as artérias pulmonares se ramificam intensamente originando capilares. É em nível de capilares e alvéolos pulmonares que ocorre a oxigenação do sangue venoso. Este processo denomina-se HEMATOSE (sai CO2 do sangue e entra O2). Os capilares formam vênulas, estas por sua vez formam, gradativamente, por união, quatro veias pulmonares (2 direitas e 2 esquerdas). As veias pulmonares que saem dos pulmões dirigem-se ao coração levando de volta o sangue oxigenado ao átrio esquerdo. Termina assim o circuito da pequena circulação, cuja principal função é a oxigenação do sangue e eliminação do dióxido de carbono. 2. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA OU GRANDE CIRCULAÇÃO Tem início com o sangue oxigenado trazido ao átrio esquerdo pelas quatro veias pulmonares. O sangue oxigenado do átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo, por meio do óstio atrioventricular esquerdo. Uma vez no ventrículo esquerdo, o sangue oxigenado sai do mesmo para a aorta. Esta artéria ramifica-se gradativa e intensamente pelo corpo distribuindo sangue oxigenado ao mesmo. A divisão sucessiva da aorta origina capilares que permitem as trocas entre o sangue e os tecidos. Após as trocas sangue-tecido em nível de capilares, o sangue torna-se gradativamente venoso, pois deixa 02 para os tecidos e capta, entre outros compostos, o CO2. Os capilares unem-se, gradativamente, formando vênulas, e estas as veias. As veias, por união, vão originar as veias cavas superior, inferior e o seio coronário que transportam o sangue venoso de todo o corpo para o átrio direito. Assim, entre as funções da circulação sistêmica está a distribuição do sangue rico em oxigênio para todas as estruturas do corpo, a coleta do dióxido de carbono dos tecidos e o retorno do sangue de todo o corpo para o coração. VI. IRRIGAÇÃO É o transporte de sangue rico em oxigênio e nutrientes para um determinado órgão, tecido ou célula, com posteriores trocas entre este sangue e a célula. Via de regra a irrigação é feita pelas artérias e seus ramos. As trocas ocorrem em nível de capilares sanguíneos. VII. DRENAGEM VENOSA Representa a coleta (retirada) de sangue rico em CO2 dos tecidos e o retorno do sangue ao coração. Via de regra é feito por veias e seus ramos. A drenagem ocorre após as trocas entre capilares e tecidos. VASOS SANGUÍNEOS São ductos que transportam sangue do coração para o corpo e deste para o coração. Os vasos sanguíneos possuem paredes formadas, basicamente, por três camadas sobrepostas: túnica íntima, túnica média ou muscular, e túnica externa ou adventícia. A constituição destas túnicas é diferente nos diversos tipos de vasos. De maneira geral, as túnicas são constituídas por endotélio, tecido conjuntivo com fibras elásticas, reticulares e colágenas e fibras musculares lisas. O diâmetro dos vasos pode ser aumentado (vasodilatação) ou diminuído (vasoconstrição) pela ação do sistema nervoso autônomo. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 1. TIPOS DE VASOS - artérias de grande, médio e pequeno calibre. - arteríolas - capilares - vênulas - veias de pequeno, médio e grande calibre. ARTÉRIAS Por definição, são vasos que saem do coração ou que se originam, direta ou indiretamente, do coração. São, portanto, vasos eferentes. O sangue nas artérias é conduzido no sentido centrífugo, isto é, distanciando-se do coração. Via de regra, o sangue que circula pelas artérias é rico em oxigênio (sangue arterial). Exceção a esta regra são as artérias pulmonares que transportam sangue venoso. As artérias realizam a irrigação do corpo. l. Características gerais das artérias: - a parede das artérias é bastante elástica para adequar-se à pressão da corrente sanguínea. Além de elástica, a parede arterial é mais espessa do que a parede de veias de mesmo diâmetro. - À medida que a artéria distancia-se do coração, ela emite, sucessivamente, ramos de diâmetros sempre menores. As menores ramificações de uma artéria são as arteríolas. - As artérias pulsam. Isto ocorre devido à força do sangue que circula em seu interior. - As artérias, de modo geral, localizam-se em planos profundos do nosso corpo, e são menos numerosas do que as veias. - quando seccionadas, a hemorragia ocorre por jatos intermitentes de sangue. - Toda as artérias do corpo originam-se, direta ou indiretamente, da aorta e do tronco pulmonar. ARTERÍOLAS Representam as menores ramificações das artérias, isto é, são vasos de diâmetro diminuto. As arteríolas ramificam-se, originando CAPILARES. Próximo à origem do capilar, a arteríola apresenta um espessamento muscular em sua parede denominado esfíncter pré-capilar, que controla o fluxo de sangue para o capilar. CAPILARES São vasos de diâmetro microscópico e muito numerosos no nosso corpo. Sua parede é bem delgada, sendo constituída, na maioria das vezes, por uma única camada de células endoteliais e por uma membrana basal de tecido conjuntivo. De modo geral, os capilares são oriundos da ramificação de arteríolas. Contudo, existem capilares originados a partir da ramificação de vênulas. Em nível de capilares, é possível a realização de trocas de substâncias entre o sangue e os tecidos, e vice-versa. Deste modo, o oxigênio e outros compostos presentes no sangue passam para o tecido, e o CO2 e demais produtos do metabolismo celular do tecido incorporam-se ao sangue. l. Tipos de capilares 1.a. capilar contínuo: é o capilar que não apresenta interrupções em sua parede. Exemplo: capilares dos músculos. 1.b. capilar fenestrado: é o capilar que possui "poros" na parede a semelhança de diafragmas. Exemplo: capilares renais. 1.c. capilar sinusóide: é o capilar que apresenta interrupções na parede de espaço em espaço. Exemplo: capilares do fígado. 2. Outras características dos capilares: Quanto mais ativo for um tecido mais capilares atuantes ele terá. A medida que o sangue arterial vai passando pelos capilares, as trocas vão ocorrendo, e o sangue vai tornando-se gradativamente venoso. A união de vários capilares constitui vasos denominados VÊNULAS. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. Quanto mais próximo da constituição das vênulas mais venoso será o capilar. Quanto mais próximo de sua origem arteriolar mais arterial será o capilar. VÊNULAS São vasos sanguíneos de diâmetro muito pequeno e resultantes da união ou confluência de vários capilares. As vênulas transportam o sangue no sentido centrípeto, isto é, em direção ao coração. A união de duas ou mais vênulas originam as VEIAS. VEIAS Por definição, as veias são vasos sanguíneos que chegam ao coração. São, portanto, aferentes. Conduzem o sangue de volta ao coração (retorno venoso), portanto, no sentido centrípeto. Via de regra, as veias transportam sangue rico em dióxido de carbono (sangue venoso). Exceção a esta regra são as veias pulmonares que transportam sangue oxigenado para o átrio esquerdo do coração. l. Características gerais das veias: - as veias NÃO pulsam, pois o sangue em seu interior circula com pouca pressão; - as paredes das veias são mais ricas em fibras colágenas do que em fibras elásticas, sendo, portanto, vasos menos elásticos do que as artérias; - a parede das veias é mais delgada do que a das artérias de mesmo calibre; - as veias são mais numerosas do que as artérias, e têm localização superficial (veias superficiais) ou profunda (veias profundas). Quando profundas, acompanham as artérias em seus trajetos, recebendo o mesmo nome da artéria. Na maioria dos casos, acompanhando uma artéria existem duas veias satélites; - Um grande número de veias possui, internamente, um sistema de valva, formado por duas válvulas localizadas de espaço em espaço, que auxilia no retorno venoso, impedindo o refluxo do sangue no interior das veias; - Quando seccionada, a hemorragia é contínua. - Todas as veias do corpo unem-se, sucessivamente, até formarem as veias cavas superior e inferior e o seio coronário que desembocam no átrio direito do coração. As veias que drenam a cabeça e o pescoço, logo, favoravelmente em relação à gravidade, possuem paredes muito delgadas, sendo as fibras musculares raras ou até mesmo ausentes. As valvas, na maioria das vezes, não são encontradas. As veias dos membros inferiores drenam o sangue desfavoravelmente em relação à gravidade, por isso suas paredes são espessas, ricas em fibras musculares lisas e em fibras colágenas. Possuem também numerosas valvas, que ajudam no direcionamento do sangue. RETORNO VENOSO O retorno do sangue ao coração, por meio das veias, é auxiliado pela presença de valvas no interior das veias, pela contração da musculatura estriada esquelética que "massageia" a veia, pela pulsação das artérias, transmitindo o pulso para a parede da veia satélite, pelos gradientes de pressão das cavidades torácica e abdominal e pela "força aspiradora" do átrio direito e, também, pela esponja venosa do pé. O sangue no interior das veias do membro inferior possui pouca energia cinética, e para drenar conta com vários mecanismos, dentre os quais se destaca a atuação da “esponja venosa” das plantas dos pés e a ação massageadora dos músculos dos membros inferiores sobre os vasos. Na planta dos pés existe uma grande quantidade de veias, formando uma verdadeira “esponja”, que se enche de sangue. Durante o ato de andar estas veias são comprimidas pelo peso corporal, que pressiona o sangue, aumentando sua energia cinética e promovendo a circulação em direção ao coração. A contração muscular, durante o exercício físico, comprime principalmente as veias profundas, forçando Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. o sangue a circular. Esta força atua em conjunto com as valvas, que não deixam o sangue refluir, forçando-o em direção à circulação central. Ao atingir grandes vasos, o sangue beneficia-se da força aspirativa do coração, completando seu trajeto. Pessoas que permanecem de pé por períodos prolongados sofrem acúmulo de sangue no interior das veias dos membros inferiores, resultando em elevações de pressão, dilatação das veias, podendo provocar insuficiência vascular e surgimento de varizes. Este mecanismo é acentuado em pessoas que, por predisposição genética, tenham veias com paredes frágeis; em idosos, devido à redução na síntese de colágeno; em mulheres, durante e após a menopausa; e em pessoas com dietas deficientes em proteínas e vitamina C. As proteínas são necessárias para fornecerem aminoácidos, que são utilizados para a síntese do colágeno, elemento que confere resistência à parede vascular e a outras estruturas corporais. A vitamina C é essencial para estimular a síntese de colágeno. Para evitar as varizes aconselham-se as pessoas que devem permanecer de pé por períodos prolongados a movimentarem-se, beneficiando-se do mecanismo de compressão da “esponja venosa” da planta dos pés e da ação bombeadora dos músculos. Nos casos de deficiência de proteínas, estas poderão ser ingeridas com carnes, leite, ovos, queijo etc. No verão a elevação da temperatura ambiental desencadeia no organismo um mecanismo de vasodilatação e intensificação da sudorese, para facilitar a eliminação de calor. Nesta estação, devido à vasodilatação, é comum ocorrer queda da pressão arterial, pois nesta situação as artérias (contingentes) dilatam-se, aumentando seu calibre, sem ocorrer aumento no volume do sangue (conteúdo), resultado na hipotensão arterial. Nestes casos, o sangue tem dificuldades para circular, principalmente para os segmentos corporais em que deve fluir contra a gravidade, como é o caso da cabeça. A oxigenação do encéfalo fica deficiente, ocorre mal-estar geral e às vezes desmaio. O mecanismo de vasodilatação agrava os problemas da circulação de retorno (venosa) de pessoas com varizes, gerando sobrecarga sanguínea nos vasos dos membros inferiores, com extravasamento de líquido para o espaço intercelular e surgimento de edema (inchaço), principalmente nas pernas e nos pés. No inverno, para evitar a perda de calor, os vasos sanguíneos periféricos sofrem vasoconstrição, por isto ficamos com a pele descorada e muitas vezes com lábios e unhas arroxeadas (cianose), provocando o deslocamento de grande quantidade de sangue para a circulação central, fenômeno normal em pessoas sadias, mas em pessoas doentes pode gerar hipertensão arterial, sobrecargas cardíaca e pulmonar, o que contribui para que o inverno seja a estação do ano em que se verifica um maior número de mortes por problemas cardíacos. ANASTOMOSE Anastomose, em sistema cardiovascular, representa a conexão entre os vasos, estabelecendo uma circulação colateral. PRINCIPAIS ARTÉRIAS DO CORPO Como mencionado anteriormente, as artérias originam-se direta ou indiretamente da aorta e do tronco pulmonar. A aorta, por sua vez, é a artéria mais calibrosa do corpo e recebe denominações diferentes ao longo de seu trajeto: aorta ascendente, arco da aorta, aorta descendente (parte torácica e parte abdominal). Portanto, a aorta estende-se do ventrículo esquerdo até a cavidade abdominal onde termina em nível de 4ª VL, originando as artérias ilíacas comuns direita e esquerda. Ao longo de seu trajeto, emite inúmeros ramos, como veremos a seguir. 1 - AORTA ASCENDENTE E SEUS RAMOS: é o segmento inicial da aorta logo após sua saída do ventrículo esquerdo. Tem trajeto curto e ascendente na cavidade torácica. Fornece apenas 2 ramos: artérias coronárias direita e esquerda, que irrigam o coração. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 2 - ARCO DA AORTA E SEUS RAMOS: Após o trajeto ascendente, a aorta descreve uma curvatura para assumir, então, um trajeto descendente. Esta curvatura é denominada de arco da aorta. Os ramos do arco da aorta – artéria subclávia e artéria carótida comum – se ramificam intensamente. A primeira destina-se à irrigação de estruturas presentes no pescoço e membro superior. A segunda destina-se a irrigação do pescoço e cabeça. 