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Contabilidade de Custos

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CONTABILIDADE 
DE CUSTOS 
 
 
CADERNO DE APOIO 
 
 
Professora: Rosimar Bessa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VERSÃO 02/2016 
 
 
 
 2 
ASSUNTOS QUE SERÃO TRATADOS 
 
 
Contabilidade de Custos – Livro Contabilidade de Custos, Eliseu Martins, ed. Atlas 
 
 
 Surgimento e importância da contabilidade de custos. 
 Terminologia: gasto, investimento, custo, despesa, desembolso e perda. 
 Princípios contábeis em custos 
 Custeio por Absorção 
 Custo da produção do período, custo da produção acabada e custo dos produtos vendidos. 
 Outras nomenclaturas de custos: custos primários, de transformação, fabril e integral. 
 Apropriação dos Custos Diretos e Custos Indiretos. 
 Critérios de rateio dos Custos Indiretos. 
 Custos Fixos e Variáveis. 
 Formação do Custo dos Produtos Vendidos. 
 Elaboração da demonstração do resultado do exercício. 
 Inventário Periódico. 
 Inventário Permanente. 
 Métodos de Avaliação de Estoque (PEPS, UEPS e CM) 
 Departamentalização. 
 Custeio ABC 
 Custeio Variável 
 Margem de Contribuição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
Após a Revolução Industrial, no século XVIII, a função do contador tornou-se mais complexa, e tal 
fato motivou a origem da contabilidade de custos – um desdobramento da contabilidade financeira, e 
se tornou uma grande subsidiadora da contabilidade gerencial, fornecendo informações relevantes às 
tomadas de decisão. O seu surgimento decorreu da necessidade de avaliar os estoques na indústria, 
muito diferentes da facilidade encontrada na era do mercantilismo, que resumia-se, basicamente, ao 
valor de compra dos bens no período. 
A contabilidade de custos visa atender a três funções básicas: 
 Determinação do lucro 
 Controle das operações 
 Tomada de decisões 
 
 
 
TERMINOLOGIA 
 
São termos utilizados na Contabilidade de Custos, como se mostra a seguir: 
 
a) Gastos - representam as compras ou aquisições, onde independe a operação pode ser realizada a 
vista (realiza-se o desembolso da dívida) ou à prazo (aumento das obrigações). O Gasto é o termo 
mais amplo e por isso o mais genérico. 
Para o Prof. Eliseu Martins, “ gasto - sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de 
um produto ou serviço qualquer; sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de 
Ativos (normalmente dinheiro)”. 
Exemplos: Compra de Matéria-prima e Aquisição de Máquinas e Equipamentos. 
 
b) Investimentos – gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro (s) 
período (s). Aquisições lançadas no Ativo (Balanço Patrimonial). 
Exemplos: Estoque de Matéria-prima (gasto contabilizado no Ativo Circulante) e Máquina no Ativo 
(gasto contabilizado no Ativo Imobilizado). 
 
c) Desembolsos – Pagamento de parte ou do total adquirido. 
Exemplos: Pagamento da Matéria-prima e Pagamento de Fornecedores (pagamento de uma obrigação 
registrada no Passivo) 
 
d) Perdas – Bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntária. 
 4 
Exemplos: Perdas com incêndio, obsoletismo de estoque etc. Sobra de material prevista no processo 
produtivo, não é classificada com Perda e sim como Custo. A mão-de-obra durante o período de greve 
é uma perda. Atenção!!!!! Não vale a pena a separação entre custo, despesa e perda para valores 
irrelevantes. 
 
e) Custos – CONSUMO de bens e serviços, empregados na produção de outros bens e serviços. Os 
custos são os materiais diretos ou indiretos consumidos na produção, a mão-de-obra direta (operário) e 
indireta de fabricação (supervisor da produção) ou execução de serviços e todos os demais gastos da 
fabricação, tais como: aluguel do prédio da fábrica, depreciação de máquinas industriais, combustíveis 
e energia elétrica consumida na produção, embalagens agregadas aos produtos ainda na fase de 
fabricação e o consumo de Matéria-prima (foi um gasto em sua aquisição, investimento quando 
estoque e agora custo no momento e quantia utilizada na fabricação de um bem). 
 
f) Despesas – Parcela do gasto que ocorre desligada das atividades de produção de bens ou serviços. 
São os gastos destinados principalmente as operações de comercialização (Vendas) e Administração. 
Atenção!!!! Nem todo gasto se transforma em Despesas. Podemos citar como exemplo os Terrenos que 
não sofrem depreciação e que acabam não gerando contrapartida de Despesas de Depreciação (parcela 
encontrada através da divisão do valor de aquisição do bem por um tempo estipulado pelo Imposto de 
Renda) 
 
OUTROS CONCEITOS 
 
Preço – valor estabelecido e aceito pelo vendedor para efetuar a transferência da propriedade de um 
bem. Se o preço for igual ao custo, não haverá lucro. Podemos chamá-lo de preço unitário de venda. 
 
Receita – é o preço de venda multiplicado pela quantidade vendida. A receita de uma empresa que 
comercializa vários bens é o somatório das multiplicações dos diferentes preços de venda pelas 
respectivas quantidades vendidas de cada um deles. 
 
 
ONDE TERMINAM OS CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 
Para o Prof. Eliseu Martins, os custos terminam quando produto está pronto para a venda. Em sua 
concepção, não devemos considerar as embalagens de expedição (geralmente caixas de papelão que 
servem para transportar e organizar os produtos) como custos de produção e sim como Despesas. Por 
exemplo, os custos dos iogurtes terminam quando os potinhos são fechados. As embalagens de papelão 
onde são organizadas as bandejas de iogurte são classificadas como Despesas, por não estarem ligadas 
 5 
a sua produção. Além disso, todos os gastos com o transporte da produção para o estoque seriam 
classificados como Despesas. 
 
 
Na prática, o limite entre Custos e Despesa é diferente. Os Gastos com embalagem de expedição e o 
transporte até o estoque são classificados como Custos. Assim sendo, os Custos terminam no momento 
em que o produto entra no estoque. 
 
Qual adotar? 
 
É mais sensato o limite estabelecido e adotado na prática pelas empresas. 
 
 
EXERCÍCIO DE TERMINOLOGIA 
 
 
EXERCÍCIO 1 - Classifique os itens abaixo em Gasto, Investimento, Desembolso, Perda ou NDA 
(nenhuma das alternativas) 
 
 
ITENS CLASSIFICAÇÃO 
Compra de Matéria-prima Gasto 
Matéria-prima em estoque Investimento 
Máquinas no Ativo Investimento 
Remuneração do pessoal em greve Perda 
Pagamento de matéria-prima Desembolso 
Compra de máquinas Gasto 
Desperdício de matéria-prima (não previsto) Perda 
Sobra normal de matéria-prima Custo 
Pagamento ao Fornecedor Desembolso 
Consumo de Matéria-prima Custo 
Pagamento de Salários a Pagar 
 
 
 
 
 
 
 6 
EXERCÍCIO 2 – Classificar os itens a seguir Custo ou Despesa. 
ITENS CLASSIFICAÇÃO 
Materiais consumidos na fábrica 
Salário das costureiras (fábrica de roupas) 
Comissão dos vendedores 
Honorário do diretor (administrativo) 
Gastos com veículos da administração 
Depreciação das máquinas industriais 
Consumo de energia elétrica da fábrica 
Linhas utilizadas na fabricação de roupas 
Aluguel da área ocupada pela fábrica 
Salário da secretária da gerência 
Matéria-prima consumida pela fábrica 
Salário dos supervisores da fábrica 
Embalagem usada no produto 
 
 
EXERCÍCIO 3 – Responda as questões abaixo: 
 
a) Quais critérios devem ser seguidos para a separação entre Custos e Despesas ? 
 
 
 
 
 
b) Onde terminam os custos de produção?7 
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS EM CUSTOS 
 
 Princípio da Realização da Receita – Determina o reconhecimento contábil do resultado apenas 
quando da realização da receita, ou seja, quando ocorre a transferência do bem ou serviço a 
terceiros. É o grande responsável por uma das grandes diferenças entre os conceitos de lucro na 
Economia e na Contabilidade, uma vez que, contabilmente, os gastos utilizados no processo 
produtivo são acumulados nos estoques, sendo considerados como despesas apenas quando ocorre 
a realização da receita. 
 Princípio da Competência – Extremamente importante para a contabilidade de custos, se refere 
basicamente ao momento de reconhecimento das despesas e receitas. 
 Princípio do custo histórico como base de valor – Determina que os ativos devem ser registrados 
pelo valor de entrada (histórico). Em cenário com economia inflacionária, o montante dos custos 
registrado se distancia muito do valor de reposição dos estoques. 
 Consistência ou Uniformidade – Havendo mais de uma forma de registro do mesmo evento, 
deve-se adotar um único critério sempre, evitando mudá-lo a cada período, pois interferem 
diretamente nos resultados. 
 Conservadorismo ou Prudência – Traduz o sentimento de precaução do contador. Em caso de 
dúvida de como deve se registrar um gasto, como ativo ou despesa, optar por lançá-lo direto no 
resultado. Ex. Recebimento duvidoso. 
 Materialidade ou Relevância – Desobriga um tratamento mais rigoroso aos itens representativos 
de pequenos valores monetários, se comparado aos gastos totais. Atentar ao somatório de pequenos 
valores que podem formar um valor relevante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
EXERCÍCIOS DE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS EM CUSTOS 
 
