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LP I Apostila teorica

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� PAGE \* MERGEFORMAT �1�
 ESAMC- UBERLÂNDIA
LÍNGUA PORTUGUESA I
TEORIA
 
1º. PERÍODO - 22017
Dra LURDES LUCENA
DIVISÃO DOS MÓDULOS:
Módulo I – Nova Ortografia.............................................................p.03
Módulo II – Concordância nominal................................................p.14
Módulo II – Concordância verbal
Módulo III – Regência Nominal.......................................................p.25
Módulo III – Regência Verbal
Módulo IV – Emprego e função dos Pronomes............................p.32
Módulo IV – O uso da vírgula.........................................................p.40
Módulo IV – Crase...........................................................................p.51
Módulo V – Problemas gerais da norma culta da língua portuguesa......................................................................................p.53
Módulo I – Nova Ortografia
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?typePag=novaortografia
Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA
Saiba o que mudou na ortografia brasileira
Versão atualizada de acordo com o VOLP por Douglas Tufano (Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo número 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.
Este guia foi elaborado de acordo com a 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras em março de 2009. 
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z 
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
	Como era
	Como fica
	agüentar
	aguentar
	argüir
	arguir
	bilíngüe
	bilíngue
	cinqüenta
	cinquenta
	delinqüente
	delinquente
	eloqüente
	eloquente
	ensangüentado
	ensanguentado
	eqüestre
	equestre
	freqüente
	frequente
	lingüeta
	lingueta
	lingüiça
	linguiça
	qüinqüênio
	quinquênio
	sagüi
	sagui
	seqüência
	sequência
	seqüestro
	sequestro
	tranqüilo
	tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
	Como era
	Como fica
	alcalóide
	alcaloide
	alcatéia
	alcateia
	andróide
	androide
	apóia
	(verbo apoiar)apoia
	apóio
	(verbo apoiar)apoio
	asteróide
	asteroide
	bóia
	boia
	celulóide
	celuloide
	clarabóia
	claraboia
	colméia
	colmeia
	Coréia
	Coreia
	debilóide
	debiloide
	epopéia
	epopeia
	estóico
	estoico
	estréia
	estreia
	estréio (verbo estrear)
	estreio
	geléia
	geleia
	heróico
	heroico
	idéia
	ideia
	jibóia
	jiboia
	jóia
	joia
	odisséia
	odisseia
	paranóia
	paranoia
	paranóico
	paranoico
	platéia
	plateia
	tramóia
	tramoia
Atenção: Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
	Como era
	 Como fica
	baiúca
	 baiuca
	bocaiúva
	 bocaiuva*
	cauíla
	 cauila**
 *  bacaiuva = certo tipo de palmeira
 **cauila = avarento 
Atenção:
se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). 
	Como era
	Como fica
	abençôo
	abençoo
	crêem (verbo crer)
	creem
	dêem (verbo dar)
	deem
	dôo (verbo doar)
	doo
	enjôo
	enjoo
	lêem (verbo ler)
	leem
	magôo (verbo magoar)
	magoo
	perdôo (verbo perdoar)
	perdoo
	povôo (verbo povoar)
	povoo
	vêem (verbo ver)
	veem
	vôos
	voos
	zôo
	zoo
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. 
	
Como era
	
Como fica
	Ele pára o carro.
	Ele para o carro.
	Ele foi ao pólo Norte.
	Ele foi ao polo Norte.
	Ele gosta de jogar pólo.
	Ele gosta de jogar polo.
	Esse gato tem pêlos brancos.
	Esse gato tem pelos brancos.
	Comi uma pêra.
	Comi uma pera.
Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
OBS.: Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: 
se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. 
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. 
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos. 
USO DO HÍFEN COM COMPOSTOS
1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como 
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d'água, pé-d'água.
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: 
Belo Horizonte - belo-horizontino
Porto Alegre - porto-alegrense
Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte
África do Sul - sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia. 
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
2. Usa-se o hí​fen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
micro-ondas
anti-inflacionário
sub-bibliotecário
inter-regional
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos: 
autoescola
antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
minissaia
antirracismo
ultrassom
semirreta 
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos:
sub-região
sub-reitor
sub-regional 
sob-roda
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos:
circum-murado
circum-navegação
pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-rei
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
cosseno
5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos:
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição 
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos:
ad-digital
ad-renal
ob-rogar
ab-rogar 
Outros casos do uso do hífen 
1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos:
(acordo de) não agressão
(isto é um) quase delito
2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:
mal-entendido
mal-estar
mal-humorado
mal-limpo 
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos:
capim-açu
amoré-guaçu
anajá-mirim 
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos:
ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo
5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta- -se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex- alunos.
.........................................................................................................................
http://www.reformaortografica.net/uso-do-hifen-com-prefixos/
I Parte –
Uso do hífen com prefixos:
1ª) Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA e ULTRA, segundo o novo acordo ortográfico, só devemos usar hífen se a palavra seguinte começar por “h” ou vogal igual à vogal final do prefixo:
auto-hipnose, auto-observação; contra-almirante, contra-ataque; extra-hepático; infra-assinado, infra-hepático; intra-adnominal, intra-hepático; neo-hamburguês; proto-história, proto-orgânico; semi-inconsciência, semi-interno, supra-anal, supra-hepático; ultra-aquecido, ultra-hiperbólico.
Observação:
Com as demais letras, devemos escrever “tudo junto”, sem hífen (pela regra antiga, usávamos hífen quando a palavra seguinte começava por H, R , S e qualquer vogal):
1 ) autoadesivo, autoanálise, autobiografia, autoconfiança, autocontrole, autocrítica, autodestruição, autodidata, autoescola, autógrafo, autoidolatria, automedicação, automóvel, autopeça, autopiedade, autopromoção, autorretrato, autosserviço, autossuficiente, autossustentável, autoterapia;
2 ) contrabaixo, contraceptivo, contracheque, contradança, contradizer, contraespião, contrafilé, contragolpe, contraindicação, contramão, contraordem, contrapartida, contrapeso, contraponto, contraproposta, contraprova, contrarreforma, contrassenso, contraveneno;
3 ) extraconjugal, extracurricular, extraditar, extraescolar, extragramatical, extrajudicial, extraoficial, extrapartidário, extraterreno, extraterrestre, extratropical, extravascular.
