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Anatomia do Coração (Moore)

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MEDIASTINO 
• É o compartimento central da cavidade 
torácica que estende-se da abertura superior 
do tórax até o diafragma; 
• É coberto de cada lado pela parte 
mediastinal da pleura parietal e contém todas 
as vísceras e estruturas torácicas; 
• É uma região com alta mobilidade pois 
contém estruturas viscerais ocas (cheias de 
líquido/ar) unidas apenas por tecido conjuntivo 
frouxo. A frouxidão do tecido e a elasticidade 
dos pulmões e da pleura parietal permite a 
acomodação do movimento, bem como 
alteração de volume e pressão na cavidade 
torác ica. (EXEMPLO: RESPIRAÇÃO, 
CONTRAÇÃO DO CORAÇÃO…); 
 ⚠ Com a idade o tecido torna-se mais fibroso 
é rígido, tornando as estruturas menos 
móveis. 
• MEDIASTINO SUPERIOR: estende-se da 
abertura superior do tórax até o ângulo do 
esterno e atravessa o plano transverso do 
tórax (junção das vértebras T4 e T5). É 
ocupado pelos grandes vasos, timo, 
traqueia, ducto torácico é uma parte do 
esôfago, nervo vago e nervo frênico; 
• MEDIASTINO INFERIOR: situado entre o 
plano transverso do tórax e o diafragma, é 
subdivido pelo pericárdio em anterior, médio 
e posterior. O mediastino anterior é um 
pequeno espaço com vasos linfáticos, 
g o r d u r a , l i n f o n o d o s e l i g a m e n t o s 
esternopericárdicos. O mediastino médio 
compreende o coração, pericárdio e raizes 
dos grandes vasos (aorta, VCS, pulmonar). 
O mediastino posterior compreende o 
esôfago, parte torácica da aorta, ducto 
torácico, veias ázigo e hemiázigo. 
PERICÁRDIO 
• É uma membrana fibrosserosa que cobre o 
coração e o início dos seus grandes vasos. 
• É um saco fechado formado por duas 
camadas: 
- camada externa resistente é o pericárdio 
fibroso, é continua com o centro tendíneo 
do diagrama. É fixado anteriormente à face 
posterior do esterno pelos ligamentos 
esternopericárdicos. A parede inferior 
(assoalho) do saco pericárdico fibroso 
apresenta-se bem fundida com centro 
tendíneo do diafragma e o local foi 
denominado: ligamento pericardiofrênico. O 
pericárdio fibroso protege o coração contra 
o superenchimento súbito, porque é 
inflexível. 
- camada interna é o pericárdio seroso e 
possui uma membrana serosa brilhante que 
denomina-se lâmina parietal do pericárdio 
seroso (refletida sobre o coração nos 
grandes vasos) e uma lâmina visceral do 
pericárdio seroso (forma o epicárdio). Entre 
as lâminas possui uma fina película de 
l íquido que permite ao coração se 
movimentar e bater sem atrito. 
• O seio transverso do pericárdio é uma 
passagem transversal dentro da cavidade 
pericárdica. 
 ⚠ Os seios do pericárdio formam-se durante 
d e s e n v o l v i m e n t o d o c o r a ç ã o e m 
consequência do pregueamento do tubo 
cardíaco primitivo. Assim o seio travesso situa-
se posteriormente as partes intrapericárdicas 
do tronco pulmonar e parte ascendente da 
aorta e anteriormente à VCS e superiormente 
aos átrios. A medida que as veias do coração 
se desenvolvem e se expandem, uma reflexão 
pericárdica ao seu redor forma o seio oblíquo 
do pericárdio (recesso semelhante a uma 
bolsa larga) 
• A irrigação arterial do pericárdio provém de 
um ramo fino da artéria torácica (artéria 
pericardicofrênica) que acompanha o nervo 
frênico até o diafragma. Drenado pelas veias 
pericardicofrênicas. Inervado também pelo 
nervo vago e troncos simpáticos. 
 