1 – Avalie as alternativas, julgue-as como verdadeira (V) ou falsa (F), identifique o 
princípio que a rege e justifique. 
 
a) ( ) O uso do valor original de entrada, quando a taxa de inflação é alta, deixa muito a 
desejar, em termos de apuração das informações 
contábeis.__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________. 
 
b) ( ) A realização se dá pelo reconhecimento da despesa, quando as mesmas são deduzidas da 
receita gerada pela empresa. 
__________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________. 
 
c) ( ) É comum as indústrias só reconhecerem o resultado obtido na venda no momento em 
que há transferência do bem ou serviço ao adquirente. 
__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________. 
d) ( ) Para facilitar o controle da empresa, o contador deve mudar os critérios do registro 
contábil, sempre que necessário, desde que os mesmos não firam os Princípios Contábeis. 
__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________. 
 
e) ( ) Na contabilidade de custos todo gasto é relevante e deve ser contabilizado, 
singularmente, em sua rubrica. 
__________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
CUSTOS PARAAVALIAÇÃO DE ESTOQUES – CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
 
Custeio significa apropriação dos custos, e dentre outros, tem-se o Custeio por Absorção como método 
oriundo à obediência aos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Consiste na apropriação de todos 
os custos de produção aos bens elaborados. Já os demais gastos referentes ao esforço empregado na 
produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços realizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE CUSTEIO POR ABSORÇAO 
 
1 – Com base nos dados abaixo, elabore uma DRE com base no custeio por absorção: 
Matérias Primas transferidas para produção 25.000,00 
Custo da Mão de Obra da Produção apurada no mês 10.000,00 
Gastos Gerais de Produção apurados no mês 8.000,00 
Unidades Vendidas no mês 4.000 
Unidades Produzidas no mês 5.000 
Custo Unitário de Produção de XYZ 8,60 
Preço de Venda 14,00 
 
DRE 
Receita de Vendas.............56.000 
(-) CPV............................(34.400) 
= Lucro Bruto...................21.600 
 
 
 
 
 
 
Despesas Custos 
Estoque de 
Produtos 
Venda 
DRE 
 
Receitas 
CPV 
Lucro Bruto 
Despesas 
Lucro Operacional 
 10 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO COMÉRCIO 
 
ETAPAS ENTRE A COMPRA DA MERCADORIA E A APURAÇÃO DO RESULTADO 
COM A SUA VENDA 
 
 
 
 
 
 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DA INDÚSTRIA – CAPÍTULO 4 
 
ETAPAS ENTRE A COMPRA DA MATÉRIA–PRIMA E A APURAÇÃO DO 
RESULTADO COM A VENDA DO PRODUTO. 
 Balanço Patrimonial 
 
 
 
 
 
 Balanço Patrimonial 
 
 
 
 
É importante que se conheça os termos abaixo: 
 Custo de Produção do Período – Custos incorridos no período. 
 Custo da Produção Acabada – Custo da produção acabada no período. Pode conter custos da 
produção de períodos anteriores que foram acabadas neste período. 
 Custo dos Produtos Vendidos – Custos incorridos na fabricação de bens que só agora estão sendo 
vendidos. 
Tomando como base os dados abaixo, apure em cada mês, o custo unitário de 
fabricação, o custo da produção do período, o custo da produção acabada, o custo dos produtos 
vendidos e monte a Demonstração do Resultado do Exercício. 
 
 
 
Compra de 
matéria-prima 
ATIVO CIRCULANTE 
Estoque de Matéria-prima Requisitada 
Produção 
- Consumo de 
Matéria-prima 
- Aluguel da fábrica 
- Mão-de-obra 
Deprec. Maquinas 
PRODUTO 
ATIVO CIRCULANTE 
Estoque de Matéria-prima 
Estoque de Produtos Acabados 
Venda 
 DRE 
 
Receita de Vendas 
(-) CPV 
= Lucro Bruto 
(-) Despesas 
= Lucro Líquido 
 
Compra de 
Mercadorias 
ATIVO CIRCULANTE 
Estoque de Mercadorias 
Venda 
 DRE 
 
Receita de Vendas 
(-) CMV 
= Lucro Bruto 
(-) Despesas 
= Lucro Líquido 
 
 11 
Dados do 1º MÊS: 
 Custos incorridos no mês: $ 150.000 
 Unidades produzidas: 15 
 Unidades vendidas: 12 
 Preço unitário de venda: $ 12.000 
 
RESOLUÇÃO: 
 Custo unitário de fabricação = $ 150.000  15 = $ 10.000 
 DRE 
Receita de Vendas 144.000 12 X 12.000 
(-) CPV (120.000) 12 x 10.000 
Lucro Bruto 24.000 
 
 Custo de Produção do Período : $ 150.000 
 Custo da Produção Acabada: $ 150.000 
 Custo dos Produtos Vendidos: $ 120.000 
 Estoque Final = 3 x $ 10.000 = $ 30.000 
 
Dados do 2º MÊS: 
 Estoque Inicial = 3 x $ 10.000 = $ 30.000 
 Custos incorridos no mês: $ 182.500 
 Unidades trabalhadas: 18,25 ( 19º está em processamento) 
 Unidades acabadas: 18 
 Estoque final de unidades em elaboração: 0,25 ( parte concluída ) 
 Unidades vendidas: 17 
 Preço unitário de venda: $ 12.000 
 
RESOLUÇÃO: 
 Custo unitáriode fabricação = $ 182.500  18,25 = $ 10.000 
DRE 
Receita de Vendas 204.000 17 x 12.000 
(-) CPV (170.000) 17 x 10.000 
Lucro Bruto 34.000 
 
 Custo de Produção do Período : $ 182.500 
 Custo da Produção Acabada: $ 180.000 
 Custo dos Produtos Vendidos: $ 170.000 
 12 
 Estoque Final de Produtos Acabados = 4 x $ 10.000 = $ 40.000 
 Estoque Final de Produtos em Elaboração = 0,25 X $ 10.000 = $ 2.500 
 
Dados do 3º MÊS: 
 Estoque Inicial de Produtos Acabados = 4 x 10.000 = 40.000 
 Estoque Inicial de Produtos em Elaboração = 0,25 X 10.000 = 2.500 
 Custos incorridos no mês: $172.500 
 Unidades do período anterior terminadas este mês: 0,75 
 Unidades iniciadas e acabadas no mês: 16 17,25 
 Estoque final de unidades em elaboração: 0,50 ( parte concluída) 
 Unidades vendidas: 18 
 Preço unitário de venda: $ 12.000 
 
RESOLUÇÃO: 
 Custo unitário de fabricação = $ 172.500  17,25 = $10.000 
DRE 
Receita 216.000 18 X 12.000 
(-) CPV (180.000) 18 x 10.000 
Lucro Bruto 36.000 
 
 Custo de Produção do Período: $ 172.500 
 Custo da Produção Acabada: $ 170.000 
 Custo dos Produtos Vendidos: $ 180.000 
 Estoque Final de Produtos Acabados = 3x $ 10.000 = $ 30.000 
 Estoque Final de Produtos em Elaboração = 0,50 X $ 10.000 = $ 5.000 
 
 
O BALANÇO PATRIMONIAL DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO 
 
O Balanço das empresas industriais é diferente do Balanço das empresas comerciais no que 
tange aos estoques. Nas empresas comerciais aparece como “ Estoque de Mercadorias” enquanto que 
nas empresas indústriais, há três classes de estoque: 
 
Estoque de Material Direto/Matéria-Prima: são os materiais disponíveis, mas ainda não 
enviados para a linha de produção; 
 
 13 
Estoque de Produtos em Processo/Produtos em Elaboração: é o custo dos produtos ainda não 
acabados na linha de produção, formado nas proporções apropriadas dos três principais custos de 
fabricação (Material Direto, Mão-de-Obra Direta e Gastos Gerais de Fabricação); 
 
Estoque de Produtos Acabados: são os produtos inteiramente acabados e que ainda não foram 
vendidos. 
 
A estrutura do Balanço de cada atividade encontra-se a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Resultado pode ser apurado por meio de equação, onde: 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 
 
EXERCÍCIO 1 - Por definição, o Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos: 
A ( ) incorridos no período dentro da fábrica 
B ( ) contidos na produção acabada do período 
C ( ) de vendas dos produtos vendidos no período 
D ( ) incorridos na fabricação dos bens que são vendidos no período 
 
EXERCÍCIO 2 – Elabore um esquema com as etapas que ocorrem na indústria desde a compra da 
matéria-prima até a venda do produto. 
 
