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1 DIREITO PENAL. PARTE GERAL II – 2ª aula IUS PUNIENDI Conceito É poder/dever que tem o Estado de apurar o fato criminoso e punir o infrator por intermédio do processo. O direito de punir pertence ao Estado, e é limitado pelo princípio da reserva legal. SANÇÃO PENAL Conceito É a resposta dada pelo Estado ao violador da norma incriminadora (Monteiro de Barros). Espécies Pena e medida de segurança (doutrina majoritária). Ao imputável aplica-se pena. Ao inimputável medida de segurança. Ao semi- imputável pena reduzida ou medida de segurança. TEORIA GERAL DA PENA Conceito É a sanção imposta pelo Estado, através da ação penal, ao criminoso, cuja finalidade é a retribuição ao delito perpetrado e a prevenção a novos crimes (Nucci). Teorias Teoria absoluta: advoga a tese da retribuição. A pena visa unicamente punir o criminoso. Teoria relativa: advoga a tese da prevenção. A pena visa proporcionar a prevenção geral e a especial. A prevenção pode ser: Prevenção geral negativa: o poder intimidativo que a pena representa para a sociedade; Prevenção geral positiva: demonstra e reafirma a existência do Direito Penal Prevenção especial negativa: neutralização do infrator. Intimidação para que não mais viole a lei. Prevenção especial positiva: proposta de ressocialização do condenado. Teoria mista, ou conciliatória: a pena tem dupla função: retributiva e preventiva. O artigo 59 do CP enfatiza que a pena deve ser suficiente para a reprovação e prevenção do crime. Princípios da pena Legalidade: Só a lei pode criar a pena. Parte da doutrina entende não haver diferença conceitual entre legalidade e reserva legal. Outra parte, contudo, entende que o princípio da legalidade é gênero que compreende duas espécies: reserva legal (não há crime sem lei que 2 o defina) e anterioridade (que exige que a lei esteja em vigor no momento da infração). Personalidade ou intranscendência: Nenhuma pena passará da pessoa do condenado. Individualidade: A imposição da sanção e a sua execução deverão ser individualizados de acordo com a culpabilidade e o mérito do sentenciado. Proporcionalidade: A pena deve ser proporcional ao crime praticado. Inderrogabilidade ou invevitabilidade: Presentes os seus pressupostos, a pena deve ser aplicada e cumprida, salvo exceções legais (ex. indulto, anistia, etc). Humanização: a pena não pode violar a integridade física e moral do condenado. Espécies de penas – art. 32 Privativas de liberdade (reclusão, detenção e prisão simples, sendo esta aplicada às contravenções penais). Restritivas de direitos: (v. art. 43 do CP) e Multa: (v. art. 49 do CP). Cominação das penas Isoladamente: quando somente uma pena é prevista ao agente. Ex. art. 121 – homicídio: privativa de liberdade. Cumulativamente: quando ao agente é possível aplicar mais de uma modalidade de pena. Ex. art. 155 – furto: privativa de liberdade + multa. Alternativamente: quando há possibilidade de opção entre duas modalidades diferentes. Ex. art. 147 – ameaça: privativa de liberdade ou multa DIREITO PENAL PARTE GERAL II – 3ª aula DAS PENAS Origem “Regras de proibição. Violação. Castigo”. Segundo Manoel Pedro Pimentel, a pena teria originariamente caráter sacral. Não podendo explicar os acontecimentos que fugiam ao quotidiano (ex. chuva) os homens primitivos passaram a atribuí- los a seres sobrenaturais. A violação às obrigações devidas a eles acarretavam castigos ditados pelo encarregado do culto, que também era o chefe do grupo. 3 SISTEMAS PENITENCIÁRIOS Sistemas Para a execução das penas privativas de liberdade são apontados três sistemas: a) Sistema de Filadélfia ou celular (solitary sistem): isolamento celular absoluto do preso em sua cela, sem trabalho ou visita, incentivando- se a leitura da Bíblia. As primeiras prisões a adotar tal sistema foram a Walnut Street Jail e a Eastern Penitenciary. b) Sistema Auburniano (silent system): isolamento noturno. Trabalho diurno, primeiro nas celas e depois em comum. Silêncio entre os condenados, mesmo quando em grupos. Menos rigoroso que o sistema anterior, permitia o trabalho dos presos. A regra desumana do