4 ) infracitado, infraestrutura, inframaxilar, infraocular, infrarrenal, infrassom, infravermelho, infravioleta;
5 ) intracelular,intracraniano, intracutâneo, intragrupal, intralinguístico, intramolecular, intramuscular, intranasal, intranet, intraocular, intrarracial, intratextual, intrauterino, intravenoso, intrazonal;
6 ) neoacadêmico, neobarroco, neoclassicismo, neocolonialismo, neofascismo, neofriburguense, neoirlandês, neolatino, neoliberal, neologismo, neonatal, neonazista, neorromântico, neossocialismo, neozelandês;
7 ) protocolar, protoevangelho, protofonia, protagonista, protoneurônio, prototórax, protótipo, protozoário.
8 ) pseudoartista, pseudocientífico, pseudoedema, pseudofilosofia, pseudofratura, pseudomembrana, pseudoparalisia, pseudopneumonia, pseudópode, pseudoproblema, pseudorrainha, pseudorrepresentação, pseudossábio;
9 ) semiaberto, semialfabetizado, semiárido, semibreve, semicírculo, semiconsciência, semidestruído, semideus, semiescravidão, semifinal, semiletrado, seminu, semirreta, semisselvagem, semitangente, semitotal, semiúmido, semivogal;
10 ) supracitado, supramencionado, suprapartidário, suprarrenal, suprassumo, supravaginal;
11 ) ultracansado, ultraelevado, ultrafamoso, ultrafecundo, ultrajudicial, ultraliberal, ultramarino, ultranacionalismo, ultraoceânico, ultrapassagem, ultrarradical, ultrarromântico, ultrassensível, ultrassom, ultrassonografia, ultravírus.
II PARTE – 
 Com os prefixos ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE, só devemos usar hífen se a palavra seguinte começar com “h” ou vogal igual à vogal final do prefixo (pela regra antiga, usávamos o hífen quando a palavra seguinte começava por H, R ou S):
1 ) antebraço, antecâmara, antecontrato, antediluviano, antegozar, ante-histórico, antejulgar, antemão, anteontem, antepenúltimo, anteprojeto, anterrepublicano, antessala, antevéspera, antevisão;
2 ) antiabortivo, antiácido, antiaéreo, antialérgico, anticapitalista, anticlímax,
anticoncepcional, antidepressivo, antidesportivo, antiético, antifebril, antigripal, anti-hemorrágico, anti-herói, anti-horário, anti-imperialismo, anti-inflacionário, antimíssil, antiofídico, antioxidante, antipatriótico, antirrábico, antirradicalista, antissemita, antissocial, antiterrorismo, antitetânico, antivírus;
3 ) arquibancada, arquidiocese, arquiduque, arqui-hipérbole, arqui-inimigo, arquimilionário, arquipélago, arquirrival, arquissacerdote;
4 ) sobreaviso, sobrebainha, sobrecapa, sobrecarga, sobrecomum,sobrecoxa, sobre-erguer, sobre-humano, sobreloja, sobremesa, sobrenatural, sobrenome, sobrepasso, sobrerrenal, sobrerroda, sobressaia, sobressalto, sobretaxa, sobretudo, sobreviver, sobrevoo.
Fonte: Sérgio Nogueira
Módulo II – CONCORDÂNCIA
CONCORDÂNCIA NOMINAL
 A concordância nominal trata basicamente da harmonia que se estabelece entre as palavras que formam um grupo nominal, ou seja, entre um substantivo (ou um pronome que o represente) e seus modificadores (adjetivo, artigo, numeral ou particípio).
 Veja este verso de Belchior:
 “Eu sou apenas um rapaz latino-americano.” 
 No exemplo acima, temos um predicativo do sujeito (qualifica o sujeito eu) formado pelas palavras um rapaz latino-americano, cujo núcleo é substantivo rapaz que aparece modificado pelo artigo indefinido masculino um e pelo adjetivo latino-americano.
 Se substituíssemos o substantivo rapaz pela forma plural rapazes: 
Nós somos apenas uns rapazes latino-americanos.
 Se no lugar de rapaz, moça:
Eu sou apenas uma moça latino-americana. 
 Podemos perceber que o artigo e o adjetivo concordam em número (singular/plural) e gênero (masculino/feminino) com o substantivo.
 A concordância nominal é fundamental para a compreensão de texto. 
Leia o poema O sonho da razão, de Nelson Ascher:
O encéfalo apodrece mais sólida que, dentro
mais rápido que a pele, do rim, a pedra quando
a carne e toda espécie em desenvolvimento
de víscera, pois nele, vai se cristalizando,
mais lógica que, dente mais súbita que, veia 
abaixo, a cárie a fio afora, enfim maduro,
que enche inteiramente coágulo que freia 
o cheio do vazio, o sangue ao vir a furo,
mais viva que lombriga entranha-se entrementes,
que, dado o seu contínuo como se apenas fora
alongamento, abriga-se um cálculo inerente 
ao longo do intestino, ao cérebro, a memória.
 A concordância nominal é importante para a identificação do que poderíamos chamar de tema principal.
 Observamos que há, a partir da segunda estrofe, adjetivos – lógica, viva, sólida, súbita – todos no feminino e no singular.
 A que ou a quem eles se referem?
 O termo a que se vinculam esses qualificadores (ou modificadores, ou ainda, determinantes) do substantivo aparece no fim, será a última palavra do poema: memória. 
 memória: substantivo, feminino, singular.
 Para que o texto fique claro, faremos um exercício:vamos desmontá-lo e estruturá-lo em outra ordem. Este trabalho será realizado em grupos.
Regras básicas:
 1 - Adjetivo ou pronome modificando apenas um substantivo: 
Seus pés estão gelados!
Há razões bastantes para denunciá-lo.
Minha lapiseira é amarela.
Nossos filhos cresceram saudáveis.
 O princípio básico é claro: as palavras que modificam, determinam, qualificam o substantivo- adjetivos, pronomes, numerais, artigos- devem concordar em número e gênero com esse substantivo.
2 – adjetivo ou pronome modificando dois ou mais substantivos:
Quando o adjetivo vem antes dos substantivos – o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo:
Percorreu tortuosas veredas e caminhos.
Percorreu tortuosos caminhos e veredas.
Nossa moto e carro vivem na garagem.
Nosso carro e moto vivem na garagem.
 Quando se relaciona com dois (ou mais) nomes próprios o adjetivo anteposto vai para o plural:
 Ex. O Santos daquele tempo tinha os imprevisíveis Pelé e Coutinho; o Palmeiras, os inseparáveis Dudu e Ademir. 
A regra anterior também vale para substantivos que indicam parentesco.
Ex. Conheci as belas mãe e filha.
Eram parecidíssimos o tio e a sobrinha.