 
IMPORTÂNCIA CIRÚRGICA DO 
SEIO TRANSVERSO DO PERICÁRDIO 
Após a abertura anterior do saco pericárdico, 
pode-se introduzir um dedo através do seio 
transverso do pericárdio posteriormente à 
parte ascendente da aorta e ao tronco 
pulmonar. O cirurgião usa um clampe 
cirúrgico ou posiciona uma locadora ao redor 
desses grandes vasos, insere uma 
circulação extracorpórea e interrompe ou 
desvia a circulação de sangue nessas 
artérias durante a cirurgia cardíaca (cirurgia 
de revascularização do miocárdio). 
ALARGAMENTO DO MEDIASTINO 
São notados nas radiografias de tórax. 
Qualquer estrutura no mediastino pode 
contribuir para o alargamento patológico: 
• traumatismo consequentemente à colisão 
de veículos que causa hemorragia no 
mediastino pelo ruptura de grandes vasos 
- aorta ou a VCS; 
• linfoma maligno causa aumento dos 
linfonodos mediastinais; 
• hipertrofia do coração (ICC) em que o 
retorno venoso é maior que o débito 
cardíaco alarga o mediastino inferior. 
PERICARDITE, ATRITO E 
DERRAME PERICÁRDICO 
A pericardite (inflamação do pericárdio) 
causa dor torácica e pode deixar o 
pericárdio seroso áspero. As camadas lisas 
opostas do pericárdio seroso não costumam 
produzir sim detectável á ausculta mas em 
uma pericardite o atrito das superfícies 
ásperas pode soar como o farfalhar da seda 
durante a ausculta com o estetoscópio 
sobre a margem esquerda do esterno e as 
costelas superiores. 
A inflamação crônica e o espessamento do 
pericárdio pode levar a CALCIFICAÇÃO, 
comprometendo a eficiência cardíaca. Além 
disso, algumas inflamações causam o 
derrame pericárdico. Consequentemente o 
coração é comprimido. 
⚠ Os derrames não inflamatórios são 
frequentes na ICC, na qual o retorno venoso 
é maior que o débito cardíaco provocando 
hipertensão cardíaca direita. 
 
 
 
TAMPONAMENTO CARDÍACO 
O pericárdio fibroso é resistente, inelástico e contém o 
coração + uma camada fina lubrificante de líquido 
pericárdico. 
Em derrame pericárdico, o volume reduzido do saco 
não permite a expansão total do coração e limita a 
quantidade de sangue que o órgão pode receber, 
diminuindo o débito cardíaco. 
O tamponamento cardíaco (compressão) pode ser fatal, 
porque o volume cardíaco é cada vez mais 
comprometido pelo líquido existente dentro da cavidade 
do pericárdio. 
• A presença de sangue (hemopericárdio) também é 
responsável pelo tamponamento. E pode ser causado 
por perfuração de uma área enfraquecida do músculo 
cardíaco em razão de um infarto do miocárdio prévio, 
hemorragia para a cavidade pericárdico após 
cirúrgicas cardíacas ou feridas perfuroincisas. Causa 
uma situação de alta pressão e a circulação torna-se 
prejudicada. Além do mais, há ingurgitamento das 
veias da face e do pescoço devido ao refluxo de 
sangue (VCS); 
• A presença de ar ou gás (pneumotórax) na cavidade 
pleural pode ultrapassar para o saco pericárdico 
É necessário realizar drenagem do 
líquido da cavidade, realizando uma 
PERICARDIOCENTESE. Para remover 
o excesso, é necessário que se 
introduza uma agulha de grande calibre 
através do 5º ou 6º espaço intercostal 
esquerdo (perto do esterno). Este 
acesso é possível pois há uma incisura 
cardíaca no pulmão esquerdo que 
deixa o saco pericárdio mais exposto (área nua). 
Também pode-se fazer através do ângulo infraesternal 
mediante a introdução superoposterior da agulha que 
evita o pulmão e a pleura, entretanto deve-se ter 
cuidado para não perfurar a artéria torácica interna nem 
seus ramos terminais. 
• tamponamento causado por hemopericárdio realiza-se 
toracotomia (tórax é aberto) a fim de estabelecer a 
estase da hemorragia.
CORAÇÃO 


