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MEDIASTINO • É o compartimento central da cavidade torácica que estende-se da abertura superior do tórax até o diafragma; • É coberto de cada lado pela parte mediastinal da pleura parietal e contém todas as vísceras e estruturas torácicas; • É uma região com alta mobilidade pois contém estruturas viscerais ocas (cheias de líquido/ar) unidas apenas por tecido conjuntivo frouxo. A frouxidão do tecido e a elasticidade dos pulmões e da pleura parietal permite a acomodação do movimento, bem como alteração de volume e pressão na cavidade torác ica. (EXEMPLO: RESPIRAÇÃO, CONTRAÇÃO DO CORAÇÃO…); ⚠ Com a idade o tecido torna-se mais fibroso é rígido, tornando as estruturas menos móveis. • MEDIASTINO SUPERIOR: estende-se da abertura superior do tórax até o ângulo do esterno e atravessa o plano transverso do tórax (junção das vértebras T4 e T5). É ocupado pelos grandes vasos, timo, traqueia, ducto torácico é uma parte do esôfago, nervo vago e nervo frênico; • MEDIASTINO INFERIOR: situado entre o plano transverso do tórax e o diafragma, é subdivido pelo pericárdio em anterior, médio e posterior. O mediastino anterior é um pequeno espaço com vasos linfáticos, g o r d u r a , l i n f o n o d o s e l i g a m e n t o s esternopericárdicos. O mediastino médio compreende o coração, pericárdio e raizes dos grandes vasos (aorta, VCS, pulmonar). O mediastino posterior compreende o esôfago, parte torácica da aorta, ducto torácico, veias ázigo e hemiázigo. PERICÁRDIO • É uma membrana fibrosserosa que cobre o coração e o início dos seus grandes vasos. • É um saco fechado formado por duas camadas: - camada externa resistente é o pericárdio fibroso, é continua com o centro tendíneo do diagrama. É fixado anteriormente à face posterior do esterno pelos ligamentos esternopericárdicos. A parede inferior (assoalho) do saco pericárdico fibroso apresenta-se bem fundida com centro tendíneo do diafragma e o local foi denominado: ligamento pericardiofrênico. O pericárdio fibroso protege o coração contra o superenchimento súbito, porque é inflexível. - camada interna é o pericárdio seroso e possui uma membrana serosa brilhante que denomina-se lâmina parietal do pericárdio seroso (refletida sobre o coração nos grandes vasos) e uma lâmina visceral do pericárdio seroso (forma o epicárdio). Entre as lâminas possui uma fina película de l íquido que permite ao coração se movimentar e bater sem atrito. • O seio transverso do pericárdio é uma passagem transversal dentro da cavidade pericárdica. ⚠ Os seios do pericárdio formam-se durante d e s e n v o l v i m e n t o d o c o r a ç ã o e m consequência do pregueamento do tubo cardíaco primitivo. Assim o seio travesso situa- se posteriormente as partes intrapericárdicas do tronco pulmonar e parte ascendente da aorta e anteriormente à VCS e superiormente aos átrios. A medida que as veias do coração se desenvolvem e se expandem, uma reflexão pericárdica ao seu redor forma o seio oblíquo do pericárdio (recesso semelhante a uma bolsa larga) • A irrigação arterial do pericárdio provém de um ramo fino da artéria torácica (artéria pericardicofrênica) que acompanha o nervo frênico até o diafragma. Drenado pelas veias pericardicofrênicas. Inervado também pelo nervo vago e troncos simpáticos. IMPORTÂNCIA CIRÚRGICA DO SEIO TRANSVERSO DO PERICÁRDIO Após a abertura anterior do saco pericárdico, pode-se introduzir um dedo através do seio transverso do pericárdio posteriormente à parte ascendente da aorta e ao tronco pulmonar. O cirurgião usa um clampe cirúrgico ou posiciona uma locadora ao redor desses grandes vasos, insere uma circulação extracorpórea e interrompe ou desvia a circulação de sangue nessas artérias durante a cirurgia cardíaca (cirurgia de revascularização do miocárdio). ALARGAMENTO DO MEDIASTINO São notados nas radiografias de tórax. Qualquer estrutura no mediastino pode contribuir para o alargamento patológico: • traumatismo consequentemente à colisão de veículos que causa hemorragia no mediastino pelo ruptura de grandes vasos - aorta ou a VCS; • linfoma maligno causa aumento dos linfonodos mediastinais; • hipertrofia do coração (ICC) em que o retorno venoso é maior que o débito cardíaco alarga o mediastino inferior. PERICARDITE, ATRITO E DERRAME PERICÁRDICO A pericardite (inflamação do pericárdio) causa dor torácica e pode deixar o pericárdio seroso áspero. As camadas lisas opostas do pericárdio seroso não costumam produzir sim detectável á ausculta mas em uma pericardite o atrito das superfícies ásperas pode soar como o farfalhar da seda durante a ausculta com o estetoscópio sobre a margem esquerda do esterno e as costelas superiores. A inflamação crônica e o espessamento do pericárdio pode levar a CALCIFICAÇÃO, comprometendo a eficiência cardíaca. Além disso, algumas inflamações causam o derrame pericárdico. Consequentemente o coração é comprimido. ⚠ Os derrames não inflamatórios são frequentes na ICC, na qual o retorno venoso é maior que o débito cardíaco provocando hipertensão cardíaca direita. TAMPONAMENTO CARDÍACO O pericárdio fibroso é resistente, inelástico e contém o coração + uma camada fina lubrificante de líquido pericárdico. Em derrame pericárdico, o volume reduzido do saco não permite a expansão total do coração e limita a quantidade de sangue que o órgão pode receber, diminuindo o débito cardíaco. O tamponamento cardíaco (compressão) pode ser fatal, porque o volume cardíaco é cada vez mais comprometido pelo líquido existente dentro da cavidade do pericárdio. • A presença de sangue (hemopericárdio) também é responsável pelo tamponamento. E pode ser causado por perfuração de uma área enfraquecida do músculo cardíaco em razão de um infarto do miocárdio prévio, hemorragia para a cavidade pericárdico após cirúrgicas cardíacas ou feridas perfuroincisas. Causa uma situação de alta pressão e a circulação torna-se prejudicada. Além do mais, há ingurgitamento das veias da face e do pescoço devido ao refluxo de sangue (VCS); • A presença de ar ou gás (pneumotórax) na cavidade pleural pode ultrapassar para o saco pericárdico É necessário realizar drenagem do líquido da cavidade, realizando uma PERICARDIOCENTESE. Para remover o excesso, é necessário que se introduza uma agulha de grande calibre através do 5º ou 6º espaço intercostal esquerdo (perto do esterno). Este acesso é possível pois há uma incisura cardíaca no pulmão esquerdo que deixa o saco pericárdio mais exposto (área nua). Também pode-se fazer através do ângulo infraesternal mediante a introdução superoposterior da agulha que evita o pulmão e a pleura, entretanto deve-se ter cuidado para não perfurar a artéria torácica interna nem seus ramos terminais. • tamponamento causado por hemopericárdio realiza-se toracotomia (tórax é aberto) a fim de estabelecer a estase da hemorragia. CORAÇÃO • O lado direito do coração recebe sangue pouco oxigenado (venoso) pelas VCS e VCI e o bombeia através do tronco e das artérias pulmonares para ser oxigenado nos pulmões; • O lado esquerdo do coração recebe sangue oxigenado (arterial) dos pulmões através das veias pulmonares e o bombeia para a aorta. • O coração tem 4 câmaras: átrios direito e esquerdo, ventrículos direito e esquerdo. • Os átrios são câmaras de recepção que bombeiam sangue para os ventrículos (câmeras de ejeção); • A s a ç õ e s d a s d u a s b o m b a s atrioventriculares constituem o ciclo cardíaco. Ele começou com um período de enchimento ventricular (diástole) e termina com um período de encurtamento e esvaziamento ventricular (sístole); • Os sons cardíacos (bulhas cardíacas)são produzidos pelo estalido de fechamento das valvas unidirecionais que impedem o refluxo de sangue nas contrações e auscultados como: • tum: quando o sangue é transferido dos átrios para os ventrículos • tá: quando os ventrículos ejetam o sangue do coração • A parede de cada câmera do coração tem 3 camadas: - ENDOCÁRDIO: fina camada interna que reveste o coração e suas valvas; - MIOCÁRDIO: camada espessa formada por músculo cardíaco; - EPICÁRDIO: fina camada externa formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso. • As