3 - PARTE DESCENDENTE TORÁCICA DA AORTA: após descrever o arco, a aorta assume um trajeto descendente na cavidade torácica, em direção ao abdome. A região da aorta que se estende a partir do arco até ao hiato aórtico no músculo diafragma é denominada parte descendente torácica da aorta. No seu trajeto, pela cavidade torácica, ela emite uma série de ramos para o esôfago, pericárdio, brônquios e pulmões (artérias brônquicas), diafragma, parede torácica etc. 4 - PARTE DESCENDENTE ABDOMINAL DA AORTA: Compreende o segmento da aorta descendente que se estende do hiato aórtico do músculo diafragma até a 4ª vértebra lombar, portanto, compreende o trajeto abdominal. Em nível da 4ª VL, a aorta bifurca-se, originando seus ramos terminais: artérias ilíacas comuns direita e esquerda. No abdome, a aorta fornece ramos para o músculo diafragma, para a parede abdominal e para as vísceras abdominais. 4.1. Artérias ilíacas comuns direita e esquerda Cada uma delas bifurca-se e origina uma artéria ilíaca interna e uma artéria ilíaca externa. A artéria ilíaca interna, de cada antímero do corpo, envia, entre outros, ramos para a parede e vísceras pélvicas. A artéria ilíaca externa de cada antímero segue para o membro inferior onde origina ramos que irrigam todas as estruturas do membro inferior. PRINCIPAIS VEIAS DA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA No membro inferior, as veias que acompanham as artérias se unem sucessivamente até formarem as veias ilíacas comuns direita e esquerda. Estas, por sua vez, originam a veia cava inferior que sobre ao lado da aorta abdominal, atravessa o músculo diafragma e se abre no átrio direito. Em seu trajeto abdominal a veia cava inferior recebe as veias que drenam o sangue da parede abdominal, vísceras pélvicas, rins, glândulas e fígado. Além destas citadas, existem as seguintes veias superficiais: veias safena magna e safena parva que desembocam nas veias profundas. Nos membros superiores, as veias acompanham as artérias e unem-se, sucessivamente, para constituir em cada antímero a veia subclávia. Além destas existem as seguintes veias superficiais: veia cefálica, veia basílica e veia mediana que desembocam nas veias profundas. A veia subclávia recebe afluentes do pescoço, tórax e ombro. Na cabeça e pescoço, a drenagem venosa é feita por veias que acompanham as artérias e desembocam nas veias jugulares. Em cada antímero, a união entre a veia jugular e veia subclávia forma a veia braquiocefálica. A união das veias braquiocefálicas direita e esquerda forma a VEIA CAVA SUPERIOR que se abre no átrio direito. SISTEMA PORTA-HEPÁTICO O sangue venoso do baço, pâncreas, estômago e intestinos não é drenado diretamente para a veia cava inferior. O sangue venoso destes órgãos é drenado primeiramente para o fígado, pela veia porta No fígado, a veia porta ramifica-se intensamente até originar capilares sinusóides, ocorrendo neste nível, novas trocas entre o sangue venoso e os hepatócitos. Os sinusóides unem-se, sucessivamente, para formar Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. as veias hepáticas que desembocam na veia cava inferior, drenando, agora, aquele sangue venoso da veia porta para a circulação sistêmica. TEXTO – CONSIDERAÇÒES CLÍNICAS SOBRE O SISTEMA CARDIOVASCULAR AÇÃO CARDÍACA Os ventrículos impulsionam o sangue para a aorta e para o tronco pulmonar. Seu trabalho é sincronizado. A ação cardíaca se processa por toda a vida como um ciclo cardíaco bifásico, repetitivo: ao esvaziamento do ventrículo por meio de uma contração muscular, sístole ventricular, segue-se o enchimento do ventrículo vazio por relaxamento da parede cardíaca, diástole ventricular. SÍSTOLE: para iniciar a sístole, a tensão do miocárdio leva à uma elevação da pressão no ventrículo. As valvas atrioventriculares e semilunares estão fechadas, o volume do ventrículo permanece inalterado. Quando a pressão do ventrículo atingir o nível da pressão arterial, abrem-se as valvas semilunares, o miocárdio se encurta, o volume do ventrículo diminui, cerca de 70 ml de sangue são lançados em cada artéria (volume sistólico). Com isso a pressão ventricular cai novamente abaixo da pressão arterial e as valvas semilunares se fecham. DIÁSTOLE: segue-se um relaxamento do miocárdio com as valvas atrioventriculares ainda fechadas. Quando a pressão ventricular cai abaixo da pressão arterial, abrem-se as valvas atrioventriculares. O sangue passa do átrio para o ventrículo (período de enchimento). As forças atuantes nessa fase são as de sucção provocada pelo desdobramento elástico da parede ventricular e a sístole atrial que se inicia próximo ao término do período de preenchimento e termina com início da sístole ventricular. O sangue chega ao átrio direito através das veias cavas inferior e superior e seio coronário, e ao átrio esquerdo através das veias pulmonares. No momento da diástole ventricular, atravessa os orifícios que comunicam os átrios com os ventrículos (óstios atrioventriculares direito e esquerdo), preenchendo-os. No momento da sístole atrial, a contração do átrio complementa o preenchimento das cavidades ventriculares. A seguir, o átrio entra em diástole e inicia-se a sístole ventricular. Durante o período de sístole, os ventrículos contraem-se sobre o sangue, que, sendo líquido, possui a propriedade física de ser isométrico (não diminui o volume quando é comprimido), com isto, a pressão no ventrículo torna-se maior que no átrio, e o sangue tende a refluir do ventrículo para o átrio, local em que a pressão está reduzida. O sangue turbilhona-se e choca-se contra as valvas atrioventriculares direita e esquerda, as quais se fecham para impedir o refluxo, porém a pressão continua elevando-se, e em condições normais estas valvas não se dobram em direção ao átrio porque em seus folhetos estão presas as cordas tendíneas, que são os tendões de músculos existentes na parede ventricular, denominados de músculos papilares. Com a mesma intensidade que o sangue força as valvas em direção ao átrio, os músculos papilares tracionam-nas em direção aos ventrículos, verificando-se, portanto, a aplicação de duas forças iguais e em sentidos opostos. Desta forma, uma anula a outra e a valva permanece fechada. O turbilhonamento do sangue, estiramento das valvas e das cordas tendíneas, e a tensão da parede ventricular provocam uma vibração. A vibração é convertida pelo tórax em som, e ouve-se então a primeira bulha cardíaca, que marca o momento do fechamento das valvas atrioventriculares. Os ventrículos continuam contraindo-se até que a pressão no seu interior seja superior à pressão no interior das artérias pulmonares e aorta, promovendo, então, a abertura das valvas semilunares pulmonar e aórtica, permitindo a ejeção (saída) do sangue. Durante a ejeção o tecido elástico das artérias distende-se para acomodar o maior volume de sangue. A pressão no interior da aorta eleva-se para aproximadamente 120 mmHg, ao mesmo tempo, devido ao