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OVL111_11m_2014

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Introdução à Astronomia
Aula 11
OVL 111
Helio J. Rocha-Pinto
2012
Modificações: Paulo Lopes
 
 
As origens do mito 2012
● Desde ~2008, ouve-se um conjunto de afirmações 
extraordinárias acerca de um suposto fim do mundo em 
2012. Ao contrário de outros apocalipses frustrados 
previstos para anos recentes, este tem a característica de 
se basear fundamentalmente em fenômenos astronômicos.
● Há vários supostos motivos pelos quais ocorreria um 
apocalipse em 2012:
– O “fim” do calendário maia
– O “alinhamento” entre o Sol e o centro da Galáxia
– A aproximação de um novo planeta (Nibiru ou 
Hercóbulos)
 
O “fim” do calendário maia
● Os maias contavam a passagem do tempo 
usando o conceito de ciclos.
● Havia diversos ciclos: uns de período curto, 
outros de período mais longo ou épico.
● Um desses ciclos, o de período mais longo 
(5000+ anos), foi contado de forma regressiva, 
terminando em 0. É esse ciclo que chegou ao 
término no dia 21/12/2012, no solstício de verão.
● O fim do ciclo implica em início de outro, e não 
no fim dos tempos.
 
O “fim” do calendário maia
 
O “alinhamento” galáctico
● O argumento de que um apocalipse ocorrerá quando o Sol 
se alinhar com o centro da Galáxia é dos mais risíveis já 
aventados, uma vez que o Sol gira em torno desse centro 
e está, portanto, sempre alinhado a ele...
● Entre os especialistas de apocalipses, o argumento é um 
pouco mais explicado: o Sol, durante o solstício de inverno 
boreal de 2012, teria posição coincidente com aquela do 
centro galáctico, o que levaria a uma súbita mudança no 
eixo de rotação da Terra.
● Outros (mal intencionados?) consideram que o problema é 
o Sol alinhar-se com a Dark Rift (Grande Fenda)...
 
“Dark 
Rift” o
u “Gra
nde Fe
nda”
 
Nibiru, o planeta intruso
● Para outros, há um planeta que se aproxima da Terra e 
que chegaria ao apogeu em 2012, causando a 
mudança no eixo de rotação da Terra e diversos 
cataclismas.
● Nibiru é o nome dado pelos sumérios a Júpiter. Um 
autor recente reinterpretou-o como um dos planetas 
de uma estrela escura, companheira invisível do Sol. 
Este planeta se aproximaria do Sistema Solar interno a 
cada 3600 anos.
● Foi usado numa previsão apocalíptica em 2003. Como 
nada aconteceu, ressurgiu reciclado em 2012.
 
Nibiru: um apocalipse requentado
● Há na internet diversas “fotos” de Nibiru: são todas ou 
imagens de outro objeto astronômico ou efeitos de reflexo 
da luz solar na lente (quando são fotos diretas do Sol)
● A paranoia de um planeta intruso é antiga, datando de pelo 
menos 30 anos; pode ser a evolução da antiga paranoia 
com os cometas
● Qualquer planeta que se aproximasse aquém da órbita de 
Saturno seria visível a olho nu por anos, ainda mais um 
planeta gigante como supostamente Nibiru é.
● A wikipédia lista pelo menos 150 datas desde 400 dC como 
data de um provável apocalipse segundo algum “profeta”.
 
 
Intrusos no Sistema Solar Interno
● A despeito de Nibiru, há sim corpos que 
ocasionalmente “invadem” o Sistema Solar 
interno, eventualmente entrando em rota de 
colisão com algum dos corpos planetários aí 
existentes.
● Esses intrusos, na verdade, seguem órbitas 
bastante excêntricas, o que os faz cruzar as 
órbitas planetárias quase circulares.
● São classificados como meteoroides, asteroides 
ou cometas.
 
Cometas: Portadores das Desgraças
● A aparição de cometas costumou ser 
considerada prenúncio de catástrofes 
e desastres, durante a Antigüidade, 
uma vez que quebravam a harmonia 
celestial.
● Tycho Brahe foi quem primeiro 
demonstrou que os cometas estavam 
mais distantes do que a Lua.
● Em 1702, Edmond Halley descobriu 
que um cometa observado em 1682 
possuía órbita idêntica a de outros 
cometas observados em diversas 
ocasiões anteriormente, a cada 75 
anos. Foi a primeira demonstração de 
que cometas tinham órbitas elípticas.
 