• O lado direito do coração recebe sangue 
pouco oxigenado (venoso) pelas VCS e VCI e 
o bombeia através do tronco e das artérias 
pulmonares para ser oxigenado nos pulmões; 
• O lado esquerdo do coração recebe sangue 
oxigenado (arterial) dos pulmões através 
das veias pulmonares e o bombeia para a 
aorta. 
• O coração tem 4 câmaras: átrios direito e 
esquerdo, ventrículos direito e esquerdo. 
• Os átrios são câmaras de recepção que 
bombeiam sangue para os ventrículos 
(câmeras de ejeção); 
• A s a ç õ e s d a s d u a s b o m b a s 
atrioventriculares constituem o ciclo 
cardíaco. Ele começou com um período de 
enchimento ventricular (diástole) e termina 
com um período de encurtamento e 
esvaziamento ventricular (sístole); 
• Os sons cardíacos (bulhas cardíacas)são 
produzidos pelo estalido de fechamento das 
valvas unidirecionais que impedem o refluxo 
de sangue nas contrações e auscultados 
como: 
• tum: quando o sangue é transferido dos 
átrios para os ventrículos 
• tá: quando os ventrículos ejetam o sangue 
do coração 


• A parede de cada câmera do coração tem 3 
camadas: 
- ENDOCÁRDIO: fina camada interna que 
reveste o coração e suas valvas; 
- MIOCÁRDIO: camada espessa formada por 
músculo cardíaco; 
- EPICÁRDIO: fina camada externa formada 
pela lâmina visceral do pericárdio seroso. 
• As paredes do coração são formados por 
miocárd io espesso (sobre tudo nos 
ventrículos); 
• As fibras musculares cardíacas estão 
fixadas ao esqueleto fibroso do coração 
(estrutura de colágeno que forma 4 anéis 
fibrosos que circundam os óstios das 
valvas), cujas funções são: 
- manter os óstios das valvas permeáveis e 
i m p e d i r q u e s e j a m e x c e s s i v a m e n t e 
distendidas; 
- oferece fixação para as válvulas das valvas; 
- oferece fixação para o miocárdio; 
- forma um isolante elétrico, separando os 
impulsos conduzidos dos átrios para os 
ventrículos;

• Sulco coronário: atrioventricular; 
• Sulco interventricular (direito/esquerdo): 
anterior e posterior; 
• Ápice do coração: permanece imóvel 
durante todo ciclo cardíaco, é o local de 
i n t e n s i d a d e m á x i m a d o s s o n s d e 
fechamento da valva mitral (esquerda) e 
onde os batimentos podem ser auscultados. 
• Base do coração: está posta ao ápice, é 
formada principalmente pelo átrio esquerdo 
• As faces do coração são: 
- face esternocostal (anterior): formada 
principalmente pelo ventrículo direito; 
- face diafragmática (inferior): formada 
principalmente pelo ventrículo esquerdo; 
- f a c e p u l m o n a r d i r e i t a : f o r m a d a 
principalmente pelo átrio direito 
- face pulmonar esquerda: formanda 
principalmente pelo ventrículo esquerdo 
(forma a impressão cardíaca do pulmão 
esquerdo). 
 
• As margens do coração são: 
- margem direita: formada pelo átrio direito e 
estendendo-se entre as VCS e VCI; 
- margem inferior (quase horizontal): formada 
principalmente pelo ventrículo direito é 
pequena parte do ventrículo esquerdo; 
- margem esquerda (quase vertical): formada 
principalmente pelo ventrículo esquerdo é 
pequena parte da aurícula esquerda; 
- margem superior: formada pelos átrios e 
aurículas direita e esquerda em vista 
anterior; 
⚠ a parte ascendente da aorta e o tronco 
pulmonar emergem dessa margem e a VCS 
entra no seu lado direito. Posteriormente 
(atrás) à aorta e ao tronco pulmonar e 
anteriormente ( à frente) à VCS essa margem 
forma o limite inferior do seio transverso. 
ÁTRIO DIREITO 
• Recebe sangue venoso da VCS, VCI e seio 
coronário; 
• Aurícula: bolsa muscular que se projeta do 
átrio como uma câmara adicional, aumenta 
a capacidade do átrio e se superpõe à parte 
ascendente da aorta; 
• Músculos pectíneos forma a parede 
muscular anterior (força pra contração); 
• Óstio AV é por onde o átrio direito transfere 
o sangue que recebeu para o ventrículo; 
⚠ O óstio do seio coronário (tronco venoso 
que recebe a maioria das veias cardíacas) 
situa-se entre o óstio AV direito e o óstio da 
VCS. 
• Septo interatrial: separa os átrios e tem uma 
depressão oval denominada fossa oval que 
é um remanescente do forame oval no feto. 
 