paredes do coração são formados por miocárd io espesso (sobre tudo nos ventrículos); • As fibras musculares cardíacas estão fixadas ao esqueleto fibroso do coração (estrutura de colágeno que forma 4 anéis fibrosos que circundam os óstios das valvas), cujas funções são: - manter os óstios das valvas permeáveis e i m p e d i r q u e s e j a m e x c e s s i v a m e n t e distendidas; - oferece fixação para as válvulas das valvas; - oferece fixação para o miocárdio; - forma um isolante elétrico, separando os impulsos conduzidos dos átrios para os ventrículos; • Sulco coronário: atrioventricular; • Sulco interventricular (direito/esquerdo): anterior e posterior; • Ápice do coração: permanece imóvel durante todo ciclo cardíaco, é o local de i n t e n s i d a d e m á x i m a d o s s o n s d e fechamento da valva mitral (esquerda) e onde os batimentos podem ser auscultados. • Base do coração: está posta ao ápice, é formada principalmente pelo átrio esquerdo • As faces do coração são: - face esternocostal (anterior): formada principalmente pelo ventrículo direito; - face diafragmática (inferior): formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; - f a c e p u l m o n a r d i r e i t a : f o r m a d a principalmente pelo átrio direito - face pulmonar esquerda: formanda principalmente pelo ventrículo esquerdo (forma a impressão cardíaca do pulmão esquerdo). • As margens do coração são: - margem direita: formada pelo átrio direito e estendendo-se entre as VCS e VCI; - margem inferior (quase horizontal): formada principalmente pelo ventrículo direito é pequena parte do ventrículo esquerdo; - margem esquerda (quase vertical): formada principalmente pelo ventrículo esquerdo é pequena parte da aurícula esquerda; - margem superior: formada pelos átrios e aurículas direita e esquerda em vista anterior; ⚠ a parte ascendente da aorta e o tronco pulmonar emergem dessa margem e a VCS entra no seu lado direito. Posteriormente (atrás) à aorta e ao tronco pulmonar e anteriormente ( à frente) à VCS essa margem forma o limite inferior do seio transverso. ÁTRIO DIREITO • Recebe sangue venoso da VCS, VCI e seio coronário; • Aurícula: bolsa muscular que se projeta do átrio como uma câmara adicional, aumenta a capacidade do átrio e se superpõe à parte ascendente da aorta; • Músculos pectíneos forma a parede muscular anterior (força pra contração); • Óstio AV é por onde o átrio direito transfere o sangue que recebeu para o ventrículo; ⚠ O óstio do seio coronário (tronco venoso que recebe a maioria das veias cardíacas) situa-se entre o óstio AV direito e o óstio da VCS. • Septo interatrial: separa os átrios e tem uma depressão oval denominada fossa oval que é um remanescente do forame oval no feto. VENTRÍCULO DIREITO • O seu interior possui elevações musculares i r regulares denominadas t rabéculas cárneas. • O ventrículo recebe sangue do átrio através do óstio AV (tricúspide); • A valva tricúspide protege o óstio AV direito; • As cordas tendíneas originam-se dos ápices dos músculos palitáreis e fixam-se à valva tricúspide; • Os músculos papilares começam a se contrair antes da contração do VD, tensionando as cordas tendíneas e aproximando as válvulas. Como as cordas estão fixadas a faces de 2 válvulas, elas evitam a separação delas e sua inversão quando é aplicada tensão as cordas tendíneas – impede o prolapso das válvulas da valva AV direita quando a pressão ventricular aumenta, • O septo interventricular (SIV) composto pela parte muscular e membranáceas, é uma divisão entre os ventrículos. Em vista da pressão arterial maior no VE, a parte muscular é mais espessa; • Valva do tronco pulmonar: semilunares • Crista supraventricular: direciona o fluxo de entrada para a cavidade ventricular e o fluxo de saída para o óstio do tronco pulmonar. ÁTRIO ESQUERDO • Aurícula: muscular menor, na parede possui músculos pectíneos e cavalga a raiz do tronco pulmonar; • Depressão semilunar no septo interatrial indica o assoalho da fossa oval; • Entram 4 veias pulmonares; • Parede mais espessa que do AD. VENTRÍCULO