relaxamento ocorrido na diástole ventricular. A pressão no ventrículo torna-se muito reduzida e o sangue tende a refluir, o que não ocorre porque as valvas semilunares fecham-se, impedindo o refluxo. O sangue choca-se contra as valvas e contra a parede arterial, promovendo uma vibração que é convertida em som pela caixa torácica. Ouve-se, então, a 2ª bulha cardíaca. Defeitos nas valvas causam sintomas que são genericamente denominados de sopro. No sopro por insuficiência de fechamento das valvas atrioventriculares, no início da sístole ventricular, as valvas Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. fecham-se, ouvindo-se o ruído da 1ª bulha cardíaca (“tum”), a seguir um jato de sangue atravessa a valva mal fechada em direção ao átrio, ouvindo-se um ruído que causa a impressão de o coração estar soprando (“fuu”). Ouve-se após o fechamento da valva semilunar (“tá”) caracterizando-se assim o sopro sistólico. Nas insuficiências de fechamento das valvas semilunares ouve-se inicialmente o fechamento das valvas atrioventriculares (“tum”), a seguir ouve-se o fechamento das valvas semilunares (“tá”). Quando o ventrículo entra em diástole, um jato de sangue jorra retrogradamente para seu interior (“fuu”); neste caso é denominado de sopro diastólico. Em alguns casos o sopro não afeta o desempenho cardíaco. São sistólicos e de baixa intensidade. Muitas vezes só aparecem após exercícios físico intenso e em quadros de hipertermia (febre). As causas mais frequentes são de natureza congênita (quando o indivíduo nasce com defeito nas valvas) ou este é adquirido em função de fibrose e/ou do estreitamento das valvas, ruptura, encurtamento ou alongamento das cordas tendíneas. Com maior frequência o sopro é secundário à febre reumática, popularmente conhecida como reumatismo no sangue. A febre reumática é secundária à faringite, à amigdalite por estreptococos do tipo A, sendo favorecida por cáries dentárias. O estreptococo do grupo A, alojado no locais citados, desenvolve a infecção e, ao mesmo tempo, produz toxinas que são lançadas na corrente sanguínea e vão exercer seus efeitos deletérios preferencialmente nas articulações, no coração e na pele. O estreptococo reproduz a estreptolisina-O, toxina que se liga aos tecidos (cardíaco, articular e pele), provocando reação inflamatória nos locais mencionados. Simultaneamente, o sistema imune (sistema que defende o organismo) reconhece o agente etiológico (causador da doença) como estranho ao organismo e produz anticorpos antiestreptolisina. Quando ocorrem novos surtos de infecções, o organismo responde prontamente produzindo níveis elevados de anticorpos antiestreptolisina, os quais se envolvem em reações cruzadas, reconhecendo como estranho o próprio tecido cardíaco e causando lesões irreversíveis. Uma vez instalado o quadro de febre reumática, o tratamento baseia-se em antibioticoterapia, com rigoroso acompanhamento médico, laboratorial e por vezes tratamento cirúrgico. A prevenção desta doença consiste no tratamento adequado na infecção primária, com acompanhamento médico. Para executar seu trabalho de bombeamento o coração necessita de grandes quantidades de energia, liberadas no processo de respiração celular, através da reação entre a glicose e o oxigênio. A elasticidade da parede arterial, permitindo a acomodação do sangue ejetado pelos ventrículos, evita elevações excessivas de pressão, pois, ao injetar-se o conteúdo (sangue) no interior do contingente (artérias), o segundo distende-se, atuando como um dos fatores que determinam a pressão arterial. A interação entre fatores genéticos, nutricionais e psicossociais predispõe o indivíduo a quadros crônicos de hipertensão arterial. Nos quadros de aterosclerose ocorre redução do calibre por deposição de placas de gordura (placas de ateroma) e perda da elasticidade arterial (arteriosclerose), mais distensão da parede do átrio, o que leva a quadros de hipertensão arterial (pressão alta). A aterosclerose relaciona-se à predisposição genética, hábitos alimentares, diabetes, agressões aos tecidos da parede vascular, tabagismo, uso de anticonceptivos orais, obesidade, estilo de vida competitivo, atividade física regular insuficiente. Alimentação contendo quantidades exageradas de carboidratos e de gorduras saturadas aumentam os níveis sanguíneos de lipídeos (triglicerídeos e colesterol), facilitando a sua deposição na parede arterial. Nos diabéticos, a dificuldade em utilizar a glicose como fonte de energia leva à mobilização e utilização de lipídeos como fonte de energia, aumentando os níveis de lipídeos circulantes, o que predispõe sua deposição na parede arterial. Pessoas com hábitos competitivos de vida são, frequentemente, submetidas a condições de tensão emocional e liberam grande quantidade de adrenalina, o que promove a contração da parede dos vasos sanguíneos e consequente elevação da pressão arterial, fato que contribui para danificar os vasos. O tabaco é uma das principais causas de doenças degenerativas da parede arterial, somando-se aos demais fatores. A nicotina induz à hipertensão arterial por atuação direta e pela liberação de adrenalina. O monóxido de carbono funciona como um agressor químico para o endotélio vascular (camada interna Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. do vaso), facilitando as lesões das células da túnica íntima e sobre estas se depositam lipídeos, o que forma tecido fibroso e por vezes ocorre calcificação. O monóxido de carbono exerce também efeito tóxico direto, através de sua ligação a citocromos celulares. As consequências finais da arteriosclerose e da aterosclerose são a redução ou a interrupção do fluxo sanguíneo para o tecido ou órgão irrigado pelo vaso obstruído (isquemia). A isquemia causa deficiência ou ausência de oxigenação (hipóxia e anóxia), provocando a morte do tecido. Quando a isquemia ocorre em uma das artérias coronárias levando a morte de células do miocárdio, o indivíduo tem um infarto do miocárdio. Nos casos das artérias cerebrais desenvolvem-se os acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCI), que, juntamente com os acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos (AVCH), são popularmente denominados de derrames. A prevenção destas doenças baseia-se na suspensão do uso do tabaco, na realização de exercícios físicos regulares, em evitar as causas de tensão emocional, no tratamento correto de diabetes e no uso de dieta balanceada. Para reduzir a absorção de colesterol e triglicerídeos, aconselha-se reduzir a ingesta de carnes e acrescentar no cardápio alimentos ricos em fibras. As fibras (celulose), ao entrarem em contato com os lipídeos, absorvem-nos e, como estes não são digeridos, ao serem eliminados levam consigo parte da gordura ingerida. Para as fibras desempenharem este papel, o bolo alimentar deve ser misto, ou seja, deve-se comer vegetais, como a couve, o mamão, melancia, abacaxi, laranja etc., antes, durante e após as refeições. A taquicardia pode ter como causas situações de esforço físico, emoção, febre, hipertiroidismo, anemia e insuficiência cardíaca. A bradicardia relaciona-se com o sono, treinamento físico intenso, hipotiroidismo e ação de algumas drogas. As arritmias caracterizam-se pela variação da frequência cardíaca, ora acelerando-se, ora reduzindo-se. As causas mais frequentes são o tabagismo, o excesso de uso de café, alcoolismo, doença de Chagas, distúrbios eletrolíticos (do potássio, cálcio e magnésio) e intoxicações. TEXTO - SISTEMA LINFÁTICO Compreende os órgãos linfóides e os vasos que coletam e drenam a linfa para a circulação sanguínea. 