VENTRÍCULO DIREITO 
• O seu interior possui elevações musculares 
i r regulares denominadas t rabéculas 
cárneas. 
• O ventrículo recebe sangue do átrio através 
do óstio AV (tricúspide); 
• A valva tricúspide protege o óstio AV direito; 
• As cordas tendíneas originam-se dos ápices 
dos músculos palitáreis e fixam-se à valva 
tricúspide; 
• Os músculos papilares começam a se 
contrair antes da contração do VD, 
tensionando as cordas tendíneas e 
aproximando as válvulas. Como as cordas 
estão fixadas a faces de 2 válvulas, elas 
evitam a separação delas e sua inversão 
quando é aplicada tensão as cordas 
tendíneas – impede o prolapso das válvulas 
da valva AV direita quando a pressão 
ventricular aumenta, 
• O septo interventricular (SIV) composto pela 
parte muscular e membranáceas, é uma 
divisão entre os ventrículos. Em vista da 
pressão arterial maior no VE, a parte 
muscular é mais espessa; 
• Valva do tronco pulmonar: semilunares 
• Crista supraventricular: direciona o fluxo de 
entrada para a cavidade ventricular e o fluxo 
de saída para o óstio do tronco pulmonar. 
ÁTRIO ESQUERDO 
• Aurícula: muscular menor, na parede possui 
músculos pectíneos e cavalga a raiz do 
tronco pulmonar; 
• Depressão semilunar no septo interatrial 
indica o assoalho da fossa oval; 
• Entram 4 veias pulmonares; 
• Parede mais espessa que do AD. 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
• Ápice do coração; 
• A pressão arterial é maior (VE trabalha mais 
que o VD); 
• Parede mais espessa que do VD cobertas 
por trabéculas cárneas (mais finas e 
numerosas); 
• Saída, não muscular, o vestíbulo da aorta, 
levando ao óstio da aorta e á valva da aorta; 
⚠ A parte ascendente da aorta começa no 
óstio da aorta. 
• Valva mitral tem 2 válvulas, cada uma 
recebe cordas tendíneas de mais de um 
músculo papilar. Esses músculos e suas 
cordas sustentam a valva AV esquerda 
permitindo a resistência a pressão gerada 
durante as contrações; 
• 3 válvulas semilunares compõem a valva do 
tronco pulmonar e da aorta. Essas não 
possuem cordas tendíneas para sustenta-
las. As válvulas projetam-se para a artéria, 
mas são pressionadas em direção à sua 
parede quando o sangue deixa o ventrículo. 
As válvulas se fecham quando há inversão 
do fluxo sanguíneo. 
VASOS DA BASE 
• VCS: união das veias braquioencefalicas 
direita e esquerda, sendo essas formadas 
pelo veia jugular interna e veia subclávia. As 
veias braquioencefálicas conduzem o 
sangue da cabeça, pescoço e membros 
superiores para o átrio direito. 
• VCI: união da veia ilíaca interna e externa 
(direita e esquerda). Recolhe o sangue 
pouco oxigenado dos membros inferiores e 
sangue não portal do abdome e da pelve. 
Quase todo o sangue do TGI é recolhido 
pelo sistema porta e segue pelas veias 
hepáticas até a VCI. 
• VEIAS PULMONARES: são 4 e conduzem 
sangue oxigenado dos pulmões para o átrio 
esquerdo. 
• ARTÉRIA PULMONAR: sai do ventrículo 
direito com sangue venoso, e vai para os 
pulmões, é composta por 3 válvulas 
semilunares. 
• AORTA: maior artéria do corpo, emerge do 
VE. Após o relaxamento do ventrículo 
(diástole), a retração elástica da parede da 
aorta força o sangue de volta para o 
coração. No entanto, as válvulas se fecham 
e o sangue presente nos seios da aorta 
preenche as artérias coronárias que são os 
primeiros ramos dela. 
VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO 
• Compreende as artérias coronárias e veias 
cardíacas que conduzem o sangue que 
entra e sai da maior parte do miocárdio. 
• ARTÉRIAS CORONÁRIAS : são os 
primeiros ramos da aorta e irrigam o 
miocárdio + epicárdio suprem átrios e 
ventrículos. 
- Artéria coronária direita: origina-se do seio 
da aorta direito da parte ascendente e para 
para o lado direito do tronco pulmonar, 
seguindo no sulco coronário. Próximo de 
sua origem, emite um ramo do nó sonoatrial 
que irriga o nó SA. Então desce no 
sulco coronário e emite o ramo marginal 
direito que irriga a margem direita e segue 
para o ápice do coração. Dá origem ao 
ramo interventricular posterior que desce no 
sulco IV posterior em direção ao ápice e 
irriga áreas adjacentes de ambos os 
ventrículos. Na cruz do coração (junção dos 
septos interatrial e interventricular) da 
origem ao ramo do nó atrioventricular que 
irriga o nó AV. 
- Artéria coronária esquerda: origina-se do 
se io da ao r ta esque rdo da pa r te 
ascendente,passa entre a aurícula 
esquerda e o lado esquerdo do tronco 
pulmonar e segue no sulco coronário. 
Divide-se em ramo interventricular anterior 
que em algumas pessoas da origem ao 
ramo lateral. E ramo circunflexo que vai até 
a face posterior do coração e da origem ao 
ramo marginal esquerdo. 
• Circulação colateral coronariana: os ramos 
das artérias coronárias geralmente são 
considerados artérias terminais funcionais 
(irrigam o miocárdio e não tem anastomoses 
com outros grandes ramos). Entretanto, há 
anastomoses entre as terminações das 
artérias coronárias direita e esquerda no 
su lco coronár io e en t re os ramos 
interventricular ao redor do ápice em 10% 
dos corações “normais”. 
 
