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Resumo das 5 aulas de Dirinternacional

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Características da Sociedade INTERNACIONAL.
Universal – Impossível de ser totalmente ignorada por algum estado soberano. Ainda que seja a vontade da política praticada naquele momento, será necessário, ainda, relacionar-se com seus estados fronteiriços. 
Heterogênea – composta por integrantes com peculiaridades distintas, não iguais. 
Interestatal – Não unanime (Uns afirmam que organismos internacionais a integram, razão pela qual não seria única e exclusivamente interestatal.)
Paritária – Paridade Jurídica – Para os que defendem a inexistência da característica “c”, não haverá paridade. 
Descentralizada: inexiste um órgão diretivo central, apto a governar essa sociedade internacional. 
GLOBALIZAÇÃO E SISTEMA NORMATIVO INTERNACIONAL.
A globalização não é um fenômeno recente. As grandes navegações representaram, quando ocorreram, um fenômeno de natureza globalizada. A globalização, assim, ocorreu em diversos momentos de nossa história. 
Globalização: processo progressivo de integração entre as várias partes do mundo. 
CARACTERÍSTICAS DA GLOBALIZAÇÃO NO PRESENTE. 
Aumento dos fluxos de comércio internacional e de investimento estrangeiro direto – traduz um aumento de integralização. 
	
Acirramento da concorrência no mercado internacional. Com mais países exportando, mercados até então dominados por determinadas empresas passam a ter ofertas mais vantajosas. Maior a oferta, melhores são as condições.
Maior interdependência entre os países. A cadeia de produção acaba por contar com etapas ligadas a países diversas daquele onde o mesmo se iniciou. Tem por objetivo evitar o domínio do processo produtivo por uma única nação, o que facilitaria as cópias
Expansão dos blocos regionais, tais como MERCOSUL, OPEP e UNIÃO EUROPEIA. Não traduzem blocos formados com base em proximidade geográfica. 
Redefinição do papel do Estado e noções de Soberania Nacional – Os estados passam a se relacionar exteriormente, assumindo papeis e compromissos que os levam, em algumas vezes, a renunciar parte de sua soberania. Compromete-se e, por via de consequência, passa a ser obrigado a adimplir com obrigações que lhes são impostas em virtude de uma fonte normativa supralegal – ou alienígenas, submetendo-se, outrossim, às sanções decorrentes de eventuais inadimplementos. 
CONCEITO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO, TERMINOLOGIA, OBJETO, FUNDAMENTO, ORDENAMENTO JURÍDICO INTERNACIONAL. 
Rompe-se com as ideias medievais, a fim de que fossem emersas as ideias de soberania estatal, em 1648.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO: Conjunto de regras escritas e não escritas que regem o comportamento dos estados face à sociedade internacional, relações estas de natureza INTERINSTITUCIONAIS (conceito clássico. O Moderno colocaria os organismos internacionais). 
Moderno: sistema de normas jurídicas que visa disciplinar e regulamentar as atividades exteriores da sociedade dos Estados e, modernamente, das organizações internacionais (denominadas atores, pois não podem firmar tratados) e ainda do próprio indivíduo. 
AULA 02
ORDENAMENTO JURÍDICO INTERNACIONAL.
O tema é discutido por meio de duas correntes, divergentes entre si. Enquanto para a primeira defende a sua não existência, haja vista a ausência de imperatividade - o que torna as normas de direito internacional uma cortesia, definida como mera liberalidade. 
CARACTERÍSTICAS DO D.I. PÚBLICO
Relativização x manutenção da soberania: enquanto a soberania dá ao Estado o direito de se autodeterminar sem a interferência de qualquer entidade alheia a ele, o relacionamento no âmbito internacional acaba por traduzir uma mitigação a essa soberania, na medida em que passará a obriga-lo a cumprir normas que não foram produzidas internamente, de acordo com o ordenamento daquela nação. Todavia, ao mesmo tempo em que representa mitigação, a característica acaba por reafirmar a dita soberania, eis que, ao obrigar-se aquele signatário acaba por comprovar que a possui. Sem ela, não seria possível a celebração do tratado.
 Paritariedade: o direito internacional formado pela conjugação de vontades de estados juridicamente paritários que, concordando com as normas elaboradas, a ela se submetem, formando o ordenamento jurídico internacional. 