1.CONSTITUIÇÃO: 1.a) linfa; 1.b) vasos linfáticos dos tipos capilares linfáticos, vasos linfáticos aferentes e eferentes, ducto linfático direito e ducto torácico; 1.c) órgãos linfáticos como linfonodos linfáticos, baço, timo e tonsilas; 1.d) nódulos linfáticos presentes nos tecidos de alguns sistemas do corpo 2.LINFA: é um líquido incolor presente nos espaços intersticiais, resultante das trocas entre o sangue dos capilares e os tecidos. Sua composição química é parecida com a do plasma, sendo mais rica em água, com pouca proteína e sem células sanguíneas, exceto linfócitos. A linfa do trato digestório, após as refeições, é rica em gordura e apresenta aspecto leitoso, sendo denominada QUILO. 3.FUNÇÃO DOS VASOS LINFÁTICOS: estes formam uma rede paralela à rede vascular sanguínea, coletam e circulam a linfa, devolvendo-a à circulação sanguínea. 4.CAPILARES LINFÁTICOS: são vasos de calibre microscópico que iniciam-se em fundo cego ("dedo de luva"). Apresentam, em suas paredes, espaços por onde penetra a linfa. Os capilares confluem para formar vasos linfáticos de calibre maior. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 5.VASOS LINFÁTICOS: resultantes da união de capilares, possuem paredes semelhantes às das veias, e possuem um sistema de valvas mais numeroso que confere aos vasos um aspecto de "colar de contas". Ao longo do trajeto dos vasos, existem, de espaço em espaço, grupos de estruturas linfóides ovaladas denominadas linfonodos. Os vasos linfáticos penetram os linfonodos, lançando a linfa nestes órgãos. Os vasos que chegam ao linfonodo são denominados vasos linfáticos aferentes, e os que saem - vasos linfáticos eferentes. 6. LINFONODOS LINFÁTICOS (gânglios linfáticos): são estruturas encapsuladas com formato ovalado e formadas por tecido linfóide. Estão reunidos, formando os grupos superficiais e profundos, ao longo do trajeto dos vasos linfáticos. Atuam como órgãos filtradores da linfa, na produção e maturação de linfócitos e anticorpos. 7.DUCTO LINFÁTICO DIREITO: grande vaso linfático no qual desembocam vasos menores que drenam a linfa da metade direita da cabeça, metade direita do pescoço, membros superior direito e metade direita do tórax. Este ducto desemboca na junção das veias subclávia direita e jugular interna direita, lançando nessas veias a linfa por ele drenada. 8.DUCTO TORÁCICO: grande vaso linfático no qual desembocam outros vasos que drenam até ele a linfa dos membros inferiores, pelve, abdome e metades esquerdas do tórax, da cabeça e do pescoço e, também do membro superior esquerdo. Este ducto desemboca na junção das veias subclávias esquerda e jugular interna esquerda. 9. NÓDULOS LINFÁTICOS: são pequenas concentrações de tecido linfóide distribuídas pelo tecido conjuntivo frouxo que sustenta as membranas epiteliais úmidas (mucosas). São frequentes no trato digestório, respiratório e urogenital. Têm funções semelhantes às dos linfonodos. 10.BAÇO: é um órgão relativamente volumoso localizado na região hipocôndrica esquerda da cavidade abdominal, abaixo do diafragma, em nível de 10ª costela esquerda. 10.1 forma: elíptica 10.2. cor: fosca, vermelho-escura 10.3. faces: possui duas faces a. face visceral - é côncava, voltada medialmente, e contém o hilo do baço. Esta face relaciona-se com o estômago, rim esquerdo, pâncreas e intestino grosso; b. face diafragmática: é convexa, lisa e voltada lateralmente, relacionando-se com o músculo diafragma; 10.4. funções: reservatório para células sanguíneas e para o sangue; destruição de células sanguíneas velhas; local de maturação de linfócitos (linfócitos-B) e, consequentemente, produção de anticorpos; destruição da hemoglobina, com produção de ferro e de bilirrubina que serão utilizados pelo fígado para produção de nova hemoglobina; produção de células sanguíneas no feto. 10.5. envoltórios: é envolvido pelo peritônio (tecido que reveste a parede interna da cavidade abdominal e parte das vísceras nela localizadas) e, sob este, por uma cápsula de tecido conjuntivo (cápsula fibrosa) que envia septos para o interior do baço, constituindo as trabéculas do baço. Estas trabéculas formam um retículo de sustentação para os elementos do parênquima do baço. 10.6. parênquima: é denominado de polpa branca e polpa vermelha. A polpa branca é representada por corpúsculos denominados de folículos linfáticos esplênicos os quais produzem linfócitos, e estão disseminados pela polpa vermelha. A polpa vermelha é formada por seios venosos e funículos esponjosos que prestam ao armazenamento de sangue. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 11.TONSILAS: são estruturas de tecido linfóide localizadas na nasofaringe (tonsilas faríngeas), no óstio faríngeo da tuba auditiva (tonsilas tubária), no dorso da região posterior da língua (tonsilas linguais) e na fossa tonsilar (tonsilas palatinas ou amígdalas). As tonsilas estão relacionadas com produção de linfócitos e com a defesa orgânica por meio da atividade fagocítica. 12. TIMO: é um órgão do sistema linfático e também pode ser considerado como fazendo parte do sistema endócrino por produzir o hormônio timosina. Localiza-se na cavidade torácica, posteriormente ao osso esterno e cartilagens costais, se colocando sobre o coração e pulmões. Ao nascimento e na infância o timo é um órgão volumoso. Conforme ocorre o crescimento do individuo, o timo inicia um processo involutivo, se atrofiando gradativamente. Com isso seu volume (tamanho) vai gradativamente diminuindo. Função do timo: produção do hormônio timosina que atua na maturação dos linfócitos T (linfócitos timo-dependentes); participa da formação e maturação do sistema imunológico. Trajeto da linfa drenada para o ducto torácico Espaço intersticial linfa capilar linfático vaso linfático aferente linfonodo filtração da linfa vaso linfático eferente ducto torácico junção das veias jugular interna e subclávia esquerda corrente sanguínea. Trajeto da linfa drenada para o ducto linfático direito Espaço intersticial linfa capilar linfático vaso linfático aferente linfonodo filtração da linfa vaso linfático eferente ducto linfático direito junção das veias jugular interna e subclávia esquerda corrente sanguínea. EDEMA: acúmulo de linfa no espaço intersticial (inchaço). TEXTO - SISTEMA