 
DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO 
• O coração é drenado por veias que se 
abrem no seio coronário e em parte por 
pequenas veias que drenam para o átrio 
direito. 
• Seio coronário, a principal veia do coração 
segue da esquerda para direita no sulco 
coronário. Recebe a veia cardíaca magna 
em sua extremidade esquerda e a veia IV 
posterior + veia cardíaca parva em sua 
extremidade direita. 
⚠ A veia posterior do VE e a veia marginal 
esquerda também se abrem no saio coronário. 
- Veia cardíaca magna: é a principal do seio 
coronário. Sua primeira parte é a veia IV 
anterior (começa perto do ápice do 
coração). No sulco coronário vira-se para 
esquerda e sua segunda parte segue com o 
ramo circunflexo da artéria coronária 
esquerda. Ela drena as áreas do coração 
supridas pela artéria coronária esquerda. 
- Veia IV posterior (acompanha o ramo IV 
p o s t e r i o r ) + Ve i a c a r d í a c a p a r v a 
(acompanha o ramo marginal direito da 
artéria coronária direita). Essas duas veias 
drenam as áreas supridas pela artéria 
coronária direita. 
⚠ Algumas veias cardíacas não drenam via 
seio coronário. 
COMPLEXO ESTIMULANTE 
DO CORAÇÃO 
• Transmite os impulsos que produzem as 
contrações coordenadas do ciclo cardíaco. 
Os impulsos são propagados pelas células 
musculares estriadas cardíacas, de modo 
que a contração seja simultânea. 
• Nó sinoatrial: é uma reunião de tecido nodal, 
fibras musculares cardíacas especializadas 
e tecido conectivo fibroelástico. É o marca 
passo do coração. O nó SA inicia e controla 
os impulsos para as contrações cardíacas, 
que é rapidamente conduzido para as fibras 
musculares cardíacas no átrios. 
• Nó atrioventricular: o sinal gerado pelo nó 
SA chega ao AV (propagação pelo u auxílio 
cardíaco. O nó AV, por sua vez, distribui o 
sinal para os ventrículos através dos 
fascículos AV e seus ramos direito e 
esquerdo que seguem de cada lado do 
s e p t o I V e s u p r e m o s r a m o s 
subendocárdicos (fibras de purkinje) para os 
múscu los pap i l a res e pa rede dos 
ventrículos. 
INERVAÇÃO DO CORAÇÃO 
• O coração é suprido por fibras nervosas 
autônomas do plexo cardíaco que costuma 
ser dividido em parte superficial e profunda. 
O plexo cardíaco é formado por fibras 
simpáticas e parassimpáticas. 
• A inervação simpática origem das fibras pré-
ganglionares, esta aumenta a frequência 
cardíaca, condução de impulso, força de 
contração e o fluxo sanguíneo pelos vasos 
coronários 
• A inervação parassimpática provém das 
fibras pré-ganglionares do nervo vago e são 
responsáveis por diminuir a atividade do 
coração. 
 