Ausência de hierarquia entre normas: as normas existentes no direito internacional não guardam relação de hierarquia entre si. Todavia, existe um conjunto de normas denominado jus cogens que devem ser respeitadas, sob pena de invalidação. Jus cogens são normas universalmente aceitas internacionalmente. 
JUS COGENS: são preceitos imperativos que limitam a vontade estatal. Norma Aceita e reconhecida pela comunidade internacional como um todo. 
Fragmentação: o ordenamento jurídico internacional é composto por um conjunto esparso de normas. Isto é, existem várias regras, espalhadas em diversos documentos diferentes. Inexiste um código Civil. 
Ausência de um poder Central: a sociedade internacional não possui um centro político de poder. Não há, assim, um órgão central de que emana as “regras do jogo”. 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E DIREITO INTERNO. 
No que toca à disciplina da relação entre direito internacional público e direito interno, duas teorias tentam a explicar – cada qual com suas subdivisões. Vejamos!
Teoria Monista: para a teoria monista há uma única ordem jurídica, inexistindo quaisquer separações entre as normas nacionais e internacionais. Por tal razão, para esta teoria há, sim, a possibilidade de conflito entre elas. [1: A AUSÊNCIA DE SEPARAÇÃO ACABA POR FAZER COM QUE AS NORMAS SE INSIRAM EM UM MESMO ESPAÇO NORMATIVO E, POR ISSO, SUJEITA A CHOCAREM-SE UMAS COM AS OUTRAS. CASO NÃO HOUVESSE ESSSE MONISMO, ENTRE A NORMA INTERNA E A INTERNACIONAL EXISTIRIA UMA BARREIRA QUE AS IMPEDIRIA DE ENTRAR EM ROTA DE COLISÃO (IMAGINE O DIVISOR DE SETORES DO MARACANÃ, BEM COMO A POSSIBILIDADE QUE ELE TEM DE EVITAR CONFLITOS ENTRE TORCIDAS).]
Neste cenário, duas subcorrentes surgirão para tentar solucionar eventuais conflitos
Monismo internacionalista: a norma de natureza internacional prevalecerá. E o que aconteceria com a norma nacional? Duas subcorrentes da subcorrente (risos) discutem o assunto:
Radical: a norma internacional é superior e, portanto, serve de parâmetro de controle e validade. Logo, a norma nacional que a contraria é invalida e deve ser retirada do ordenamento. (Ideia similar aquilo que a CF exerce em nosso ordenamento).
Moderado: a norma internacional é superior, porém não pode servir de parâmetro de validade. Ao invés de defender que a norma interna deva ser retirada do ordenamento, o monismo internacionalista moderado defende a sanção do Estado que a elaborou. 
Teoria dualista: para esta teoria existem dois ordenamentos jurídicos: o interno e o internacional. Por tratarem de órbitas de normatização distintas, inexiste a possiblidade de conflito das normas nacionais com as internacionais. 
Neste cenário, discute-se de que forma aquela norma, então, passaria a produzir efeitos internos, donde advém as duas correntes da teoria dualista. 
Teoria da incorporação: para essa corrente, a norma apenas passaria a produzir efeitos internos após a sua internalização, que deverá ocorrer de acordo com as normas do país signatário. Enquanto isso não ocorrer, aquele tratado será ineficaz. 
Dualismo moderado: o processo e internalização pode ser substituído por outro mais célere, tal como ocorre, em regra, no Brasil.[2: 	Diz-se em regra por que os tratados internacionais de direitos humanos podem, na forma do artigo 5°, § 3°, ser internalizados como emenda constitucional. ]
TEORIA EM CONSTRUÇÃO: Para esta teoria, deve prevalecer a regra mais favorável ao indivíduo que compõe aquele Estado. 
TRATADOS INTERNACIONAIS COMO FONTE DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO:
Histórico:
No que toca aos aspectos históricos, três são as peculiaridades passíveis de exploração: 
Antigamente apenas estados poderiam celebrá-los
Não havia uma formasolene tampouco escrita, era composto por acordo verbais e, por isso, considerado consuetudinário. 
A necessidade de normatizar a confecção dos tratados, deu origem à convenção de Viena, tratado que, apesar de não ter sido o primeiro a versar sobre o assunto (como confeccionar um tratado), foi o documento que sistematizou em um único lugar as regras para a formação de um tratado. 
Conceito de Tratado: 
Acordo Formal, pactuado por pessoas jurídicas de direito internacional público, tendo por objetivo a produção de efeitos jurídicos. 
