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Síndrome Metabólica e Obesidade

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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ALMIRANTE SOARES DUTRA 
TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS 
 
 
 
DARLLYN GOMES DE SOUZA, FRANCYELLE PEQUES DURVAL 
 
 
 
 
SÍNDROME METABÓLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2022 
 
Trabalho de pesquisa do curso 
Técnico em Análises Clínicas da 
disciplina de Biologia, referente a 
Síndrome Metabólica e seus 
malefícios para saúde. 
 
Professora: Dra. Priscila Marcelino. 
2 
 
SÍNDROME METABÓLICA 
A síndrome metabólica (SM) representa um grupo de doenças baseadas na resistência à 
insulina. A insulina é fundamental para a vida, sua função é retirar a glicose do sangue e levá-
la às células do nosso corpo. Em organismos com dificuldade em metabolizar o hormônio 
insulina, isso pode causar sérios problemas de saúde, contribuindo para o desenvolvimento 
simultâneo de várias doenças como: hipertensão, câncer, esteatose hepática não alcoólica 
(DHGNA), doenças cardíacas e diabete tipo 2 que estão diretamente relacionadas a essa 
síndrome. 
A obesidade é definida por um índice de massa corporal (IMC) ≥ 30 kg/m², no entanto, 
este valor não leva em consideração a morbidade e mortalidade provenientes de graus menores 
de sobrepeso e de um acúmulo de gordura intra-abdominal (KOPELMAN, 2000), que por si 
só, tem sido apontado como fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como 
as cardiovasculares (DINICOLANTONIO e LUCAN, 2014; VAN GAAL et al., 2006), diabetes 
mellitus tipo 2 e síndrome metabólica (JOHNSON et al., 2007). 
O desenvolvimento da obesidade pode se dar pela combinação de diversos fatores, entre 
eles, a suscetibilidade genética, ingestão excessiva de alimentos altamente calóricos e o estilo 
de vida sedentário. Em um cenário em que a disponibilidade de alimentos processados é cada 
vez maior, a obesidade não deve ser considerada apenas um problema estético, mas sim uma 
epidemia que ameaça a qualidade da saúde da população global (KOPELMAN, 2000). 
Temos um hormônio chamado leptina em nosso corpo. Responsável pela regulação do 
consumo de nutrientes e energia. Esse hormônio, que vem das células de gordura, diz ao cérebro 
que “você não precisa comer mais”. Assim, supondo que comemos 187 ou 335 calorias a mais 
hoje do que há vinte anos, a leptina não está funcionando. Pois se houvesse, você não comeria 
mais, mesmo que haja comida. Portanto, há algo errado com nosso sistema bioquímico. O 
feedback negativo que normalmente controla o balanço energético não está respondendo como 
deveria, então precisamos descobrir o que o causou e como revertê-lo. 
Uma alimentação desequilibrada pode ter serias consequência na saúde do indivíduo. O 
açúcar está presente na maioria dos alimentos, seja de forma natural ou industrializada. A 
principal fonte do açúcar presente na dieta dos brasileiros vem dos produtos industrializados, e 
por este motivo chama tanto a atenção para o consumo dos mesmos. 
O consumo exagerado desses alimentos é motivo para crescente busca por tratamentos 
médicos. O açúcar causa preocupação quando se fala em ter uma vida longa e saudável, 
considerando o fato que as pessoas não se importam em consumi-lo adequadamente. A ingestão 
3 
 