Destino dos Planetésimos
● Os planetésimos que não vieram a participar da formação de 
planetas podem ter tido um dos seguintes destinos:
i. Ejeção do Sistema Solar
• Perturbações de planetas maiores podem ter lançado planetésimos às partes externas 
do Sistema Solar e, em alguns casos, ejetados-os ao meio interestelar.
i. Colisão com planetas
• Os planetas devem ter se formado dentro de 50-100 Ma. Os últimos planetésimos 
foram removidos após 500 Ma de idade do Sistema Solar. Assim, colisões entre 
planetas e planetésimos devem ter deixado crateras. 
i. Captura em órbitas satelitais ou ressonantes
• As extensas atmosferas dos planetas recém-formados deve ter interagido com 
planetésimos em aproximação, levando-os a sua captura.
i. Fragmentação
• Planetésimos perturbados tendem a colidir com alta velocidade. Esse impacto pode 
fragmentá-los.
i. Fossilização até os dias atuais
• Alguns planetésimos poderiam ter perdurado até os dias atuais, pouco modificados, 
em órbitas estáveis. Isso deve ter ocorrido além de 43 UA.
Meteoritos qual Amostras Planetesimais
● Planetésimos preservados ou seus fragmentos constituem 
amostras do material primordial do Sistema Solar. 
● Geralmente possuem órbitas um tanto mais inclinadas do 
que o plano orbital médio dos planetas. Aqueles que estão 
nas cercanias da Terra, eventualmente colidirão com esta.
– Antes de colidir, alguns desses corpos irão passar rente 
à Terra em diversas ocasiões. A cada ocasião, sua órbita 
é alterada ainda mais, acabando por levar a uma 
colisão.
● Ao colidirem com a Terra, são aquecidos por fricção 
atmosférica e se tornam incandescentes, dando origem 
aos meteoros. 
Definições da Meteorítica
● Meteoróide: Pequeno corpo extraterrestre, menor do que asteróides e 
cometas, que flutue no espaço.
● Meteoro: Meteoróide aquecido e incandescente que se move através da 
atmosfera e ainda não atingiu o solo. Também chamado de “estrela 
cadente”.
● Meteorito: Corpo do espaço que atingiu o solo de um planeta. Recebem, 
geralmente, o nome do município ou região onde foram coletados
● Bólido: Meteoro muito brilhante e luminoso.
● Queda: Meteorito observado durante sua descida como meteoro.
● Achado: Meteorito encontrado sobre o solo cuja descida pela atmosfera 
não tenha sido observada. A maioria dos achados é de siderólitos.
● Corpo parental: Corpos planetários ou protoplanetários hipotéticos de cuja 
fragmentação teve origem o meteorito.
História dos Estudos Meteoríticos
● Textos antigos descrevem a queda 
de “pedras do céu”. Algumas foram 
coletadas e tidas como sagradas.
● Todavia, até o séc. XVIII, nenhum 
cientista levou a sério a 
possibilidade de que pedras 
pudessem cair do céu.
● Em 1794, o físico alemão Chladni 
foi quem primeiro publicou um 
artigo sobre a natureza 
extraterrestre dos meteoritos.
● Desde o fim do século XIX, 
meteoritos têm sido coletados com 
propósitos científicos.
Chladni
As Quedas de Meteoros
● Meteoróides geralmente 
explodem na atmosfera 
superior. O que coletamos 
como meteoritos são 
geralmente fragmentos 
sobreviventes dessas 
explosões.
● As quedas são acompanhadas 
por um lastro luminoso de 
poeira aquecida e reações 
fotoquímicas ao longo de seu 
caminho. Os meteoros maiores 
geram ondas de choque que 
produzem sons mesmo antes 
da colisão.
 
Estrelas Cadentes
● As popularmente chamadas estrelas cadentes 
são meteoros de baixo brilho. A cada noite é 
possível observar dezenas de estrelas 
cadentes. São, em sua maioria, 
micrometeoros.
 
Chuva de Meteoros
● Quando a Terra cruza o caminho orbital de 
um cometa, encontra diversas partículas 
que escaparam do cometa e continuam 
seguindo a mesma órbita. 
● O fluxo de detritos cometários dá origem a 
diversos meteoros que parecem provir de 
uma mesma regiãodo céu. Esse fenômeno 
é popularmente chamado de chuva de 
meteoros.
– As chuvas de meteoro são denominadas em 
função da constelação de onde os meteoros 
parecem provir. Ex: Leonídeos, Perseídeos, 
Aquarídeos, …
● As chuvas são anuais, uma vez que a Terra 
retorna ao mesmo ponto de sua órbita uma 
vez a cada ano.
● A intensidade da chuva depende da idade 
do cometa. Cometas jovens deixam mais 
detritos e formam chuvas mais intensas.
 
