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CoLoque seu rosto
na capa da SUPER
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COMO~
VOCE -TEXTO RODRIGO REZENDE
VIROU
~~
NOSITE
Imprima e monte
o boneco
desta página:
super.abril.
com.br/revista/
toy-art
Essa pessoa que você chama de "eu" nem sempre
esteve aí. Entenda a formação da sua consciência.
S e U S olhos acabam de bater nas manchas pretas que formam as letras desta frase e, como
mágica, uma voz surge na sua cabeça. Já parou para
Não há nenhum pensamento dentro de
você que ela não conheça. E tudo do lado
de fora só tem o significado que ela enxerga.
Na verdade, essa voz tem algo importante
a dizer neste momento: elaé você. E costuma
atender pelo nome de consciência.
70 SUPER OUTUBRO 2009
pensar o quanto isso é estranho? Pense uns dois
segundos sobre isso. Agora reflita sobre algo ainda
mais bizarro: quem estranhou a voz que surgiu do
nada foi a própria voz, e é ela que segue extraindo
sentido das manchas nesta página.
Estudar o "eu" é um desafio para a
ciência. Afinal, como usar evidências
científicas para explicar o filme que se
desenrola dentro do seu cérebro? Ainda
mais se a única polt rona nessa sala de
cinema mental já está ocupada por você.
Aos cientistas, resta estudar a consciência
a partir do que os outros contam - ou de
algum vestígio de "eu" capturado em
laboratórios. Aliás , descobertas recentes
mostram que a consciência pouco se parece
com um rolo de filme, cronológico e indi-
visível, e talvez seja tão fragmentada e
imprevisível quanto urna TV mudando
de canal. Para não perder o fio da meada,
vamos voltar até onde essa história toda
começou: quando você era pequeno.
Em formação
Para entender a infância da sua consciência,
é preciso usar a imaginação - lembrar é
impossível, porque você ainda não íonnava
memórias. Estamos falando de uma época
em que você ignorava tempo, espaço e limites
do corpo. Pense que você não fazia ideia se
os eventos eram rápidos ou demorados, se
os lugares eram perto ou longe. Ou mesmo
onde terminavam suas costas e onde come-
çavam os braços em que você repousava.
Como cantava o mini astro francês Jordy,
ê duro ser bebê. Até os 4 meses de vida, seu
cérebro se ocupava basicamente de processar
seu contato com o mundo - ele não agia, só
reagia. Fazia você acordar se estivesse repou-
sado,chorarseodeixassern com fome, dormir
se estivesse cansado. Além disso, as infor-
mações que você recebia através dos seus 5
sentidos provavelmente ainda não se sepa-
ravam' vinham todas juntas. Nessa idade,
mamar no seio da mãe é uma overdose de
tato, olfato, paladar, visão e audição - não
é à toa que yocê gostava tanto.
Essa mistura sensorial , conhecida corno
sinestesia. ainda não era você. Segundo
o neurologista português António Damásio,
é só aos 18 meses que surge algo que pode
ser chamado de "consciência mínima" .
Nesse momento, a integração entre os
lobos irontal e parietal do cérebro iizeram
a voz que lê este texto começar a balbuciar.
Você passou a reparar em coisas como
salgado e doce, liso e áspero, quente e frio ,
barulhen to e silencioso, luminoso e escuro
- além de se dar conta de que você é apenas
um ser entre vários outros e que o mundo
não some quando você fecha os olhos.
MENTES
QUE
MENTEM
Às vezes a
consciência fica
inconsciente.
ANOSOGNOSIA
o cérebro do defi·
ciente se recusa a
reconhecer sua defi..
dênda. Ou seja, a
pessoa perde um
membrO ou um
sentido e acredita
ainda estar com
100% da capacidade.
Comum em vítimas
d.derrame.
BLlNOSIG,t-H
"Vtsão cega em
inglês. Problema d.
processamento
neural em que uma
pessoa com visão
nonnal acredita que
está cepo São
famosos os casos de
veteranos de guerra.