Quando o adjetivo é colocado depois de dois ou mais substantivos, há duas possibilidades de concordância: 
O adjetivo vai para o plural, no masculino, se pelo menos um substantivo for masculino; ou para o plural, no feminino, se todos os substantivos forem femininos. Ex.
 Ele age com calma e rigor britânicos.
 Ele age com rigor e calma britânicos.
 Ele age com calma e precisão britânicas.
b) O adjetivo concorda apenas com o último substantivo, independentemente de seu gênero e número: 
Ele age com calma e rigor britânico.
Ele age com rigor e calma britânica.
Ele age com calma e fleuma britânica.
Ele usava cinto e jaqueta preta.
Ele usava jaqueta e cinto preto.
Ele usava sapatos e meias pretas.
Expressões que merecem destaque: 
As expressões é proibido, é necessário,é bom, etc. – essas expressões formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem tem sentido genérico (portanto, não precisa de artigo):
 “Sopa num dia quente?
 Sopa é bom no frio!”
A palavra sopa não foi especificada, não foi determinada.
Que sopa? Qualquer sopa, ou seja, sopa no sentido genérico, neutro, vago.
Diferente seria se especificássemos o substantivo sopa:
Sua sopa é maravilhosa/ A sopa é boa.
Vejamos outros exemplos:
Entrada é proibido  
Água é bom  
Foi preciso paciência  
É necessário liberdade.
Quando certas expressões como : é bom  -  é necessário  -  é preciso  -  é proibido  e outras  são empregadas genericamente, ouseja, SEM DETERMINANTE OU ESPECIFICAÇÃO, devem permancer INVARIÁVEIS.
	Exs. - Entrada é proibido  -  água é bom  -  foi preciso paciência  -  é necessário liberdade.
b) meio/meia – Quando essas palavras exercem a função de numeral, apresentam a mesma concordância do adjetivo:
Comprou meio quilo de arroz.
Comprou meia dúzia de laranjas.
Nós chegaremos ás duas e meia. (duas horas + meia hora)
A Micareta começará à meia noite e meia. (meia noite + meia hora)
Vou encontrá-la ao meio dia e meia.
E não:
Vou encontrá-la ao meio dia e meio.
Em português o adjetivo é modificado pelo advérbio.
O advérbio de intensidade meio é invariável, ou seja, tem forma fixa:
Ela está meio cansada.
E não:
Ela está meia cansada
c) Bastante/caro/barato/longe – Essas palavras podem exercer a função de adjetivo ou de advérbio. No primeiro caso, fazem concordância normal dos adjetivos; no segundo, são invariáveis:
 “Entre mim e mim, há vastidões bastantes para a navegação dos desejos afligidos” (Cecília Meireles)
 (bastantes = adjetivo, equivalente a muitas, muitos)
 Este caso de amor está bastante complicado.
 (bastante = advérbio de intensidade: invariável)
“Meu caro amigo me perdoe, por favor,
se eu não lhe faço uma visita(...)” (Chico Buarque e Francis Hime)
( caro = adjetivo: variável) Caros amigos, (...)
“ Quando foi pagar a conta do colégio, o pai de família estranhou:
_ Nunca pensei que o estudo custasse tão caro!
E o filho acrescentou:
_ Imagine, papai, que eu sou até dos que estudam menos.”
(Barão de Itararé)
(caro = advérbio: invariável)
d) Mesmo, mesma – usada para enfatizar um pronome ou um substantivo, a palavra mesmo é variável, ou seja, deve concordar em gênero e número com o termo enfatizado:
Eu mesma fiz essa toalha. (mulher)/Eu mesmo fiz o jantar.(homem)
Elas mesmas conduziram as crianças.
Nós mesmas vamos falar com o prefeito.
Nós mesmos estivemos na festa. (homens)
Nós mesmos fizemos a limpeza. (homens e mulheres)
A palavra mesmo pode significar realmente, nesse caso é invariável:
Elas fizeram mesmo o que prometeram?
e) obrigada/obrigado – 
O homem deve agradecer, dizendo obrigado.
A mulher deve agradecer, dizendo obrigada.
Quando dizemos obrigado, queremos dizer exatamente isso: que assumimos a obrigação retribuir, admitimos que temos uma obrigação para com a pessoa que lhe fez um favor, uma gentileza.
Importante: Qual a resposta que se dá a quem diz “obrigado!” ou “obrigada!”?
Deve-se dizer: “Obrigado eu!” ou “Obrigada eu” – reforçando o sentimento de que se sente grata (o), feliz por ter prestado tal favor.
f) anexo/anexa – anexo é um adjetivo como outro qualquer, concordando, dessa forma, em gênero e número com o substantivo a que se refere.
Observe um erro muito comum:
Segue anexo as fotocópias.
Nesse exemplo verificamos um erro de concordância verbal e outro de concordância nominal. 
Como podemos explicar tais erros?
Resposta:
O sujeito é as fotocópias, e a palavra anexo (adjetivo) deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere, portanto a frase correta é:
Seguem anexas as fotocópias.
Inútil / Ultraje a Rigor
Inútil
A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que a gente é indigente
Inútil
A gente somos inútil
A gente faz carro e não pode guiar
A gente faz trilho e não tem trem pra botar
A gente faz filho e não consegue criar
A gente pede grana e não consegue pagar
Inútil
A gente somos inútil
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 O verbo altera suas desinências para se ajustar em pessoa e número com seu sujeito.
 Considerando-se os termos essenciais de uma oração (o sujeito é o “ser de quem se declara algo e o predicado é “a declaração que se refere ao sujeito”), há uma íntima relação entre os dois termos ( sujeito e predicado).O verbo sempre faz parte do predicado, desta forma, deve sempre concordar em número e pessoa com o sujeito, tornando-se fundamental reconhecer o núcleo do mesmo.
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra dançar
Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram –se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz
(Valsinha. Chico Buarque de Holanda e Vinícius de Moraes, 1970) 
Importante: 
O verbo concorda com o sujeito mesmo que este venha deslocado:
Faltaram, ontem, cinco pessoas.
Sucederam, ontem, problemas.
 Concordância do sujeito composto formado de pessoas diferentes
Quando o sujeito composto é formado de pessoas diferentes e entre elas há primeira pessoa, o verbo irá obrigatoriamente para a primeira pessoa do plural:
Eu, tu e ele resolvemos o exercício.
O professor, tu e eu saímos apressados.
No caso de o sujeito composto ser formado de segunda e terceira pessoas, o verbo poderá ir para a segunda ou terceira pessoa do plural:
Tu e teu colega chegastes cedo.
Tu e teu colega chegaram cedo.