Radiante
• Os meteoros de uma chuva parecem 
provir de um ponto da esfera celeste. 
Esse ponto, chamado radiante, 
corresponde à direção da órbita do 
cometa que deu origem aos destroços. 
Taxas de Impacto: Fluxo Meteoroidal
● Estudos estimam que o fluxo 
meteoroidal na Terra seja 107-109 
kg/ano. Na Lua, o fluxo é de 4106 
kg/ano.
● A maioria das partículas cadentes 
são microscópicas. São chamadas 
de micrometeoritos. Objetos 
maiores caem em menor 
freqüência. 
● Seis em cada sete meteoritos 
caem nos pólos ou oceanos 
terrestres e passam 
despercebidos.
Microcratera deixada por micrometeorito 
em um tanque de Ti soviético
Taxas de Impacto: Fluxo Meteoroidal
Classificação de Meteoritos
● Meteoritos são classificados pelo grau de 
diferenciação que apresentam.
● São grosseiramente separados em três grandes 
grupos: rochosos (aerólitos), ferro-rochosos 
(siderólitos) e ferrosos (sideritos).
– Esses grandes grupos de meteoritos são 
resultantes da fragmentação de corpos maiores 
já diferenciados.
● Alguns meteoritos são formados pela cementação 
de fragmentos de meteoritos de diversos tipos. 
São chamados de brechas.
Côndrulos
● São esférulas vítreas inseridas em meteoritos. São compostas, geralmente, 
por olivina e piroxênios.
● Têm tamanho entre 0.5 a 5 mm. Sua estrutura indica que foram formadas em 
altas temperaturas, durante um rápido resfriamento.
– A temperatura do material teria caído de 1500 K até o valor de 
solidificação, em poucos minutos.
Não existe ainda uma teoria bem 
estabelecida que explique a 
formação dos côndrulos. O rápido 
aquecimento seguido de 
resfriamento é uma das maiores 
dificuldades na busca de teorias.
Condritos Carbonáceos
● Meteoritos escuros, compostos por uma matriz 
rica em carbonáceos, pontilhada por côndrulos.
● Devem ter-se condensado em regiões de baixa 
temperatura, como no cinturão de asteroides 
externo ou além.
● Apresentam indícios de não terem sido muito 
alterados por calor, compressão, etc:
– Possuem alta abundância de voláteis, como 
H2O.
– Têm baixa densidade.
– São ricos em compostos orgânicos 
condensáveis em baixas temperaturas que 
seriam perdidos durante qualquer 
aquecimento subsequente.
– Contém elementos pesados em proporções 
cósmicas originais.
– Aparentemente nunca foram aquecidos a 
mais do que 500 K.
Condritos Ordinários
● Os demais condritos são os mais 
numerosos dentre os meteoritos.
● Possuem composição similar a dos 
condritos carbonáceos e, como estes, não 
foram liquefeitos. Todavia, os condritos 
ordinários não possuem uma matriz de 
carbono ou de mineirais hidratados. 
Ademais, mostram evidências de terem 
sido química e/ou geologicamente 
alterados.
● Possuem razões isotópicas de O similar 
àquelas encontradas na Terra e Marte, 
mas diferente daquelas encontradas nos 
condritos carbonáceos. Devem ter 
provindo do Sistema Solar interno.
Acondritos
● São meteoritos rochosos desprovidos de 
côndrulos. Sua estrutura cristalina 
evidencia elevado metamorfismo e lento 
resfriamento. São semelhantes a rochas 
magmáticas terrestres.
● Seriam condritos transformados em 
acondritos?
– Os minerais existentes nos acondritos se 
assemelham àqueles que seriam 
produzidos pela liquefação dos condritos.
– Espera-se menor abundância de Fe nos 
acondritos, devido à diferenciação do 
corpo pai.
– A maioria dos acondritos são brechas: 
formaram-se durante o fluxo de magma 
na superfície dos corpos pai.
Siderólitos (ferro-rochosos)
● São divididos em: palasitas e 
mesossideritos, dependendo de que 
minerais estão na parte de silicatos do 
meteorito.
● Os palasitas têm olivina como principal 
silicato. Olivinas são minerais típicos do 
manto planetário.
● Os mesossideritos têm plagioclásio e 
piroxênio como principais silicatos. São 
mineirais abundantes em lavas crostais.
● A mistura de rocha e ferro nesses 
meteoritos requer que a rocha entrou em 
contato com o material do caroço do corpo 
pai já diferenciado.
Sideritos (ferrosos)
● Compõem os mais famosos 
meteoritos para o público 
leigo, uma vez que se 
mostram como rochas 
realmente estranhas à 
geologia crostal da Terra.
● Têm estrutura cristalina e 
bastante quantidade de Ni. 
São amostras do interior de 
corpos pais plenamente 
diferenciados.
Meteoritos de Brecha
 