MÚLTIPLA
PERSONALlOADE
Não é invenção do
dnema: a~mas
P.flsoas coam
élentro do mesmo
c~b,fO dRis ou
mais eus ,geral-
mente após eventos
traumáticos.
~~~~g~~IEN
Um dos membros
do corpo - Jeral-
menteamao-
parece agir por
vontade própria,
independente do
corpo. Com o tempo,
a pessoa passa a
acreditar que o
membro não é seu.
SiNDROME
DECOTARD
Delírio raro, em que
o padente acredita
que está morto, não
existe, está apodre-
cendo ou peideu
~os internos.
Em casos extremos,
os médicos precisam
espetar os pacientes
com agulhãs
para que vejam
o próprio sangue.
Quando você tinha entre seus 3 e 4 anos, seus circuito
neurais responsáveis pela linguagem e pela memóri:
de longo prazo se desenvolveram, e nasceu a consciênci:
ampliada: um eu com noção de passado e futuro, qUi
acumula informações sobre si mesmo para formar su;
identidade. Pela primeira vez, você começa a se lembra
de que foi ao parque ontem e que você tem que ir ai
médico amanhã. E ainda: que você gosta de ir ao parqu!
e nem tanto assim de ir ao médico, transformando issl
em traços da sua jovem personalidade. O responsáve
por esse upgrade, que tornou possível você pensar sobTl
os seus pensamentos, é hoje a celebridade mais quem1
do mundinho neurocientíco: o neurônio-espelho.
Espelhar é preciso
Concentre-se na seguinte imagem: um sujeito caminhõ
descalço em um quarto escuTO. Ele procura o interrupto
para acender a luz e, distraído, pisa em um prego. É un
prego pontudo, enierrujado, rasgando a pele, o músculo
a carne do sujeito, que sangra e grita de dor. Doeu en
você? Obra dos neurônios-espelho. Eles reagem a estúnulo
que você vê ou imagina em outra pessoa como se ocor·
ressem no seu próprio corpo. Todos os animais de inteli·
gência superior - aqueles que conseguem envia'
mensagens uns aos outros - têm os seus.
Mas o que o neurônio-espelho tem a ver com o surgi·
mento dessa voz interna que pensa sobre si? Uma bo~
metáfora para responder a questão foi criada pelo cien·
tista americano Douglas Hofstadter: o "eu" surge a parti
de um processo parecido com o que ocorre quando apon·
tamos um espelho para outro - é o resultado de um:
sucessão infinita de imagens mentais sobre outras imagen:
mentais. E é quando os neurônios-espelho passam a retleti
nosso mundo mental que pensamentos sobre outro:
pensamentos se tornam possíveis. É só aí que nos colo·
camas oficialmente acima dos chimpanzés e golfinhos
"A consciência humana é única no mundo natural", di;
o neurocientista indiano Vilayanur Ramachandran.
Mas essa é apenas a JX>nta do iceberg. Ainda não é possíve
responder com segurança questões como "Uma pedn
tem consciência?", "O vermelho que eu vejo é o mesm<
que você vê?" e "Você é uma pessoa no mundo ou urr
cérebro dentro de um barril?"
Mesmo que a última pergunta seja verdade e o filmt
rodando aí atrás dos seus olhos não passe de ilusão d~
voz na sua cabeça, deixe-a lendo e falando. Ainda vai!
tentar decifrar nas próximas páginas o maior mistério d(
todos, essa coisa estranha que você chama de "eu". O
PARA SABER MAIS
o Erro de I>HGIrtes
Antonio Damâsio, Companhia das letlõlS, 1996.
00 Que E Feito o PIonsamento
Steven Pinker, Companhia das letr.ls, 200B.
OI ITIIRRO ,nnq
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76 SUPER OUTUBRO 2009
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NOSITE
Imprima
e monte
o boneco
desta página:
super.abril.
com.br/revistaf
toy-art
,
DAPRA
APER
J
Dizer que não é radical.