 
 
 
CATETERISMO CARDÍACO 
Um cateter é inserido em uma veia periférica 
(ex. veia femoral) é empurrado sob controle 
até o AD, VD, tronco pulmonar e as artérias 
pulmonares. 
Essa técnica permite registrar as pressões 
intracardíacas e coletar amostras de 
sangue. 
A in jeção de um contraste permite 
acompanhar seu trajeto através do coração 
e dos grandes vasos por meio de 
radiografias seriadas. (US do coração 
também permite observar o fluxo do corante) 
A técnica é útil na avaliação de anomalias 
cardíacas congênitas. 
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 
Em algumas doenças cardíacas já formação 
de trombos (coágulos) nas paredes do AE. 
Quando esses trombos se soltam, passam 
para a circulação sistêmica e ocluem artérias 
periféricas. 
A oclusão de uma artéria que irriga o 
encéfalo provoca o AVC, o que pode afetar a 
visão, cognição ou a função motora 
coordenada pela área que foi lesada 
(isquêmica).
REANIMAÇÃO CARDÍACA 
Na maioria dos casos de parada cardíaca, 
realiza-se a reanimação cardiopulmonar 
para restabelecer o débito cardíaco e a 
ventilação pulmonar. 
Por meio da compressão firme do tórax 
sobre a parte inferior do corpo do esterno. O 
aumento da pressão intratorácica força a 
saída de sangue do coração para as 
grandes artérias. Quando a pressão externa 
é liberada a PIT cai e o coração se enche de 
sangue. 
ANGINA PECTORIS 
É a dor constritiva transitória, de intensidade moderada, como um aperto no tórax originada no 
coração. A dor é causada pela isquemia do miocárdio (insuficiente para provocar necrose celular 
= infarto). 
Na maioria das vezes, resulta do estreitamento das artérias coronárias, a redução do fluxo gera 
redução da oferta de O2 para as células musculares cardíacas. Em razão do metabolismo 
anaeróbico, há acúmulo de ácido lático e o pH é reduzido. 
O exercício vigoroso, exposição súbita ao frio e o estresse exigem aumento da atividade do 
coração mas os vasos ocluídos não permitem isso. 
A dor é aliviada por um pedido de repouso. 
Pode-se administrar – nitroglocerina sublingual – porque dilata as artérias coronárias. Isso 
aumenta o fluxo sanguíneo e ao mesmo tempo diminui a carga de trabalho e a necessidade de 
oxigênio do coração (o coração passa a bombear contra menor resistência). Além disso, os 
vasos dilatados acomodam um volume sanguíneo maior, reduzindo o volume de sangue que 
chega ao coração e a congestão cardíaca. Assim, há alívio da angina. 
⚠ Angina é uma advertência de comprometimento das artérias coronárias e que é necessária 
uma mudança no estilo de vida. 
 