Corpos Parentais
 
25143 Itokawa
433 Eros
243 Ida e 
Dactyl (243 Ida I)
 
Padrões Composicionais
● Através do espectro de reflexão no infravermelho, 
podemos medir a composição da superfície dos 
asteróides e criar uma classificação taxonômica destes:
 
Asteroides e Meteoritos
● Espectros de reflexão de algumas classes de asteroides são 
muito semelhantes a de certos tipos de meteoritos.
● Uma vez que meteoritos são fragmentos de planetésimos, 
assim como os asteroides, é tentador descobrir de que 
asteroides provém as amostras meteoríticas atualmente 
conhecidas. 
 
Zonas de Pequenos Corpos no Sist.Solar
● As classes taxonômicas de asteróides parecem estar correlacionadas com 
sua posição no Sistema Solar.
– No Cinturão Interno temos principalmente asteróides E e S. No meio do 
Cinturão, dominam os de classe M. Os de classe C, P e D são maioria 
nas partes externas, bem como no Cinturão de Kuiper.
● Os asteróides P e D são consideravelmente avermelhados. 5145 
Pholus é tão vermelho quanto Marte! A cor vermelha deve ser 
causada por uma mistura de material carbonáceo com gelos.
– Núcleos cometários geralmente têm classe C, P ou D.
 
Famílias de Hirayama
● Hirayama descobriu que os muitos asteróides se aglomeram no 
espaço de parâmetros orbitais; i.e., seguem órbitas similares. Esse 
resultado indica que as famílias sejam compostas por fragmentos de 
colisões asteroidais.
● Há disputa sobre número total de famílias existentes. Cerca de 100 
foram propostas.
● Espectros e cores de membros das maiores famílias reforçam a 
hipótese de uma origem comum.
 
Cometas Asteroidais ou Asteróides Cometários
● A separação entre asteróides e cometas começou a perder 
sentido quando descobriu-se que observações telescópicas 
mostraram que cometas inativos são indistintos de asteróides.
– O asteróide 4015, descoberto em 1979, mostrou-se ser nada mais nada menos 
que o cometa Wilson-Harrington, descoberto 30 anos antes.
– Em 1988, o asteróide mais distante então 
conhecido, 2060 Chiron, aproximou-se mais do 
Sol e acabou apresentando atividade cometária. 
Atualmente é o maior cometa conhecido, com 
núcleo 15 vezes maior do que o do Halley.
• Análises indicam que cometas 
possuem composição típica dos 
planetésimos que se formaram no 
sistema solar externo.
 
Natureza Física dos Asteróides e Cometas
● Cometas e asteróides foram visitados na última década 
por algumas sondas espaciais. 
● Todos os asteróides visitados apresentam superfície 
saturada de crateras. Os próprios asteróides parecem 
ser modelados pelas crateras e marcas de colisão.
– O solo de asteróides é coberto por regolito, formado 
pela pulverização de rochas durante colisões.
● Fotos de núcleos cometários possuem menos 
resolução, devido à nebulosidade da coma. Os núcleos 
apresentam formato irregular, com superfície fissurada.
 
Pilhas de Detritos (Rubble Piles)
● Algunsasteróides são compostos pela agregação irregular de fragmentos, em 
vez de serem corpos sólidos (monolitos). Possuem baixa densidade (por vezes 
menor do que a de meteoritos), devido à existência de cavidades entre os 
fragmentos. Asteróides desse tipo são chamados de Pilhas de Detritos (Rubble 
Piles). Estima-se que a coalescência que os gera, após a fragmentação, dure 
entre algumas horas a várias semanas. 
● 25143 Itokawa é um exemplo de pilha de detritos. Sua superfície não 
apresenta nenhuma cratera de impacto óbvia, mas um amontoado de 
fragmentos desorganizados. 
Regolito na superfície de 433 Eros 25143 Itokawa
• Alguns asteróides 
alongados podem 
ser considerados 
binários de 
contacto, com 
detritos 
preenchendo a 
região de interseção 
entre os dois. 
 