Terminologia:
Diversas são as terminologias passíveis de serem adotadas, sendo todas sinônimas: 
Protocolo 
Carta de direitos
Convenção 
Compromisso
Concordata: exclusivamente destinada à acordos que tenham como um dos signatários a Santa Sé. 
Formalidades:
Forma: exige-se a forma escrita, dada a sua natureza documental. (Artigo segundo convenção de Viena) 
Partes: Estados Soberanos (aí incluído a Santa Sé, que apesar de não reunir os requisitos mínimos de Estado poderá celebrar concordatas).
Efeitos jurídicos dos tratados: É essencial que o acordo celebrado crie efeitos jurídicos para seus signatários, sob pena de não ser considerado como tal. 
IPC: Gentlemen´s Agreement: firmado entre duas pessoas físicas que são chefes doe Estado, sem, no entanto, atuarem nesta condição. Dura, por isso, enquanto os sujeitos permanecerem à frente do cargo, haja vista não obrigar o Estado. É, por isso, um pacto moral, carente de efeitos jurídicos.[3: LOGO, NÃO SÃO TRATADOS. ]
REGÊNCIA DE DIREITO INTERNACIONAL: Se submetem às regras de direito público internacional, salvo disposição em contrário estabelecidos pelas partes.. 
Base instrumental: A base escrita, isto é, o instrumento do tratado, pode ter como base uma unidade que agrega, entre si, uma pluralidade de termos, tal como ocorreria com nos casos de seus aditivos ou anexos. Pode servir como Meio de comunicação, ocasião em que os estados trocarão informações com animus contraendi ou meio negocial, finalidade esta a ser utilizada em tratados bilaterais. 
	
TROCAS DE NOTAS 
Classificação:
QUANTO AO NÚMERO DE PARTES:
Bilaterais: apenas dois Estados Soberanos. 
Multilaterais: mais de dois Estados. 
QUANTO AO PROCEEDIMENTO DE CONCLUSÃO
BIFÁSICO: Consiste na celebração por meio de duas ou m ais fases. A primeira delas será denominada de Prenunciativa e se aperfeiçoará com a primeira narrativa e a segunda, por sua vez, será a definitiva, satisfeita com a segunda assinatura, esta denominada RATIFICAÇÃO. 
Unifásico: Uma única fase. 
TRATADO EXECUTIVO / ABONADO PELO PARLAMENTO: 
Executivo: é celebrado exclusivamente pelo chefe do poder executivo, sem qualquer participação do parlamento. 
Abonado: é o tratado que, para ser celebrado, demanda prévia anuência do parlamento daquela nação. 
EXCEUÇÃO NO TEMPO: 
Os tratados podem ser: 
Dispositivo: É o tratado internacional que possui uma irradiação de efeitos estática, cuja produção não se vislumbra no dia a dia daqueles entes signatários. É o que ocorre, por exemplo, com os tratados de fronteira. Eles estão ali, vigendo, sem, no entanto, gerar uma obrigação diária ou repetida em um certo lapso de tempo. 
Relação Jurídico Dinâmica: é um tratado internacional cuja produção de feitos se faz presente no dia-a-dia dos Estados Signatários, que acabam tendo de submeter constantemente aos seus termos. É o caso de um acordo ou tratado internacional de natureza tributária para fins de importação/exportação de carne. Assim, todas as vezes que os países signatários circularem entre si mercadorias desta natureza, o tratado produzirá efeitos. 
EXECUÇÃO NO ESPAÇO: 
Regra geral: os tratados, via de regra, se aplicam em todo o território do estado subscritor, a menos que uma intenção diferente esteja registrada naquele caso concreto. Essa intenção diversa é chamada no direito internacional pública de Cláusula Colonial, assim denominada em virtude dos costumes vigentes antigamente de excluir as colônias dos efeitos de tratados internacionais mais benéfico. 
Exceções: 
Total Impertinência: esta corrente defende que em sendo o tratado internacional fonte de produções de obrigações a serem adimplidas pelo estado no cenário internacional, não é pertinente delimitar o seu alcance territorial interno, eis que a produção de efeitos respingará para fora de seu território. 