Dizer que sim é mentiroso.
Pois é ... A resposta é mais
complicada do que você pensa.
-TEXTO LUISA DESTRI
l-.."ONALIDADE?
f I magi ne urr.'sapatD. OlhandD~estiloeDe.stadD, vDcê é capaz de supDr muita
r CDlsa sDbre o. dDnD. Da para Imagmar CDmD ele ~ veste, do. que gDsta,
~ se é sério. DU descDntraidD. Dá para arriscar seu escritor favDritD , em quem ele VDtDU na
t última eleição., se acredita em deus e até se ele faz o. seu tipo.. Sua persDnalidade é Co.mD
~ esse sapato.: um reflexo. de CDmo. vo.cê se vê e de CDmD é visto..
i ,
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• ,
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Pareceque não, mas, para chegar a esse
modelo de calçado. você fez muitas escolhas,
fil trou influências, ouviu opiniões, tes[Qu
conforto, analisou preço. Da mesma maneira,
diversos fatores interferiram na formação
da sua personalidade: seus pais, seus amigos,
o lugar onde você cresceu, o período em
que viveu. E sua genética, claro, que, do
mesmo jeito que deixa uma forma única no
sapato, molda uma parte de você.
O resultado é um conjunto de padrões
de comportamento bem difícil de ser expli-
cado ou medido pela ciência, Desde o fim
do século 18, muitas teorias foram criadas.
Hoje, uma das mais aceitas é a dos 5 Grandes
Fatores, um modelo desenvolvido nos anos
80 pelos americanos Robert McCrae e Paul
T. Costa. Ela conseguiu de maneira simples
e abrangente classificar os traços de perso-
nalidade reconhecidos tanto por especialistas
quanto por leigos.
Para criá - la , partiu-se do pressuposto
de que todos os aspectos da personalidade
humana estão registrados na linguagem
que eu, você ou um habitante da Antártida
usamos para definir alguém: implicante,
curioso, falante, preguiçoso, organizado ...
Os pesquisadores juntaram todos os adje-
tivos possíveis e tentaram reuni -los em
grandes famílias. Chegaram, assim, a 5
fatores - extroversão, neuroticismo, abertura à expe-
riência, consciência e afabilidade -, cada um contendo
dezenas de traços psicológicos.
A extroversão agrega tudo o que diz respeito à soeia-
bilidade: em um extremo estariam pessoas com muita
disposição, otimismo e afetuosidade; no outro, as mais
sérias e reservadas. Neuroticismo foi o termo encontrado
para reunir características relacionadas à estabilidade
emocional. O nível de ansiedade, nervosismo e irritabi-
lidade, por exemplo, é retratado nesse grupo. Abertura
à experiência é o que mede o interesse por experimentar
muitas áreas diferentes (aqui são registrados o senso de
estética, as ideiase os valores). Dentro do fator consciência
estão representados o senso de responsabilidade, a disci-
plina e o sentido prático. E o fator afabilidade basicamente
diz como você se relaciona com outras pessoas - se é
generoso, leal e sensível ou mais desconfiado e indivi-
dualista. Teoricamente. todos os traços de personalidade
poderiam ser encaixados em um desses grupos.
Essa padronização abriu caminho para o desenvDlvi-
menta de uma série de avaliações que tentam definir
objetivamente a personalidade de alguém. Os testes medem
os diversos traços em uma escala que vai, geralmente,
de 1 a s. No final, tem-se um retrato de quais são suas
características dominantes e quanto elas são represen-
tativas na sua vida (veja ma-is na próxima página).
Você é assim. E agora?
