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Ewe - Òsíbàtá - é quem supera as águas do rio e também os inimigos. 
 
Nome Yorùbá = Òsíbàtá. 
Nome Popular = Lótus, golfo, golfo de flor branca, golfo de flor amarela, 
golfo de flor vermelha, golfo de flor lilás, vitória régia, rainha dos lagos, 
milho d‘água. 
Nome Científico = Nymphaea alba, Nymphaea rubra, Nymphaea caerulea, 
Nymphaea victoria,. 
 
Òsíbàtá é uma folha feminina, de èrò (apaziguamento), ligada ao elemento 
água, nasce na água (dentro, fundo) e se estabelece em sua superfície. É 
uma das folhas mais importantes e utilizadas dentro do culto (Candomblé e 
Culto Africano), porém, a mesma deve sempre ser utilizada junto a Ojúoró 
(alface d‘água, flor d‘água, mururé). É ligada a Òsàlá (Obàtálá) e a todas 
as divindades aquáticas, principalmente as femininas, como Òsun e 
Yèmowó (esposa de Òsàlá). 
 
Existem muitas espécies de Òsíbàtá, com flores nas mais diversas cores, 
mas seu significado litúrgico é o mesmo para todas as espécies... 
 
A mais conhecida de todas as espécies é a Òsíbàtá—Vitória régia 
(Nymphaea victoria), folha que muitos denominam Ewé Omi Ojú, mas na 
verdade é uma espécie de Òsíbàtá, que é comum na região amazônica. 
Folha arredondada que pode chegar a um diâmetro de até 2,5 metros e 
suportar até 40 quilos sobre ela, dês de que bem distribuídos. 
 
Òsíbàtá é uma planta encontrada na Europa, Ásia, África e Américas. 
 
Liturgicamente, a mesma é utilizada em Igbèrè (ritos iniciáticos), através 
de Omièrò (banhos de apaziguamento e purificação) e Àgbo (banho 
litúrgico composto por diversos elementos de origem animal, vegetal e 
animal). É também utilizada na sacralização de elementos utilizados nos 
ojúbo (assentamentos) Òrìsà. E em magias (oògùn) para vencer inimigos. 
Òsíbàtá é uma folha que apazigua Sàngó. 
 
A de flor branca é utilizada na liturgia de Òsàlá, Yèmowó, Òsun e Yèmoja. 
A de flor amarela é utilizada na liturgia de Òsun, Olóògùn Ede e Erínlè. 
A de flor vermelha é utilizada na liturgia de Oya, Obà e Ìyéwá. 
E a de flor lilás é utilizada na liturgia de Nàná Bùkúù. 
 
A verdadeira Òsíbàtá, é o Lótus (Nymphaea lotus), planta de origem 
egípcia, rara e sagrada. Que na época (do trafico escravista) da chegada 
dos africanos no Brasil, por esta folha ainda não ter vindo para as 
Américas, foi substituída pelas espécies conhecidas hoje... 
 
As Òsíbàtá (Nymphaea) são folhas consideradas anafrodisíacas, ou seja, 
possuem o poder de diminuir o libido sexual, esse é um dos motivos desta 
ser utilizada dentro da reclusão iniciática, para tranqüilizar sexualmente o 
neófito no período de reclusão. Sua raiz acalma o desejo sexual masculino 
e é capaz de provocar o aborto nas mulheres. 
Mas a Òsíbàtá também pode ser utilizada no combate as disenterias, 
diarréias e problemas de pele. 
 
―Ojúoró ni nlékè Omi 
Àbá Òrìsa 
Òsíbàtá ni nlékè Odò 
Àbá Òrìsà 
Mo nlékè Òta 
Àbá Òrìsà 
Mo nlékè segun abinuení 
Àbá Òrìsà 
 
Ojúoró é quem supera a água, 
Vontade de Òrìsà. 
Òsíbàtá é quem supera o rio, 
Vontade de Òrìsà. 
Eu quem supero os Inimigos, 
Vontade de Òrìsà. 
Eu quem vence os rivais, 
Vontade de Òrìsà.‖ 
 
 
Ewe - Òdúndún – O Pai que espalha calma sobre a Terra. 
 