Limitação do Alcance Territorial: decorre de razões técnicas, que deixam o tratado adstrito aos Estados afetados pela matéria que pelo tratado é versada 
PRODUÇÃO DO TEXTO CONVENCIONAL: 
LEGITIMIDADE NEGOCIAL: 
Chefes de Estado / Chefes de Governo
Plenipotenciários: são aquelas pessoas que recebem de forma derivada plenos poderes para atuar em nome dos capazes. 
Delegações Nacionais: A plenipotencialidade, nesse caso, será restrita ao chefe das delegações, e à primeira fase do tratado. 
NEGOCIAÇÃO BILATERAL:
Local: Será eleito pelos negociantes. 
Idioma: Pode ser o idioma comum à ambos os países. Em se tratando de países com línguas distintas, aplicam-se as seguintes condições:
Lavra-se em uma única versão autêntica, a ser redigida em apenas um idioma
Lavrado em duas versões autenticas de igual valor. 
Lavrado e mais de duas versões e de igual valor. 
Lavradas em duas ou mais versões mas com privilégio interpretativo de uma única delas. 
ESTRUTURA DOS TRATADOS: 
Preâmbulo: Obrigatório, de valor normativo e de linguagem não necessariamente jurídica. 
Dispositivo: linguagem necessariamente jurídica. Delimita os termos do compromisso. A uma estruturação jurídico normativa. 
ANEXOS: Opcional, natureza vinculante e linguagem não necessariamente jurídica. 
EXPRESSÃO DO CONSENTIMENTO:
ASSINATURA: em se tratando de um tratado monofásico, consistirá na finalização do mesmo, que passará a entrar em vigor a menos que seu texto estabeleça outro momento. 
SE MONOFÁSICO NÃO HÁ DESISTENCIA. Se bifásico, porém, poderá haver desistência entre as fases. 
Ratificação: É ato unilateral da Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, por meio do qual exprime sua vontade definitiva de obrigar-se. 
Razões para Ratificação: é um pronunciamento feito pessoalmente pelo chefe do poder executivo, que o fará pessoalmente. Isso evita abuso do plenipotenciário. 
Consumação e Ratificação: Decorre de uma comunicação formal de uma parte a outra. Pode ser escrito ou por pronunciamento público do chefe do Estado. 
PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO CONSENTIMENTO:
 COMPETÊNCIA: é exclusiva do Congresso Nacional, sempre que houver encargos ou ônus do patrimônio nacional. Ao presidente compete celebrar esses tratados sujeitos a referendo do congresso Nacional. 
ACORDO EXECUTIVO: 
Quando for de natureza meramente interpretativa de tratado já existente. 
Decorrerem da lógica e necessariamente de um tratado já existente 
Quando o tratado pretende manter as coisas exatamente como já estão. 
IPC: Há quem defenda que a oitiva do congresso nacional será dispensada, sempre que o tratado estiver versando sobre matéria inserida no rol de competências privativas do chefe do poder executivo. 
AULA 04/09/2017 – DIREITO INTERNACIONAL.
Pressupostos Constitucionais do Consentimento. 
Diz respeito a quem pode expressar o consentimento e como o mesmo é processado em nosso sistema jurídico. 
Ao presidente compete o externar do consentimento, sempre com a oitiva prévia ao congresso nacional (entre a assinatura e a ratificação). Há, assim, dois aspectos: externo (assinatura e ratificação) e interna (oitiva do congresso nacional – em duas casas). [4: Primeiro n a Câmara e depois no senado. Por maioria Absouta, cabendo reservas. ]
O congresso é provocado mediante mensagem, em cujos anexos constarão a exposição de motivos (elaborada pelo ministro das relações exteriores) e cópia de inteiro teor do tratado internacional a ser aprovado/rejeitado. 
Se aprovado, far-se-á mediante decreto, cabendo, todavia, Reserva. Esta, por sua vez, é uma restrição imposta pelo EstadoSignatário pertinente a determinada parcela daquele tratado, que não produzirá efeitos em seu território ou fá-lo-á de modo diverso daquele inicialmente previsto. Mas apenas se for um tratado multilateral. 
Sua existência, será externada à comunidade internacional pelo presidente no momento da ratificação. 
VICIOS NO CONSENTIMENTO:
Desobediência ao direito público interno: decorre de uma violação às cláusulas internamente estabelecidas pelo ordenamento daquele estado. Há um excesso de competência, devendo necessariamente decorrer de ofensa ao texto Constitucional. (artigo 46 da C. Viena). É necessário, ainda, ser manifesta e evidente. Incabíveis violações implícitas. 
