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trabalho de civil. (1)

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Tema: Confusão do patrimônio da pessoa natural com a pessoa jurídica – problemas práticos 
Nome: Jordana Pinheiro Viana RA:3917100 
A pessoa jurídica (de direito privado ou de direito público) consiste em complexo de direito e obrigações, dotado de personalidade própria, individualismo, reconhecido pela legislação e que, por definição, não se confunde com a pessoa natural. Houve modificação na legislação do Código Civil de 2002, que tratava das sociedades coletivas e das firmas individuais. 
O artigo comerciante individual da pessoa física passou a ser chamado de empresário. De acordo com o artigo 966 do Código Civil, é aquele que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens e serviço”.
O empresário pode ser pessoa natural ou pessoa jurídica (sociedade empresaria). Pessoa física, poderá exercer a referida atividade desde que estejam em pleno gozo de sua capacidade civil e não possuam qualquer impedimento legal. Quanto a pessoa natural que exerça atividade de empresário é normalmente denominada como empresário individual, empresa individual ou firma individual. A atividade em comento implica que o empresário se submeta às normas especiais reguladoras da empresa, ou seja, normas de direito comercial ou empresarial que estabelecem vários direitos e deveres, os quais não se aplicam aos não empresários.
Não há distinção entre a pessoa física e a pessoa jurídica, pelo simples motivo de estarem acompanhadas de CPF e CNPJ. 
O patrimônio é comum a ambas e, tratando-se de firma individual, o patrimônio confunde-se como da pessoa natural, serve a ambas.
Para que uma empresa individual seja considerada como tal, é preciso que o empresário efetua sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade (artigo 967 CC), para fins de exercício de atividade empresarial, mesmo de forma individual, o empresário deveria necessariamente registrar-se na Junta Comercial, o que não implica, também, a criação de uma pessoa jurídica, significando apenas que o empresário poderia praticar atos de natureza empresarial. 
A empresa terá personalidade fiscal, mas não será uma pessoa jurídica com personalidade fiscal, mas não será uma pessoa jurídica com s personalidade própria, a legislação tributária não tem o condão de criar uma pessoa jurídica.
A confusão no tocante à autonomia da empresa individual se origina, principalmente, do fato de sua equiparação com a pessoa jurídica, unicamente para fins fiscais, de acordo com o Regulamento do Impostos sobre a Renda.
“Artigo 150. As empresas individuais, para os efeitos do impostos de renda, são equiparadas ás pessoas jurídicas. (Decreto-Lei nº1.706, e 23 de outubro de 1979, artigo 2ª).
§ 1º São empresas individuais:
I - as firmas individuais (Lei 4.506, de 1964, artigo 41, § 1º, alínea "a");
II - as pessoas físicas que, em nome individual, explorem, habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços (Lei 4.506, de 1964, artigo 41, § 1º, alínea "b");
III - as pessoas físicas que promoverem a incorporação de prédios em condomínio ou loteamento de terrenos, nos termos da Seção II deste Capítulo (Decreto-Lei 1.381, de 23 de dezembro de 1974, arts. 1º e 3º, inciso III, e Decreto-Lei nº 1.510, de 27 de dezembro de 1976, art. 10, inciso I).
Pessoas físicas equiparadas às pessoas jurídicas, são firmas individuais, meramente para fins tributários, pois não que não possuem registro na Junta Comercial ou na repartição competente, como explicitado alhures. No caso destas empresas, não ocorrerão reflexos na atividade registral, porque a equiparação da pessoa física à pessoa jurídica não reflete na propriedade imobiliária. Porém, afeta exclusivamente a área fiscal do contribuinte como podemos constar da leitura dos dispositivos acima.
Fatos polêmicos
É admitido o acesso, pelos credores, ao patrimônio particular dos sócios de forma ilimitada, quando a personalidade jurídica da sociedade for utilizada como escudo, ou seja, como forma de fraudar as finalidades sociais e atingir apenas interesses pessoais. Tendo em vista que a condição de sócios dos agravantes de diversas empresas, não se mostra compatível com a ausência de qualquer ativo financeiro (conta sem saldo), mormente quando considerada a possibilidade de retiradas mensais e, sendo certo que os próprios recorrentes se utilizaram de bens de uma de suas empresas para garantir o Juízo, não há como afastar o abuso de personalidade jurídica reconhecido.
A decisão agravada, proferida nos autos da execução fiscal de origem, deferiu o pedido de citação, como corresponsáveis pelas obrigações tributárias relativas ao referido processo, das ora agravantes e de diversas outras pessoas físicas e jurídicas, por considerar a existência de grupo econômico de fato entre as mesmas, bem como determinou que fosse realizado, pelo sistema BACENJUD, o bloqueio em contas bancárias ou aplicações financeiras, Nos autos da Medida Cautelar trâmite na 11ª Vara Federal da SJ/PE, foi reconhecida a existência de grupo econômico entre diversas empresas e pessoas físicas relacionadas ao falecido empresário Gilmar Tenório Rocha, tendo sido determinado o bloqueio de bens dos envolvidos, entre os quais se incluem as agravantes. A decisão agravada, considerando a existência de grupo econômico de fato, grupo este já reconhecido nos autos da referida Medida Cautelar Fiscal e em outros feitos, determinou a citação das ora agravantes e de outros, tendo em vista a solidariedade entre todos os envolvidos pelas obrigações tributárias respectivas, dada a confusão patrimonial existente entre as empresas e pessoas físicas inseridas em tal grupo econômico, de forma que não se vislumbram razões suficientes à exclusão das agravantes do polo passivo do feito de origem. Isso porque a responsabilidade tributária que autorizou o redirecionamento da execução.
Conclusão
Concluo que haverá confusão patrimonial, quando houver indícios fraudes e blindagem do patrimônio dos sócios na pessoa jurídica e também ocorrência de grupos econômicos, onde o grupo societário é o mesmo, ocorrendo a desconsideração da personalidade jurídica da empresa da forma de inibir a utilização da pessoa jurídica como escudo à prática de atos ilícitos.
Sendo assim, a confusão patrimonial falará sempre dos bens dos representantes legais das empresas seja ele empresário individual, onde as finanças pessoais e finanças empresarias se confundem, tanto quanto no caso de blindagem de patrimônio em casos de grandes grupos econômicos.
Referência bibliográfica 
Gagliano, Pablo Stolze Novo curso de direito civil, volume1:parte geral/Pablo Stolze, Rodolfo Pamplona Filho – 16.ed.rev.e.atual – São Paulo: Saraiva,2014.
Gonçalves, Carlos Roberto Direito civil brasileiro, volume2: teoria geral das obrigações/ Carlos Roberto Goncalves. – 11.ed. – São Paulo: Saraiva,2014
Gonçalves, Carlos Roberto Direito civil brasileiro, volume1: teoria geral das obrigações/ Carlos Roberto Goncalves. – 11.ed. – São Paulo: Saraiva,2014
http://www.conjur.com.br/2008-dez-21/confusao_patrimonial_pessoa_fisica_equiparada_juridica.

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