 
Concordância do verbo ser
O verbo ser apresenta uma concordância particularíssima, já que, muitas vezes, ele deixa de concordar com o sujeito para concordar com o seu predicativo.
O verbo ser concordará obrigatoriamente com o predicativo quando o sujeito for um dos pronomes interrogativos: quem ou que.
Que são debêntures?
Quem foram os autores da obra?
 O verbo ser concordará obrigatoriamente com o predicativo quando indicar tempo, data ou distância:
É uma hora.
É primeiro de maio.
São duas horas.
São dez de julho.
É um quilômetro.
São dois quilômetros.
Note que, na indicação de tempo ou distância, o verbo ser concorda com o primeiro numeral que aparecer;
É uma hora e trinta minutos.
Já são dez para a uma.
É bem mais de uma hora.
 Quando o predicado for um pronome pessoal ou nome de pessoa, o verbo ser concordará obrigatoriamente com o predicativo:
Os autores do projeto somos nós.
As esperanças da seleção era Ronaldinho.
Havendo dois substantivos comuns de números diferentes no sujeito e no predicativo, o verbo ser concordará, de preferência, com aquele que estiver no plural:
O mundo são estas ilusões.
Importante: Faz-se a concordância com o sujeito quando se quer dar destaque a esse elemento:
O rebanho é meus pensamentos. (Fernando Pessoa) 
Quando o sujeito do verbo ser for o pronome indefinido tudo, ou os demonstrativos neutros isto, isso, aquilo, a concordância se fará, de preferência, com o predicativo.
Tudo são flores.
Isto são sintomas menos graves.
Aquilo eram lembranças de um triste passado.
Quando o sujeito é um coletivo o verbo deve ficar no singular:
A multidão aplaudiu com entusiasmo a linda jogada.
 Quando o coletivo vier especificado ou seja um coletivo partitivo que venha especificado, o verbo pode ficar no singular (conforme a regra), ou ir para o plural.
A multidão de fanáticos torcedores aplaudiu (ou aplaudiram) a jogada.
A maioria dos torcedores aplaudiu (ou aplaudiram) a jogada.
Grande parte dos torcedores aplaudiu (ou aplaudiram) a jogada.
Concordância dos pronomes de tratamento
Os pronomes de tratamento concordam sempre em terceira pessoa:
Vossa Excelência não precisa preocupar-se com os outros.
Vossas Altezas conhecem muito bem os seus inimigos.Quando houver um adjetivo referente ao pronome de tratamento, ele deverá concordar com o sexo da pessoa representada por esse pronome:
Vossa Majestade está preocupado. ( o rei)
Vossa Majestade está preocupada. (a rainha)
Casos Importantes:
Cerca de, mais de um, etc: expressões que indicam quantidade aproximada – o verbo concordará com o substantivo que vem depois delas.
Cerca de mil pessoas compareceram.
Perto de trinta deputados perderam o mandato.
Mais de um governador assumiu a responsabilidade.
Nomes próprios: quando houver nomes próprios no plural a concordância depende do artigo, se não houver artigo, o verbo fica no singular:
Minas Gerais é um lugar de pessoas que têm topete.
No século vinte, os Estados Unidos dominaram a economia mundial. 
Porcentagens: expressões que indicam porcentagem seguidas de especificador – o verbo deve concordar com o especificador:
60% dos entrevistados preferem cinema.
60% da turma prefere música clássica.
1% da turma concordou com as mudanças.
1% dos entrevistados concordaram com as mudanças.
Sem o especificador:
60% preferem cinema.
1% concordou com as mudanças.
Voz passiva
Consertam-se relógios.
Relógios são consertados.
Vendem-se casas.
Casas são vendidas.
Aluga-se este imóvel.
Verbo haver no sentido de existir, ocorrer, acontecer: nunca deve ser usado no plural.
Existem/Há muitas pessoas que ignoram os fatos.
Ocorrem/Acontecem/Há muitos acidentes naquela rodovia.
Obs: os verbos auxiliares do verbo haver também seguem a mesma regra:
Devem existir/ deve haver muitas pessoas na sala.
Podem ocorrer/pode haver fortes pancadas de chuva. 
Verbo haver e fazer indicando tempo: o verbo fica no singular quando indica idéia de tempo decorrido:
Há anos não o vejo.
Havia meses que não o visitava.
Do mesmo modo, quando indica idéia de intervalo entre dois fatos, o verbo fazer permanece no singular: 
Faz três anos que não o vejo.
Faz vinte minutos que ela saiu.
Fazia dois meses que você não vinha aqui.
Obs: os verbos auxiliares seguem a mesma regra:
Vai fazer dez anos que ela foi embora.
Deve fazer quatro meses que não a vejo. 
Módulo III – REGÊNCIA
REGÊNCIA NOMINAL
 A regência nominal estuda os casos em que um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) exige um outro termo que lhe complete o sentido. Normalmente, o complemento de um nome vem iniciado por uma preposição. No que se refere à regência nominal, quase não há diferença de usos, se compararmos a língua culta com a língua popular. 
Abaixo, exemplos onde estão relacionados alguns nomes e as preposições exigidas por eles:
Alheio a, de hostil a, para
Apto a, para imune a
Contente com, de, por impossível de
Cruel com, para inútil a, para
Dedicado a junto a, de
Fácil de, para propenso a, para
Visita ao socorro ao
Namoro com aversão a, para, por
Dúvida acerca de horror a
Indeciso em satisfeito com, de
Exemplos: 
Está alheio a tudo. 
Está apto ao trabalho. 
Gente ávida por dominar. 
Contemporâneo da Revolução Francesa. 
É coisa curiosa de ver. 
Homem inepto para a matemática. 
Era propenso ao magistério. 
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint71.php
Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a". Veja: 
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
   Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
	Admiração a, por 
	Devoção a, para, com, por
	Medo a, de
	Aversão a, para, por
	Doutor em
	Obediência a
	Atentado a, contra
	Dúvida acerca de, em, sobre
	Ojeriza a, por
	Bacharel em
	Horror a
	Proeminência sobre
	Capacidade de, para
	Impaciência com
	Respeito a, com, para com, por
 
Adjetivos
	Acessível a
	Diferente de
	Necessário a
	Acostumado a, com
	Entendido em
	Nocivo a
	Afável com, para com
	Equivalente a
	Paralelo a
	Agradável a
	Escasso de
	Parco em, de
	Alheio a, de
	Essencial a, para
	Passível de
	Análogo a
	Fácil de
	Preferível a
	Ansioso de, para, por
	Fanático por
	Prejudicial a
	Apto a, para
	Favorável a 
	Prestes a
	Ávido de
	Generoso com
	Propício a
	Benéfico a
	Grato a, por
	Próximo a
	Capaz de, para
	Hábil em
	Relacionado com
	Compatível com
	Habituado a
	Relativo a
	Contemporâneo a, de
	Idêntico a
	Satisfeito com, de, em, por
	Contíguo a 
	Impróprio para
	Semelhante a
	Contrário a
	Indeciso em
	Sensível a
	Curioso de, por
	Insensível a
	Sito em
	Descontente com
	Liberal com
	Suspeito de
	Desejoso de
	Natural de
	Vazio de
Advérbios
	Longe de
	Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
...............................................................................................................