silêncio gerou o costume dos presos se comunicarem com as mãos. c) Sistema Progressivo: A pena era cumprida em diversos estágios, havendo progressão de uma fase mais rigorosa para outras mais brandas. Foi o sistema adotado pelo Brasil. DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE Conceito É a que restringe o direito de ir e vir do condenado, infligindo-lhe um determinado tipo de prisão (Monteiro de Barros). Origem Inicialmente, os sentenciados ficavam presos enquanto aguardavam a execução da pena que lhes tinha sido imposta (ex. pena de morte). Com o tempo, a prisão passou a ser a própria pena. Manoel Pedro Pimentel explicita que tal sanção teve origem nos mosteiros da Idade Média, como punição imposta aos monges faltosos. Classificação Reclusão (crimes mais graves). Detenção (crimes menos graves) Prisão simples (contravenções - art. 5º da LCP). Pena de reclusão É a que pode ser cumprida inicialmente em regime fechado, semiaberto ou aberto. Pena de detenção É a que pode ser cumprida inicialmente em regime semiaberto ou aberto. Pode haver transferência para o regime fechado (ex. prática de falta grave). TJSP: A lei não prevê o regime inicial fechado para a 4 pena detentiva; só na hipótese de regressão o réu condenado a esse tipo de pena privativa de liberdade poderá ser recolhido em regime fechado – RT 691/315. Pena de prisão simples É a que só pode ser cumprida em regime semiaberto ou aberto. TACRSP: Em se tratando de contravenções penais inexiste a previsão de regime prisional fechado, independentemente de ser o condenado reincidente ou não, pois a lei é expressa no sentido de que a pena de prisão simples deve ser cumprida em regime semiaberto ou aberto (RDJACRIM 32/431). Regimes ou sistemas penitenciários É o modo pelo qual é cumprida a pena privativa de liberdade (Monteiro de Barros). O art. 33 do CP prevê três regimes: o fechado, o semiaberto e o aberto. Regime Disciplinar Diferenciado – RDD – Lei N. 10.792/03 Para Delmanto, é uma medida cautelar na execução penal. Pela LEP, constitui-se em sanção disciplinar – art. 53, V. Caracteriza-se pelo maior grau de isolamento do preso e pelas restrições ao contato com o mundo exterior. Ex. Penitenciária de Presidente Bernardes. REGIME FECHADO Conceito (art. 33, § 1º, a) É aquele em que a pena é executada em estabelecimento de segurança máxima ou média. Ex. Penitenciária de Hortolândia III. Regras – art. 34 CP A pena deverá ser cumprida em penitenciárias, em cela individual, com área mínima de 6 m2 (arts. 87 e 88 da LEP). O condenado será submetido a exame criminológico (34, caput), ficando sujeito ao trabalho interno ou externo (em serviços ou obras públicas, atendidas as condições legais). REGIME SEMIABERTO Conceito Considera-se regime semiaberto a execução da pena em colônia penal agrícola, industrial ou estabelecimento similar - art. 33, § 1º, b. Ex. Penitenciária de Itirapina (possui regime fechado e semiaberto); Penitenciária II de Sorocaba (fechado e semiaberto) Regras – art. 35 A pena deverá ser cumprida em colônia agrícola, industrial ou similar. O alojamento será coletivo (art. 92 LEP). Para a LEP o exame criminológico é facultativo. O condenado fica sujeito a trabalho 5 interno (§ 1º) ou externo (§ 2º), sob vigilância.É admissível a frequência a cursos profissionalizantes (§ 2º), sem fiscalização direta, bem como visitas à família. REGIME ABERTO Conceito Considera-se regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado - art. 33, § 1º, c. Regras – Art. 36 A pena deve ser cumprida na Casa do Albergado, prédio situado em centros urbanos, sem obstáculos físicos para evitar a fuga. Tendo em vista sua inexistência, consolidou-se a utilização da chamada Prisão Albergue Domiciliar (PAD). Não há exame criminológico. É necessária a possibilidade imediata de trabalho. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA Crime apenado com reclusão Reincidente Não Reincidente Pena superior a 8 anos Fechado Fechado Pena igual ou inferior a 8 anos e superior a 4 Fechado Semiaberto2 Pena não superior a 4 anos Fechado (ou Semiaberto1) Aberto2 1) Súmula 269 do STJ: É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favorável as circunstâncias judiciais. 