Nome Yorùbá: Òdúndún, Elétí. 
Nome Popular: Folha da costa, saião, folha grossa, paratudo, erva grossa. 
Nome Científico: Kalanchoe brasilienses. 
 
 
Òdúndún é uma folha de origem brasileira, encontrada praticamente em 
todo o território nacional. Mas hoje, também já encontramos Òdúndún 
(Folha da costa) em diversas áreas tropicais de outros continentes. 
 
Muito confundida com Àbámodá (Folha da fortuna), o Òdúndún é uma 
folha (ewé) Èrò (de apaziguamento), feminina, ligada ao elemento água e a 
todas as divindades da Criação – Òrìsà funfun. 
É utilizada tanto no Brasil, quanto na África (Nigéria), onde é conhecida 
pelo nome yorùbá de Elétí, em iniciações (Igbèrè) e em medicinas (Oògùn). 
 
No Brasil, nas Casas de Candomblé da Nação Kétu, a mesma é uma das 
principais folhas utilizadas no Àgbo (composição de elementos vegetais, 
animais e minerais, utilizado para a sacralização do corpo do iniciado e 
seus pertences ritualísticos). É também utilizada em oferendas à Obàtálá 
(Òsàlá) e no sacrifício de animais como o Pombo (Eyelé), a Galinha de 
angola (Etù) e o Caramujo (Ìgbín). 
Utiliza-se também o Òdúndún, junto a outras ervas, para ―lavar as vistas‖ 
e os búzios (Owó eyo), dos sacerdotes que utilizam-se do oráculo 
Mérìndínlógún Ifá (Jogo de Búzios). 
 
Na Nigéria, o Òdúndún é uma das folhas que compõe um omièrò utilizado 
pelos Bàbálawo e Iniciados em Ifá (Awo‘fá) para lavarem suas vistas antes 
de abrirem Igbádù (a Cabaça da Deusa Òdù), para que assim possam 
cultuar a mesma, sem maiores danos para suas vistas e vidas. Também é 
utilizada juntamente a outras folhas, em um àgbo específico para serem 
lavados os símbolos ritualísticos de Obàtálá e sua esposa Yèmowó, após os 
sacrifícios. 
 
Na Medicina e na Fitoterapia, o Saião (Òdúndún) é utilizado no combate a 
doenças pulmonares, porém, seu consumo excessivo gera pleurisia 
(inflamação das pleuras pulmonares - Empiema). O saião é cicatrizante, 
alivia a dor e ajuda a de-sinchar áreas magoadas, machucadas. Aquecida 
em azeite de oliva, ajuda furúnculos virem a furo. Seu sumo quando 
ingerido, ajuda no combate a úlceras e distúrbios estomacais. 
 
Òdúndún é uma folha que acalma, apazigua, traz saúde, paz e vida longa – 
Àláàfíà. Assim como diz uma de suas cantigas: 
 
 
Òdúndún Bàbá T‘èrò‗lè 
Òdúndún Bàbá T‘èrò‗lè 
Bàbá T‘èrò‘lè 
Imalè T‘érò‘lè 
Òdúndún Bàbá T‘èrò‗lè 
 
Òdúndún, Pai, espalhe a calma sobre a terra. 
Òdúndún, Pai, espalhe a calma sobre a terra. 
Pai espalhe a calma sobre a terra. 
Divindade espalhe a calma sobre a terra. 
Òdúndún, Pai, espalhe a calma sobre a terra. 
 
Ewé - Ojúùsájú 
 
 
 
 
Nome Iorubá: Ewé Ojúùsájú 
Nome cientifico: Petiveri Alliacea L. 
Nome Popular: Guiné. 
 
O Guiné é uma folha masculina, de proteção, ligada ao elemento Terra. 
Sua origem e brasileira e foi levada para África e adaptada ao culto. 
 
É uma folha quente utilizada nos àgbo ìgbèrè (banhos compostos por 
diversos elementos de origem vegetal, animal e mineral, utilizado em 
iniciações) de iniciados dos Òrìsà Òsóòsì e Ògún. 
 