REGÊNCIA VERBAL
A regência verbal estuda a relação existente entre o verbo e seu complemento (objeto).
Todas as crianças gostam de sorvete.
Dizemos, nesse caso, que o verbo gostar rege (exige) um objeto indireto.
O garoto ganhou um brinquedo.
Nesse exemplo, o verbo ganhar rege o objeto direto.
Relembrando conceitos:
Os pronomes oblíquos o, a, os e as sempre funcionam como objeto direto.
	Encontrei o tesouro = Encontrei-o.
 Os pronomes oblíquos lhe e lhes sempre funcionam como objeto indireto.
	O garoto obedeceu ao pai = O garoto obedeceu-lhe.
Vamos estudar agora os verbos cujas regências causam mais dúvidas:
Verbo aspirar:
Aspirar no sentido de respirar, inalar é verbo transitivo direto, isto é exige um objeto sem preposição:o objeto direto.
A menina aspirou o leve perfume = A menina aspirou-o.
Aspirar no sentido de pretender, desejar é verbo transitivo indireto 
(exige objeto indireto iniciado pela preposição a).
O rapaz aspirava a uma vaga.
O verbo aspirar não admite os pronomes lhe e lhes como objeto. Utiliza-se a ele(s), a ela(s). 
Verbo assistir: 
 Assistir no sentido de ver, estar presente é verbo transitivo indireto. 
Exige objeto indireto iniciado pela preposição a.
A multidão assistiu ao jogo.
Obs: O verbo assistir no sentido de ver, estar presente não admite os pronomes lhe e lhes.
Assistiu ao filme = Assistiu a ele. 
Forma errada: Assistiu-lhe
Assistir no sentido de socorrer, prestar assistência é verbo transitivo direto.
O médico assistiu o doente.
Verbo agradar:
Agradar no sentido de contentar, satisfazer é verbo transitivo indireto (exige objeto indireto iniciado pela preposição a.) 
Sua atitude não agradou ao professor.
Agradar no sentido de acariciar, fazer carinho é verbo transitivo direto.
A criança agradava o pequeno animal.
Verbo visar:
 Verbo visar no sentido de pretender, ter em vista é transitivo indireto (exige objeto indireto iniciado pela preposição a).Você sempre visou a este cargo.
Obs: O verbo visar nesse sentido não admite os pronomes lhe e lhes que devem ser substituídos por a ele(s), a ela(s).
 Verbo visar no sentido de mirar, dirigir a pontaria é transitivo direto.
O atirador visava o alvo. 
Verbo querer:
Querer no sentido de desejar tomar posse é verbo transitivo direto.
O garoto queria o brinquedo.
O remédio era amargo, por isso ninguém o queria.
Querer no sentido de gostar, amar, querer bem é verbo transitivo indireto, portanto exige objeto indireto iniciado pela preposição a.
Ela sempre quis a minhas irmãs como a mim.
Essas são as pessoas a quem queremos bem.
Verbo obedecer e desobedecer:
Esses verbos são transitivos indiretos (exigem objeto indireto iniciado pela preposição a.)
Obedeceu ao pai.
 Os visitantes desobedeceram às regras do lugar.
 O rapaz obedeceu-lhe sem questionar.
Verbo pagar e perdoar:
Se esses verbos se referirem à pessoa, gente serão transitivos indiretos.
Eu paguei ao sorveteiro.
O homem perdoou à vendedora. 
Pagou-lhe na manhã seguinte.
Quando se referem a objetos, coisas, serão transitivos diretos.
Nós pagamos a conta.
Ele pagou-a.
A moça perdoou a dívida.
Muitas vezes são transitivos diretos e indiretos:
A menina pagou a conta ao sorveteiro.
A moça perdoou-lhe a dívida. 
Verbo preferir:
Esse verbo é transitivo direto e indireto:
Preferir alguma coisa a outra.
Eu prefiro salgados a doces.
Obs:
O verbo preferir não admite idéia de reforço, ou seja, o uso de expressões como mais/do que, mil vezes, muito mais:
Expressões erradas, redundantes:
Eu prefiro mais doces do que salgados.
 Preferimos mil vezes sair que ficar aqui.
Verbo simpatizar, antipatizar:
São verbos transitivos indiretos que exigem a preposição com:
Eu simpatizei com sua amiga.
A torcida antipatizou com o jogador.
Importante: Não se utiliza pronome oblíquo com estes verbos:
Eu me simpatizei com você - Errado
Verbos esquecer e lembrar:
Esses verbos são transitivos indiretos, portanto exigem a preposição de quando acompanhados de pronome oblíquo:
Eu me esqueci da festa.
Todos se lembraram do passado.
São verbos transitivos diretos, quando não acompanhados de pronome oblíquo:
Esqueci o caderno na sala.
Você lembrou a data?
Verbos informar, avisar e prevenir: 
O guarda avisou a moça do perigo. (Avisou-a do perigo) 
O guarda informou o fato à delegada. (Informou-lhe o fato)
Módulo IV – EMPREGO E FUNÇÃO DOS PRONOMES RELATIVOS 
O USO DOS PRONOMES RELATIVOS
Muitas vezes, temos duas informações a transmitir a respeito de alguém, alguma coisa:
 Eu conheço o menino. O menino ganhou o campeonato.
 Essas duas informações poderiam também ser transmitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma única frase formada por duas orações: 
 Eu conheço o menino que ganhou o campeonato. 
Observe que a palavra que substitui, na segunda oração, a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa é a função dos pronomes relativos.
Então, podemos dizer:
Pronomes relativos são os que se referem a um substantivo anterior a eles, substituindo-o na oração seguinte. 
Quadro dos pronomes relativos
O pronome relativo que:
 O relativo que é chamado relativo universal, pois seu emprego é extremamente amplo, substituindo antecedentes humanos ou não humanos, animados ou inanimados, podendo desempenhar as mais diversas funções sintáticas:
 “Eu sou a mosca que pousou na sua sopa
 Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar
 Eu sou a mosca que perturba o seu sono
 Eu sou a mosca no seu quarto a zumbizar”
 Raul Seixas
 
“Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou (...)”