2) Se as condições judiciais forem favoráveis. Caso não sejam, o juiz poderá impor regime mais gravoso (André Stefam – Direito Penal, Parte Geral, Saraiva). STF: É possível a fixação de regime prisional mais severo, mesmo tratando-se de réu primário e sujeito à pena não superior a quatro anos de prisão, desde que a sentença contenha adequada motivação (RT 721/550). 6 Crime apenado com detenção Reincidente Não Reincidente Pena superior a 8 anos Semiaberto Semiaberto Pena igual ou inferior a 8 anos e superior a 4 Semiaberto Semiaberto Pena não superior a 4 anos Semiaberto Aberto* Se as condições judiciais forem favoráveis. Caso não sejam, o juiz poderá impor regime mais gravoso (André Estefam, Direito Penal, Parte Geral, Saraiva). STF: A definição do regime aberto faz-se no campo da apreciação das circunstâncias reveladas no processo. O fato de a pena privativa de liberdade ser inferior a quatro anos não implica, necessariamente, a adoção de tal regime (RT 667/378-9). LIMITAÇÃO LEGAL AO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA De acordo com a Lei, réus condenados pela prática de crime hediondo (Lei 8.072/1990 - ex. latrocínio), tráfico de drogas (Lei 11.343/2006), tortura (Lei 9.455/1997, salvo por omissão) ou previstos na lei do crime organizado (9.034/1995), iniciam o cumprimento da pena no regime fechado. STJ: “A obrigatoriedade do regime inicial fechado prevista na Lei de Crimes Hediondos foi superada pela Suprema Corte, de modo que a mera natureza do crime não configura fundamentação idônea a justificar a fixação do regime mais gravoso (RHC 39127/MT, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, 6ª T., DJe 29/5/2014). DIREITO PENAL. Parte Geral II – 4ª aula PROGRESSÃO Conceito É a transferência do condenado de um regime mais gravoso para outro imediatamente menos gravoso, mediante a satisfação de requisitos objetivos e subjetivos. Não se admite a progressão por salto. Base legal Art. 33, § 2º do CP: As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso. 7 Art. 112 da LEP. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. Art. 2°, §2o, da Lei 8072/90: A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. Requisito objetivo a) cumprimento de 1/6 da pena inicialmente fixada. Ex. réu condenado à pena de 6 anos de reclusão a ser cumprida inicialmente no regime fechado. Deverá cumprir 1 ano (= 1/6 de 6) no regime fechado para pleitear a progressão para o semiaberto. Na segunda progressão (do semiaberto para o aberto) deverá cumprir 1/6 da pena restante, ou seja, 1/6 de 5 anos (10 meses). b) cumprimento de 2/5 (se primário) ou 3/5 (se reincidente) nos crimes classificados como hediondos – lei 8072/90. Ex. réu condenado à pena de 20 anos de reclusão pela prática do crime homicídio qualificado. Se primário, poderá pleitear a progressão de regime após cumprir 8 anos no regime fechado (2/5 de 20 = 8 anos). Requisito subjetivo Mérito do condenado, verificado mediante seu bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento (Rogério Greco). A LEP não mais exige a realização de exame criminológico. Se for deferida a progressão do regime fechado para o semiaberto e não houver vagas: Para uma corrente, o sentenciado irá diretamente para o aberto, onde aguardará vaga para o semiaberto. Súmula Vinculante 56/STF: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. Condenação pela prática de crime contra a Administração Pública – ex. art. 312 do CP – peculato Art. 33, § 4° do CP: O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 8 REGRESSÃO Conceito É a transferência do condenado de um regime menos gravoso para outro mais gravoso. Pode ser feita por salto. Ex. Reeducando é transferido do regime aberto para o fechado. O condenado deve ser ouvido. Hipóteses Art. 118 da LEP. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I - praticar fato definido como crime doloso (ex. roubo) ou falta grave (ex. fuga); II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111). § 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução (ex. abandonar o emprego) ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta (para alguns esta parte estaria revogada). Das Faltas Disciplinares – LEP Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções. Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada. Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II - fugir; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.(Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007) Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório. REMIÇÃO Conceito Dá-se o nome de remiçãoo resgate da pena cumprida no regime fechado ou semiaberto, pelo trabalho lícito ou pelo estudo. É 9 permitida a remição pelo estudo no regime aberto, bem como ao condenado que usufrui de liberdade (livramento) condicional. Da Remição Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011). § 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de: (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 (três) dias; (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) § 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais competentes dos cursos frequentados. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) § 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma a se compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) § 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) § 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) § 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) § 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar.(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) § 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.(Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de todos os condenados que estejam trabalhando ou estudando, com informação dos dias de trabalho ou das horas 1 0 de frequência escolar ou de atividades de ensino de cada um deles. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) § 1o O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente, por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, a frequência e o aproveitamento escolar. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) § 2o Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias remidos. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição. Os condenados pela prática de crime hediondo (ex. latrocínio) fazem jus à remição – não há vedação legal. DETRAÇÃO Base legal Art. 42 do CP- Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo anterior. Conceito É o abatimento, na pena ou na medida de segurança a ser executada, do tempo de prisão provisória (temporária ou preventiva) ou de internação já cumprido pelo condenado (Delmanto). Ex. agente tem a prisão preventiva decretada e permanece no cárcere por 2 meses. Se for condenado a 4 anos e 2 meses de reclusão terá que cumprir apenas 4 anos. Parte da doutrina admite a detração entre processos diferentes, desde que a pena sobre a qual incidirá a detração decorra de crime cometido anteriormente (Delmanto). Ex.: Processo ‘x’ Processo ‘y’ Fato: furto Fato: roubo Data: 10 de janeiro de 2000 Data: 21 de março de 2000 Prisão Provisória: não houve Prisão provisória: 6 meses Sentença: pena de 1 ano e 6 meses Sentença: absolutória Cumprirá: 1 ano STJ - Sexta Turma. DETRAÇÃO. CÔMPUTO. PERÍODO ANTERIOR. A Turma reiterou o entendimento de que se admite a detração por prisão ocorrida em outro processo, desde que o crime pelo qual o sentenciado cumpre pena tenha sido praticado anteriormente à prisão cautelar proferida no 1 1 processo do qual não resultou condenação. Contudo, nega-se a detração do tempo de recolhimento quando o crime é praticado posteriormente à prisão provisória, para que o criminoso não se encoraje a praticar novos delitos, como se tivesse a seu favor um crédito de pena cumprida. Precedentes citados: RHC 61.195-SP, DJ 23/9/1983; do STJ: REsp 878.574-RS, DJ 29/6/2007; REsp 711.054-RS, DJ 14/5/2007, e REsp 687.428-RS, DJ 5/3/2007. HC 155.049-RS, Rel. Min. Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ-SP), julgado em 1º/3/2011. Lei dos Crimes Hediondos 8072/1990 – texto parcial O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: (Redação dada pela Lei nº 8.930, de 1994) (Vide Lei nº 7.210, de 1984) I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei nº 13.142, de 2015) I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). (Inciso incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) VII-A – (VETADO) (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e §1 2 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). (Inciso incluído pela Lei nº 9.695, de 1998) VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei nº 12.978, de 2014) Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado. (Parágrafo incluído pela Lei nº 8.930, de 1994) Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de: (Vide Súmula Vinculante) I - anistia, graça e indulto; II - fiança. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007) Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade pública.* DIREITO PENAL. Parte Geral II - 5ª aula DA APLICAÇÃO DA PENA – artigos 59/68. Conceito É a fixação da pena concreta, na sentença, ao condenado, com a observância dos requisitos legais. Pressuposto A culpabilidade do agente (prática de um fato típico, ilícito e culpável). Cálculo da pena – art. 68 A pena será fixada em 3 fases (sistema trifásico de Nelson Hungria). A não observação leva à nulidade da sentença (STJ, 1 3 RJDTACRIM 26/289), salvo se, à vista dos montantes calculados, as bases foram as mínimas (TACRSP, RT 659/289). 1ª fase: circunstâncias judiciais (art. 59 – pena base). 2ª fase: circunstâncias atenuantes e agravantes (arts. 65, 66, 61 e 62) 3ª fase: causas de diminuição e aumento de pena. 1ª fase – circunstâncias judiciais São circunstâncias que envolvem o crime, extraídas da livre apreciação do juiz (Nucci) e por ele valoradas (Monteiro de Barros). Nesta fase a pena não pode ser fixada abaixo do mínimo legal nem acima do máximo (Monteiro de Barros). Não há critério legal para sua valoração, que fica a critério do juiz – ex. 1/6. A pena se tornará definitiva caso não existam circunstâncias legais ou causas de diminuição ou aumento aplicáveis ao caso. Culpabilidade: reprovação social que o crime e o autor do fato merecem. Para uns, dolo e culpa são analisados nesse momento. Para outros, não, devendo o magistrado avaliar apenas os elementos da culpabilidade. Antecedentes: passado criminal do agente. Para corrente dominante apenas as condenações com trânsito em julgado que não são aptas a gerar a reincidência (STJ, HC 122.414-MS, Nucci). Conduta social: é o papel do réu na comunidade. Ex. um péssimo pai condenado pelo crime de lesões corporais praticado contra o filho merece uma pena superior à mínima. Personalidade do agente: é seu perfil psicológico. Ex. bondade, agressividade. Motivos do crime: fatores causais que conduziram o agente a delinquir. Ex. matar por ciúme (JTACRIM, 31/198). Circunstâncias do crime: aspectos relevantes que se fazem presentes ao redor do fato e que influíram na sua prática. Ex. praticar o crime em local ermo para não ser descoberto. Consequências do crime: é o mal causado pelo crime, que transcende o resultado típico (Nucci). Ex. matar um pai de família que sustentava 4 filhos. Comportamento da vítima: é o modo de agir da vítima que pode levar ao crime (Nucci). Ex. o exibicionista atrai crimes contra o patrimônio; o agressivo o homicídio, etc. 2ª Fase - circunstâncias agravantes – arts. 61 e 62 São dados ou fatos que se acham ao redor do crime, mas cuja existência não interfere na configuração do tipo, embora agravem a pena (Delmanto). O quanto do aumento fica a critério do Juiz (em regra, + 1/6). Incide sobre a pena base, mas não pode elevá-la acima do máximo legal (Monteiro de Barros). Salvo a reincidência, aplicam-se apenas aos crimes dolosos. 1 4 61, I - Reincidência: é a prática de novo crime pelo agente, depois de transitar em julgado sentença que o tenha condenado por crime anterior (art. 63). Súmula 241 do STJ: A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. Se o réu for duplamente reincidente, já entendeu o extinto TACRIM que a primeira reincidência funciona como circunstância agravante e a segunda como circunstância judicial – Acrim 455.109. 