RESPIRATÓRIO Representa o conjunto de órgãos tubulares e alveolares localizados na cabeça, pescoço e cavidade torácica responsáveis pelos processos de ventilação e respiração. RESPIRAÇÃO É o processo de trocas gasosas entre o organismo e o meio ambiente. Consiste em duas fases: l - Inspiração: fase em que o ar, com o oxigênio do meio ambiente, penetra no sistema respiratório; 2 - Expiração: é a fase em que o ar do sistema respiratório, com dióxido de carbono, é eliminado para o meio ambiente. Quando analisamos as trocas ocorridas de O2 e CO2, podemos falar em: Respiração externa: trocas gasosas em nível pulmonar, através de capilares sanguíneos e alvéolos pulmonares (hematose), ou seja, é a troca gasosa entre o sangue e o ar ocorrendo entre capilares e alvéolos pulmonares; Respiração interna: trocas gasosas entre o sangue dos capilares e os diversos tecidos do corpo. I. CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório, em sequência, é constituído pelo nariz e cavidade nasal, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. II - NARIZ EXTERNO O nariz externo é a saliência localizada na face, superiormente à cavidade bucal. l. FORMA: é uma saliência pirâmido-triangular. 2. REGIÕES: apresenta as seguintes regiões: 2.a. ápice: região inferior e livre do nariz ("ponta") 2.b. raiz: região superior e fixa do nariz localizada entre os olhos. 2.c. dorso: região que se estende da raiz ao ápice. 2.d. asas: regiões laterais do nariz 2.e. narinas: orifícios direito e esquerdo, que comunicam o nariz com o meio ambiente. 3. ESQUELETO DO NARIZ EXTERNO O esqueleto do nariz externo é ósteo-cartilaginoso. A parte óssea é representada pelos ossos nasais e maxilares. A parte cartilaginosa, pelas cartilagens hialinas: 2 cartilagens laterais; 2 cartilagens alares maiores; cartilagens alares menores; cartilagens nasais acessórias. A parte óssea mencionada ocupa a região superior e superficial do nariz. III - CAVIDADE NASAL É a escavação que encontramos no interior do nariz. Está dividida em dois compartimentos, pela presença de uma parede medial denominada SEPTO DO NARIZ ou SEPTO NASAL. 1. COMUNICAÇÕES DA CAVIDADE NASAL Cada compartimento da cavidade nasal apresenta as seguintes comunicações: 1.a. meio externo: através das narinas (aberturas anteriores); 1.b. faringe: através de aberturas posteriores denominadas COANAS 1.c.seios paranasais: através de orifícios localizados nos meatos do nariz. 2. PAREDES DA CAVIDADE NASAL 2.a. teto: o teto é formado pelo corpo do osso esfenóide, pela lâmina crivosa do osso etmóide, pelos ossos nasais e maxilares. 2.b. soalho: é formado pelo processo palatino do osso maxila e pela lâmina horizontal do osso palatino. Estas partes ósseas representam o PALATO DURO que serve de soalho para a cavidade nasal e teto para a cavidade bucal. 2.c. parede medial: é denominada SEPTO DO NARIZ. É constituída pelo osso vômer, lâmina perpendicular do osso etmóide e pela cartilagem do septo do nariz. 2.d. parede lateral (direita e esquerda): formada pela lâmina perpendicular do osso palatino, pelo osso maxilar, pelo osso concha nasal inferior e pelo osso etmóide. Na parede lateral, encontramos 3 projeções ósseas enrodilhadas que são as conchas nasais superior, média e inferior. As duas primeiras são saliências ósseas delgadas do osso etmóide e a última representa um osso do esqueleto. 3. MEATOS DO NARIZ são os espaços localizados entre as conchas nasais. São eles: 3.a.meato superior do nariz: espaço localizado entre as conchas nasais superior e média. Neste meato, existem orifícios de abertura das células etmoidais posteriores; 3.b.meato médio do nariz: espaço localizado entre as conchas nasais média e inferior. Neste meato, abrem-se os seios frontal, maxilar, e o grupo anterior de células etmoidais; 3.c.meato inferior do nariz: espaço localizado sob a concha nasal inferior. Neste, abre-se o ducto nasolacrimal, que comunica o saco lacrimal com o nariz. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 4. RECESSO ESFENOETMOIDAL É o espaço localizado superiormente à concha nasal superior. Neste espaço abre-se o seio esfenoidal. 5. REVESTIMENTOS DA CAVIDADE NASAL A cavidade nasal apresenta revestimentos diferentes que permitem a divisão da mesma em 3 regiões a saber: 5.a.vestíbulo do nariz: região da cavidade nasal adjacente às narinas. É revestido por pele e possui pêlos denominados vibrissas. 5.b.região olfatória: região localizada no teto da cavidade nasal, revestida por neuroepitélio, cujos filamentos constituem o nervo olfatório. Este revestimento tem coloração menos avermelhada. 5.c.região respiratória: região compreendida entre o vestíbulo e a região olfatória. É revestida por uma mucosa muito vascularizada, de cor vermelha, rica em glândulas, com células ciliadas. Esta mucosa é contínua com a mucosa que reveste o interior dos seios paranasais. 6. FUNÇÕES DA CAVIDADE NASAL Olfação. Filtrar, aquecer e umidificar o ar inspirado. IV - FARINGE É um órgão tubular, músculo-mucoso, que pertence ao sistema respiratório, servindo para passagem de ar. Pertence, também, ao sistema digestório, fornecendo passagem ao alimento. l. LOCALIZAÇÃO Localiza-se no pescoço, anteriormente à região cervical da coluna vertebral, posteriormente à cavidade nasal, cavidade bucal e laringe. Inferiormente, continua-se com o esôfago, em nível de 6ª VC 2. COMUNICAÇÕES 2.a. cavidade nasal: através das coanas 2.b. cavidade bucal: através do istmo da fauce 2.c. orelha média: através do óstio faríngeo da tuba auditiva 2.d. laringe: através do ádito da laringe 2.e. esôfago: inferiormente, através da continuidade existente entre eles. 3. DIVISÕES Ao longo de seu trajeto, a faringe recebe nomes diferentes, constituindo 3 regiões contínuas: 3.a.parte nasal da faringe ou nasofaringe: é o segmento inicial e superior da faringe que se comunica com a cavidade nasal. Nesta região, observa-se nas paredes laterais da faringe orifícios que dão acesso à tuba auditiva (pequeno canal que coloca em comunicação a nasofaringe com a orelha média, servindo para igualar as pressões). Circundando o óstio faríngeo da tuba auditiva (orifício acima mencionado) existe uma saliência denominada toro tubário. Em nível de toro, existe tecido linfóide que constitui a tonsila tubária. 3.b. parte oral da faringe ou orofaringe: segmento médio da faringe e que se segue à nasofaringe e comunica-se com a cavidade bucal. 3.c. parte laríngea da faringe ou laringofaringe: segmento terminal e inferior da faringe que se comunica com a laringe e continua-se com o esôfago. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 4. ESTRUTURA A parede da faringe é constituída pelos seguintes estratos: 4.a.túnica externa: representada por tecido conjuntivo. 