 
 
 
 
EMPRESA INDUSTRIAL 
ATIVO CIRCULANTE 
Caixa............................................................4.000 
Contas a Receber.........................................25.000 
Estoque de Produtos Acabados........32.000 
Estoque de Produtos em Processo....22.000 
Estoque de Material Direto..............23.000 
Estoques Totais............................................77.000 
Outros Ativos Circulantes........... .................1.000 
Total...........................................................107.000 
EMPRESA COMERCIAL 
ATIVO CIRCULANTE 
Caixa.................................................4.000 
Contas a Receber..............................25.000 
Estoques de Mercadorias..................77.000 
Outros Ativos Circulantes...................1.000 
Total...............................................107.000 
L = R – C – D 
 14 
EXERCÍCIO 3 - Uma empresa registrava em janeiro 2010 a seguinte posição: 
 
Aluguel de Fábrica R$ 20.000,00 
Compra de Matéria-prima R$ 60.000,00 
Consumo de Matéria-prima R$ 50.000,00 
Custos Diversos R$ 30.000,00 
Despesas Administrativas R$ 60.000,00 
Despesas de Vendas R$ 40.000,00 
Mão-de-Obra da Fábrica R$ 40.000,00 
 
No mês foram fabricadas 200 unidades do produto Omega e vendidas 160 unidades por R$ 
3.250,00 cada. Indique, respectivamente, o custo dos produtos vendidos, o lucro bruto e o valor final 
de estoques de produtos acabados. 
 
 
EXERCÍCIO 4 - Elabore a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) para cada mês e 
determine: o Custo da Produção do Período, o Custo da Produção Acabada e o Custo dos Produtos 
Vendidos. 
1º MÊS - Dados: 
 Estoque Inicial de Produtos Acabados = 2 
 Custos incorridos no mês: Matéria-prima : 36.000, Mão-de-obra Direta: 18.000, Energia 
Elétrica: 6.000. 
 Unid trabalhadas: 7,5 ( 8º em processamento) 
 Unid acabadas: ? 
 Unid em elaboração (parte concluída): ? 
 Unid vendidas: 8 
 Preço unitário de venda: $ 10.000 
2º MÊS - Dados: 
 Estoque Inicial de Produtos Acabados = ? 
 Estoque Inicial de Produtos em Elaboração = ? 
 Custos incorridos no mês: Matéria-prima : 39.000, Mão-de-obra Direta: 21.000, Energia 
Elétrica: 10.000. 
 Unid do período anterior terminadas este mês: ? 
 Unid iniciadas e acabadas no mês: 8 
 Unid em elaboração (parte concluída): 0,25 
 Unid vendidas: 9 
 Preço unitário de venda: $ 10.000 
 
 
 
 15 
EXERCÍCIO 5 - A empresa Soft Ltda. teve os seguintes custos no mês de março: 
CONTAS VALOR 
Matéria-prima 35.000 
Mão-de-obra direta 26.000 
Mão-de-obra indireta 14.000 
Energia elétrica 7.000 
Aluguel do Prédio 5.000 
Depreciação dos equipamentos 3.000 
TOTAL 90.000 
 
 Estoque Inicial de Produtos Acabados = 2 unidades 
 Estoque Inicial de Produtos em Elaboração = 0,25 
 Foram concluídas unidades iniciadas no mês anterior = ? 
 Foram iniciadas e concluídas 9 unidades no mês. 
 Foi iniciada, porém concluída 0,25 de uma unidade.(parte concluída) 
 Foram vendidas 8 unidades à $ 12.000 cada. 
 
Pede-se: o Custo da Produção do Período, O Custo da Produção Acabada , o Custo dos Produtos 
Vendidos e o lucro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM DIRETOS E INDIRETOS 
 
 Custos Diretos são os custos que podem ser diretamente (imediatamente) apropriados a cada 
produto, ou seja, são facilmente alocados ao objeto de custeio. A apropriação de um custo ao 
produto se dá pelo que efetivamente ele consumiu. No caso da matéria-prima pela quantidade que 
foi efetivamente consumida e, no caso da mão-de-obra direta, pela quantidade de horas que foi 
efetivamente utilizada. 
 Custos Indiretos são os custos que não podem ser apropriados diretamente a cada produto e por 
isso devem ser rateados. A distribuição dos custos ao produto ocorre através da adoção de um 
critério. 
 As Despesas de Vendas representam os gastos de promoção, colocação e distribuição dos 
produtos da empresa, tais como: o pessoal da área de vendas, marketing, comissão sobre vendas, 
propaganda e publicidade, provisão para créditos de liquidação duvidosa, etc. 
 As Despesas Administrativas representam os gastos, pagos ou incorridos, para direção ou gestão 
da empresa, tais como: honorários da administração (Diretoria e Conselho), salários e encargos do 
pessoal administrativo, material de escritório, etc. 
 As Despesas Financeiras são remunerações aos capitais de terceiros e englobam basicamente: os 
juros (pagos ou incorridos) de empréstimos e financiamentos,comissões bancárias, descontos 
concedidos, juros de mora pagos. 
 
Observações: 
 Esta classificação é em relação ao produto e não a produção. 
 Os custos podem ser diretamente apropriados aos produtos bastando haver medida de consumo : 
nº embalagens utilizadas, hora de mão-de-obra utilizada. 
 Quando a empresa trabalha apenas com um produto, só existe custos diretos. 
 Nos CI há um pouquinho de CD e que são tratados como Indiretos pela sua irrelevância ou 
dificuldade de medição. 
 Há muito mais CI do que CD, o que aumenta a arbitrariedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
MÃO-DE-OBRA 
 
O custo de pessoal ligado a produção podem ser divididos em mão-de-obra direta e mão-de-
obra indireta. 
A mão-de-obra direta compreende aos funcionários que atuam diretamente no produto, e cujo 
tempo gasto possa ser identificado, isto é apontado ao produto. Este apontamento é realizado através 
da quantidade de horas que foi efetivamente utilizada. 
A mão-de-obra adquirida fica à disposição da empresa e é requisitada, como se fosse um 
material, para aplicação na produção. Aquela que foi adquirida, mas não requisitada para aplicação na 
produção é denominada mão-de-obra ociosa e deve ser classificada como custo indireto. O salário 
do operário que ficou em treinamento e afastado da produção também é classificado como custo 
indireto. 
 
 
EXERCÍCIO 1 - Classifique os itens abaixo em Custo Direto, Custo Indireto, Despesa 
Administrativa, Despesa Financeira ou Despesa de Vendas. 
ITENS CLASSIFICAÇÃO 
Consumo de matéria-prima 
Energia elétrica consumida pelas máquinas durante a produção (sem medidor) 
Mão-de-obra empregada na produção 
Consumo de energia do prédio da fábrica 
Consumo de energia da administração 
Depreciação das máquinas da produção 
Mão-de-obra direta 
Salário da administração 
Consumo de combustível dos veículos de entrega 
Aluguel mensal da fábrica 
Salário do Supervisor que cuida do setor produtivo 
Propaganda veiculada em televisão divulgando o produto 
Telefone utilizado pelo diretor da empresa 
Comissão de vendas 
Aluguel do prédio utilizado pela administração 
Depreciação dos móveis do escritório 
Salário do pessoal da contabilidade 
Material de consumo do escritório 
Embalagem durante o processo de produção 
 18 
ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS – Cap. 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º passo: A separação entre Custos e Despesas Administrativas, Vendas e Financeiras; 
2º passo: A apropriação dos Custos Diretos diretamente aos Produtos; 
3º passo: A apropriação dos Custos Indiretos aos Produtos através de rateio. 
 
 
EXEMPLO: Gastos de determinado período da Empresa X: 
Comissão de Vendedores 80.000 
Salários de Fábrica 120.000 
Matéria-prima Consumida 350.000 
Salários da Administração 90.000 
Depreciação na Fábrica 60.000 
Seguros da Fábrica 10.000 
Desp Financeiras 50.000 
Honorários da Diretoria 40.000 
Materiais Diversos – Fábrica 15.000 
Energia Elétrica – Fábrica 85.000 
Manutenção – Fábrica 70.000 
Despesas de Entrega 45.000 
Correios, Telefone 5.000 
Material de Consumo – Escritório 5.000 
Total de gastos 1.025.000 
 
CUSTOS 
INDIRETOS DIRETOS 
RATEIO 
PROD C 
PROD B 
PROD A 
ESTOQUE CPV DESPESAS 
VENDAS 
venda 
RESULTADO 
GASTOS 
 19 
1º PASSO: A SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS ADMINISTRATIVAS, VENDAS 
E FINANCEIRAS. 
CUSTOS DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 
 
 
 
 
DESPESAS DE VENDAS 
 
 
DESPESAS FINANCEIRAS 
 
2º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS DIRETAMENTE AOS PRODUTOS. 
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS 
 DIRETOS INDIRETOS TOTAL 
 PROD A PROD B PROD C 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 20 
3º PASSO: A APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS AOS PRODUTOS ATRAVÉS DE 
RATEIO. 
Critério de Rateio: Custo Direto 
 PROD A PROD B PROD C TOTAL 
 
 
 
Total dos CD 
Rateio (%) Critério CD 
Custos Indiretos 
Custo Total de Cada Produto 
 
Critério de Rateio: Mão-de-obra 
 PROD A PROD B PROD C TOTAL 
 
 
 
Total dos CD 
Rateio (%) Critério MOD 
Custos Indiretos 
Custo Total de Cada Produto 
 
 
COMPARAÇÃO DOS CRITÉRIOS 
 CRITÉRIO 
CUSTOS DIRETOS 
CRITÉRIO 
MÃO-DE-OBRA 
 $ $ 
Prod A 
Prod B 
Prod C 
Total 
 
 
 