Erro, Dolo, Corrupção e Coação sobre o negociador: 
Erro: É muito recorrente, mormente em tratados relacionados a aspectos geográficos, tais como cartografia e etc. 
Coação: existentes no decorrer da história, não sendo algo muito recorrente nos dias atuais. Exemplo: Francisco I preso em Madri para ceder parte de seu território à coroa Espanhola. É cabível, também, em face do Estado. (Pactos firmados entre Estados Unidos e Haiti sobre o controle financeiro do primeiro sobre o segundo). É, assim, emprego de ameaça ou uso da força.
ENTRADA EM VIGOR DOS TRATADOS:
Vigência contemporânea: passa a viger assim que o consentimento final é manifestado. No caso brasileiro, após os tramites internos e devidamente autorizado pelo órgão competente. 
Vigência diferida: é aquela postergada à momento diverso daquele apontado no item anterior. Pode decorrer por conta de tempo específico e em virtude da necessidade de quórum mínimo necessário a esta produção. 
EFEITOS SOBRE AS PARTES
Signatárias: mesma hierarquia das normas nacionais. No Brasil, excetua-se as questões dos tratados internacionais de direitos humanos 
Sobre terceiros: 
Efeito Difuso: comum em tratados sobre fronteiras, diz respeito a produção de efeitos a terceiros não signatários
 Aparente: decorre da aplicação da cláusula do Estado mais favorecido. O tratamento privilegiado a um Estado pode ser aplicado a um terceiro não signatário daquele acordo internacional. É necessário a existência de um outro tratado, que a preveja. 
Convencional de Direitos em Favor de Terceiros: os próprios signatários elegem como destinatário de seus efeitos uma outra nação. É dispensada a manifestação, haja vista a mera previsão de direitos, dos quais não decorrem quaisquer imposições obrigacionais. 
Previsão de encargos: não cabe o silêncio enquanto aceitação tácita. É necessário a manifestação expressa – por escrito. (Artigo 35 C.V.)
ADESÃO:
É possível o ingresso mediante adesão, assim entendida a manifestação de vontade posterior a entrada em vigor daquele tratado. É necessário aceita-lo tal como ele já está redigido. É forma de expressão definitiva de vontade. Para que isso ocorra é necessário, todavia, que o tratado não seja fechado (assim considerado quando nada disser sobre a hipótese). 
Sua utilização não enseja diferenciações entre os estados aderentes e ratificantes. 
Perfaz-se por meio de ato único, não havendo a divisão bipartida. 
VIOLAÇÃO:
Pode ensejar a suspensão ou a extinção com relação a ou às partes que a praticaram. É necessária uma violação substancial (artigo 60 da CV). Repúdio por completo ou uma violação que impeça a sua consecução. 
EXTINÇÃO DO TRATADO: 
POR VONTADE COMUM:
 
Predeterminação Abrogatória, podendo decorrer de previsão cronológica em seu texto. Isto é: um tratado por tempo determinado. É possível a prorrogação desde que seja manifesta durante o prazo de sua vigência.
 
Extinção de outro tratado: quando o tratado principal for extinto, aquele que o serve de acessório também o será. O acessório segue a sorte do principal. 
 Exaustão operacional do tratado: quando todos os efeitos foram produzidos, havendo a conclusão de todo o objeto do tratado internacional. (TRATADO PARA DESPOLUIÇÃO DE RIO. V. G.)
Queda do número de partes: em havendo queda no número de estados, de modo a não mais subsistir o quórum mínimo. Exemplo: convenção sobre os direitos políticos da Mulher.
 
DECISÃO ABROGTÓRIA SUPERVENIENTE: 
Denúncia total. 
Voto majoritário (2/3 se de outras formas não dispuser o tratado ou por decisão unanime).
Acordo entre as partes. 
MANIFESTAÇÃO UNILATERAL 
DENUNCIA: consiste em manifestação unilateral de vontade e deve ser precedida de pré-aviso – isto é – observância do prazo de doze meses. (Artigo 56, §2° CV). É Sempre por escrito e passível de retratação, desde que esta seja manifestada durante o pré-aviso. Após isso, não mais subsistirá a relação do estado com aquele tratado. Pode voltar, todavia, mediante adesão, se a retratação não ocorrer nos doze meses de pré-aviso. 
IMPOSSIBILIDADE DE CUMPRIMENTO.
MATÉRIA DA A1 ACABA AQUI!!