 
 
 
VALVOPATIA CARDÍACA 
Os distúrbios das valvas cardíacas comprometem a eficiência de bombeamento do coração. 
Uma valvopatia causa estenose (incapacidade de abertura) ou insuficiência/regurgitação 
(incapacidade de fechamento) que geralmente é causado pela formação de um nódulo, fibrose 
ou retração das válvulas. Ambas permitem um refluxo de de sangue. Aumentando o trabalho 
cardíaco. E causa turbulência. A turbulência gera redemoinhos que produzem vibrações 
audíveis como sopros. 
Uma disfunção valvar varia de leve é insignificante a grave é fatal. Fagotes como grau, duração 
e etiologia interferem em alterações secundárias no coração, vasos sanguíneos e outros 
órgãos. As valvopatias podem ser congênitas oi adquiridas. 
A insuficiência pode resultar de doença na valva ou de suas estruturas de sustentação; pode ser 
aguda ou crônica. A estenose e quase sempre decorrente de uma anormalidade valvar, quase 
sempre um processo crônico. 
Para correção, é feito um procedimento cirúrgico: valvoplastia. Usam-se próteses valvares 
artificiais ou são usados xenoenxertos (transplante de valvas de outras espécies). 
INSUFICIÊNCIA MITRAL 
É a dificuldade de fechamento da valva 
mitral, com protrusão para o átrio esquerdo 
durante a sístole. Consequentemente, a 
contração do VE causa regurgitação do 
sangue para o AE e produz sopro 
caracterização. É um distúrbio comum, na 
maioria das vezes acomete mulheres jovens. 
Em geral é um achado incidental ao exame 
físico. 
Em uma pequena parcela de pessoas 
afetadas há dor torácica e fadiga. 
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA 
É a dificuldade de fechamento da valva 
aorta. Uma vez que ela não se fecha por 
completo o sangue do VE sofre refluxo, e 
não passa totalmente para a artéria aorta 
(circulação sistêmica), produzindo um sopro 
cardíaco e um pulso colapsante (impulso 
forte que diminui rapidamente). 
ESTENOSE PULMONAR 
As válvulas semilunaresse fundem e 
formam uma cúpula com uma abertura 
estreita. Provocando então, restrição do 
fluxo sanguíneo do VD pela artéria 
pulmonar. 
Logo, menos sangue chegará aos pulmões 
para ser oxigenado. 
⚠ O grau de hipertrofia do VD é variável. 
ESTENOSE AÓRTICA 
É a anormalidade valvar mais frequente. 
A grande maioria de estenose aórtica é 
causada por calcificação degenerativa. 
Tal anormalidade impõe maior trabalho ao 
co ração , v i s to que menos sangue 
conseguirá passar para a artéria aorta, 
exigindo que o VE trabalhe com mais força e 
consequentemente resultando na hipertrofia 
ventricular esquerda. 
 
 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO 
É causado pela oclusão súbita de uma 
grande artéria, a região do miocárdio 
irrigada pelo vaso colhido que sofre o infarto 
( f i c a s e m f l u x o s a n g u í n e o ) e 
consequentemente uma necrose (morte 
patológica do tecido). Os três locais mais 
comuns de oclusão da artéria coronária são: 
• RAMO IV ANTERIOR DA ACE 
• ACD 
• RAMO CIRCUNFLEXO DA ACE 
A necrose de uma área do miocárdio é o 
IAM, a causa mais comum é a insuficiência 
coronariana causada por aterosclerose. 
ATEROSCLEROSE CORONARIANA 
Processo caracterizado por depósito lipídios 
na túnica íntima (camada interna) das 
artérias coronárias. Provoca lenta estenose 
(obstrução) dos lumens das artérias. A 
medida que ela avança, os canais colapsais 
que unem uma artéria a outra se expandem 
(inicialmente permite perfusão adequada do 
coração). Apesar desse mecanismo 
compensatório, o miocárdio pode não 
receber oxigênio suficiente quando o 
coração se encontrar em “atividade”. A 
insuficiência do suprimento sanguíneo pode 
resultar em IAM. 
DOENÇA CORONARIANA 
LENTAMENTE PROGRESSIVA 
Na oclusão lenta de uma artéria coronária, a circulação colateral tem tempo de aumentar e, 
portanto, pode haver perfusão adequada para o miocárdio. Consequentemente, pode não haver 
IAM. Após o súbito bloqueio de um ramo coronário, é provável que o infarto seja inevitável, mas a 
extensão da área pesada depende do grau do desenvolvimento dos canais colaterais. 
Caso haja obstrução parcial de grandes ramos das duas artérias coronárias, uma circulação 
colateral (extracardíaca) pode ser usada para suprir o coração. Esses vasos colaterais unem as 
artérias coronárias ao vasa vasorum (pequenas artérias – vaso dos vasos) na túnica adventícia 
da aorta e das artérias pulmonares e aos ramos das artérias torácica interna, bronquial e frênica. 
⚠ Anastomoses não podem propiciar vias colaterais com velocidade suficiente para evitar os 
efeitos da oclusão súbita da artéria coronária. Essas anastomoses são mais úteis em indivíduos 
fisicamente ativos. 
ANGIOPLASTIA CORONARIANA 
• Transluminal percutânea. 
Introduz na artéria coronária obstruída um cateter com um 
pequeno balão inflável na sua extremidade. Na obstrução, o 
balão é insuflado, achatando a placa aterosclerótica contra a 
parede do vaso. O vaso é distendido para aumentar o tamanho 
do lúmen, melhorando o fluxo sanguíneo. 
Em outras casos, injeta-se – tromboqionase – pelo cateter, essa 
enzima dissolve o coágulo. 
Também foram empregados instrumentos intraluminais com 
lâminas giratórias e lasers. 
Após a dilatação do vaso, pode-se introduzir o STENT 
(endoprótese intravascular) para manter a dilatação. 
 