ESQUERDO • Ápice do coração; • A pressão arterial é maior (VE trabalha mais que o VD); • Parede mais espessa que do VD cobertas por trabéculas cárneas (mais finas e numerosas); • Saída, não muscular, o vestíbulo da aorta, levando ao óstio da aorta e á valva da aorta; ⚠ A parte ascendente da aorta começa no óstio da aorta. • Valva mitral tem 2 válvulas, cada uma recebe cordas tendíneas de mais de um músculo papilar. Esses músculos e suas cordas sustentam a valva AV esquerda permitindo a resistência a pressão gerada durante as contrações; • 3 válvulas semilunares compõem a valva do tronco pulmonar e da aorta. Essas não possuem cordas tendíneas para sustenta- las. As válvulas projetam-se para a artéria, mas são pressionadas em direção à sua parede quando o sangue deixa o ventrículo. As válvulas se fecham quando há inversão do fluxo sanguíneo. VASOS DA BASE • VCS: união das veias braquioencefalicas direita e esquerda, sendo essas formadas pelo veia jugular interna e veia subclávia. As veias braquioencefálicas conduzem o sangue da cabeça, pescoço e membros superiores para o átrio direito. • VCI: união da veia ilíaca interna e externa (direita e esquerda). Recolhe o sangue pouco oxigenado dos membros inferiores e sangue não portal do abdome e da pelve. Quase todo o sangue do TGI é recolhido pelo sistema porta e segue pelas veias hepáticas até a VCI. • VEIAS PULMONARES: são 4 e conduzem sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo. • ARTÉRIA PULMONAR: sai do ventrículo direito com sangue venoso, e vai para os pulmões, é composta por 3 válvulas semilunares. • AORTA: maior artéria do corpo, emerge do VE. Após o relaxamento do ventrículo (diástole), a retração elástica da parede da aorta força o sangue de volta para o coração. No entanto, as válvulas se fecham e o sangue presente nos seios da aorta preenche as artérias coronárias que são os primeiros ramos dela. VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO • Compreende as artérias coronárias e veias cardíacas que conduzem o sangue que entra e sai da maior parte do miocárdio. • ARTÉRIAS CORONÁRIAS : são os primeiros ramos da aorta e irrigam o miocárdio + epicárdio suprem átrios e ventrículos. - Artéria coronária direita: origina-se do seio da aorta direito da parte ascendente e para para o lado direito do tronco pulmonar, seguindo no sulco coronário. Próximo de sua origem, emite um ramo do nó sonoatrial que irriga o nó SA. Então desce no sulco coronário e emite o ramo marginal direito que irriga a margem direita e segue para o ápice do coração. Dá origem ao ramo interventricular posterior que desce no sulco IV posterior em direção ao ápice e irriga áreas adjacentes de ambos os ventrículos. Na cruz do coração (junção dos septos interatrial e interventricular) da origem ao ramo do nó atrioventricular que irriga o nó AV. - Artéria coronária esquerda: origina-se do se io da ao r ta esque rdo da pa r te ascendente,passa entre a aurícula esquerda e o lado esquerdo do tronco pulmonar e segue no sulco coronário. Divide-se em ramo interventricular anterior que em algumas pessoas da origem ao ramo lateral. E ramo circunflexo que vai até a face posterior do coração e da origem ao ramo marginal esquerdo. • Circulação colateral coronariana: os ramos das artérias coronárias geralmente são considerados artérias terminais funcionais (irrigam o miocárdio e não tem anastomoses com outros grandes ramos). Entretanto, há anastomoses entre as terminações das artérias coronárias direita e esquerda no su lco coronár io e en t re os ramos interventricular ao redor do ápice em 10% dos corações “normais”. DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO • O coração é drenado por veias que se abrem no seio coronário e em parte por pequenas veias que drenam para o átrio direito. • Seio coronário, a principal veia do coração segue da esquerda para direita no sulco coronário. Recebe a veia cardíaca magna em sua extremidade esquerda e a veia IV posterior + veia cardíaca parva em sua extremidade direita. ⚠ A veia posterior do VE e a veia marginal esquerda