diária de dois ou mais copos de refrigerantes, ocasiona risco de 52% maior de morte por doenças 
circulatórias. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e pela Universidade Federal 
do Rio de Janeiro (UFRJ), essa bebida gaseificada é o sexto alimento mais consumido por 
adolescentes, sendo um dos responsáveis pelos altos índices de obesidade em jovens de 12 a 17 
anos. A coca cola é um grande vilão. 
A receita é um mistério. Apenas duas pessoas no mundo sabem e eles não têm permissão 
para voar no mesmo avião simultaneamente. Mas o que tem na Coca-Cola? Água gaseifica, 
açúcar, extrato de noz-de-cola, cafeína, corante caramelo IV, acidulante, ácido fosfórico e 
aroma natural, mais de 10% deste líquido é açúcar. Isso dá aproximadamente umas 3 colheres 
de sopa cheias de açúcar por lata. Isto é preocupante, pois esse líquido tem em sua composição 
o ácido fosfórico que em abundância serve até para desentupir pias, imagina em nosso 
organismo o estrago que pode ocasionar. 
Mas seria os refrigerantes a causa da obesidade? Depende a quem você pergunta. Se você 
perguntar os cientistas da nacional associação de refrigerantes, eles vão dizer não há 
absolutamente nenhuma associação entre o consumo de açúcar e obesidade. No entanto, se 
perguntar ao Dr. David Ludwig, cada inclusão de bebidas adoçadas com açúcar durante um 
período de acompanhamento de 19 meses aumenta o IMC e o risco de obesidade em 60%. 
Então, os estudos financiados pela indústria de bebidas mostram, efeitos consistentes menores 
do que eles realmente são. 
Após o consumo de um alimento ou bebida abundante em açúcar, tem se um nível elevado 
de açúcar no corpo seguido de uma queda repentina. Esse é o ponto em que o indivíduo passa 
a sentir depressivo e ansioso. Estudos comprovam que esse consumo tem influência negativa 
sobre os neurotransmissores que ajudam a manter o humor estável. A liberação de serotonina, 
hormônio responsável pelo humor, está relacionada ao consumo moderado de açúcar. 
Entretanto, a ingestão exagerada pode esgotar o funcionamento dos neurotransmissores, 
acarretando os sintomas da depressão, alteração de humor, irritabilidade, confusão mental e 
cansaço. 
O Brasil vive uma epidemia de obesidade e demais doenças pelo excesso de consumo de 
açúcares e demais componentes que advém dos refrigerantes e doces. A gordura localizada na 
região abdominal ou acima da cintura está relacionada ao maior risco de complicações como 
diabete melito, hipertensão arterial, dislipidemia e doença isquêmica cardíaca. Porém, não é 
apenas indivíduos obesos e com grandes circunferências abdominais em que estão sujeitos ao 
diagnóstico de síndrome metabólica e seus riscos. 
https://www.medicinanet.com.br/pesquisas/dislipidemia.htm
4 
 
 
 
 
 
É conhecida a possibilidade de indivíduos com peso normal apresentarem os critérios 
característicos da síndrome, talvez por adquirir maior proporção de gordura visceral. Desde o 
período paleolítico, a humanidade continua basicamente com o mesmo genoma. O que mudou 
drasticamente foi o estilo de vida, que se tornou sedentário, à base de uma dieta hipercalórica. 
A todo momento somos bombardeados por alimentos densamente calóricos, com alto teor 
de carboidratos, gorduras e índice glicêmico. Eles acrescentam aditivos que são hiper 
palatáveis. Como, por exemplo, o glutamato monossódico que vicia o paladar e prejudica o 
fígado, hiper estimulando uma explosão de sabor. Como diz a propaganda "É impossível comer 
só um". “BIS” 
O estilo de vida contemporâneo trouxe consigo a necessidade de praticidade, e baseado 
nisso, houve uma maior busca e consumo por alimentos processados, “prontos para o consumo” 
e fast food (MONTEIRO et al., 2011). A escolha individual e a constante exposição a esses 
tipos de alimentos e refeições, tem resultado principalmente no ganho excessivo de peso e 
aumentado os fatores de risco para doenças crônicas. (LEVY et al., 2010). 
5 
 
Tendo em vista está forte relação entre obesidade, síndrome metabólica, e o 
desenvolvimento de fatores de risco cardiovascular, nas próximas décadas vai aumentar o 
número de indivíduos com sobrepeso e obesos, atingindo uma magnitude catastróficas. 
A Organização Mundial de Saúde afirma: a obesidade é um dos mais graves problemas 
de saúde que temos para enfrentar. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao 
redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto 
é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30. 
No Brasil, essa doença crônica aumentou 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% 
em 2006 para 20,3% em 2019. Diante dessa prevalência, vale chamar a atenção que, conforme 
a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteçãopara Doenças Crônicas por Inquérito 
Telefônico (Vigitel). 
 
