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PSICOPATOLOGIA E DIREITO PENAL

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CURSO DE DIREITO
Disciplina: Psicologia Jurídica 
Professora: Josimea de Barros Pino Souza ( Org) 
PSICOPATIA E DIREITO PENAL
Do ponto de vista penal, existe o dilema, amplamente discutido, sobre se uma personalidade doente é imputável, especialmente se é de origem psicótica. 
Mesmo que se trate de uma personalidade doente (exemplos: pessoas sádicas, violadoras, etc.) há tendência para sustentar que há uma punição correspondente, dado que, mesmo doente, a pessoa mantém consciência dos seus atos e pode evitar cometê-los.
 O psicopata normalmente é irrecuperável quando começa a cometer crimes violentos e só penas como prisão perpetua, ou pena de morte, são indicadas para esses casos.
No Brasil, entretanto, não existe prisão perpétua ou pena de morte. 
O direito penal usa como formas de classificar a capacidade mental do agente: entendimento por parte do agente se o ato que ele cometeu é ilegal e se mesmo sabendo que é ilegal, consegue se autodeterminar, ou seja, consegue não cometer o ato. 
Os psicopatas, no entanto, muitas vezes conseguem entender que seus atos são errados, porém não conseguem se autodeterminar com relação ao seu entendimento. Ocasionando com isso, os crimes bárbaros, e na maioria das vezes, podem, os psicopatas, tornarem-se assassinos em série.
 “A prisão não é util aos psicopatas, pois não os recupera, tampauco lhes serve como punição e a medida de segurança lhes é inócuo, pois a doença é incurável; 
 Os psicopatas convivem entre nós há tempos, cometendo crimes mais bárbaros e inimagináveis;
 Diante da facilidade de manipular as pessoas e a realidade, atrai suas vítimas e conquista-lhes a confiança, para em seguida causar-lhes imenso sofrimento; 
 A inimputabilidade em razão de doença mental
 É inimputável aquele sujeito incapaz de responder por atos penalmente praticados, e que o legislador apresentou algumas causas que podem excluir a imputabilidade: em razão de doença mental” [1: OLIVEIRA, Mariana Vasconcelos. O tratamento dispensado ao criminoso psicopata pela legislação penal brasileira. Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2843, 14 abr. 2011. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/18906>. Acesso em: 25 abr. 2011.]
CÓDIGO PENAL 
Inimputáveis
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Embriaguez
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
VALORIZAÇÃO JURÍDICA DAS PERSONALIDADES PSICOPATAS ( Mira Y Lopez )
“É possível ser um doente mental e ser responsável.” (Mira y Lopez)
Para emitir parecer acerca da imputabilidade penal ou periculosidade, faz-se necessário amplo estudo de todos os aspectos da vida psíquica, além de todas as condições ambientais. 
Cada tipo de personalidade apresenta sua interpretação jurídica.
Os psicopatas são aqueles indivíduos que possuem uma ausência de afeto e de caráter e dos sentimentos de culpa e de remorso, estando aí a sua grande periculosidade, pois por não apresentarem esses sentimentos, cometem os crimes mais violentos e cruéis (Ana Beatriz Barbosa Silva, 2008). 
O seu estudo é de grande importância e o problema encontrado está em determinar se esses seres são imputáveis, semi-imputáveis ou inimputáveis, isto para a aplicação de uma pena, quando se vêem deparados com a prática de um delito.
Fernando Capez (2008, p. 226) acrescenta ainda a respeito das personalidades psicopáticas o seguinte: 
“Mesmo semi-imputáveis, precisam de isolamento social, eis que se comportam sem seno ético e social contra os outros, embora seja uma pessoa cuja sociabilidade é dissimulada, pois convive bem com suas vítimas até que as mate. A medida penal mais adequada ao psicopata é a medida de segurança, consistente em internação na Casa de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (Manicômio Judicial) e não pena”.

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