 
 
CIRCULAÇÃO COLATERAL PELAS 
VEIAS CARDÍACAS MÍNIMAS 
A inversão do fluxo nas veias anteriores do 
VD e nas veias cardíacas mínimas pode 
levar o sangue das câmeras cardíacas 
(sangue luminal) para os capilares do 
m i o c á r d i o e m a l g u m a s r e g i õ e s , 
proporcionando alguma circulação colateral. 
Entretanto, exceto se esses vasos tiverem 
se dilatado em resposta à cardiopatia 
i squêmico p reex i s ten te , sob re tudo 
associada ao condicionando físico, é 
improvável que sejam capaz de fornecer 
sangue suficiente para o coração durante 
um evento agudo e evitar o IAM. 
OCLUSÃO CORONARIANA E COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO 
A lesão do complexo estimulante do coração (decorrente da isquemia associada à doença 
coronariana) causa distúrbios da contração do músculo cardíaco. Como o ramo IV anterior 
da origem aos ramos septais que irrigam o feixe AV e os ramos da artéria coronária direita 
irrigam os nós SA e AV, partes do complexo estimulante do coração tendem a ser afetadas 
por sua oclusão, e pode haver bloqueio atrioventricular. 
Nesse caso, os ventrículos começam a se contrair independentemente (em sua própria 
frequência); os átrios continua a se contrair na frequência normal (se o nó SA tiver sido 
poupado – mas os impulsos não passam mais para o ventrículo). 
A lesão de um dos ramos resulta em bloqueio de ramo, no qual a excitação segue ao 
longo do ramo não afetado e causa uma sístole em tempo normal apenas desse 
ventrículo. O impulso então se propaga para o outro ventrículo por condução miogênica, 
produzindo uma contração assincrônica tardia. Nesses casos implanta-se MARCA PASSO 
para aumentar a frequência ventricular. 
⚠ Durante a cirurgia, o fascículo atrioventricular deve ser preservado, visto que é a única 
ligação fisiológica entre os músculos atrial e ventricular. Caso seja seccionado também 
causa BAV. 
MARCA-PASSO CARDÍACO 
Consiste em um gerador de pulso ou 
bater ia, um f io é um elet rodo. Os 
marcapassos produzem impulsos elétricos 
que iniciam contrações ventriculares em 
uma frequência predeterminada. Um 
eletrodo com um cateter é introduzido em 
uma veia e seu avanço por via venosa é 
acompanhado com um fluoroscópio por 
meio de radiografias. A terminação do 
eletrodo é introduzida na VCS até o AD e 
através da valva AV direita (tricúspide) até o 
VD. Então o eletrodo é fixado às trabéculas 
cárneas e fica em contato com endocárdio.

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