 21 
EXERCÍCIO 1- Calcule o custo dos produtos considerando o tempo de fabricação como base de 
rateio dos Custos Indiretos. Utilize o quadro a seguir: 
Contas Produto X Produto Y Produto Z Total 
Mão-de-obra direta 750.000 125.000 1.800.000 2.675.000 
Matéria –prima 890.000 300.000 5.000.000 6.190.000 
 
 
Custos Indiretos de Fabricação 720.000 
Custo Total 
Tempo de Fabricação 200 h 40 h 500 h 740 h 
 
 
EXERCÍCIO 2- Calcule o custo dos produtos considerando o Custo Direto como base de rateio dos 
Custos Indiretos. Utilize o quadro a seguir: 
 
Contas Produto X Produto Y Produto Z Total 
Mão-de-obra direta 750.000 125.000 1.800.000 2.675.000 
Matéria –prima 890.000 300.000 5.000.000 6.190.000 
 
 
Custos Indiretos de Fabricação 720.000 
Custo Total 
 
 
EXERCÍCIO 3 
a) Classifique as contas abaixo em Despesa, Custo Direto ou Custo Indireto. 
CONTAS VALOR CLASSIFICAÇÃO 
Matéria-prima consumida 100.000,00 
Energia Elétrica da fábrica (sem medidor) 12.000,00 
Energia Elétrica da administração 7.000,00 
Depreciação das Máquinas da produção 11.000,00 
Mão-de-obra do operário empregada na prod. 20.000,00 
Salário do supervisor da produção 1.000,00 
Salário da administração 8.000,00 
Gastos com a entrega dos produtos 10.000,00 
Manutenção da fábrica 4.000,00 
Material de consumo do escritório 5.000,00 
Materiais diversos consumidos na fábrica 3.000,00 
Salário do Vendedor 9.000,00 
TOTAL 190.000,00 
 
b) Tomando como base o quadro acima e as considerações abaixo, determine o valor da produção de 
cada um dos três produtos. 
 A empresa fabricou os produtos A, B e C nas seguintes quantidades: A = 50.000 Kg; B = 
30.000 Kg; C= 20.000 Kg. A utilização de matéria-prima é proporcional a quantidade 
produzida. 
 22 
 O apontamento da mão-de-obra direta mostrou que se gasta 15 % no produto A, 35% no 
produto B e 50 % no produto C. 
 Os custos indiretos são rateados pelo critério da mão-de-obra Direta. 
c) Elabore a Demonstração do Resultado do Exercício considerando: 
 Os dados (Despesas e Custos) das questões anteriores. 
 Não havia estoque inicial e que toda a produção foi vendida. 
 Receitas de Venda ( Total) : R$ 210.000,00 
 
 
EXERCÍCIO 4 - A Indústria de Bebidas Omega Ltda trabalha com custos indiretos de fabricação 
reais. O custo de produção é sempre calculado após o final do mês, depois de apurados todos os custos. 
As informações abaixo dizem respeito ao mês de dezembro de 2006. 
 
CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO R$ 
Aluguel 3.000,00 
Materiais Indiretos 2.500,00 
Mão-de-Obra Indireta 5.000,00 
Seguros 1.500,00 
Energia Elétrica 500,00 
Depreciação das Máquinas Industriais 7.500,00 
TOTAL 20.000,00 
 
Outras Informações: 
 CERVEJAS REFRIGERANTES TOTAL 
Quant. Produzida 20.000 10.000 30.000 
Matéria-Prima Consumida 3.000 1.000 4.000 
Mão-de-obra Direta (R$) 3.000 3.000 6.000 
Horas de MOD Trabalhadas 800 horas 700 horas 1.500 horas 
 
a) Com base nos dados anteriores, pede-seo valor do custo de cada produto, usando-se as horas de 
Mão–de-obra Direta trabalhadas como critério de rateio. 
b) Apure o custo de cada produto, usando a matéria-prima consumida como critério de rateio. 
c) Compare e comente os Custos Totais encontrados pelos critérios de rateiro: horas de Mão–de-obra 
Direta trabalhadas e matéria-prima consumida. 
 
 
 
 
 23 
EXERCÍCIO 5 – Responda as questões abaixo: 
 
a) A separação dos custos em diretos e indiretos é feita com relação a quê ? 
b) Qual a diferença entre mão-de-obra direta e indireta ? 
 
 
OUTRAS NOMENCLATURAS DE CUSTOS 
 
 
Custos Primários: Soma de matéria-prima com mão-de-obra direta. Não são a mesma coisa que 
Custos Diretos, já que nos Primários só estão incluídos aqueles dois itens. Assim, a embalagem é um 
Custo Direto, mas não Primário. 
CP = MP + MOD 
 
Custos de Transformação ou de Conversão: Correspondem aos custos incorridos para transformar a 
matéria-prima em produto. Compreendem os custos com a mão-de-obra direta e os custos indiretos de 
fabricação. 
CT = MOD + CIF 
OBSERVAÇÃO: As matérias-primas irão compor os produtos. No caso de uma carteira escolar, 
temos: madeira, fórmica, parafusos, tinta, verniz, etc. Podemos chamá-las de materiais diretos. 
 
Custos Fabril, Total ou Contábil: Envolve as etapas do processo de fabricação, sendo composto 
pelos elementos de custos da produção. 
CF = MD + MOD + CIF 
 
Custos Integral ou Pleno: Compreende todos os valores envolvidos para que o produto seja 
concluído. Inclui os custos e as despesas. 
CI = MD + MOD + CIF + Despesas 
 
EXERCÍCIOS DE OUTRAS NOMENCLATURAS DE CUSTOS 
 
EXERCÍCIO 1 - A Cia Verde fabrica três tipos de produtos. Tomando como base os custos da 
empresa A referentes ao mês de março, calcule Custo Primário, o Custo de Transformação, o Custo 
Fabril e o Custo Integral: 
 
Matéria-prima : 9.000 
Mão-de-obra direta: 11.000 
 24 
Energia elétrica da produção: 2.300 
Salários dos supervisores: 7.000 
Salários da Contabilidade: 5.000 
Aluguel da fábrica: 1.200 
Conta de telefone da diretoria da empresa: 500 
Outros custos indiretos: 8.800 
 
EXERCÍCIO 2 – Durante o primeiro trimestre do ano de X1, a fábrica de pipocas sabor saltitante 
Ltda, registrou as seguintes operações: 
 
 
Data Valor Ocorrência 
15/03/X1 R$ 950,00 Compra, para pagamento em 60 dias, de 1.800 kg de milho de pipoca. 
10/05/X1 R$ 950,00 Setor de produção solicita ao setor de estocagem os 1.800 kg de milho de 
pipoca. 
05/06/X1 R$ 950,00 O setor financeiro paga o boleto bancário referente à compra dos 1.800 kg 
de milho de pipoca. 
 
 
Com base nas datas, ocorrências e valores apresentados, indique o mês em que foram computados, no 
custo de produção, os 1.800kg de milho utilizados como matéria-prima das pipocas. 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM FIXOS E VÁRIÁVEIS 
 
A análise do comportamento dos custos lida com a forma segundo a qual os custos respondem a 
alterações nos níveis das atividades. 
Os gestores precisam saber como os custos se comportam, para tomar decisões informadas a 
respeito dos produtos, para planejar e para avaliar desempenho. Primordialmente, precisa-se saber o 
comportamento de quatro categorias básicas de custos: fixos, variáveis, semivariáveis e semifixos. 
Custos Variáveis – Os que guardam relação direta (variam uniformemente) com o volume de 
produção ou vendas. E, por estarem vinculados ao volume produzido, são também classificados como 
custos diretos; 
Custos Fixos – Os que não variam com o volume de produção ou vendas (são fixos ou sofrem 
pequenas variações). E, por não integrarem os produtos, beneficiando a fabricação de vários produtos 
simultaneamente, são classificados como custos indiretos; 
Semivariáveis ou semifixos – Os que parte tem comportamento fixo e parte variável com o 
volume de produção e vendas, onde: 
 Semivariáveis – também são denominados como custos mistos. Ex.: energia elétrica em 
uma indústria. 
 Semifixos - também são denominados como custos em degraus. Ex.: Um setor que precisa 
de um supervisor para cada grupo de 4 empregados. 
 25 
 
EXERCÍCIOS DE CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS 
 
 
1. Quando determinado gasto beneficia a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo, esse 
gasto é corretamente classificado como: 
 
a) Custo Variável 
b) Custo Direto 
c) Custo Fixo 
d) Custo Semivariável 
e) Custo Semifixo 
 
2. Sempre que um gasto puder ser identificado facilmente em relação a cada produto fabricado, 
variando conforme o volume produzido, esse gasto será classificado como: 
a) Custo direto 
b) Custo indireto 
c) Custo variável 
d) Custo fixo 
e) As alternativas “b” e “d” estão incorretas 
 
3. Em relação aos produtos, os custos são classificados em: 
a) Fixos e indiretos 
b) Diretos e indiretos 
c) Diretos e fixos 
d) Fixos e variáveis 
e) As alternativas “a” e “d” estão corretas. 
 