4.b.túnica muscular: formada por músculos estriados esqueléticos que agrupados constituem os músculos extrínsecos e intrínsecos da faringe. São eles: músculos elevadores da faringe: m. salpingofaríngeo, m. estilofaríngeo; músculos constritores da faringe: mm. constritores superior, médio e inferior. A musculatura atua no mecanismo de deglutição e está fixada no osso hióide, na própria faringe e em cartilagens da laringe. 4.c.túnica mucosa: é a mucosa que reveste a cavidade da faringe. Apresenta acúmulos de tecido linfático que constituem as tonsilas faríngea (início da faringe), tonsilas tubárias (em nível de óstio faríngeo da tuba auditiva). V - LARINGE É o terceiro segmento do sistema respiratório, é um tubo músculo-cartilagíneo. l. COMUNICAÇÕES 1.a.superiormente: comunica-se com a laringofaringe através do ádito da laringe. 1.b.inferiormente: comunica-se com a traquéia por continuidade com a mesma. 2. LOCALIZAÇÃO Localiza-se no pescoço, anteriormente à faringe, em nível de vértebras cervicais inferiores. A glândula tireóide se encontra sobre a superfície anterior da laringe. 3. CONSTITUIÇÃO Além de tecido conjuntivo, o arcabouço da laringe é constituído por músculos e cartilagens revestidas por mucosa. 4.CARTILAGENS DA LARINGE 4.1. cartilagens pares: aritenóidea, cuneiforme e corniculada. Todas se localizam na região posterior da laringe; 4.2. cartilagens ímpares: - tireóidea: tem a forma de um escudo e apresenta, anteriormente, uma saliência longitudinal denominada PROEMINÊNCIA LARÍNGICA que é palpável na superfície anterior do pescoço; - cricóidea: tem a forma de um anel e situa-se inferiormente à cartilagem tireóidea.; - epiglote: tem a forma de uma folha e é bem visível na região posterior da laringe.. 5. LIGAMENTOS As cartilagens da laringe estão unidas entre si pela presença de membranas. Estas membranas são denominadas, de modo geral, de ligamentos. Os principais são: 5.a.ligamento cricotraqueal: une as cartilagens cricóidea e traqueal. 5.b.ligamento cricotireóideo: une as cartilagens cricóidea e tireóidea. 5.c.ligamento ou membrana tíreo-hióidea: une a cartilagem tireóidea ao osso hióide. 5.d.ligamento hioepiglótico: une a cartilagem epiglote ao osso hióide. 5.e.ligamento tireoepiglótico: une a cartilagem tireóidea à epiglote. 5.f.prega ariepiglótica: une as cartilagens aritenóideas e epiglote. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 6. MUSCULATURA DA LARINGE A musculatura da laringe é de natureza estriada esquelética. Os músculos extrínsecos movimentam a laringe como um bloco, principalmente durante a deglutição. Os músculos intrínsecos atuam, direta ou indiretamente, sobre as pregas vocais, modificando o estado de tensão das mesmas, aproximando-as ou afastando-as, atuando, portanto, na fonação. 7. CAVIDADE DA LARINGE A cavidade da laringe é revestida por mucosa. É possível observar, nas paredes laterais da laringe, dois pares de saliências na cavidade denominadas pregas. Estas pregas são de constituição músculo- mucosa. São elas: 7.a. pregas vestibulares: é o par de prega superior; 7.b. pregas vocais: é o par de prega inferior, também denominado, erroneamente, corda vocal. A presença destas pregas na cavidade da laringe divide a mesma em 3 regiões: - vestíbulo da laringe: região superior da cavidade e que se estende do ádito da laringe até a prega vestibular. - ventrículo da laringe: região média da cavidade localizada entre as pregas vocais e vestibulares. A fenda que se forma entre a prega vocal direita e a prega vocal esquerda denomina-se glote. - região infraglótica: região localizada inferiormente às pregas vocais. Estende-se destas até a traquéia. 8. FUNÇÕES DA LARINGE A laringe é um órgão que serve para a passagem de ar, para a fonação e participa do mecanismo de deglutição. VI - TRAQUÉIA Tubo cartilaginoso e membranoso que faz continuidade à laringe. l. COMUNICAÇÕES superior: por continuidade, comunica-se com a laringe; inferior: por continuidade, comunica-se com os brônquios pulmonares principais direito e esquerdo que representam, portanto, o final da traquéia. 2. LOCALIZAÇÃO Localiza-se no pescoço e na cavidade torácica, estendendo-se da 6ª VC até a 4ª ou 5ª VT. Situa-se anteriormente ao esôfago e posteriormente ao osso esterno. 3. ESTRUTURA A traquéia é constituída por tecido conjuntivo, anéis ou arcos cartilaginosos, por membranas conjuntivas que unem os anéis, por fibras musculares lisas e por mucosa. 3.a.cartilagens traqueais (anéis traqueais): são cerca de 20 anéis de cartilagem, incompletos posteriormente (arcos) e sobrepostos no sentido longitudinal. 3.b.ligamentos anulares: são membranas de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas interpostas entre uma cartilagem traqueal e outra, unindo as mesmas. 3.c.parede membranácea: membrana de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas que forma a parede posterior da traquéia, no local onde não existe cartilagem (parte incompleta do anel). Nesta parede estão inseridas fibras musculares lisas que no conjunto formam o músculo traqueal que é músculo liso. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. 4. CAVIDADE DA TRAQUÉIA E SEU REVESTIMENTO A cavidade traqueal é revestida por mucosa rica em glândulas e com epitélio ciliado. Na região terminal da traquéia, onde ela bifurca-se originando os brônquios pulmonares principais direito e esquerdo, observa-se uma crista sagital (ântero-posterior) denominada carina da traquéia. 5. FUNÇÃO Serve como conduto para passagem de ar. VII - BRÔNQUIOS São dois curtos tubos músculo-cartilaginosos que se originam a partir da traquéia e que apresentam constituição estrutural semelhante à traquéia. Possuem, portanto, arcos de cartilagem superpostos, membranas unindo os mesmos, parede membranácea e fibras musculares lisas. 1. DENOMINAÇÃO Brônquio pulmonar principal direito e brônquio pulmonar principal esquerdo. DIFERENÇAS: o brônquio pulmonar principal direito é mais calibroso, mais curto e menos oblíquo. Já, o brônquio pulmonar principal esquerdo é menos calibroso, mais longo e mais oblíquo. 2. LOCALIZAÇÃO Os brônquios pulmonares principais localizam-se na cavidade torácica e cada um penetra no respectivo pulmão. No interior do pulmão, cada brônquio ramifica-se, originando outros. 