 NÚMEROS DA OBESIDADE 
NO BRASIL 
 Excesso de peso: 55,4% (IMC igual ou maior do que 25) 
Homens: 57,1% 
Mulheres: 53,9% 
 Obesidade: 19,8% (IMC igual ou maior do que 30) 
Homens: 18,7% 
Mulheres: 20,7% 
* Valores aproximados para a população em geral, tendo como base a VIGITEL 2019. 
 
O estrago é grande não só para o sistema digestório, respiratório e cardiovascular, mas 
para todo o metabolismo. Não somos cada sistema separado. Somos um conjunto, que trabalha 
junto dependendo um do outro. 
O consumo de gordura está caindo. O de açúcar está subindo e estamos todos ficando 
doentes. As Gorduras da dieta aumentam seu LDL (Lipoproteínas de baixa densidade), ele tem 
correlação com doenças cardiovasculares. Não existe apenas um tipo de LDL. Há dois, o 
primeiro tipo, chamado A, grandes e leves, são tão leves que eles flutuam, navegam pela 
corrente sanguínea e nem tem a chance de se depositar sob as células do epitélio e começar o 
processo de formação de placas. 
Temos o tipo B. Pequenos e densos e não flutuam. Depositam-se sob a superfície das 
células do endotélio e então iniciam a formação da placa. O LDL pequeno é o vilão. Devido à 
6 
 
dificuldade de distingui-los quando medimos o LDL no perfil lipídico do sangue, devemos 
medir os dois (A e B) e para sabermos qual o ruim ou o bom precisamos olhar o nível de 
triglicerídeos (TG). 
 TG baixo e o HDL (Lipoproteína de Alta Densidade) alto, esta é a melhor situação 
possível. TG alto e baixo HDL este é o vilão. Isso é o que você não quer porque você morrerá 
de ataque do coração sem dúvidas. O quociente TG/HDL prevê doenças cardiovasculares. 
O índice de doenças cardíacas está significativamente correlacionado com a média de 
calorias advindas de sacarose. Então, o que aconteceu nos últimos 30 anos com essa quantidade 
toda de açúcar e frutose sendo adicionados aos alimentos para criar um paladar low fat (baixo 
teor de gordura)? Criou-se a alimentação de alto risco, simplesmente a pior combinação 
possível para a sua saúde. E onde estão as fibras? 
As fibras foram eliminadas. Tiramos as fibras da dieta porque demora para cozinhar, para 
comer. Antes consumíamos uma quantidade aproximada de 100 a 300g de fibras por dia. 
Atualmente consumimos 12g. Dando espaço a era dos fast-food (comida sem fibras). Alimentos 
que podem ser congelados, transportados para muitos lugares, não apenas porque leva pouco 
tempo para cozinhar, mas pelo fato de poder comer rápido, afetando a saciedade. Temos um 
problema em nossas mãos. 
Além disso, a composição nutricional dos alimentos processados geralmente contribui 
pouco para a qualidade da dieta, uma vez que apresentam baixos teores de micronutrientes e 
fibras (MOODIE et al., 2013). 
A substituição da gordura natural pela gordura trans (hidrogenada), é uma das causas de 
um grande desastre. A gordura hidrogenada é obtida através da hidrogenação industrial de óleos 
vegetais, formando uma gordura de consistência mais firme. Por suas características, ela 
melhora a palatabilidade e textura, e aumenta a vida de prateleira dos produtos, sendo muito 
utilizada na indústria. Sendo usada por redes de fast-food e restaurantes para frituras. Para nosso 
organismo, agride as bactérias e as células do nosso intestino. 
O que aconteceu então foi que nosso fornecimento de alimentos foi adulterado, 
contaminado, envenenado, estragado e nós deixamos isso acontecer através da adição de frutose 
para que alimentos ficassem palatáveis. Quando os alimentos são processados, low fat, não tem 
gosto tão agradável. Então a indústria alimentícia passou adicionar açúcar para transformar esse 
alimento saboroso. 
Frutose não é glicose. O que o fígado faz com a frutose é algo único. A frutose não inibe 
o hormônio da fome, a grelina, produzida no seu estômago. O consumo de frutose não estimula 
7 
 