61, II, a - Crime cometido por motivo fútil: insignificante. Ex. bater na pessoa que não lhe deu uma bala. 61, II, a - Crime cometido por motivo torpe: repugnante. Ex. bater na noiva porque esta não quis se prostituir. 61, II, b - Conexão delitiva: execução (matar o segurança para sequestrar a vítima), ocultação (incendiar uma casa para encobrir um furto), vantagem (‘A’ e ‘B’ praticam um roubo. Na hora da partilha o primeiro mata o segundo) ou impunidade (matar a testemunha de um crime). 61, II, c - Modos de execução: a traição (deslealdade. Ex. atacar pelas costas); emboscada (tocaia: esperar a vítima atrás de uma moita); dissimulação (disfarce: fantasiar-se de funcionário da Sabesp para entrar numa casa); ou outro recurso que dificulte ou torne impossível à defesa do ofendido (ex. matar a vítima enquanto dorme). 61, II, d - Meios de execução: veneno (substância apta a causar perigo à vida ou à saúde); fogo (‘combustão’), explosivo (‘dinamite’), tortura (sadismo) outro meio insidioso (que tem eficácia lesiva dissimulada. Ex. armadilha) ou cruel (que revela brutalidade: asfixia) ou de que podia resultar perigo comum (a diversas pessoas: incêndio); 61, II, e - Contra Cônjuge, ascendente, descendente, irmão. Deve haver prova do parentesco natural ou proveniente da adoção. 61, II, f - Com abuso de autoridade: dependência da vítima perante o agente, decorrente de relações privadas. Ex. Tutela, curatela. 61, II, f - Prevalecendo-se das relações domésticas: são as existentes entre as pessoas que participam da vida da mesma família – familiares, criados (Monteiro de Barros). 61, II, f - Das relações de coabitação: convivência sobre o mesmo teto. Ex. moradores de uma pensão (Nucci). 61, II, f - Das relações de hospitalidade: recepção eventual (MB). Ex. amiga da filha que pernoita na casa e furta um relógio. 61, II, f – com violência contra a mulher na forma da lei específica; 61, II, g - Com abuso de poder ou com violação a dever inerente a cargo ou ofício, ministério (atividade religiosa) ou profissão (ocupação predominantemente intelectual); 61, II, h - Contra criança; maior de 60 anos (fragilidade da vítima), enfermo (pessoa com debilidade física ou mental) e mulher grávida (o agente tem que ter ciência da gravidez). 1 5 61, II, i - Quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade (Estado). Ex. invadir uma delegacia paralinchar pessoa legalmente presa. 61, II, j - Em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação, ou qualquer calamidade pública (tragédia envolvendo várias pessoas. Ex. grande nevasca), ou de desgraça particular do ofendido (ex. furto na casa daquele que perdeu toda a família num acidente e encontra-se no IML reconhecendo os corpos). 61, II, l - Em estado de embriaguez preordenada: provocada pelo álcool ou qualquer outra substância de efeitos análogos. Ex. beber para matar. 62, I - Promover ou organizar a cooperação no crime ou dirigir a atividade dos demais: chefe. 62, II - Coagir (violência física ou moral) ou induzir (criar a ideia) outrem à execução material do crime; 62, III - Instigar (reforçar a ideia) ou determinar (ordenar) a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade (qualquer tipo de relação de subordinação. Ex. religioso ordena a fiel que mate alguém) ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal (ex. instigar um doente mental a matar alguém). 62, IV - Executar o crime ou nele participar mediante paga (pagamento antecipado) ou promessa de recompensa (pagamento futuro, que não precisa ser recebido). 2ª Fase – circunstâncias atenuantes – arts. 65 e 66 São dados ou fatos que estão ao redor do crime e atenuam a sua pena, embora não interfiram no tipo (Delmanto). O quanto da diminuição fica a critério do Juiz (em regra, + 1/6). Incide sobre a pena base, mas não pode reduzi-la abaixo do mínimo legal (posição majoritária). 65 - I - Ser o agente menor de 21 anos na data do fato. Prevalece sobre todas as demais circunstâncias. Prova-se por documento hábil. 65 – I - Ser o agente maior de 70 anos na data da sentença. 