 
Na África usada por Babalawos para combater feitiços e obter respeito de 
"Iyami" cita Pierre Verger. 
 
Os filhos de Osala e Iyemonja em Cuba são proibidos de usar esta folha, 
pois é considerada Ewó em suas origens. 
 
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas, é utilizada contra dores de 
cabeças, enxaquecas, nervosismo e falta de memória, porém em muita 
quantidade pode atingir as vistas chegando provocar até perda da visão 
pois é uma folha tóxica principalmente a Raiz. 
A Tintura que se obtém desta Ewé tem uso externo em fricções no combate 
a paralisia em geral e reumatismo e a raiz usada contra dor de dente. 
 
 
Ewe - Alékèsi 
 
 
 
Nome Yorubá: Alékèsi 
Nome Popular: São Gonçalinho 
Nome Cientifico: Casearia sylvestris Sw., Flacourtiaceae 
 
O São Gonçalinho é uma masculina, de èrò (apaziguamento) e proteção, 
ligada ao elemento Terra. É utilizada em Omièrò (banho de folhas 
apaziguadoras), àgbo ìgbèrè (banhos compostos por diversos elementos de 
origem vegetal, animal e mineral, utilizado em iniciações) de iniciados do 
Òrìsà Òsóòsì. 
 
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas, usa-se como antitérmico e 
para combater febres malignas, em chá. 
 
Nas festas de candomblé é comum ver o chão do barracão forrado com as 
folhas de são gonçalinho. Essa prática deve-se a crença de que asfolhas 
dessa planta tem o poder de repelir ―coisas negativas‖, por isso seus 
galhos são colocados sobre a esteira onde dorme o Iyawo. 
 
Ewe - Àjóbi 
 
 
 
 
Nome Yorubá: Àjóbi 
Nome Popular: Aroeira 
Nome Científico: Schinus molle L. 
 
A aroeira é uma folha masculina, ligada ao elemento Terra, árvore 
brasileira, usada principalmente em sacudimentos, ebós e nos rituais de 
sacrifício, matança. Sendo considerada uma folha quente, é utilizada em 
banhos de descarrego, porém não deve ser posta na cabeça. 
 
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas, a Aroeira é indicada no 
tratamento da artrite, febres, ferimentos e reumatismos. 
 
Está associada aos Òrìsà Èsù, Ògún, Òsanyìn. 
 
Pode ser utilizada na sacralização dos assentamentos, porém não é 
utilizada no Omièrò e nem no Àgbo. 
 
Nas festas de Ògún e Èsù costumasse espalhar folhas de Aroeira pelo chão 
do barracão. Essa prática deve-se a crença de que as folhas dessa planta 
tem o poder de repelir ―coisas negativas‖. 
 
 
Ewe - Efínrín 
 
 
Nome Yorubá: Efínrín 
Nome Científico: Ocimum basilicum 
Nome Popular: Manjericão 
 
O Manjericão é uma folha feminina, de èrò (apaziguamento), ligada 
elemento água. É uma folha de proteção e prosperidade. É utilizada em 
Omièrò (banho de folhas apaziguadoras), àgbo ìgbèrè (banhos compostos 
por diversos elementos de origem vegetal, animal e mineral, utilizado em 
iniciações) de iniciados dos Òrìsà Òsún e Obatalá. 
 
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas, o Manjericão favorece aos que 
têm digestão difícil, gazes, asia, dores de cabeça em conseqüência de 
alimentação pesada ou inadequada. Facilita o funcionamento dos 
intestinos, é diurético. Ë bom para tosses, vômitos, mau hálito. Ajuda, junto 
com a Malva e a sálvia nas infecções de boca.Também é ótimo para cistite. 
 
 
 
Efínrín Pupa - O Manjericão Roxo 
 
Pertencentes a Xangô e Oyá, tem as mesmas características do outro.O 
manjericão é conhecido como símbolo do amor e da coragem. 
 
 
 
Ewe - Ojúoró flutua na água, eu também ficarei por cima 
 
 
Nome Yorubá: Ojúoró 
Nome popular: Erva de Santa Luzia, repolho d'água. 
Nome Científico: Pistia stratiotes, Araceae. 
 