3. SEGMENTAÇÃO BRÔNQUICA Cada brônquio pulmonar principal, ao penetrar no pulmão, ramifica-se, originando brônquios pulmonares lobares. Estes, por sua vez, dividem-se, originando brônquios de calibre menor denominados brônquios pulmonares segmentares. Os segmentares subdividem-se, originando os bronquíolos. Cada bronquíolo pulmonar origina vários bronquíolos terminais que se ramificam, originando unidades canaliculares no interior das quais já começam ocorrer trocas gasosas. Estas estruturas são denominadas de bronquíolos respiratórios. Estes formam dúctulos alveolares que possuem regiões alargadas cheias de pequenas dilatações. Estas regiões são os sáculos alveolares, e cada dilatação do sáculo é um alvéolo pulmonar. A medida que os brônquios vão se dividindo (se ramificando), originam tubos cada vez mais numerosos, com calibre cada vez menor. As cartilagens vão desaparecendo e a quantidade de fibras musculares lisas vai aumentando. A segmentação dos brônquios pulmonares principais direito e esquerdo é diferente como veremos: 3.a. BRÔNQUIO PULMONAR PRINCIPAL DIREITO brônquio lobar superior brônquio lobar médio brônquio lobar inferior 3.b. BRÔNQUIO PULMONAR PRINCIPAL ESQUERDO brônquio lobar superior brônquio lobar inferior Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. A região do pulmão que contém um brônquio segmentar contém também um ramo da artéria pulmonar e é denominada SEGMENTO BRONCOPULMONAR. No pulmão direito, como temos 10 brônquios segmentares, há 10 segmentos broncopulmonares. No pulmão esquerdo, como temos 9 brônquios segmentares, há 9 segmentos broncopulmonares. VIII - PULMÕES Temos dois pulmões: pulmão direito e pulmão esquerdo. l. LOCALIZAÇÃO Estão localizados na cavidade torácica, de cada lado do coração, superiormente ao músculo diafragma. 2. FORMA Cada pulmão possui a forma de um cone, com ápice superior e base inferior. O pulmão direito é mais volumoso do que o esquerdo. 3. FACES Cada pulmão apresenta as seguintes faces: 3.a.face costal: é a face ântero-lateral, convexa, relacionada com as costelas; 3.b.face diafragmática: é inferior e côncava. Relaciona-se com o músculo diafragma; 3.c.face medial: é a face que "olha" para o pulmão adjacente. Está subdividida em face vertebral (região posterior da face medial) e face mediastínica (região anterior da face medial). Na face mediastínica está o hilo pulmonar; A face medial apresenta depressões resultantes da compressão da mesma por órgãos vizinhos como a veia ázigos, aorta, coração, esôfago etc. 4. HILO É a região de um órgão por onde penetram ou saem elementos do pedículo deste órgão. 5. PEDÍCULO É o conjunto de vasos, ductos e nervos que se destinam (que entram) a uma víscera e que saem de uma víscera. 6. PEDÍCULO PULMONAR É formado por: - brônquio pulmonar principal e início de suas ramificações; - artéria pulmonar e início de suas ramificações; - veias pulmonares, artérias e veias brônquias; - vasos linfáticos, fibras nervosas do plexo pulmonar (simpáticas e parassimpáticas). 7. DIVISÃO DOS PULMÕES Cada pulmão é dividido em regiões denominadas lobos pulmonares pela presença de fissuras. O pulmão direito é dividido em 3 lobos pela presença das fissuras oblíqua e horizontal: lobo superior (acima da fissura oblíqua), lobo médio (entre a fissura oblíqua e a horizontal) e lobo inferior (abaixo da fissura oblíqua). O pulmão esquerdo é dividido em 2 lobos pela presença da fissura oblíqua: lobo superior (acima da fissura oblíqua) e lobo inferior, abaixo da fissura oblíqua. O lobo superior, no pulmão esquerdo, apresenta ínfero-anteriormente uma expansão denominada língula do pulmão esquerdo que corresponde ao lobo médio que está ausente no pulmão esquerdo. Cada lobo pulmonar recebe um brônquio lobar e está subdividido em regiões menores denominadas de segmentos broncopulmonares. Cada segmento broncopulmonar representa uma unidade pulmonar anátomo-funcional independente por conter seu próprio brônquio segmentar e um ramo da artéria pulmonar. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. Como vimos anteriormente, no assunto sobre brônquios, no pulmão direito existem 10 segmentos broncopulmonares, que recebem o nome dos brônquios segmentares respectivos. No pulmão esquerdo existem 9 segmentos broncopulmonares que também recebem denominações iguais aos respectivos brônquios segmentares.. 8. LÓBULOS PULMONARES São as subdivisões dos segmentos broncopulmonares. Cada lóbulo é formado por um bronquíolo terminal e respiratório com seus ductos alveolares, sáculos alveolares e alvéolos pulmonares. Além destas estruturas, os lóbulos possuem finas ramificações das artérias pulmonares, veias pulmonares, artéria e veia brônquicas, bem como vasos linfáticos e fibras nervosas. IX . PLEURA É uma membrana serosa, dupla, que reveste as paredes internas da cavidade torácica e se reflete para revestir cada pulmão. O folheto da pleura em contato com a parede torácica recebe o nome de PLEURA PARIETAL. O folheto em contato com o pulmão é a PLEURA PULMONAR ou VISCERAL. Entre os dois folhetos da pleura existe um espaço (Cavidade pleural) preenchido por uma quantidade pequena de líquido pleural. Este líquido facilita o deslizamento entre as pleuras durante a expansão e o retraimento do pulmão na respiração X - VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO PULMÃO Irrigação: artérias brônquicas direita e esquerda que são ramos da parte torácica da aorta descendente. Drenagem Venosa: Veias brônquicas que desembocam indiretamente no sistema ázigos e nas veias pulmonares Inervação: Nervo vago e fibras nervosas dos troncos simpáticos que formam os plexos pulmonares anterior e posterior. XI - CONSIDERAÇÕES GERAIS A respiração é controlada por centros localizados no tronco encefálico do sistema nervoso. Estes são muito sensíveis às concentrações sanguíneas de CO2. Por meio da ação da musculatura do tórax (principalmente o músculo diafragma e músculos intercostais), todos os diâmetros da caixa torácica estão aumentados. Com este aumento, as pressões no interior da cavidade pleural e no interior dos espaços pulmonares tornam-se menores que a da atmosfera; assim, o pulmão se expande e o ar é inspirado. A expiração calma é relativamente passiva e ocorre com relaxamento dos músculos torácicos, retração pulmonar e aumento nas pressões. A expiração forçada exige contração muscular, principalmente da parede abdominal. Na inspiração ocorre contração muscular, elevação das costelas, projeção anterior do osso esterno. Com isso os diâmetros ântero-posterior, transversal e vertical da cavidade torácica aumentam. TRAJETO DO AR Narina vestíbulo do nariz região respiratória da cavidade nasal coana parte nasal da faringe parte oral da faringe parte laríngea da faringe adito da laringe vestíbulo da laringe ventrículo da laringe região infroglótica da laringe traquéia brônquio pulmonar principal direito (ou esquerdo) brônquio lobar brônquio segmentar bronquíolo bronquíolo terminal bronquíolo respiratório ducto alveolar sáculo alveolar alvéolo pulmonar. Apostila criada pela Profa Dra Sandra Stabille (UEM). Modificada pela Profa Dra Naianne Kelly Clebis (UFRN) em 2007. Modificada pelo Prof. Dr. Jodonai Barbosa da Silva (UFPI) em 2016. TEXTO - SISTEMA DIGESTÓRIO I - CONSIDERAÇÕES GERAIS O SISTEMA DIGESTÓRIO é formado por um longo tubo de diâmetro variado representado por vários segmentos contínuos responsáveis pelos processos de ingestão, mastigação, deglutição, digestão e absorção de alimentos e eliminação de resíduos. Tem início na cabeça, através do orifício bucal (rima bucal), percorre o pescoço, tórax, abdome e pelve, para terminar no orifício anal. II - CONSTITUIÇÃO: em sequência, é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. Ao longo dos segmentos existem
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