4. A fábrica de Sorvetes Gelobom Ltda., apresetna custos e despesas fixos anuais iguais a R$ 
40.000,00. Seus custos variáveis correspondem a R$ 13,50 por caixa. Comumente, o preço de 
venda médio é igual a R$ 22,00. Supondo produções de 10.000 e 20.000 caixas, calcule: 
a) Receitas totais = 
b) Custo total e unitário = 
c) Custo fixo total e unitário = 
d) Custo variável total e unitário = 
 
 
 
 
 26 
INVENTÁRIO PERMANENTE 
 
Por esse método, as sociedades apuram o custo das mercadorias vendidas (CMV) na 
época da efetivação de cada venda utilizando a conta “Mercadorias”. Para efetuar o controle de 
estoque utiliza-se a Ficha de Controle de Estoque, sendo uma Ficha para cada tipo de mercadoria, 
produto ou de material. 
Há o controle permanente do Estoque. Dessa forma, em qualquer momento eu conheço 
a quantidade de mercadoria e o valor contido em meu estoque, basta observar a “Ficha de Estoque” 
cujo saldo final, é o mesmo da conta “Mercadorias”. 
Os métodos de avaliação existentes pelo Inventário Permanente são: 
 
 PEPS Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair, ou FIFO First In, First Out 
 UEPS Ultimo a Entrar, Primeiro a Sair, ou LIFO Last In, First Out 
 CM Custo Médio 
 
Exemplo: 
A empresa Sol de Verão possui estoque inicial de $ 100,00 ( 1 mercadoria) e realizou as seguintes 
operações à vista: 
 
 Dia 11/05 – Compra de 3 mercadorias a $ 120 cada = $ 360,00 
 Dia 12/05 - Compra de 2 mercadorias a $ 130 cada = $ 260,00 
 Dia 14/05 – Venda das 2 mercadorias a $ 160 cada = $ 320,00 
 Dia 15/05 - Venda das 1 mercadoria a $ 170 cada = $ 170,00 
 
 27 
 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE (PEPS) 
DATA OPERAÇÃO ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
 Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
 ESTOQUE INICIAL (EI) 1 100,00 100,00 
11/05 Compra 3 120,00 360,00 - - - 1 
3 
100,00 
120,00 
100,00 
360,00 
12/05 Compra 2 130,00 260,00 - - - 1 
3 
2 
100,00 
120,00 
130,00 
100,00 
360,00 
260,00 
14/05 Venda - - - 1 
1 
100,00 
120,00 
100,00 
120,00 
2 
2 
120,00 
130,00 
240,00 
260,00 
15/05 Venda - - - 1 120,00 120,00 1 
2 
120,00 
130,00 
120,00 
260,00 
 Saldo final de estoque $ 380,00 (120,00 +260,00) 
 
Então, o CMV da 1º venda é $ 220,00 (100,00 + 120,00) e da 2º venda é $ 120,00. O saldo final de estoques é de $ 380,00 (mesmo 
saldo da conta ¨Mercadorias¨). 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE (CM) 
DATAOPERAÇÃO ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
 Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
 ESTOQUE INICIAL (EI) 1 100,00 100,00 
11/05 Compra 3 120,00 360,00 - - - 4 115,00(*) 460,00 
12/05 Compra 2 130,00 260,00 - - - 6 120,00(**) 720,00 
14/05 Venda - - - 2 120,00 240,00 4 120,00 480,00 
15/05 Venda - - - 1 120,00 120,00 3 120,00 360,00 
 Saldo final de estoque $ 360,00 
( * ) 1 x 100,00 + 3 x 120,00 = 460,00 = 115,00 
 4 4 
 
( * * ) 4 x 115,00 + 2 x 130,00 = 720,00 = 120,00 
 6 6 
Então, o CMV da 1º venda é $ 240,00 e da 2º venda é $ 120,00. O saldo final de estoques é de $ 360,00 
(mesmo saldo da conta ¨Mercadorias¨). 
 28 
INVENTÁRIO PERIÓDICO 
 
Este método é geralmente utilizado pelas companhias que não têm controle de estoque 
que lhes permita apurar custo das mercadorias vendidas quando da realização de cada venda. O 
referido custo é determinado da seguinte forma: 
CMV = Estoque Inicial (EI) (+) Compras (-) Estoque Final (EF) 
O estoque inicial corresponde ao estoque final apurado do último balanço patrimonial. 
O montante das compras representa as aquisições de mercadorias entre o último balanço patrimonial e 
o atual. O valor referente ao estoque final é encontrado através da contagem física das mercadorias que 
restaram. 
Este método possui algumas desvantagens como a necessidade de se apurar o estoque 
final que é através da contagem física. 
Tratando-se de pequenas empresas como lojas de roupas, geralmente os custos de cada 
venda não são controlados a cada movimentação devido a diversidade de produtos. É mais prático para 
a empresa apurar o seu CMV no final do período, do que abrir uma ficha de controle de estoque para 
cada peça de roupa. Além disso, o volume de mercadorias torna mais viável a utilização deste 
inventário. 
EXERCÍCIOS DE INVENTÁRIO 
 
EXERCÍCIO 1 - Calcule o valor da requisição de materiais e o saldo de estoque pelos métodos de 
valorização: PEPS e CM. 
 
Estoque inicial = 0 
Dia 5, aquisição de 10 unidades a $ 120,00 cada 
Dia 7, requisição de 8 unidades 
Dia 15, aquisição de 12 unidades a $ 130,00 cada 
Dia 20, requisição de 11 unidades 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
DATA OPERAÇÃO ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
 Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
 
 
 
EXERCÍCIO 2 - A Casa de Ferragens Ferrão Ltda. comercializa diversos produtos. Constatou que no 
início de março seu estoque de dobradiças estava zerado. Nesse mês realizou as seguintes compras: 
 
Dia Fornecedor Quantidade Valor da Compra 
04 Dobradiças Rey Ltda. 500 unid $ 5.000,00 
12 Metalúrgica Jaguaré Ltda. 600 unid $ 6.300,00 
 
Foram requisitadas as seguintes quantidades do estoque para vendas: 
Dia Documento Quantidade 
06 Requisição nº 195 400 unid 
15 Requisição nº 217 650 unid 
 
a) Considerando o PEPS, UEPS e CM, qual foi o saldo físico e monetário verificado ao final de 
março ? 
b) Compare o valor do Custo das Mercadorias Vendidas encontrado nos três critérios de avaliação de 
estoque. 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
DATA OPERAÇÃO ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
 Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
DATA OPERAÇÃO ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
 Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 30 
 
 
 
DEPARTAMENTALIZAÇÃO – Cap. 6 
 
 
Uma outra forma de abordar os Custos Indiretos é via departamentalização. Os 
departamentos são freqüentemente chamados de Centro de Custos. Centro de Custos é o menor 
segmento de atividade ou área de responsabilidade para o qual se acumulam custos. O departamento 
pode ter vários centros de custos. Uma empresa pode subdividir um departamento em setores, cada um 
sendo um centro de custos. Por exemplo: o departamento de costura pode ser subdividido em setor de 
calças, setor de camisas e assim por diante. 
A departamentalização apropria os Custos Indiretos aos Departamentos e destes para os 
produtos utilizados critérios de rateios. As vezes os custos são indiretos para o produto e direto para o 
Departamento. 4 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
DATA OPERAÇÃO ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
 Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE 
DATA OPERAÇÃO ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
 Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
Qde Valor 
Unitário 
Valor 
Total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 Produtivos Produtos 
Custos Indiretos Departamentos 
 Auxiliares 
 
Os Departamentos podem ser divididos em: 
 
 Departamentos de Produção ou Produtivo: são os que atuam diretamente sobre o produto. Como 
exemplos: Usinagem, Montagem e Pintura. 
 Departamentos Auxiliares ou de Serviços: vivem basicamente da execução de serviços e não atuam 
diretamente sobre o produto. Como exemplos: Almoxarifado e Controle de Qualidade. 
 
Os Custos Indiretos dos Departamentos Produtivos podem ser rateados aos produtos por eles 
trabalhados. O mesmo não acontece com os Departamentos Auxiliares. Eles não trabalham os 
produtos, e sim auxiliam a produção quer seja gerenciando, planejando, acompanhando e controlando, 
atendendo as necessidades de materiais dos diversos Departamentos, inspecionando os produtos, 
efetuando manutenção, etc. Os produtos não costumam passar por esses Departamentos de Serviços. 
Por viverem esses Departamentos para a prestação e serviços a outros Departamentos, têm seus custos 
transferidos para os que deles se beneficiam. Desta forma, os Departamentos auxiliares trabalham para 
outros Departamentos, de tal maneira que seus custos podem ser transferidos para os Departamentos 
produtivos. Depois , rateiam-se esses custos aos produtos. 
 
Exemplos de contas identificáveis com os departamentos: 
 Mão-de-obra indireta: reconhecemos o quanto cabe a cada Departamento utilizando a 
folha de pagamentos, da qual iremos utilizaro montante de salários e acrescentar os 
encargos sociais. 
 Depreciação: reconhecemos os custo da depreciação de cada Departamento pelo controle 
patrimonial dos equipamentos ativados. 
 Materiais Diversos (de escritório, higiene, limpeza e auxiliares de produção): 
reconhecemos o consumo de cada departamento pelas requisições emitidas. 
 