Luas de Asteróides e Formas Compostas
● 243 Ida foi o primeiro asteroide ao redor 
do qual se descobriu um satélite. Antes 
disso, observações de ocultações de 
estrelas por asteróides já tinham 
levantado suspeitas acerca da existência 
de luas de asteróides.
● Além disso, alguns asteróides possuem 
forma bilobulada ou são binários. 
● Asteróides binários, bilobulados e luas de 
asteróides devem resultar do mesmo 
fenômeno: fragmentação.
● Satélites binários evoluem rapidamente 
(~105 Ga) por efeitos de maré, colidindo 
com o parceiro ou deste escapando.
90 Antiope
 
Formação de cometas e asteróides
 
Composição dos pequenos corpos
 
O Fenômeno dos cometas ativos
● Quando cometas aproximam-se 
do Sol, material de sua 
superfície começa a volatizar-se. 
Uma vez que a quantidade de 
voláteis nesses corpos é muito 
grande, o material que evapora 
forma uma extensa atmosfera, 
que se alonga na direção de 
movimento do cometa, 
formando um tipo de cauda.
● A cauda sempre aponta para a 
direção oposta ao Sol.
● Em função disso, a maioria dos 
grandes cometas são 
observados logo após o ocaso 
ou antes da alvorada.
 
Estrutura de cometas
● Cometas ativos 
possuem um 
núcleo sólido 
envolto por uma 
atmosfera em 
evaporação, 
chamada coma.
● Os gases que 
escapam 
distribuem-se na forma de uma extensa cauda que aponta na 
direção contrária a do Sol. Assim, quando o cometa se afasta 
do Sol, as caudas seguem à dianteira do núcleo.
• Pequenas partículas também escapam do núcleo, devido à 
erosão deste pela radiação solar. 
 
Caudas
● Cometas têm dois tipos de cauda:
– Tipo I: estrutura reta, geralmente 
raiada, composta por íons: CO+, N+2 e 
CO+2, entre outros. Apresenta 
espectro de linhas de emissão. Segue 
a direção do vento solar.
– Tipo II: larga e difusa, composta por 
pequenas partículas que se 
desprendem do cometa e seguem 
órbita kepleriana, afetadas pela 
pressão de radiação solar. 
Apresentam espectro solar de 
reflexão.
● Alguns cometas apresentam um tipo de 
anticauda, à frente do núcleo. Essa 
cauda é um efeito de projeção. É parte 
da cauda do cometa, quando este é 
visto num ângulo diferente de 90°. Cometa Hale-Bopp
Caud
a iôn
ica
Cauda e anticauda do cometa C/2002 T7 (LINEAR) 
 
Caudas
● A extensão e 
curvatura da 
cauda de 
poeira está 
associada à 
dimensão 
das 
partículas 
ejetadas 
pelo 
cometa.
 
Fragmentação e Evaporação de Cometas
● A volatização do núcleo cometário pode levar a 
sua fragmentação, com subsequente extinção 
do cometa após a passagem periélica.
Cometa 73P / Schwassmann-Wachmann 3 (em 2006)
 
Composição do material cometário sólido
● Determinou-se que gelo de H2O é o composto 
principal do núcleo dos cometas. Gelos de CH4 e 
NH3 também são componentes importantes.
● Medidas mais específicas foram feitas pela 
primeira vez pela Giotto, que sobrevôou o 
núcleo do Halley. 
– Para o Halley, mediu-se que o núcleo possui 
80% de H2O, 10% de CO, 3.5% de CO2, e 
poucos % de formaldeído e outros 
compostos.
– Nas partículas ejetadas pelo Halley, 
encontrou-se compostos ricos em C, O, H e 
N, e alguns óxidos, bem como compostos 
orgânicos fuliginosos, típicos de condritos 
carbonáceos
 
Deep Impact
● No dia 4 de Julho de 2006, 
a sonda Deep Impact 
lançou uma mini-sonda 
contra a superfície do 
cometa Tempel 1. O 
objetivo era provocar uma 
nuvem de detritos que 
pudesse ser analisada por 
instrumentos da sonda e na 
Terra, bem como somar-se 
aos fogos de artifício em 
solo que comemoravam o 
dia da Independência 
Estadunidense.
13s após impacto
“We have known for a long time that water 
ice exists in comets, but this is the first 
evidence of water ice on comets,” Jessica 
Sunshine, Deep Impact co-investigator.
 