também se abrem no saio coronário. - Veia cardíaca magna: é a principal do seio coronário. Sua primeira parte é a veia IV anterior (começa perto do ápice do coração). No sulco coronário vira-se para esquerda e sua segunda parte segue com o ramo circunflexo da artéria coronária esquerda. Ela drena as áreas do coração supridas pela artéria coronária esquerda. - Veia IV posterior (acompanha o ramo IV p o s t e r i o r ) + Ve i a c a r d í a c a p a r v a (acompanha o ramo marginal direito da artéria coronária direita). Essas duas veias drenam as áreas supridas pela artéria coronária direita. ⚠ Algumas veias cardíacas não drenam via seio coronário. COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO • Transmite os impulsos que produzem as contrações coordenadas do ciclo cardíaco. Os impulsos são propagados pelas células musculares estriadas cardíacas, de modo que a contração seja simultânea. • Nó sinoatrial: é uma reunião de tecido nodal, fibras musculares cardíacas especializadas e tecido conectivo fibroelástico. É o marca passo do coração. O nó SA inicia e controla os impulsos para as contrações cardíacas, que é rapidamente conduzido para as fibras musculares cardíacas no átrios. • Nó atrioventricular: o sinal gerado pelo nó SA chega ao AV (propagação pelo u auxílio cardíaco. O nó AV, por sua vez, distribui o sinal para os ventrículos através dos fascículos AV e seus ramos direito e esquerdo que seguem de cada lado do s e p t o I V e s u p r e m o s r a m o s subendocárdicos (fibras de purkinje) para os múscu los pap i l a res e pa rede dos ventrículos. INERVAÇÃO DO CORAÇÃO • O coração é suprido por fibras nervosas autônomas do plexo cardíaco que costuma ser dividido em parte superficial e profunda. O plexo cardíaco é formado por fibras simpáticas e parassimpáticas. • A inervação simpática origem das fibras pré- ganglionares, esta aumenta a frequência cardíaca, condução de impulso, força de contração e o fluxo sanguíneo pelos vasos coronários • A inervação parassimpática provém das fibras pré-ganglionares do nervo vago e são responsáveis por diminuir a atividade do coração. CATETERISMO CARDÍACO Um cateter é inserido em uma veia periférica (ex. veia femoral) é empurrado sob controle até o AD, VD, tronco pulmonar e as artérias pulmonares. Essa técnica permite registrar as pressões intracardíacas e coletar amostras de sangue. A in jeção de um contraste permite acompanhar seu trajeto através do coração e dos grandes vasos por meio de radiografias seriadas. (US do coração também permite observar o fluxo do corante) A técnica é útil na avaliação de anomalias cardíacas congênitas. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Em algumas doenças cardíacas já formação de trombos (coágulos) nas paredes do AE. Quando esses trombos se soltam, passam para a circulação sistêmica e ocluem artérias periféricas. A oclusão de uma artéria que irriga o encéfalo provoca o AVC, o que pode afetar a visão, cognição ou a função motora coordenada pela área que foi lesada (isquêmica). REANIMAÇÃO CARDÍACA Na maioria dos casos de parada cardíaca, realiza-se a reanimação cardiopulmonar para restabelecer o débito cardíaco e a ventilação pulmonar. Por meio da compressão firme do tórax sobre a parte inferior do corpo do esterno. O aumento da pressão intratorácica força a saída de sangue do coração para as grandes artérias. Quando a pressão externa é liberada a PIT cai e o coração se enche de sangue. ANGINA PECTORIS É a dor constritiva transitória, de intensidade moderada, como um aperto no tórax originada no coração. A dor é causada pela isquemia do miocárdio (insuficiente para provocar necrose celular = infarto). Na maioria das vezes, resulta do estreitamento das artérias coronárias, a redução do fluxo gera redução da oferta de O2 para as células musculares cardíacas. Em razão do metabolismo anaeróbico, há acúmulo de ácido lático e o pH é reduzido. O exercício vigoroso, exposição súbita ao frio e o estresse exigem aumento da atividade do coração mas os vasos ocluídos não permitem isso. A dor é aliviada por