 Renato Russo
O pronome relativo quem:
Refere-se à pessoas ou coisas personalizadas. É sempre precedido de preposição:
 A garota com quem saí ontem viajou para o Tibete.
 Eis o homem de quem somos admiradores.
“ (...) O dragão do amar reapareceu na figura de um bravo feiticeiro, 
 a quem a História não esqueceu (...)” João Bosco e Aldir Blanc
O relativo cujo(s), cuja(s):
Estabelece relação de posse entre dois substantivos:
O poeta de cuja obra falávamos foi premiado.
O poeta cuja obra nos fala da condição humana deixou muita saudades.
O livro cuja leitura foi recomendada pelos críticos está esgotado.
Pronome relativo onde:
Refere-se sempre a lugar, substitui a expressão em que:
Conheci o lugar onde você nasceu.
“Moro onde não mora ninguém,
 onde não passa ninguém,
 onde não vive ninguém,
 é lá onde moro
 que eu me sinto bem.”
 Martinho da Vila 
Quanto e quanta:
Só são pronomes relativos se estiverem precedidos dos indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s):
 Sempre conseguiu tudo quanto quis.
 Ele fez tanto quanto pediram.
........................................................................................................
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint37.php
EMPREGO E FUNÇÃO DOS PRONOMES RELATIVOS
O estudo das orações subordinadas adjetivas está profundamente ligado ao emprego dos pronomes relativos. Por isso, vamos aprofundar nosso conhecimento acerca desses pronomes.
1) Pronome Relativo QUE
O pronome relativo "que" é chamado relativo universal, pois seu emprego é extremamente amplo. Esse pronome pode ser usado para substituir pessoa ou coisa, que estejam no singular ou no plural. Sintaticamente, o relativo "que" pode desempenhar várias funções:
a) Sujeito: Eis os artistas que representarão o nosso país.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
Eis os artistas.
Os artistas (= que) representarão o nosso país.
                     Sujeito
b) Objeto Direto: Trouxe o documento que você pediu.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
Trouxe o documento 
Você pediu o documento (= que) 
                                       Objeto Direto
c) Objeto Indireto: Eis o caderno de que preciso.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
Eis o caderno. 
Preciso do caderno (= de que) 
                                      Objeto Indireto
 
d) Complemento Nominal: Estas são as informações de que ele tem necessidade.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
Estas são as informações. 
Ele tem necessidade das informações (= de que) 
                                                         Complemento nominal
 
e) Predicativo do Sujeito: Você é o professor   que muitos querem ser.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
Você é o professor.
Muitos querem ser o professor (= que)
                                                 Predicativo do Sujeito 
 
f) Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado.
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
Este é o animal.
Fui atacado pelo animal (= por que)
                                    Agente da Passiva
 
g) Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (adjunto adverbial de tempo).
Substituindo o pronome pelo antecedente, temos:
O acidente ocorreu no dia
Eles chegaram no dia. (= em que)
                                          Adjunto Adverbial de Tempo
Observação:  
Através dos exemplos citados, percebe-se que o pronome relativo deve ser precedido de preposição apropriada de acordo com a função que exerce. Na língua escrita formal, é sempre recomendável esse cuidado.
2)  Pronome Relativo QUEM
O pronome relativo "quem"   refere-se a pessoas ou coisas personificadas, no singular ou no plural. É sempre precedido de preposição, podendo exercer diversas funções sintáticas. Observe os exemplos:
a) Objeto DiretoPreposicionado: Clarice, a quem admiro muito, influenciou-me profundamente.
b) Objeto Indireto: Este é o jogador a quem me refiro sempre.
c) Complemento Nominal: Este é o jogador a quem sempre faço referência.
d) Agente da Passiva: O médico por quem fomos assistidos é um dos mais renomados especialistas.
e) Adjunto Adverbial: A mulher com quem ele mora é grega. 
3) Pronome Relativo CUJO (s), CUJA (s)
"Cujo" e sua flexões equivalem a "de que", "do qual" (ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das quais"), "de quem". Estabelecem normalmente relação de posse entre o antecedente e o termo que especificam, atuando na maior parte das vezes como adjunto adnominal e em algumas construções como complemento nominal. Veja:
a) Adjunto Adnominal: 
Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. (Não consigo conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente materiais).
b) Complemento Nominal: 
O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a leitura do livro)
	Atenção: 
Não utilize artigo definido depois do pronome cujo. São erradas construções como:
"A mulher cuja a casa foi invadida..." ou "O garoto, cujo o tio é professor..."
Forma correta:  "cuja casa" ou "cujo tio".
4) Pronome Relativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS
"O qual"," a qual"," os quais" e "as quais" são usados com referência a pessoa ou coisa. Desempenham as mesmas funções que o pronome "que"; seu uso, entretanto, é bem menos frequente e tem se limitado aos casos em que é necessário para evitar ambiguidade.  
Por Exemplo: 
Existem dias e noites, às quais se dedica o repouso e a intimidade.
O uso de às quais permite deixar claro que nos estamos referindo apenas às noites. Se usássemos a que, não poderíamos impor essa restrição. Observe esses dois exemplos:
a) Sujeito: 
Conhecemos uma das irmãs de Pedro, a qual trabalha na Alemanha.
Nesse caso, o relativo a qual também evita ambiguidade. Se fosse usado o relativo que, não seria possível determinar quem trabalha na Alemanha.
b) Adjunto Adverbial: 
Não deixo de cuidar da grama, sobre a qual às vezes gosto de um bom cochilo.
A preposição sobre, dissilábica, tende a exigir o relativo sob as formas " o / a qual", "os / as quais", rejeitando a forma "que".
5)  Pronome Relativo ONDE
O pronome relativo "onde" aparece apenas no período composto, para substituir um termo da oração principal numa oração subordinada. Por essa razão, em um período como "Onde você nasceu?", por exemplo, não é possível pensar em pronome relativo: o período é simples, e nesse caso, "onde" é advérbio interrogativo. 
Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em que, no qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão. 
Por Exemplo: 
Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz.
Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.
6) Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO
a) Quanto, quantos e quantas: são pronomes relativos que seguem os pronomes indefinidos "tudo", "todos" ou "todas". Atuam principalmente como sujeito e objeto direto. Veja os exemplos: 
Tente examinar todos quantos comparecerem ao consultório. (Sujeito)
Comeu tudo quanto queria. (Objeto Direto)
b) Como e quando: exprimem noções de modo e tempo, respectivamente. Atuam, portanto, como adjuntos adverbiais de modo e de tempo. Exemplos: 
É estranho o modo como ele me trata.