Isso significa que vai ser assim para sempre? Essa pergunta
é o calo no pé dos estudiosos. Alguns dizem que, como o »
5
FATORES
Segundo uma
das teorias mais
aceitas entre os
psicólogos, tudo
o que você é cabe
dentro destes
grupo.s. Veja
alguns exemplos:
EXTROVERSÃO
• Reservado x afetivo
• Tímido x sociável
• Quieto x falante
• Insensível x passional
• Discreto x alegre
NEUROTICISMO
• T ranquito x tenso
• Constante x instável
• Satisfeito x autopiedos(
• Racional x emocional
• Seguro x inseguro
ABERTURA
• Realista x imaginativo
• Convencional x original
• Rotina x variedade
• Pouco curioso x curioso
• Conservador x liberal
AFABILIDADE
• Cruel x piedoso
• Duvidoso x confiável
• Mesquinho x generoso
• Crítico x tolerante
• Rude x cortês
CONSCIÊNCIA
• Negligente x responsávl
• Preguiçoso x trabalhad(
• Bagunceiro x organizad{
• Atrasado x pontual
• Acomodado x ambicios(
OUTUBRO 2009 SUPER :
fD corpo, a personalidade muda ao longo do tempo, Outros
rebatem que a personalidade seria como a cor dos olhos
~ se você nasceu com ela, vai morrer com ela. Para outros,
o melhor paralelo é aaltura: é desenvolvida até certa idade,
depois-estaciona e não muda mais.
A última versão é a mais aceita pelos especialistas. Mas
você terá mais que 18 anos para se definir. Na verdade,
terá por volta de 30. Depois disso, pouca coisa vai mudar.
"Esse limite não é imposto pela biologia" , diz Maria Elisa-
beth Montagna, professora de psicologia da pue de São
Paulo. "É apenas uma época em que se considera que o
adulto já é independente e maduro. Dependendo da pessoa
ou da cultura em que ela foi criada, a definição da perso-
nalidade pode vir antes ou depois. "
O ponto é que a partir dos 30 anos a sua person~lidade
tende a se congelar como é. Um estudo feito nos EUA
com pessoas que 45 anos antes haviam respondido ques-
tionários sobre a sua personalidade mostrou que os hábitos
cultivados na velhice poderiam ter sido previstos por
traços identificados na juventude. Jovens que demons-
travam ser criativos, curiosos e liberais tinham se tomado
velhos que com hobbies artísticos e que preferiam assistir
a programas alternativos. E os que na juventude eram
mais conservadores e pés no chão viraram idosos que se
divertiam costurando, cozinhando. cuidando do jardim
e vendo shows de auditório.
Quer dizer, então, que exatamente quando chegamos
·à fase adulta, quando melhor nos conhecemos e mais
sabemos lidar com nossos conflitos . já não é possível
mudar nada? Não é bem assim. Mas a partir daqui, amigo,
você vai ter que trabalhar com o que você tem.
Dê uma olhada na pessoa 1, retratada em urndosgráficos
ao lado. A bolota localizada bem no extremo inferior da
parte marrom denuncia: é alguém passional, de humor
instável, que costuma reagir antes de pensar. Passar para
o outro lado do círculo e se tornar 100% controlada e fria
é impossível. Mas ela pode, sim, aprender a prever suas
emoções para evitar futuros arrependimentos. Seria,
portanto, caminhar em direção ao centro do gráfico,
suavizando uma característica inconveniente.
Do mesmo jeito, quem é muito tímido jamais vai ser o
piadista da turma, quem é disciplinado não deixará de
se incomodar com imprevistos, quem é muito conservador
nunca usará uma camisa rosa-choque. Mas, com os trancas
e as necessidades, dá para falar em público, se organizar
em meio ao caos ou aceitar uma gravata rosada. Adaptar-
se é uma questão de sobrevivência. O quanto você vai
conseguir se adaptar é questão de força de vontade.
Pense antes de casar
É que nem sempre querer é poder. Se não conseguir mudar
o seu temperamento, a pessoa 1, por exemplo, terá uma
boa desculpa: os traços de personalidade relacionados
ao neuroticismo são os mais difíceis de
mudar. Aqui estão adjetivos corno passional,
irritável, vulnerável e ansioso.