 É uma planta aquática, encontrada em rios ou lagoas, feminina e de 
apaziguamento é também utilizada nas obrigações de vidência. É uma das 
folhas mais importantes e utilizadas dentro do culto (Candomblé e Culto 
Africano), porém, a mesma deve sempre ser utilizada junto a Osíbàtá 
(lótus). 
 
Liturgicamente, a mesma é utilizada em Igbèrè (ritos iniciáticos), através 
de Omièrò (banhos de apaziguamento e purificação) e Àgbo (banho 
litúrgico composto por diversos elementos de origem animal, vegetal e 
animal). É também utilizada na sacralização de elementos utilizados nos 
ojúbo (assentamentos) Òrìsà. 
 
Utiliza-se também o Òjúoró, junto a outras ervas, para ―lavar as vistas‖ e 
os búzios (Owó eyo), dos sacerdotes que utilizam-se do oráculo 
Mérìndínlógún Ifá (Jogo de Búzios). 
 
Esta associada aos orixás: Iyemanja, Oxum e Iyewa. 
 
Suas folhas são medicinais, sendo indicadas para: asma, diabete insípida, 
disenteria, enfermidades da bexiga e rins, hemorroida hidropisias, 
hemoptises, hérnias infantis, inflamação, oftalmias, tumores causados por 
erisipelas e sangramentos na urina. 
 
 Ojú oró ni í lékè omi. 
 Ojú oró está sobre a água. 
 Òsíbàtà ni í lékè odò. 
 Òsíbàtà está sobre o rio. 
 Fìlà ni í lékè orí. 
 O bone está sobre a cabeça. 
 
 
Ewe - Akòko- A folha do Reconhecimento 
Nome Yorùbá = Ewé Akòko. 
Nome Popular = Acocô. 
Nome Científico = Newbouldia laevis. 
 
 
 
Ewé Akòko é uma folha masculina, de gún (excitação), ligada ao elemento 
terra. Sua origem é africana, mas é uma árvore que muito vem sendo 
disseminada no Brasil, principalmente pelos africanos. É uma folha de 
prosperidade e multiplicação. De grande importância na liturgia dos 
Cultos Indígenas Africanos (Iorubá, Fom e Bantu). 
É uma árvore abundante em terras africanas. 
 
Na Nigéria, os Iorubás consideram-na uma arvore de prosperidade 
(dinheiro=Owó) e multiplicação (filhos=Omo). Os troncos desta árvore 
eram e são muito utilizados pelos Iorubás em feiras/mercados (lugar que 
gera o movimento de dinheiro), em forma de estacas e o comum é que os 
mesmos brotem, gerando outras arvores, por isso está associada à 
multiplicação (filhos) e a prosperidade (feira/dinheiro). 
 
Está associada aos Òrìsà Èsù, Ògún, Òsanyìn, Egúngún e Oya. 
 
Suas folhas representam o reconhecimento e a realeza. Pequenos galhos 
desta árvore são utilizados em cerimônias reais e de recebimento de títulos 
honoríficos na sociedade Iorubá. Os Iorubás falam: ―Nenhum Rei (Oba) é 
considerado Rei, se em sua cabeça (Orí) não tiver levado Akòko‖. 
Em Iré, Cidade do Estado de Ògún, na Nigéria, onde o Culto ao Òrìsà 
Ògún é de grande força, o Ojúbo (elementos de culto) desta Divindade 
encontra-se sob a copa desta árvore, que muitas vezes é ornada com pano 
branco. 
 
Entre os Jèjí, o Akòko é conhecido como Ahoho pelos Mahi e Hunmatin 
pelos Mina. É uma Huntingome/Jassu (Árvore Sagrada) e é o principal 
Atin-sa do Vòdún Gún. Os Mahi acreditam que galhos desta árvore devem 
ser levados junto ao corpo por pessoas que vão fazer viagens longas ou 
que ofereçam algum tipo de risco, o mesmo gera grande proteção aos que 
a possuem junto ao seu corpo. Isso se dá proveniente a regência de Gún 
nesta folha. 
 