65 – II - O desconhecimento da lei: não isenta o agente da pena, mas pode atenuá-la. Não se confunde com o erro de proibição, que é a falta de consciência da ilicitude da conduta, que pode excluir a culpabilidade (o agente sabe o que faz, mas pensa que é permitido). 65 – III, a - Motivo de relevante valor social (coletivo. Ex. invadir o domicílio do traidor da pátria para queimar material subversivo) ou moral (individual. Ex. invadir o domicílio do namorado da filha para queimar fotos eróticas de ambos). 65, III, b - Procurar o agente, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências (ex. buscar sustentar a família da vítima) ou ter, antes do julgamento, reparado o dano. 1 6 65, III, c, - Cometer o crime sob coação a que podia resistir: “coação resistível”. Coação física irresistível exclui a conduta. Coação moral irresistível exclui a culpabilidade. 65, III, c - Cometer o crime em cumprimento de ordem de autoridade superior: relações de direito público. Se a ordem não for manifestamente ilegal, pode excluir a culpabilidade. 65, III, c - Cometer o crime sob a influência de violenta emoção provocada por ato injusto da vítima: que cause perturbação do equilibro psíquico do agente. Ex. revidar insulto golpeando o ofensor – JTACrSP 19/111. 65, III, d - Confessar espontaneamente a autoria de crime perante a autoridade (policial ou judicial). Segundo Monteiro de Barros, o fundamento da atenuante é a lealdade processual e não o arrependimento do réu. Há divergências. 65, III, e - Cometer o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. Ex. saque ocorrido durante uma passeata. 66 - Atenuante inominada. Qualquer circunstância relevante, anterior ou posterior, embora não prevista expressamente em lei, pode levar o juiz a atenuar a pena. Ex. ‘A’, após praticar crime de furto, salva a vida de uma criança envolvida em acidente. 3ª Fase – causas de diminuição e aumento de pena São causas que diminuem ou aumentam a pena em proporções fixas (ex. Tentativa - art. 14, II: -1/3 a 2/3; Roubo agravado – art. 157, § 2º: + 1/3 até a ½), podendo agora ficar abaixo do mínimo ou acima do máximo legal. Concurso entre causas de aumento de pena da Parte Geral e da Parte Especial Incidem ambos os aumentos. Assim, no exemplo de Capez, no furto noturno praticado em continuação: + 1/3 (pela prática do furto noturno – art. 155, § 1º), e + 1/6 até a ½ (em razão da continuidade – art. 71). Concurso entre causas de diminuição de pena da Parte Geral e da Parte Especial Incidem ambas as reduções. Assim, também no exemplo de Capez, no furto privilegiado tentado: – 1 a 2/3 (pela prática do furto privilegiado – art. 155, § 2º), e após, - 1 a 2/3 (em razão da tentativa – art. 14, II). Concurso entre causas de aumento ou diminuição de pena previstas na parte especial – art. 68, parágrafo único O juiz se limitará a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo a causa que mais aumente ou diminua. Ex. Crime de incêndio doloso em casa habitada (art. 250, § 1º: +1/3) com resultado morte (art. 258: a pena é duplicada): a) Delmanto entende que se existentes mais de uma causa de aumento para o mesmo delito, apenas uma incidirá como causa de aumento. A 1 7 outra servirá como agravante, se cabível; b) Nucci entende que o juiz pode aplicar a mais ampla delas ou todas. Tratando-se de causa de aumento da pena em quantidade variável (ex. art. 157, § 2º - roubo agravado: de 1/3 até a metade - o extinto TACRIMSP (RJTACRIM 59/114) estabeleceu percentual de aumento conforme o número de causas presentes: uma: + 1/3; duas: + 3/8; três: 5/12; quatro: 7/16; cinco: + ½.. Assim, um roubo (art. 157) cometido com o emprego de arma (§ 2º, I), por duas pessoas (§ 2º, II), teria a pena aumentada em 3/8. Qualificadoras Estabelecem novos limites mínimos e máximos da pena. Ex. art. 121, § 2º do CP: pena reclusão de 12 a 30 anos. Não se confundem com as agravantes. Na incidência de mais de uma qualificadora (ex. homicídio doloso praticado por motivo torpe - art. 121, § 2º, I - e mediante veneno - art. 121, § 2º, III) já se entendeu que a primeira qualifica o delito, e a outra assume a função de circunstância judicial ou agravante, conforme a corrente adotada.
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