a produção de insulina, pois não temos um receptor de frutose nas células, portanto, o nível de 
insulina não aumenta. Então a leptina não é produzida e seu cérebro não se dá conta de que 
você comeu. Apenas o fígado consegue metabolizar frutose. Quando temos um composto que 
é estranho ao organismo e que apenas o fígado consegue metabolizar e, no processo, gera um 
monte de problemas, chamamos isso de VENENO! 
Foi mostrado de diversas maneiras que o consumo de açúcar muda como o cérebro 
reconhece os diferentes níveis de energia, mudando sempre de forma negativa. Basicamente, 
quanto maior o nível de insulina no sangue, pior para o cérebro que não consegue entender os 
sinais da leptina. Consequentemente você continua a comer, pois seu cérebro pensa que você 
está com muita fome, apesar de suas células de gorduras estarem gerando sinais que dizem "Já 
estamos cheias, chega!" 
A hiperinsulinemia atua de uma forma que evita a leptina exercer seu papel. Seu cérebro 
ainda recebe um sinal de recompensa e o ciclo continua. Mais frutose, mais carboidratos geram 
mais resistência à insulina e um círculo vicioso é estabelecido entre consumo e doença e isso é 
contínuo a hipertensão, inflamação, resistência à insulina no fígado, hiperinsulinemia, 
dislipidemia, resistência à insulina nos músculos, obesidade e, por final, consumo continuo nos 
leva à síndrome metabólica. 
 
 
 
8 
 
Sacarose ou HFCS (Xarope de Milho) dá na mesma. Seus consumos aumentaram nos 
últimos anos, coincidindo com a epidemia de obesidade. Uma caloria não é igual em todos 
alimentos, mas os nutricionistas deste país estão infligindo essa falácia em nós. Quanto mais 
acreditarmos nessa falácia, mais vamos acreditar que comer menos e se exercitar mais vai 
funcionar e não funciona. 
Não funciona! E não funciona, simplesmente porque uma caloria não é uma caloria! 
Frutose difere de glicose. Sabemos que tem gorduras boas e gorduras ruins, assim, como há 
carboidratos bons. A glicose é um bom carboidrato. É a energia da vida. A frutose, por outro 
lado, é veneno. Você não é o que você come. Você é o que faz com aquilo que come e o que 
seu organismo faz com a frutose é particularmente perigoso. O metabolismo da frutose no 
fígado leva a Síndrome Metabólica. 
Vale salientar que o ácido úrico é um resíduo que sai na urina e causa a doença da gota e 
a hipertensão. Isso acontece porque ele bloqueia a ação de uma enzima em seus vasos 
sanguíneos, esta enzima é a que produz óxido nítrico, sendo um composto endógeno que produz 
a pressão arterial e mantêm sua pressão arterial baixa. Se você é incapaz de produzir, sua 
pressão sanguínea sobe. A produção de ácido úrico aumenta com o consumo de bebidas 
adoçadas, não apenas o ácido úrico sobe, mas também sua pressão sanguínea sistólica. 
A diabete tipo 2 é caracterizada pelo excesso crônico de açúcar no sangue, é fundamental 
ressaltar que estamos falando de uma enfermidade silenciosa e mortal. O hormônio é produzido, 
mas não consegue atuar direito. Para compensar a situação, o pâncreas acelera a produção de 
insulina. Mas, isso tem um preço. Com o tempo, o órgão fica exausto e as células começam a 
falhar. Até que, um dia, não dá conta mais da sobrecarga, é aí que o açúcar no sangue dispara e 
fica alto. 
Não há remédio de farmácia, que cure a diabete e eles só mascaram o problema. O 
máximo que se consegue, por uma dose diária de insulina, é manter a glicose no nível aceitável. 
Uma dose maior cria problemas, uma dose menor também. O problema está na dieta (açúcar), 
e somente mudando a dieta você consegue tratar o problema e se livrar dos remédios. 
A Resistência à insulina não é boa. Faz com que o fígado e músculos não funcionem 
direito, desenvolvendo uma série de problemas, incluindo diabetes. Diabete mellitus tipo 2 é a 
forma mais frequente: nove em cada dez diabéticos são do tipo 2. Esta patologia surge em 
qualquer idade, mas é frequente nas pessoas adultas com peso a mais. 
A longo prazo, a glicemia elevada pode causar sérios danos ao organismo.Entre as 
complicações, destacam-se lesões e placas nos vasos sanguíneos, que comprometem a 
9 
 