É a hora quando o sol começa a deitar-se.
O USO DA VÍRGULA
http://www.brasilescola.com/gramatica
USO DA VÍRGULA
Uso da vírgula - Tire suas dúvidas
Apesar de parecer simples, o uso da vírgula é um elemento da escrita em que muitos tropeçam. E uma vírgula mal colocada, ou a falta dela, pode prejudicar completamente a clareza de um texto, tornando-o ambíguo e obscuro. Quer um exemplo? Veja então como estas duas frases têm sentidos totalmente diferentes apenas pela posição da vírgula. "Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro a sua procura". (um sentido). / "Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro a sua procura". (outro sentido). Portanto, ciente da importância do uso correto da vírgula, que tal saber mais e tirar suas dúvidas sobre o emprego desse sinal de pontuação?
Para falar a verdade, virgular bem não é fácil, porque é preciso ter um bom conhecimento de sintaxe. Acrescenta-se a isso o fato de o uso da vírgula ser uma matéria controvertida entre os gramáticos. Não existe unanimidade nem regras absolutas. Diante disso, faremos aqui um apanhado do que o uso geral vem sancionando.
Para começar, é imprescindível acabar com a lenda de que o uso da vírgula está relacionado à respiração. Esqueça isso! Se assim fosse, cada um iria usar a vírgula de um jeito, concorda? Na verdade, o emprego da vírgula depende da estrutura sintática da oração. Você não sabe nada de sintaxe ou esqueceu tudo o que o professor de Português falou naquelas aulas que pareciam enfadonhas? Sim? Então, vamos dar uma pequena revisada.
Todo termo, palavra ou expressão desempenha uma função no período, e é por meio da análise sintática que se reconhecem essas funções. Quais seriam essas funções? Entre outras, as seguintes:
Sujeito - é o ser de quem se diz alguma coisa ou que pratica a ação.
Predicado - é aquilo que se afirma do sujeito.
Predicativo - é o termo que exprime um atributo, um estado ou modo de ser do sujeito ou que se refere ao objeto de um verbo transitivo.
Objeto direto e indireto - são os complementos verbais.
Agente da passiva - representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo passivo.
Adjunto adnominal - é o termo que caracteriza ou determina os substantivos.
Adjunto adverbial - é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.).
Aposto - é uma palavra que explica, esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração.
Vocativo - é o termo usado para chamar o ser a que nos dirigimos.
Fizemos apenas uma síntese, e deve ter ficado meio confuso, não foi? Por isso e, para virgular com precisão, é imperioso que você se aprofunde na análise sintática. Não se esqueça de estudar os diversos tipos de períodos e de orações.
Continuando o desenvolvimento do nosso tema, vamos falar sobre as funções da vírgula.
Funções da vírgula
A vírgula, do mesmo modo que os demais sinais de pontuação, exerce três funções básicas:
Marcar as pausas e as inflexões da voz na leitura; (A lenda que relaciona uso da vírgula com respiração nasceu dessa função que ela desempenha, mas não há que se confundir entoação verbal com respiração, certo?)
Enfatizar e/ou separar expressões e orações;
Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambigüidade.
Antes de falarmos especificamente sobre os casos de uso da vírgula, é melhor esclarecermos quando ela não deve ser empregada. Para isso, é preciso que você saiba que o período segue uma seqüência lógica, também chamada de ordem direta ou ordem habitual, a saber: sujeito -> verbo -> complemento -> circunstâncias. Entenderam agora a necessidade de dominar a análise sintática? Bom, seguindo essa seqüência, sem interferência, não há vírgula, isto segundo a maioria dos gramáticos. Digo “maioria dos gramáticos” porque alguns afirmam que ela seria optativa antes das “circunstâncias” ou, gramaticalmente falando, antes dos adjuntos adverbiais. Ex.: Os policiais militares desencadearam a operação lei seca durante o jogo da seleção brasileira. (ordem direta, sem vírgula)
Sabendo disso, vamos ver os casos em que a vírgula não é usada.
CASOS DE USO DA VÍRGULA
USA-SE A VÍRGULA PARA:
1 - Assinalar o vocativo (é o termo com que se interpela/chama o ouvinte/interlocutor):Ex.: Sargento Mike, compareça ao local da ocorrência.
Cidadão, você será conduzido à delegacia da cidade.
2 - Assinalar o aposto (é o termo da oração que serve par explicar um termo anterior, identificando-o, esclarecendo ou qualificando-o):
Ex.: O comandante do batalhão, pessoa justa, não condenou o sindicado.
Inspetor Bugiganga, policial criativo, prendeu os criminosos.
3 - Precedendo termos de mesmo valor sintático. Observação: Quando o último elemento é introduzido pelas conjunções "e", "ou", "nem", não se usa a vírgula.
Ex.: Amor, fortuna, ciência, somente isso não traz felicidade.
Foram apreendidas armas de fogo, substâncias entorpecentes e bicicletas furtadas.
Nem a música, nem o cinema, nem o teatro têm a mesma magia do circo.
Um avião, um ônibus ou um automóvel não têm o mesmo charme de um trem.
4 - Precedendo orações coordenadas assindeticamente, isto é, sem uso de conjunções. Via de regra, são orações não introduzidas pela conjunção aditiva “e”.
Ex.: Aborde-o, reviste-o, algeme-o e prenda-o.
Teimou, insistiu, tornou a insistir e acabou sendo demitido.
Chegou a casa, sentou no sofá, ligou o televisor, buscou o canal certo, acomodou-se e assistiu ao filme.
5 - Entre as orações intercaladas:
Ex.: A guerra, disse o general, é uma defesa prévia.
A arma de fogo, disse o policial, é minha ferramenta de trabalho.
6 - Para marcar as orações subordinadas adjetivas explicativas:
Ex.: O carnaval, que é tradicional, a cada ano está mais perigoso.
A alma, que é imortal, integra-se ao cosmo.
7 - Entre expressões explicativas, continuativas, conclusivas, retificativas ou enfáticas de um modo geral (isto é, a saber, por exemplo, a meu ver, na minha opinião, digo, ou melhor, quer dizer, além disso, aliás, assim, com efeito, como dizer, demais, depois, enfim, então, no mais, ora, ou seja, ou antes, igualmente, pensando bem, pois bem, pois sim, por assim dizer, realmente, em suma, note-se bem, finalmente, em verdade, de fato, sim, não, etc.):
Ex.: O criminoso, digo, o cidadão infrator, foi detido às nove horas.