Aula 11/09/2017.
PERSONALIDADE INTERNACIONAL:
São as pessoas jurídicas de direito público ou não que atuam no cenário internacional. Isto é:
Estados: é uma pessoa jurídica de direito público com povo, território e governo definidos. (PJDPI). Sua personalidade é originária.
Base territorial: 
Historicamente surgiam por pretensões expansionistas, fundamentadas pelo princípio da Contiguidade. Era através de conquista (encontro de terra de ninguém)
 através do uso da força (guerra).
Cessão Gratuita e onerosa.
No âmbito do território haverá o exercício de jurisdição. Isto é, distribuição interna de Competências. A delimitação: é feita por decisão arbitral ou judicial e de forma natural (MONTANHAS, RIOS E ETC) ou artificial (LINHAS GEODÉSICAS – EQUADOR, V.G.)
Organismo: traduzem os órgãos das organizações. Exemplo: UNICEF e etc. 
 Organizações Internacionais - é o resultado da vontade jurídica de Estados Soberanos Conjugadas. (PJDPI)
Exemplos: Mercosul – União Europeia.
Diferenças:
Quantitativas – traduzem dados numéricos, tais como quantidade de pessoal, alcance geográfico e etc. 
Qualitativas – Traduzem diferenças ligadas às finalidades de cada uma delas. 
Criação: normalmente, as organizações são criadas mediante tratado internacionais, que disporão a respeito de suas finalidades, órgãos e as respectivas competências. Importante que se firme na sua criação a necessidade de celebrar tratados. 
Órgãos: são indispensáveis:
Assembleia geral: todos os Estados Membros terão vez e voto, razão pela qual traduzem o centro desta organização internacional. 
Secretaria: Tem função administrativa, de funcionamento permanente e integrada por servidores neutros de nacionalidade de diversos estados que os compõem. Neutros por não possuírem a missão de defender os interesses dos seus respectivos Estados. 
Conselho Permanente: de natureza facultativa, presentes em organizações de vocação política, tem por função exercer nas situações de emergência as atribuições executivas. Tratarão de questões cuja urgência não possa esperar a assembleia geral. 
Sede da Organização: fixada por aquilo que é denominado acordo de sede, sendo possível a existência de mais de uma delas. 
Financiamento: será efetivado por seus estados membros, cada uma delas no limite das suas forças financeiras. 
Adesão de novos membros: como se trata de um acordo internacional, a chegada de novos membros de dá por adesão, cujas regras estarão discriminadas no tratado. 
Sanções: possível de ser aplicada aos Estados participantes da organização que não cumprem com seus propósitos. Sua aplicação será mediante deliberação por parte da assembleia geral ou em órgão específico. Podem ser suspensão ou exclusão. 
Espécie de organizações:
Alcance:
Universal: tem por objetivo alcançar o maior número possível de estados. 
Regional: tem um foco específico, quer por natureza geográfica, quer por algum aspecto específico. 
Vocação:
Política: são vocações da ordem da paz, meio ambiente, segurança
Específica: são fins muito bens delimitados, tais como culturais, econômicos, trabalho e etc. UNESCO. 
IPC: as classificações se cumulam. 
ONG´S – ORGANIZAÇÕES NÃOGOVERNAMENTAIS. 
São organizações privadas, não se revestindo de personalidade jurídica de direito público, o que as impossibilita de firmar tratados.
MSF
GREEN PEACE 
HRW – Observatório dos Direitos Humanos. 
	
Beligerantes: são movimento contrários ao governo de um Estado, tendo por objetivo tomar o poder do Estado existente ou formar um novo. Estas atividades são de proporções e visibilidades internacionais. A expansão da visibilidade é necessária para punição de eventuais crimes contra a dignidade humana, que, nesse caso, recairá sobre os beligerantes e não sobre o estado. 
Exemplo: autoridade palestina.
Reconhece-se por declaração de neutralidade, ato de natureza discricionária de competência do Estado em que os ativistas se situam. 
Consequência: obrigação de que os beligerantes observem as Tratativas Internacionais para situação de conflito e ou guerra. 
Insurgência: é uma espécie de beligerância, porém em escala menor. São beligerantes com direitos limitados. 
Revolta Armada. 
Guerra dos confederados nos Estados Unidos. 
Blocos Regionais: são mecanismos de integração regional, podendo ser organização (se for regulamente constituído). 
Estados:

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