Exemplos de contas comuns aos Departamentos: 
 Energia Elétrica (supondo não haver um medidor de consumo nos Departamentos). 
 Água (supondo não haver um hidrômetro em cada Departamento) 
 Telefone (supondo haver uma central telefônica) 
 
 
1 
2 
2 
3 
 32 
Iremos elaborar um Mapa de Custos Indiretos de Fabricação como exemplo. 
Explicações sobre a estrutura do mapa: 
1) Para se chegar aos posicionamentos dos Departamentos no mapa de custos 
indiretos é necessário separá-los em dois grupos: auxiliares ou serviços e 
produtivos; 
2) Ordenar os Departamentos auxiliares: posicionando a sua direita aqueles que 
mais prestam serviços; portanto a sua esquerda ficam os departamentos 
beneficiários (auxiliares e produtivos) que, conseqüentemente, receberão os seus 
custos; 
3) Ordenar os Departamentos produtivos, preferencialmente conforme a seqüência 
do processo de produção, embora isso não modifique os custos finais. 
4) Separar os custos indiretos em dois grupos: Custos próprios e custos comuns. Os 
custos próprios são lançados nos respectivos Departamentos que os causaram. 
Os custos comuns inicialmente têm seus valores lançados na coluna 
ADMINISTRAÇÃO GERAL e em seguida, são rateados aos Departamentos. 
 
Nesse exemplo, identificou-se durante o período os seguintes custos indiretos: 
 
ALUGUEL.............150.000 
ENERGIA............. 90.000 
MAT. INDIRETO.. 60.000 
MOI.......................350.000 
DEPRECIAÇÃO....70.000 
TOTAL................720.000 
 
A empresa hipotética contava com os Departamentos Auxiliares: Adm. geral, 
Almoxarifado, Controle de Qualidade e Manutenção; e com os Departamentos Produtivos: 
Montagem, Cromeação e Usinagem, onde: 
 
 1º - A administração geral da fábrica (parte comum) é a primeira que deve ter seus custos 
distribuídos, pois atende a praticamente todos os outros departamentos. 
 2º - Manutenção – presta serviços ao almoxarifado e ao controle de qualidade (Apesar de efetuar 
trabalhos para a Adm. Geral, não é distribuído ao departamentos que já possui saldo zero) 
 3º - Almoxarifado – aos departamentos que o fizeram uso, exceto os que já forma alvo de 
distribuição. 
 4º - Controle de Qualidade – terá os custos alocados somente aos departamentos de produção. 
OBS.: Os departamentos auxiliares são ordenados à direita, iniciando pelos que mais prestam 
serviços. 
 
 33 
Quais critérios serão utilizados para distribuir os custos? 
 
 Aluguel – totalmente absorvido pelo departamento de Administração geral. 
 Energia – em função dos pontos de luz, onde a Adm. Geral concentrará os custos de energia de 
todos os departamentos auxiliares. Já os departamentos produtivos acumulam seus custos, 
individualmente, como será apresentado pelo quadro ilustrativo demonstrado ao final do 
enunciado. 
 Mão de obra indireta – na ausência de critérios adequados, distribuí-los proporcionalmente ao 
número de pessoas envolvidas em cada um dos departamentos (vide informação no quadro 
ilustrativo em anexo). 
 Materiais indiretos e depreciação – de acordo com o apontamento do responsável pela 
produção. (Informação disponível no quadro anexo). 
 
Alocação dos custos dos departamentos: 
 
Administração Geral 
O departamento rateará seu custo total conforme a seguinte distribuição: 
Manutenção 20% 
Almoxarifado 12% 
Controle de qualidade 14% 
Montagem 23% 
Cromeação 13% 
Usinagem 18% 
 
Manutenção 
 O departamento gastou 50 horas para a usinagem, 40 para a cromeação, 40 para o controle de 
qualidade e 15 para o almoxarifado. ($ da manutenção = 145.000 ( saldo anterior + os da 
Administração) 
 
Almoxarifado 
 Tem agora 120.000 ( 70.000 + 20.000 + 6.000 + 9.000+ 15.000) 
 A empresa resolveu distribuir uniformemente aos departamentos produtivos. 
 
Controle de Qualidade 
 A distribuição é feita com base nos testes feitos para cada um, segundo as informações 
fornecidas pelo departamento, como segue: 
 Montagem 11,8% 
 Cromeação 34,6% 
 Usinagem 53,6% 
 34 
 
Agora os custos estão carregados em apenas 3 departamentos: Usinagem, Cromeação e 
Montagem. 
Utilizamos a departamentalização para diminuirmos os erros provocados pelo rateio dos custos 
indiretos. 
 Baseado no mapa dos custos indiretos, será possível apurar os custos por departamento 
produtivo e o custo por produto fabricado pela empresa. 
 
 
Quadro ilustrativo 
 
Critérios de apropriação dos custos indiretos: 
 
Energia 
Depto. Qde. pontos de luz 
Adm. Geral 40 
Montagem 10 
Cromeação 10 
Usinagem 30 
 
Materiais Indiretos 
Rateados pelo no. de funcionários por departamento, tendo a empresa 60 funcionários cadastrados no 
RH: 
Depto. Qde. Pessoal 
Adm. Geral 18 
Manutenção 9 
Almoxarifado 10 
Controle de qualidade 5 
Montagem 8 
Cromeação 4 
Usinagem 6 
 
MOI 
Sendo rateado: 
Depto. $ 
Adm. Geral 80.000 
Manutenção e Almoxarifado 60.000 
Controle de qualidade e Cromeação 30.000 
Montagem 50.000 
Usinagem 40.000 
 
Depreciação 
Sendo rateada: 
Adm. Geral 8.000 
Manutenção 16.000 
Controle de qualidade 10.000 
Montagem 2.000 
Cromeação 13.000 
Usinagem 21.000 
 
 
 
 35 
 
 
MAPA DE CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 
 DEPARTAMENTOS AUXILIARES DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS 
CUSTOS 
INDIRETOS 
USINAGEM CROMEAÇÃO MONTAGEM CONTROLE 
QUALIDADE 
ALMOXA-
RIFADO 
MANU- 
TENÇÃO 
ADM.GERAL TOTAL 
Aluguel - - - - - - 150.000 150.000 
Energia 30.000 10.000 10.000 - - - 40.000 90.000 
Mat. Indiretos 6.000 4.000 8.000 5.000 10.000 9.000 18.000 60.000 
MO Indireta 40.000 30.000 50.000 30.000 60.000 60.000 80.000 350.000 
Depreciação 21.000 13.000 2.000 10.000 - 16.000 8.000 70.000 
Total 97.000 57.000 70.000 45.000 70.000 85.000 296.000 720.000 
Rateio da Adm. 
Geral 
53.000 38.000 68.000 42.000 35.000 60.000 
Total 150.000 95.000 138.000 87.000 105.000 145.000 
Rateio Manut. 50.000 40.000 - 40.000 15.000 (145.000) 
Total 200.000 135.000 138.000 127.000 120.000 
Rateio Almox 40.000 40.000 40.000 - (120.000) 
Total 240.000 175.000 178.000 127.000 
% de alocação 53.6 % 34.6 % 11.8 % 100 % 
Rateio Contr. 68.000 44.000 15.000 (127.000) 
Total 308.000 219.000 193.000 720.000 
 
Agora iremos apropriar o custo de cada departamento produtivo aos produtos, 
utilizando como critério de rateio as horas/máquina utilizadas por cada produto: 
 
 Produto D Produto E ProdutoF Total 
Usinagem 150 hm = 43 % 
$ 132.440 
120 hm = 34 % 
 $ 104.720 
80 hm = 23 % 
 $ 70.840 
350 hm 
$ 308.000 
Cromeação 120 hm = 40 % 
$ 87.600 
120 hm = 40 % 
$ 87.600 
60 hm = 20 % 
$ 43.800 
300 hm 
$ 219.000 
Montagem 80 hm = 41 % 
$ 79.130 
70 hm = 36 % 
$ 69.480 
43 hm = 23 % 
$ 44.390 
193 hm 
$ 193.000 
Total CI por produto $ 299.170 $ 261.800 $ 159.030 $ 720.000 
Custos Diretos $ 500.000 $ 300.000 $ 450.000 $ 1.250.000 
Custo total de cada 
produto 
$ 799.170 $ 561.800 $ 609.030 $ 1.970.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
EXERCÍCIOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO – Cap. 6 
 
EXERCÍCIO 1 - A empresa RIBS trabalha com a montagem e venda de brinquedos: Bonecas e 
Carrinhos. Durante o mês apresentou os seguintes custos indiretos: 
 
CONTAS R$ 
Aluguel 8.000 
Mão-de-obra Indireta 20.000 
Energia Elétrica 4.000 
Depreciação dos Veículos 15.000 
Outros Custos Indiretos 3.000 
 
 
Os Custos Diretos são: BONECAS R$ 8.000 e CARRINHOS R$ 12.000. 
 São fornecidas adicionalmente as seguintes informações: 
 
 MONTAGEM ACABAMENTO ALMOXARIFADO ADM. GERAL TOTAL 
Área Ocupada 25,5 m
2
 45 m
2
 30 m
2
 49,5 m
2
 150 m
2
 
Energia Elétrica 
Consumida 
800 kw 525 kw 775 kw 400 kw 2.500 kw 
 
Os departamentos envolvidos são: MONTAGEM, ACABAMENTO, ALMOXARIFADO E 
ADMINISTRAÇÃO GERAL. 
Os custos indiretos são distribuídos da seguinte forma: 
a) O Aluguel será distribuído aos Departamentos de acordo com a área ocupada. 
b) A mão-de-obra indireta e a energia são apropriadas aos Departamentos em função da Energia 
Elétrica Consumida. 
c) A Depreciação dos Veículos e os Outros Custos Indiretos são alocados aos Departamentos da 
seguinte forma: Montagem 20%, Acabamento 40 %, Almoxarifado 15% e Administração Geral 
25%. 
d) A Administração Geral distribui igualmente seus gastos para os Departamentos de Montagem, 
Acabamento e Almoxarifado, ou seja, 1/3 para cada Departamento. 
e) O Departamento de Montagem absorve 40 % dos gastos do Departamento Almoxarifado. 
 