um pedido de repouso. Pode-se administrar – nitroglocerina sublingual – porque dilata as artérias coronárias. Isso aumenta o fluxo sanguíneo e ao mesmo tempo diminui a carga de trabalho e a necessidade de oxigênio do coração (o coração passa a bombear contra menor resistência). Além disso, os vasos dilatados acomodam um volume sanguíneo maior, reduzindo o volume de sangue que chega ao coração e a congestão cardíaca. Assim, há alívio da angina. ⚠ Angina é uma advertência de comprometimento das artérias coronárias e que é necessária uma mudança no estilo de vida. VALVOPATIA CARDÍACA Os distúrbios das valvas cardíacas comprometem a eficiência de bombeamento do coração. Uma valvopatia causa estenose (incapacidade de abertura) ou insuficiência/regurgitação (incapacidade de fechamento) que geralmente é causado pela formação de um nódulo, fibrose ou retração das válvulas. Ambas permitem um refluxo de de sangue. Aumentando o trabalho cardíaco. E causa turbulência. A turbulência gera redemoinhos que produzem vibrações audíveis como sopros. Uma disfunção valvar varia de leve é insignificante a grave é fatal. Fagotes como grau, duração e etiologia interferem em alterações secundárias no coração, vasos sanguíneos e outros órgãos. As valvopatias podem ser congênitas oi adquiridas. A insuficiência pode resultar de doença na valva ou de suas estruturas de sustentação; pode ser aguda ou crônica. A estenose e quase sempre decorrente de uma anormalidade valvar, quase sempre um processo crônico. Para correção, é feito um procedimento cirúrgico: valvoplastia. Usam-se próteses valvares artificiais ou são usados xenoenxertos (transplante de valvas de outras espécies). INSUFICIÊNCIA MITRAL É a dificuldade de fechamento da valva mitral, com protrusão para o átrio esquerdo durante a sístole. Consequentemente, a contração do VE causa regurgitação do sangue para o AE e produz sopro caracterização. É um distúrbio comum, na maioria das vezes acomete mulheres jovens. Em geral é um achado incidental ao exame físico. Em uma pequena parcela de pessoas afetadas há dor torácica e fadiga. INSUFICIÊNCIA AÓRTICA É a dificuldade de fechamento da valva aorta. Uma vez que ela não se fecha por completo o sangue do VE sofre refluxo, e não passa totalmente para a artéria aorta (circulação sistêmica), produzindo um sopro cardíaco e um pulso colapsante (impulso forte que diminui rapidamente). ESTENOSE PULMONAR As válvulas semilunaresse fundem e formam uma cúpula com uma abertura estreita. Provocando então, restrição do fluxo sanguíneo do VD pela artéria pulmonar. Logo, menos sangue chegará aos pulmões para ser oxigenado. ⚠ O grau de hipertrofia do VD é variável. ESTENOSE AÓRTICA É a anormalidade valvar mais frequente. A grande maioria de estenose aórtica é causada por calcificação degenerativa. Tal anormalidade impõe maior trabalho ao co ração , v i s to que menos sangue conseguirá passar para a artéria aorta, exigindo que o VE trabalhe com mais força e consequentemente resultando na hipertrofia ventricular esquerda. INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO É causado pela oclusão súbita de uma grande artéria, a região do miocárdio irrigada pelo vaso colhido que sofre o infarto ( f i c a s e m f l u x o s a n g u í n e o ) e consequentemente uma necrose (morte patológica do tecido). Os três locais mais comuns de oclusão da artéria coronária são: • RAMO IV ANTERIOR DA ACE • ACD • RAMO CIRCUNFLEXO DA ACE A necrose de uma área do miocárdio é o IAM, a causa mais comum é a insuficiência coronariana causada por aterosclerose. ATEROSCLEROSE CORONARIANA Processo caracterizado por depósito lipídios na túnica íntima (camada interna) das artérias coronárias. Provoca lenta estenose (obstrução) dos lumens das artérias. A medida que ela avança, os canais colapsais que unem uma artéria a outra se expandem (inicialmente permite perfusão adequada do coração). Apesar desse mecanismo compensatório, o miocárdio pode não receber oxigênio suficiente quando o coração se encontrar em “atividade”. A insuficiência do suprimento sanguíneo pode