No Brasil, as Casas de Candomblé utilizam o Akòko em rituais de 
iniciação (Igbèrè), em obrigações de sete anos (Odún méjè Igbèrè) e na 
composição de banhos sacros (Àgbo), inclusive, em algumas casas, esta 
folha entra como uma das 16 principais folhas deste banho. 
 
Esta folha por ser um símbolo de multiplicação, prosperidade e realeza, 
pode ser utilizada na liturgia de qualquer Òrìsà, principalmente os já 
mencionados. 
Muitas pessoas confundem o Akòko com o Akosí (Polyscias guilfoylei), 
cuidado. 
 
 
Ewé ófé gbogbo akoko 
Ewé ofé gbogbo akoko 
Awá li li awá oro 
Ewé ofé gbogbo akoko 
 
Akoko,é a folha de todas as pessoas inteligentes 
Akoko é a folhas de todas as pessoas inteligentes 
Nós temos , nós somos, riquezas e saúde Akoko é a folha de todas as 
pessoas inteligentes 
 
Ewe - Àbámodá, Aquela que faz você realizar o que deseja. 
 
Nome Yorùbá = Àbámodá, Erú òdúndún, Kantí-kantí e Kóropòn. 
Nomes Populares = Folha da fortu-na, fortuna, folha grossa, milagre de 
São Joaquim. 
Nome Científico = Bryophyllum pin-natum. 
 
 
Àbámoda é uma folha bastante conhecida e utilizada no culto a Òrìsà, 
Nkisi e Vodùn. 
De origem asiática, foi introdu-zida há muito nas Américas, hoje en-
contrada em todo o território nacio-nal. Uma planta de fácil cultivo, já 
que, brota com grande facilidade, principalmente em lugares e terras 
úmidas. 
Muito confundida com a Folha da costa (Òdúndun) e com uma flor 
ornamental conhecida como Kalanchoe. 
 
Mesmo a folha da fortuna (Àbámodá) sendo uma substituta da folha da 
costa, são duas folhas distintas. 
Àbámoda é uma folha feminina, de Èrò (calma). Regida pelas divindades 
Èsù, Òrúnmìlà e Obàtálá. Com diversas utilizações, tanto medicinal, 
quanto litúrgica. 
 
Seu nome (Àbámodá) significa: ―O que você deseja, você faz‖. Pelo seu 
uso em substituição ao Òdúndun, também é chamada de Erú Òdúndun – 
Escravo de Òdúndun. 
 
Na Nigéria, mais precisamente em Ilé Ifè, Àbámodá faz parte de u-ma 
ritualística mistura de ervas que serve para banhar as estatuetas de 
Obàtálá e sua esposa Yèmowó, a-pósos sacrifícios rituais. 
Como folha de Èsù, representa a multiplicação e a prosperidade, ca-paz de 
multiplicar qualquer Àse, tra-zer prosperidade, afastar coisas ne-fastas e 
trazer muitas realizações. Uma folha que não pode faltar no Àgbo que 
sacraliza o Yangí de Èsù. 
É considerada por muitos Bàbálawo (Sacerdote de Òrúnmìlà) co-mo uma 
folha de Ifá e bastante utilizada dentro do culto ao mesmo. 
Os Olóòsanyìn (Sacerdote de Òsanyìn) utilizam-se da mesma em oògùn 
(magias) para prosperidade, afastar a inveja e a obtenção de realizações. 
Já os Onísegùn (Médicos herbalistas) a usam para a cura de doenças de 
pele, como feridas, furúnculos, úlceras e dermatoses em geral. 
No Candomblé (Religião afro-brasileira), ela é utilizada em rituais de 
iniciação, através do Àgbo (preparado utilizado para banhar ou beber), na 
sacralização de objetos ritualísticos das divindades, para as-sentar ―Èsù 
do Mercado‖, para lavar os búzios (owó eyo) do oráculo e em muitas 
outras magias para prosperidade. 
Medicinalmente a folha da for-tuna (àbámodá) funciona como diu-rético, 
combate encefalias, nevralgi-as, dores de dente, coqueluche e a-fecções 
das vias respiratórias. E também é bastante utilizada no combate a 
diabetes. 
 
Ewe - Kúkúndùnkú.- A mestra das folhas quando o dia nasce. 
 