Os custos indiretos são rateados aos produtos por eles trabalhados conforme as horas apontadas. Nesse 
mês os tempos unitários foram: 
 
Produtos MONTAGEM ACABAMENTO 
Bonecas 5 horas 10 horas 
Carrinhos - 15 horas 
Total 5 horas 25 horas 
 
 
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 
 MONTAGEM ACABAMENTO ALMOXARIFADO ADM. GERAL TOTAL 
Área Ocupada 
 
Rateio Aluguel 
Energia Elétrica Consumida 
 37 
 
Rateio MOI e Energia 
 
Rateio Deprec e outros CI 
Total 
Eliminação Adm Geral 
 
Eliminação Almoxarifado 
Total dos Dep. Produtivos 
 
Produtos MONTAGEM ACABAMENTO Custos Diretos Total 
 Bonecas 
Carrinhos 
Total de horas 
Total CI por Dep. Prod. 
 
EXERCÍCIO 2 - Os Custos Indiretos de Fabricação ou Gastos Gerais de Fabricação da Cia Dobra e 
Fecha foram os seguintes durante o mês de fevereiro/X7: 
Aluguel 240.000,00 
Energia Elétrica 360.000,00 
Materiais Indiretos 60.000,00 
Mão-de-Obra Indireta 211.000,00 
Os materiais indiretos utilizados foram apropriados por meio de requisições de cada departamento: 
Estamparia 12.000,00 
Montagem 3.500,00 
Furação 4.500,00 
Almoxarifado 7.000,00 
Manutenção 8.000,00 
Administração Geral da Fábrica 25.000,00 
A energia consumida foi distribuída da seguinte maneira: 
Estamparia 180.000,00 
Montagem 100.000,00 
Furação 33.000,00 
Almoxarifado 17.000,00 
Manutenção 20.000,00 
Administração Geral da Fábrica 10.000,00 
 
O total da Mão-de-Obra Indireta foi assim apropriado: 
Estamparia 40.000,00 
Montagem 30.000,00 
Furação 50.000,00 
Almoxarifado 11.000,00 
Manutenção 12.000,00 
Administração Geral da Fábrica 68.000,00 
 38 
O aluguel é atribuído inicialmente apenas à Administração Geral da Fábrica. 
Apurar o Custo Indireto Total de cada Departamento Produtivo e o Custo Total de cada produto com 
base no seguinte: 
a) Os Custos da Administração Geral da Fábrica são distribuídos aos demais Departamentos à base da 
área ocupada; a Estamparia ocupa 35% da área total, a Montagem 15%, a Furação 30%, e o restante é 
utilizado igualmente pelo Almoxarifado e pela Manutenção. 
b) A Manutenção presta serviços somente aos Departamentos de Produção e o rateio é feita à base da 
produção total de cada um. A Estamparia, a Montagem e a Furação produziram, respectivamente, 
40%, 25% e 35% do total. 
c) O Almoxarifado distribui seus custos: ½ para a Estamparia, ¼ para a Montagem e o restante para a 
Furação. 
d) A empresa produz Dobradiças e Fechaduras. A Dobradiça (15.000 unidades no mês) passa apenas 
pela Estamparia e pela Furação e a Fechadura (4.000 unidades no mês) passa por todos os 
Departamentos. A distribuição dos custos indiretos da Estamparia e da Furação aos respectivos 
produtos é feita na mesma proporção que o material direto. Os Custos Diretos do mês foram: 
 
 Dobradiças Fechaduras Total 
Matéria-Prima 588.000,00 392.000,00 980.000,00 
Mão-de-Obra Direta 420.000,00 314.000,00 734.000,00 
TOTAL 1.008.000,00 706.000,00 1.714.000,00 
 
 
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 2 
 Estamparia Montagem Furação Almoxarifado Manutenção Adm. Geral Total 
Aluguel 
Energia Elétrica 
Materiais Indiretos 
Mão-de-obra Indireta 
Total 
 
Eliminação Adm. Geral 
Total 
 
Eliminação Manutenção 
Total 
 
Eliminação Almoxarifado 
Custos Dep. Produtivos 
 
 39 
 Dobradiças Fechaduras Total 
Material Diretos 
Rateio Crit.Mat.Diretos 
Estamparia 
Montagem 
Furação 
Custos Indiretos 
Custos Diretos 
Custos Totais 
 
EXERCÍCIO 3 – A empresa Fênix possui os seguinte departamentos produtivos: 
K: onde são trabalhados os produtos carteira e cinto; 
M: onde são trabalhados os produtos carteira, bolsa e cinto; 
P: onde são trabalhados os produtos bolsa e cinto. 
 
No mês de novembro os custos indiretos de fabricação foram: 
 
 Mão-de-obra indireta = $ 850.000, debitados aos departamentos conforme folha de pagamentos: K : 
20 %, M : 50 % e P : 30 %. 
 Energia Elétrica = $ 300.000, rateados aos departamentos pela potência instalada: K : 300 kw, M : 
150 kw e P : 150 kw. 
 Aluguel = $ 300.000, rateados aos departamentos pela área ocupada: K : 300 m², M : 360 m² e 
P: 540 m². 
 Depreciação = $ 150.000, debitados aos departamentos conforme registros de ativo da 
contabilidade = K: 40 %, M : 40 % e P: 20 %. 
 
Os custos indiretos apropriados aos departamentos são rateados aos produtos por eles trabalhados 
conforme as horas apontadas. Nesse mês os tempos unitários foram: 
Produtos K M P 
Carteira 2 horas 10 horas - 
Bolsa - 15 horas 8 horas 
Cinto 5 horas 10 horas 12 horas 
Total 7 horas 35 horas 20 horas 
 
Os custos diretos dos produtos são: Carteira : 250.000 Bolsa: 320.000 Cinto: 490.000 
Determine os Custos Totais de cada produto. 
 
 
 
 40 
RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO 3 
 K M P Total 
Mão-de-obra indireta 
 
Energia Elétrica 
 
Aluguel 
 
Depreciação 
 
Total dos Dep. Produtivos 
 
Produtos K M P Total C I Custos Diretos Custos Totais 
Carteira 
Bolsa 
Cinto 
Total 
 
 
CUSTEIO ABC 
 
 O chamado custeio ABC (Activity Based Costing) é um método de custeio que está baseado 
nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos.A origem do método de Custeio ABC proveio do significativo aumento dos chamados Custos 
Indiretos de Fabricação na produção industrial nas últimas décadas. 
 O pressuposto do ABC é que os recursos (fatores produtivos) da empresa são consumidos pelas 
suas atividades e não pelos produtos que ela fabrica. Os produtos são conseqüência das atividades 
efetuadas pela empresa para fabricá-los e comercializá-los. 
 No custeio ABC, o objetivo é rastrear quais as atividades da empresa que estão consumindo de 
forma mais significativa seus recursos. Os custos são direcionados para essas atividades e destas para 
os bens fabricados. O rastreamento de custos que está implícito no método de custeio ABC é um 
processo muito mais complexo e sofisticado do que o simples rateio dos CIF aos produtos. É 
necessário elencar as atividades que a empresa efetua no processo de fabricação, verificar quais os 
recursos que estão sendo consumidos por elas, direcionar os custos para essas atividades e delas para 
os produtos. 
 41 
 A atribuição dos custos às atividades, quando não puder ser efetuada diretamente, deve ser feita 
através da utilização dos direcionadores de recursos, que são indicadores da forma como as atividades 
consomem os recursos produtivos. 
 Já a atribuição dos custos, alocados inicialmente às atividades, aos produtos é efetuada com o 
uso dos direcionadores de atividades, que são indicadores de quanto os produtos consomem das 
atividades. 
 Tanto os direcionadores de recursos quanto os direcionadores de atividades, embora tenham 
finalidades diferentes, são denominados direcionadores de custos. 
 O custeamento por atividades (ABC) é um processo bastante complexo, pois envolve os 
seguintes procedimentos: 
1°) Identificação das atividades exercidas por cada departamento da empresa; 
2°) Mensuração da quantidade de recursos que são consumidos por uma atividade – essa etapa é feita 
através da atribuição direta do custo ou, quando impossível esta, através da utilização dos 
direcionadores de recursos; 
3°) Atribuições dos custos das atividades aos produtos através da utilização dos direcionadores de 
atividades. 
 