Principais Chuvas de Meteoros
 
Luz Zodiacal
● Tênue luz distribuída ao 
longo do plano da 
eclíptica, gerada pela 
reflexão da luz solar por 
partículas micrométricas 
espalhadas pelo meio 
interplanetário.
 
Exploração de Asteróides
● A exploração comercial de 
asteróides deve tornar-se factível 
num futuro não muito distante, 
uma vez que:
– Asteróides fornecem minérios 
com grande teor de pureza.
– Alguns asteróides passam 
próximo à Terra.
– São fáceis de atingir e têm 
pequena velocidade de 
escape.
– Fornecem matéria prima 
abundante para a criação de 
habitats espaciais.
– Podem ser alvo de turismo 
espacial
 
Oportunidade Asteroidal
● Os meios de comunicação dão ênfase à ameaça 
asteroidal, enquanto ignoram as oportunidades 
econômicas.
– Os mineirais asteroidais contêm condensados em sua forma 
primitiva, i.e., separar os elementos químicos deve ser mais 
fácil do que no caso de rochas terrestres ou mesmo lunares.
– Alguns asteróides são feitos de uma liga pura de Ni e Fe.
– Asteróides podem ser tornar depósito de lixo industrial e 
radioativo.
– Estima-se que o conteúdo de Fe e Ni em um asteróide rochoso 
típico valha entre 100 bilhões a 4 trilhões de dólares.
– Exploração mineral de asteróides pode reduzir a taxa de 
poluição do meio ambiente terrestre.
 
Ameaça Asteroidal
● Apesar das possibilidades econômicas, a ameaça ao 
planeta por colisões asteroidais não pode ser 
desprezada.
● Colisões entre a Terra e grandes asteróides são 
raras, mas, quando acontecem, produzem 
catástrofes em larga escala, que podem mesmo 
dizimar a civilização humana.
● O desaparecimento dos grandes répteis, há 65 Ma 
atrás é tomado como exemplo de um problema a ser 
evitado. Esse desaparecimento é considerado 
resultado de uma colisão asteroidal.
 
Transição KT
● Camadas geológicas da Terra permitem 
traçar uma cronologia de eventos 
marcantes em eras passadas tais como 
grandes incêndios, inundações e 
extinções em massa. 
● Uma camada que recebe muita atenção 
do público leigo é a transição KT, entre o 
cretáceo e o terciário, durante o período 
de extinção dos dinossauros. 
● Estudos indicam que essa camada 
apresenta uma sobreabundância 
anormal de irídio. Uma hipótese é que o 
irídio provenha de um gigantesco 
meteorito cujo impacto com a Terra 
extinguiu os dinossauros e outras formas 
de vida de então.
 
Regiões do globo onde quartzo comprimido foi 
encontrado em associação com a transição KT
 
Shoemaker-Levy 9
● A colisão do cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter, em 
1994, é um lembrete de que colisões entre asteróides e 
planetas não é ficção hollywoodiana.
Observações no infravermelho
 
NEOs: Asteróides Rasantes
● Um NEO (Near-Earth Object) é um 
asteroide ou cometa que passe 
perto da Terra. Também são 
chamados de rasantes.
● Dividem-se em três grupos: 
Apollos, Amores e Atens, em 
função de suas propriedades 
orbitais.
● Até 04/2011, conhecia-se 7954 
NEOs: 87 cometas, 647 Atens, 
2920 Amores e 4289 Apollos. 
– O maior risco é oferecido pelos 
Apollos, que cruzam aórbita 
terrestre
Tunguska, 1908
Chelyabinsk, 2013
 
Escala de Torino
 
Escala de Torino
 
Alimente a sua paranoia!
● Se você é desconfiado e quer estar sempre 
prevenido, visite regularmente 
http://neo.jpl.nasa.gov/risk/
 
Escolha a sua catástrofe!
● O universo é uma terra sem lei. Há diversos perigos 
à espreita de uma civilização, que envolvem:
– Erupções e atividade magnética da estrela 
central
– Novas, supernovas
– Explosões de raios gama
– Buracos negros
● Esses eventos já afetaram o passado da Terra. Nós 
só não os vemos afetar nossa civilização 
diretamente porque o tempo de vida dela é curto 
perante a escala de tempo desses eventos cósmicos.
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