Foram esses os principais motivos do
divórcio ou da infelicidade no casamento
de 300 casais americanos que participaram
de uma pesquisa realizada pelos psicólogos
E. Lowell Kelly e James Conley e publicada
em 1987. O questionário, aplicado a primeira
vez em1935 e mais uma vez 45 anos depois,
demonstrou que instabilidade, reações
explosivas e excesso de brigas exerciam
influência muito maior nas crises de rela-
cionamento dos casais que questões ligadas
a trabalho, à família ou ao sexo. E pior:
mesmo cientes disso, a maior parte dos
cônjuges problemáticos não conseguiu se
ajustar em prol do casamento.
A dificuldade faz sentido, os traços ligados
ao neuroticismo são os com maior tendência
a se tornarem transtornos psiquiátricos.
Nesses casos, só com terapia.
Você está achando tudo um exagero e
acabou de pensar em um monte de casos
em que o marido ficou mais organizado.
sociável e amoroso ao longo dos anos. É
possível. Mas não se case pensando neles.
Mesmo em campos aparentemente mais
moldáveis, como o da extroversão ou o
da consciência, a mudança costuma ser
tímida (alguns estudiosos arriscam um
máximo de 10':0;0) etem que partir da outra
pessoa, e não de você.
Não conseguir mudar o outroé uma má
notícia. Mas pense pelo lado bom: se o outro
for você, pode não ser tão ruim assim. "A
continuidade da nossa personalidade é a
fonte para a constituição da nossa identi-
dade", afirmam McCrae e Costa. O que eles
querem dizer é que. no fundo, permanecer
mais ou menos igual é importante para o
equilibrio da nossa vida. Não dá pra ser uma
pessoa diferente a cada instante, simples-
mente porque o mundo nos exige coerência.
Você precisa saber quem você é e os outros,
o que esperar de você. Ou. mais do que
flexível, você pareceria um louco. O
PARASABERMAIS
Teorias da PersonaUclade
DLJ~ne Schuttz e Sidney Elle SchLJitz.
Cengêlge Leaming. 2008.
PeMionaUty in Adulthood, Robert McCrae
e PauL Costa, The GLJilford Pre55, 2006.
Você tem
até os
30 anos
para tentar
ajustar
a sua perso-
nalidade.
Depois
disso, é
melhor não
contar com
mudanças.
OUTUBRO 2009 SUPER 79
2
5
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" , COMOVOCEE
~~
NOSITE
Para conhecer
o seu retrato,
faça o teste a partir
do dia 5 de outubro:
http://super.abril.
com.brfrevista/
quem-e-voce
Os gráficos abaixo são o resultado de um teste de personalidade de duas pessoas bem diferentes.
1. QUADRANTES 2. CONCENTRAÇÃO
Quanto mais bolas no quadrante,
mais representativo é aquele
3.POSlcÃO
Quanto mais nó extremo estiver
um traço, mais forte ele é.
Cada cor aparece duas vezes:
são os lados opostos do mesmo
fator. Se de um lado o amarelo
representa extroversão, do outro
sinaliza introversão .
na sua personalidade. A pessoa
2 é provavelmente associada à
criatividade e à inovação.
•
abertura à
experiência • consciência extroversão
falante
amigável
extrovertida
mpetítrva.
-
•
Com vontade, dá pra caminhar
mais para o centro, mas dificilmente
você passará pa ra o lado oposto.
• afabilidade • neuroticismo
•• • •
sincera
- " e ee. e •
PESSOA'
A FALADEIRA
Personalidade forte e cheia de extremos:
muito extrovertida, muito disciplinada, mas
também muito ansiosa, chorona e facil-
mente irritáveL Gente boa, mas pise na bola
e você vai conhecer uma fera.
78 SUPER OUTUBRO 2009
•
-
-.
competente
PESSOA 2
• .,
A CALADO NA
Mais discreta e flexível a maioria dos
t raços está próxima ao centro. Mas um
fator chama a atenção: ela é moderna e
criativa. Parece desligada, mas, de
repente, solta uma sacada geniaL