Nome Yorùbá = Ewé Kúkúndùnkú. 
 Nome Popular = Folha de batata-doce. 
 Nome Científico = Ipomoea batatas. 
 
 
Ewé kúkúndùnkú é uma folha feminina, de èrò (apaziguamento), ligada 
ao elemento água e também ao elemento terra, nasce na água e também na 
terra. É uma folha de prosperidade e multiplicação. Por isso que a 
principal divindade ligada ao Àse desta folha é Òsúmarè - Divindade 
ligada tanto ao elemento água,quanto ao elemento terra, e uma das 
principais divindades yorùbá da prosperidade.A origem desta folha 
(planta) é as Américas, muito cultivada dês de épocas pré-coloniais no 
México e no Perú. 
Kúkúndùnkú é uma folha de grande importância, tanto na liturgia 
yorùbá,onde é conhecida pelos nomes de òdùnkún, ànàmóyáyá, òdùnkún 
àdùnmó e èdunmùsí, quanto na liturgia dos Candomblés Jeji-Nàgó. É 
utilizada em Omièrò (banho de folhas apaziguadoras), àgbo 
ìgbèrè (banhos compostos por diversos elementos de origem vegetal, 
animal e mineral, utilizado em iniciações) de iniciados dos Òrìsà Òsúmarè, 
Nàná e Ìyèwá. 
Em òògùn (medicinas) curativas e mágicas e etc. Seus frutos, kúkúndùnkú 
funfun (batata-doce branca) e kúkúndùnkú pupa (batata-doce vermelha ou 
roxa) são utilizados em oferendas, a batata-doce vermelha em oferendas à 
Òsúmarè. São utilizados também em ebo (oferendas) para atingir a 
prosperidade. E quando utilizadas com um determinado ofò - 
encantamento, ―despertam Òsúmarè. A batata-doce branca é utilizada em 
oferendas a Yèmoja, Ògún e em algumas casas à Sàngó (Àyrá). 
Medicinalmente, a folha de batata-doce é utilizada cozida em casos de 
tumores e inflamações, sobretudo na boca e na garganta, aplicando-se em 
gargarejos. 
 
Efun l‘ebá lé k‘ojúmon ó 
Efun l‘ebá lé k‘ojúmon 
Kúnkúndùnkú 
Olórí ewé 
Efun l‘ebá lé k‘ojúmon 
 
Quando o dia nasce. 
Quando o dia nasce. 
Kúkúndùnkún 
É a mestra das folhas. 
Quando o dia nasce. 
 
Ewe - Tètèrègún – A Folha da Vida e da Morte. 
 
Nome Yorùbá = Tètèrègún, Tètè Egún, Tètèègúndò. 
Nome Bantu = Mueki Rizanga. 
Nomes Populares = Cana-do-brejo, Cana-de-macaco, Cana-do-mato, 
Sanguelavô, Sangolovô, Ubacaia. 
Nome Científico = Costus spicatus. 
 
 
Tètèrègún é uma folha nativa do Brasil, é encontrada em todo o território 
nacional e também e outros continentes. 
Folha Gún (de exitação), Masculina, ligada ao elemento Ar. 
 
 
É da regência de Obàtálá e Bàbá Egúngún. 
 
Uma das folhas mais utilizadas dentro da Liturgia do Culto a Òrìsà no 
Brasil (Candomblé) e na Nigéria (Èsìn yorùbá). Folha de grande 
importância e fundamento, e isso se dão ao fato, de Tètèrègún ser capaz de 
proporcionar a Vida ou a Morte a alguém. 
A mesma é utilizada em Iniciações (Igbèrè), na sacralização de elementos 
ritualísticos, em magias e medicinas = Oògùn, etc. 
No Brasil, é uma das oito (8) principais folhas (ewé) que fazem parte da 
composição do Àgbo (mistura vegetal) que banha o Iniciado (Ìyàwó) no 
período de reclusão para seu Orixá. Representando a Morte (para a vida 
profana) e a Vida (nascimento para a vida religiosa). É também capaz de 
provocar o transe em omo Obàtálá (filhos de Oxalá), omo Sàngó (filhos de 
Xangô) e omo Ògún (filhos de Ògún). 
É uma das principais folhas de Obàtálá (Oxalá), sendo utilizada em quase 
todos os ritos que se utilizam de folhas, para o Grande Rei do Pano 
Branco. 
Medicinalmente a Cana-do-brejo é utiliza-da no combate a solitárias, 
vermes e principalmente nos casos de cálculos renais. 
 