resultar em IAM. DOENÇA CORONARIANA LENTAMENTE PROGRESSIVA Na oclusão lenta de uma artéria coronária, a circulação colateral tem tempo de aumentar e, portanto, pode haver perfusão adequada para o miocárdio. Consequentemente, pode não haver IAM. Após o súbito bloqueio de um ramo coronário, é provável que o infarto seja inevitável, mas a extensão da área pesada depende do grau do desenvolvimento dos canais colaterais. Caso haja obstrução parcial de grandes ramos das duas artérias coronárias, uma circulação colateral (extracardíaca) pode ser usada para suprir o coração. Esses vasos colaterais unem as artérias coronárias ao vasa vasorum (pequenas artérias – vaso dos vasos) na túnica adventícia da aorta e das artérias pulmonares e aos ramos das artérias torácica interna, bronquial e frênica. ⚠ Anastomoses não podem propiciar vias colaterais com velocidade suficiente para evitar os efeitos da oclusão súbita da artéria coronária. Essas anastomoses são mais úteis em indivíduos fisicamente ativos. ANGIOPLASTIA CORONARIANA • Transluminal percutânea. Introduz na artéria coronária obstruída um cateter com um pequeno balão inflável na sua extremidade. Na obstrução, o balão é insuflado, achatando a placa aterosclerótica contra a parede do vaso. O vaso é distendido para aumentar o tamanho do lúmen, melhorando o fluxo sanguíneo. Em outras casos, injeta-se – tromboqionase – pelo cateter, essa enzima dissolve o coágulo. Também foram empregados instrumentos intraluminais com lâminas giratórias e lasers. Após a dilatação do vaso, pode-se introduzir o STENT (endoprótese intravascular) para manter a dilatação. CIRCULAÇÃO COLATERAL PELAS VEIAS CARDÍACAS MÍNIMAS A inversão do fluxo nas veias anteriores do VD e nas veias cardíacas mínimas pode levar o sangue das câmeras cardíacas (sangue luminal) para os capilares do m i o c á r d i o e m a l g u m a s r e g i õ e s , proporcionando alguma circulação colateral. Entretanto, exceto se esses vasos tiverem se dilatado em resposta à cardiopatia i squêmico p reex i s ten te , sob re tudo associada ao condicionando físico, é improvável que sejam capaz de fornecer sangue suficiente para o coração durante um evento agudo e evitar o IAM. OCLUSÃO CORONARIANA E COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO A lesão do complexo estimulante do coração (decorrente da isquemia associada à doença coronariana) causa distúrbios da contração do músculo cardíaco. Como o ramo IV anterior da origem aos ramos septais que irrigam o feixe AV e os ramos da artéria coronária direita irrigam os nós SA e AV, partes do complexo estimulante do coração tendem a ser afetadas por sua oclusão, e pode haver bloqueio atrioventricular. Nesse caso, os ventrículos começam a se contrair independentemente (em sua própria frequência); os átrios continua a se contrair na frequência normal (se o nó SA tiver sido poupado – mas os impulsos não passam mais para o ventrículo). A lesão de um dos ramos resulta em bloqueio de ramo, no qual a excitação segue ao longo do ramo não afetado e causa uma sístole em tempo normal apenas desse ventrículo. O impulso então se propaga para o outro ventrículo por condução miogênica, produzindo uma contração assincrônica tardia. Nesses casos implanta-se MARCA PASSO para aumentar a frequência ventricular. ⚠ Durante a cirurgia, o fascículo atrioventricular deve ser preservado, visto que é a única ligação fisiológica entre os músculos atrial e ventricular. Caso seja seccionado também causa BAV. MARCA-PASSO CARDÍACO Consiste em um gerador de pulso ou bater ia, um f io é um elet rodo. Os marcapassos produzem impulsos elétricos que iniciam contrações ventriculares em uma frequência predeterminada. Um eletrodo com um cateter é introduzido em uma veia e seu avanço por via venosa é acompanhado com um fluoroscópio por meio de radiografias. A terminação do eletrodo é introduzida na VCS até o AD e através da valva AV direita (tricúspide) até o VD. Então o eletrodo é fixado às trabéculas cárneas e fica em contato com endocárdio.
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