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Improbidade Administrativa

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INTRODUÇÃO 
No Brasil a corrupção vem sendo percebida cada vez mais nitidamente, operações com “Lava Jato”, “escândalos da JBS” tem repercutido tanto nacionalmente como internacionalmente. O país vem vivendo uma crise causada por esses extensos e reincidentes atos de improbidade administrativa que sujam a imagem do país e esgotam nossos recursos. 
Não só o Brasil, mas em países altamente desenvolvidos ainda são presentes os atos de corrupção. Os Estados Americanos preocupados com essa patologia criaram em 1996 a Convenção Interamericana Contra a Corrupção, em sua sigla “CICC”, a qual o Brasil é assinante. 
Inúmeras medidas foram tomadas para amenizar a corrupção, vários atos legais passaram a punir condutas que atingissem o patrimônio público, condutas essas defendida nas esferas jurídicas penais, civis e administrativas. Na necessidade de mais mecanismos anticorrupção foi inserida a lei de Improbidade Administrativa visando proteger o patrimônio público e os princípios constitucionais responsáveis pela Administração Pública.
1. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
O conceito de improbidade administrativa de forma breve é o mesmo que corrupção administrativa, sendo a falta de probidade ou melhor dizendo honestidade nos atos de administração, porém os ato de improbidade vão além do ramo administrativo, podendo ser qualquer conduta ilegal praticada no exercício da função ou fora dela, conhecida como lei do “colarinho branco”. Essa lei 8.429/92 defende o direito: 
Art. 1°: Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
A mesma lei 9.429/92 penaliza outros atos de improbidade, como os de enriquecimento ilícito(art.9º), danos ao erário(art.10º), violação ao princípio da administração (art.11).
2. MEDIDAS ANTICORRUPÇÃO
Em 29 de março de 2016 foi apresentado pelo Ministério Público uma nova proposta para ajudar a solucionar os problemas de corrupção, essa proposta trouxe dez medidas contra a corrupção, o projeto foi incentivado principalmente pelo caso da Lava Jato envolvendo em corrupção a Petrobrás e diversos membros dos poderes executivo, judiciário e legislativo, deixando o governo brasileiro sobre maus lençóis.
Ouve uma iniciativa popular e o MPF recolheu cerca de 2 milhões de assinaturas a favor do projeto, porém dentre diversas discussões o subdefensor público geral, Rodrigo Pacheco, se pronunciou alegando que o projeto não pode ir de contra os parâmetros constitucionais o que segundo ele está acontecendo. Rodrigo Pacheco em uma de suas entrevista defende seu pensamento ao dizer: “...os instrumentos utilizados devem estar em consonância com a Constituição.”
Em síntese o pacote prevê penas mais graves para crimes de corrupção, considerando os mesmos como crime hediondo. Enriquecimento ilícito passará a ser caracterizado como crime, além de agilizar as ações de Improbidade Administrativa. No projeto foi também mencionado a criminalização de caixa 2, porém a lei não poderá retroagir para aqueles que praticaram o ato antes da referida publicação.
3. ALGUMAS MEDIDAS ANTICORRUPÇÃO RUMO A PROBIDADE ADMINISTRATIVA
A) Prevenção a corrupção, transparência e proteção à fonte de informação: a medida procura incentivar a população a se conscientizar pois será fornecido programas para estabelecer uma cultura de intolerância a corrupção. O Judiciário e o Ministério Público ficam incumbidos de prestar contas da duração dos processos.
B) Criminalização do enriquecimento ilícito de agentes públicos: A medida propõe a tipificação de 3 a 8 anos crime de enriquecimento ilícito, porém possibilitando a substituição da pena em crimes menos graves, fazendo que a impunidade não motive a prática de corrupção.
C) Aumento das penas e crime hediondo para a corrupção de altos valores: com esse regulamento os casos de corrupção passam a ter penas mais severas e maior efetividade em seus processos, criando dificuldade para casos de prescrição e aumentando a probabilidade de aplicação da pena.
D) Prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro desviado: com esta proposta se cria a hipótese de prisão extraordinária para “permitir a identificação e a localização ou assegurar a devolução do produto e proveito do crime ou seu equivalente, ou para evitar que sejam utilizados para financiar a fuga ou a defesa do investigado ou acusado, quando as medidas cautelares reais forem ineficazes ou insuficientes ou enquanto estiverem sendo implementadas”, segundo o MP. Além disso, há a sugestão de mudanças para que o dinheiro ilegal seja rastreado mais rapidamente, facilitando tanto as investigações quanto o bloqueio de bens obtidos ilicitamente.
E) Recuperação do lucro derivado do crime: a décima e última medida apresenta duas inovações legislativas que fecham brechas na lei para evitar que o criminoso alcance vantagens indevidas. A primeira delas é a criação do confisco alargado, que permite que se recolha (por confisco) a diferença entre o patrimônio de origem comprovadamente lícita e o patrimônio total da pessoa condenada definitivamente pela prática de crimes graves, como aqueles contra a Administração Pública e tráfico de drogas.
A segunda proposta dessa medida é a ação civil de extinção de domínio, que possibilita confiscar bens de origem ilícita independentemente da responsabilização do autor dos fatos ilícitos, que pode não ser punido por não ser descoberto, por falecer ou em decorrência de prescrição.
4. Delação Premiada e Acordo de Leniência 
Para melhor resolução dos atos de improbidade, e para que tenha um processo mais ágil e efetivo dois institutos jurídicos tem sido usados com frequência, sendo inegável a semelhança de ambos, sendo esses Delação Premiada e Acordo de Leniência. Sempre no que se referir a matéria de Direito Penal, havendo a necessidade de uma colaboração dos investigados ou réus, trataremos de Delação Premiada. Porém, fora das regras penais, quando o crime incidir na competência da Defesa da Concorrência, possuindo assim um caráter administrativo, o mecanismo de elucidação e obtenção de provas mediante colaboração, será o Acordo de Leniência. Outro fator que se deve fazer distinção é que o Acordo de Leniência poderá ser causa de Extinção da Punibilidade, enquanto que a Delação será sempre causa da redução de pena, pois neste, cabe à autoridade do órgão julgador competente tal decisão. 
REFERÊNCIAS
CAMARGO, PatrÍcia Maria Seger de; OLIVEIRA, Celmar CorrÊa de (Ed.). LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA BRASILEIRA: MECANISMO PREVENTIVO À BOA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?. Revista Eletrônica do Curso de Direito, Rio Grande do Sul, p.42-44, 01 fev. 2017.
REDE DE ENSINO LUIZ FLÁVIO GOMES. O que se entende por improbidade administrativa? Jusbrasil, [s.l], p.1-2, 18 maio 2009. Disponível em: <https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1066009/o-que-se-entende-por-improbidade-administrativa>. Acesso em: 18 set 2017.
TAVOLIERI, Nathalia. Entenda as medidas do pacote anticorrupção. Carta Capital, [s.l], p.1-9, 24 nov. 2016. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/politica/entenda-as-medidas-do-pacote-anticorrupcao>. Acesso em: 18 set. 2017.
FACULDADE DE CIÊNCIAS E EMPREENDEDORISMO
CURSO: DIREITO
WILKI BRUNO MATOS ANDRADE
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E MEDIDAS ANTICORRUPÇÃO
SANTO ANTÔNIO DE JESUS – BA
2017

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