oxigenação dos órgãos e catapultam o risco de infartos e AVC. Também podem desencadear 
outras consequências, como: retinopatia (danos à retina, tecido no fundo do globo ocular, que 
levam à cegueira), falência renal (o diabete é uma das principais causas de indicação para 
hemodiálise.), neuropatia periférica (comprometimento dos nervos, que influencia na 
sensibilidade), amputações devido a feridas não perceptíveis na pele capazes de evoluir para 
gangrena (pé diabético). 
O gatilho para o diabete tipo 2 está fortemente associado ao estilo de vida. Sendo assim, 
os maus hábitos alimentares e sedentarismo desencadeiam uma das principais causas da doença, 
a obesidade. Como o ganho de peso favorece a resistência à insulina. Uma das principais 
medidas para evitar o problema é não permitir a subida do ponteiro da balança. 
 
 
 
10 
 
Um estudo realizado recentemente pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, e 
publicado pelo Journal of Clinical Investigation Insight, revelou que a dieta low carb pode 
ajudar no tratamento de quem tem diabetes. De acordo os resultados, uma alimentação baixa 
em carboidratos pode reduzir o efeito da síndrome metabólica, doença que precede o diabetes 
tipo 2. 
A pesquisa foi feita com a participação de 16 pessoas, entre homens e mulheres, todos 
diagnosticados com essa síndrome. Após quatro semanas seguindo a dieta low carb, nove 
participantes (mais da metade do grupo) conseguiram reverter o quadro. Para a Associação 
Brasileira Low Carb (ABLC), a pesquisa comprova a eficácia da dieta low carb no combate 
ao diabetes tipo 2. 
O aumento da atividade física e a perda de peso são as melhores formas de tratamento, 
mas pode ser necessário o uso de medicamentos para tratar os fatores de risco. Entre eles estão 
os chamados “sensibilizadores da insulina”, que ajudam a baixar o açúcar no sangue, os 
medicamentos para pressão alta e os para baixar a gordura no sangue. Detectar o problema pode 
reduzir o aparecimento de futuras doenças cardíacas. Além disso, você terá tempo de mudar 
seu estilo de vida, evitando o desenvolvimento de diversas complicações. 
Somos o único responsável pela nossa cura. Ha milhares de anos Hipócrates já afirmava: 
“que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio, seja teu alimento” não existem alimentos 
perfeitos, exercício perfeito. Mas precisamos manter um equilíbrio para prolongar o tempo de 
vida nesse século. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://institutomongeralaegon.org/longevidade-e-saude/diabetes/alimentacao-de-quem-tem-diabetes
https://institutomongeralaegon.org/longevidade-e-saude/diabetes/alimentacao-de-quem-tem-diabetes
https://institutomongeralaegon.org/longevidade-e-saude/diabetes/10-coisas-precisa-saber-diabetes-tipo-2
11 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Departamento De Comunicação Institucional. Plataforma UNIFESP. Universidade Federal de 
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https://www.endocrino.org.br/sindrome-metabolica/
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	 NÚMEROS DA OBESIDADE NO BRASIL

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