EXEMPLO SIMPLIFICADO: 
 
1) Dados da companhia: 
Produtos da 
Cia Alpha 
Preços de Venda 
Unitários 
Produção 
Mensal 
Custos Diretos 
Unitários 
X 8,00 10.000 2,00 
Y 14,00 5.000 3,00 
Z 24,00 4.000 5,00 
 
2) Custos Indiretos de Fabricação 
Aluguel e Seguro da Fábrica R$ 40.000,00 
Mão-de-obra Indireta R$ 90.000,00 
Material de Consumo R$ 20.000,00 
TOTAL R$ 150.000,00 
 
3) Atividades desenvolvidas pela Empresa 
DEPARTAMENTO ATIVIDADES 
Compras Comprar 
Produção Atividade Industrial 1 
Atividade Industrial 2 
Acabamento Acabar 
Despachar 
 
 42 
 
CRITÉRIOS PARA ATRIBUIÇÕES DE CUSTOS ÀS ATIVIDADES 
 
 Aluguel e Seguro – o direcionador do recurso é a área utilizada pela atividade, uma vez que o 
valor do aluguel e do seguro da fábrica dependem da área. 
 Mão-de-obra Indireta – atribuição direta às atividades, uma vez que cada uma delas tem 
funcionários indiretos próprios. Os valores atribuídos pelo departamento de pessoal da empresa foram 
os seguintes: 
Comprar R$ 10.000,00 
Atividade Industrial 1 R$ 30.000,00 
Atividade Industrial 2 R$ 40.000,00 
Acabar R$ 8.000,00 
Despachar R$ 2.000,00 
 
 Material de Consumo – atribuição direta às atividades através das requisições de material de cada 
departamento. Os valores atribuídos pelo almoxarifado foram: 
Comprar R$ 2.000,00 
Atividade Industrial 1 R$ 5.000,00 
Atividade Industrial 2 R$ 8.000,00 
Acabar R$ 3.000,00 
Despachar R$ 2.000,00 
 
As áreas ocupadas por cada atividade, em percentual, são dadas pela tabela a seguir: 
Atividades Percentual da área 
Comprar 20% 
Atividade Industrial 1 25% 
Atividade Industrial 2 30% 
Acabar 15% 
Despachar 10% 
TOTAL 100% 
 
O quadro abaixo resume a atribuição dos custos indiretos às atividades 
Atividades Aluguel+Seguros 
(% da área x R$ 
40.000,00) 
Mão-de-obra 
Indireta 
(atribuição 
direta) 
Material de 
Consumo 
(atribuição 
direta) 
TOTAL 
Comprar 8.000,00 10.000,00 2.000,00 20.000,00 
Atividade Industrial 1 10.000,00 30.000,00 5.000,00 45.000,00 
Atividade Industrial 2 12.000,00 40.000,00 8.000,00 60.000,00 
Acabar 6.000,00 8.000,00 3.000,00 17.000,00 
Despachar 4.000,00 2.000,00 2.000,00 8.000,00 
TOTAL 40.000,00 90.000,00 20.000,00 150.000,00 
 
 43 
 
ATRIBUIÇÕES DOS CUSTOS DAS ATIVIDADES AOS PRODUTOS 
 
A atribuição dos custos das atividades aos produtos é feita através da utilização de um 
direcionador de atividades, que é um indicador de quanto os produtos consomem de cada atividade. 
Vamos supor a seguinte composição dos direcionadores de atividade no exemplo: 
 
Atividades Direcionador de 
Atividades 
X Y Z TOTAL 
Comprar n.° de pedidos 30% 20% 50% 100% 
Atividade Industrial 1 Tempo de produção 5% 50% 45% 100% 
Atividade Industrial 2 Tempo de produção 25% 35% 40% 100% 
Acabar Tempo de operação 35% 30% 35% 100% 
Despachar Tempo de operação 40% 30% 30% 100% 
 
 
 
 
QUADRO RESUMO 
Atividades X Y Z TOTAL 
Comprar 6.000,00 4.000,00 10.000,00 20.000,00 
Atividade Industrial 1 2.250,00 22.500,00 20.250,00 45.000,00 
Atividade Industrial 2 15.000,00 21.000,00 24.000,00 60.000,00 
Acabar 5.950,00 5.100,00 5.950,00 17.000,00 
Despachar 3.200,00 2.400,00 2.400,00 8.000,00 
TOTAL 32.400,00 55.000,00 62.600,00 150.000,00 
Quantidades Produzidas 10.000 5.000 4.000 
CIF Unitários 3,24 11,00 15,65 
Custos Diretos Unitários 2,00 3,00 5,00 
Custo Unitário Total 5,24 14,00 20,65 
 
 
Leitura:Gestão de Custos e formação de preços – pág. 139 à 149. 
 
 
EXERCÍCIOS DE CUSTEIO ABC 
 
 
EXERCÍCIO 1 – Para cada Atividade abaixo indicar o possível direcionador de custos: 
a) Informática (suporte) – 
b) Emitir faturas – 
 44 
c) Pagar fornecedores – 
d) Visitar clientes – 
e) Despachar produtos – 
 
EXERCÍCIO 2 – Responda as questões abaixo: 
a) O que é o Custeio ABC ? 
b) Quais são os procedimentos para a implantação do ABC ? 
c) Para que serve o direcionador de custos ? 
d) Qual a vantagem da separação dos departamentos em atividades? 
 
 
 
 
 
 
CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO 
 
No Custeio Variável, vale recordar que custeio significa a forma de apropriação dos custos, 
somente são alocados aos produtos os custos variáveis, deixando os custos fixos separados e 
considerados como despesas do período. Para o estoque só irão os custos variáveis. 
Gerencialmente, o custeio por absorção não apresenta grande utilidade, pois trata os custos 
fixos, que acontecem independente da produção no período e não apresentam sensibilidade às 
variações, igualmente aos demais. Neste caso, os custos fixos se assemelham mais a encargos da 
empresa relacionados às condições de produção do que ao sacrifício, propriamente dito, para a 
produção. São apropriados por critérios de rateio arbitrados, que nem sempre expressarão, de fato, a 
parcela concernente a cada item produzido. O custo fixo irá variar ainda, unitariamente, de acordo com 
o volume de produção, e um produto poderá receber maior carga de custo se a fabricação de um outro 
for reduzida por alguma razão. 
A partir destas constatações, chegou-se a seguinte indagação: Por que não deixar de 
apropriar os custos fixos aos produtos e passar a tratá-los como despesa? 
Surge assim o Custeio Variável, onde apenas os custos e despesas variáveis são alocados 
aos produtos, deixando os fixos separados e tratados como despesas do período. Então, nesse caso, nos 
estoques são ativadosapenas os custos variáveis. 
 
Demonstração do Resultado do Exercício pelo método de custeio Variável ou Direto: 
 
Receita Bruta de Vendas (preço de venda x quantidade vendida) 
(-) Impostos sobre as vendas 
 45 
= Receita Líquida 
(-) Custos Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) 
(-) Despesas Variáveis (valor por unidade x quantidade vendida) 
= Margem de Contribuição 
(-) Custos Fixos (total do período) 
(-) Despesas fixas (total do período) 
= Resultado 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE CUSTEIO VARIÁVEL 
 
1) Determinada empresa industrial apresenta a seguinte estrutura: 
 Custos de Produção: Fixos R$ 300.000,00 e Variáveis R$ 9,00 por unidade 
 Despesas variáveis de vendas R$ 2,50 
 Despesas fixas de vendas, administrativas e financeiras R$ 120.000,00. 
 Preço de venda R$ 20,00. 
Supondo-se ainda que o nível de produção em determinado período tenha atingido 80.000 unidades e 
as vendas 60.000 unidades. Inexistindo estoques no início do período, pede-se: Apurar o Lucro e os 
Estoques Finais pelos métodos de Custeio por Absorção e Variável. 
 
 
 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
 
Apesar do que reza o custeio variável, o custo fixo não deve ser desprezado no aspecto 
decisorial, afinal eles representam gastos e desembolsos que precisarão ser sempre 
considerados. É sabido que os custos indiretos e as despesas vêm em constante crescimento, 
sendo estes responsáveis por parcela significativa dos gastos totais nas empresas. Contudo, para 
fins gerenciais é importante que sejam devidamente analisados e não apenas rateados como 
custos realmente pertencentes a cada item produzido. 
O conceito da Margem de Contribuição (MC) encontra-se na diferença identificada entre o 
preço de venda e os custos e despesas variáveis, onde vale recordar que para fins de controle 
fiscal, as despesas não integram o estoque dos produtos. Resumindo, tem-se: 
 
MCu = PV – (CV+DV) 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
 
1 – Uma empresa que fabrica os produtos A, B e C, incorre nos seguintes custos, despesas, preços de 
venda e investimentos: 
Custos de Produção 
Variáveis: Fixos: 
A = $ 150 /un $ 20.000 /mês 
B = $ 280 /un $ 10.000 /mês 
C = $ 210 /un Não identificados, comuns a todos três: $70.000 /mês 
Despesas de venda: 
Variáveis: 10% de preço de venda 
Fixas: $20.000 /mês (comuns) 
 
Despesas Administrativas: 
Fixas: $40.000 /mês 
 
 
Preços de venda: 
A: $250 /un 
B: $420 /um 
C: $330 /un 
 
A venda média da empresa é de 1.000 unidades de cada produto por mês, calcule a margem de 
contribuição unitária (fórnula), o lucro por produto e a margem de contribuição e lucro da empresa, 
demonstrando na DRE.

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