 
―Têtêrêgún òjò do m‘pá 
Têtêrêgún òjò wo bi wá‖ 
 
Têtêrêgún é como a chuva que mata. 
Têtêrêgún é como a chuva que dá vida. 
 
 
Ewe - Pèrègún - O rei que desperta as divindades na Terra 
 
Nome Yorùbá =Pèrègún. 
Nomes Populares =Nativo, Pau d‘água, Dracena, Coqueiro de Vênus. 
Nome Científico =Dracaena fragrans. 
 
Pèrègún, que simbolicamente significa alicerce, coluna. Na África, é 
considerada uma árvore sagrada, uma ―divindade‖, é de costume vê-la 
plantada em lugares sagrados para os òrìsà, junto ou próximo aos seus 
Ojúbo. 
Em Òsogbo mesmo, encontramos muitos pèrègún plantados próximo ao 
Ojúbo Òsum (santuário de Oxum), divindade que tem a mesma como uma 
árvore sagrada dentro do seu culto e suas folhas, completamente 
essenciais ao mesmo. 
Também é utilizado para demarcar onde começa os patrimônios 
campestres de cada membro de um mesmo clã. A origem desta planta é 
africana, porém, com a vinda de escravos africanos para o Brasil, na 
infeliz época do tráfico escravista, esta árvore difundisse em nosso país .É 
considerada a planta mais popular dentro das Casas de Candomblé (Culto 
Afro-brasileiro), possuindo uma utilização bastante variada, essencial e 
indispensável na composição do Àgbo (banho lustral e litúrgico composto 
de folhas e outros elementos ritualísticos), banhos, sacudimentos, 
medicinas, magias e etc. É uma folha que possui a regência de diversos 
irúnmolè como: 
Èsù, Ògún, Òsányìn, Òsóòsì,Obalúayé e principalmente Òsun. É uma folha 
gún (de excitação). 
Masculina e ligada ao elemento Terra.Sua principal ligação com Òsum se 
dá ao fato do acúmulo de água em seu caule. Não sendo a toa um dos 
nomes populares desta planta, PAU D‖ÁGUA. Por isso, é uma planta 
que mesmo pertencendo ao elemento terra, possui grande ligação ao 
elemento água.Muitas medicinas são realizadas com o pèrègún, tanto para 
chamar e obter a sorte (àwúre oríire), quanto para agradar as feiticeiras 
(ìyónú ìyámi ). 
Como folha gún, de excitação, tem o poder de despertar o transe, por isso 
é a primeira das utilizadas no 
àgbo ìgbèrè (banho de iniciação): 
 
―Pèrègún ní í pe irúnm olè 
l‘át‘òde òrun w‘áyé. 
 
É Pèrègún que chama as 
divindades do céu para a terra. 
 
Na África, os àmì (assentamentos) Òsun, são colocados muitas vezes sob a 
copa desta árvore, no Brasil, isso acontece com osàmì 
Ògún(assentamentos de Ògún). O Pèrègún é também utilizado como cerca 
viva em torno do assentamento de Ògún em algumas casas de culto.Uma 
folha de grande utilização nos àgbo (banhos) de sacramento dos objetos 
litúrgicos de Ògún, Òsóòsì e Òsányìn. 
Pèrègún é utilizado medicinalmente em banhos e chás para reumatismo. 
 
 
 
Pèrègún alará gigùn o 
Pèrègún alará gigùn 
Oba o ni je o roro ókan 
Pèrègún alará gigùn 
Pèrègún gba agbára tuntun 
 
Peregum, Você é dono de um corpo excitado. 
Peregum, Donode um corpo excitado. 
O Rei que não deixa ter problema de coração. 
Peregum, Dono de um corpo excitado. 
Peregum que dá nova força (revigora).

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