O governador, ou melhor, o excelentíssimo senhor governador, dará um aumento de 100% à classe policial.
Observação desse caso de uso da vírgula: Lembre-se de usá-la com "sim" e "não".
Ex.: Sim, um dia hei de morrer.
8 - Entre as conjunções coordenativas adversativas e conclusivas, quando pospostas/intercaladas (porém, contudo, entretanto, todavia, logo, portanto, etc.):
Ex.: O tiroteio, porém, continuava.
O sargento, portanto, foi homenageado.
9 - Nas datas e endereços:
Ex.: Belo Horizonte, 13 de novembro de 2008.
Rua da Alegria, nº 30.
10 - Para indicar zeugma (elipse/omissão de um ou mais termos anteriormente citados):
Ex.: Uns diziam que se suicidou; outros, que foi assassinado. (elipse do verbo “diziam”)
O dia estava quente; o sol, escaldante. (elipse do verbo “estava”)
Nós viemos da terra; eles, do mar. (elipse do verbo “vieram”)
11 - Precedendo orações principais pospostas:
Ex.: Quando menos se esperava, o cadete deixou de lado suas antigas aspirações.
12 - Antes de “e”, quando as orações apresentarem sujeitos diferentes ou quando o “e” se repetir:
Ex.: Fez-se o céu, e a terra, e o mar.
João escreveu uma carta, e José arrumou a cama.
13 - Nos elementos paralelos de um provérbio:
Ex.: Mocidade ociosa, velhice vergonhosa.
14 - Em construção com termos pleonásticos:
Ex.: Bom policial, talvez não mais o seja.
14 - Para separar predicativos situados antes do verbo (predicativo é o termo que exprime um atributo, um estado ou modo de ser do sujeito ou que se refere ao objeto de um verbo transitivo.):
Ex.: Destemidos e intrépidos, os policiais avançavam pela área de risco.
15 - Orações subordinadas substantivas apositivas:
Ex.: Fez-nos um pedido, que mantivéssemos suas vírgulas.
16 - Antes de locuções adversativas como "e sim", "e não". Entretanto, não se deve isolar essas locuções adversativas com vírgula. Usa-se somente uma, precedendo-as.
Ex.: Ele comprou um DVD, e não um CD.
Ele não fez as tarefas de que foi incumbido, e sim as que ele quis.
Casos controversos entre os gramáticos
1 - Adjuntos adverbiais e orações adverbiais.
Como vimos acima, o adjunto adverbial é o último elemento da frase, e a oração subordinada adverbial deve vir após a oração principal (seqüência lógica ou ordem direta). Diante disso, alguns gramáticos afirmam que, sempre que o adjunto adverbial ou a oração adverbial vierem deslocados da ordem direta da frase, é necessário o uso da vírgula para marcar esse deslocamento. Outros, dizem que a vírgula é optativa. Outros, porém, ensinam que, nesses casos, o uso da vírgula deve condicionar-se ao número de palavras que contém o adjunto adverbial ou a oração subordinada adverbial. Outros, ainda, dizem que, mesmo a oração subordinada adverbial estando posposta (após) a principal, somente não é usada a vírgula nas orações subordinadas adverbiais finais e orações subordinadas adverbiais conformativas. E outros gramáticos estabelecem outras regras. Então, qual regra usar? Se for num vestibular ou concurso, use as regras do livro indicado no edital. Agora, no dia-a-dia, creio que se deva buscar a harmonia, o ritmo, a melodia, o equilíbrio e, principalmente, a clareza.
Veja exemplos do que acabamos de falar:
Ordem direta da frase:
Ex.: Os policiais militares desencadearam a operação lei seca durante o jogo da seleção brasileira. (sem vírgula)
Os policiais militares desencadearam a operação lei seca, durante o jogo da seleção brasileira. (com vírgula)
Adjunto adverbial deslocado:
Ex.: Durante o jogo da seleção brasileira, os policiais militares desencadearam a operação lei seca. (com vírgula)
Os policiais militares desencadearam ontem a operação lei seca. (sem vírgula)
Período composto. Sequência normal:
Ex.: O cadete deixou de lado as antigas aspirações quando menos se esperava. (sem vírgula)
O cadete deixou de lado as antigas aspirações, quando menos se esperava. (com vírgula)
Período composto. Oração adverbial deslocada (intercalada ou anteposta):
Ex.: O cadete, quando menos se esperava, deixou de lado suas antigas aspirações.
Quando menos se esperava, o cadete deixou de lado suas antigas aspirações.
Suas antigas aspirações, segundo diziam todos, eram irrealizáveis.
2 - Há também entre os gramáticos controvérsia quanto ao uso da vírgula nas orações reduzidos de gerúndio ou de particípio. Os pontos de conflito são semelhantes aos dos adjuntos verbais e das orações subordinadas adverbiais. Alguns gramáticos afirmam que a ausência da vírgula diante das orações reduzidas é a regra em qualquer tipo de oração adverbial na sua ordem habitual, isto é, depois da oração principal, não anteposta nem intercalada. Outros, afirmam que a vírgula é obrigatória. Outros, afirmam que ela é optativa. Então, caro internauta, é você quem decide.
Ex.: Esse fato contribui ainda mais para afastá-lo da sua missão de eliminar conflitos realizando a justiça. (sem vírgula)
Esse fato contribui ainda mais para afastá-lo da sua missão de eliminar conflitos, realizando a justiça. (com vírgula) 
Terminando o trabalho, pode descansar. (com vírgula)
http://www.tutomania.com.br/saiba-mais/os-principais-casos-de-uso-da-virgula
	Os principais casos de uso da vírgula
	
	
	
	
	
	
	Vírgula obrigatória
	Exemplo
	Depois de orações adverbiais antepostas
	Se não chover, haverá jogo;
Quando a economia entrou em colapso,o ministro renunciou; Ao deixar o governo, o prefeito voltará a dar aulas na universidade.
	Antes do que que introduz oração explicativa
	Nosso time, que ganhou o torneio neste ano, foi vice dessa competição em 55 e 56.
	Quando há elipse do verbo
	Os cariocas preferem praia; os paulistas, shopping.
	Para separar conjunções contíguas
	Irá a São Paulo, mas, se não receber o cachê antes, não cantará; Disse que, quando for a Brasília, tentará uma audiência com o presidente.Antes de mas (com sentido de porém), porém, contudo, entretanto, todavia, portanto, por isso etc
	Jogou bem, mas perdeu; Estudou, porém foi reprovado; O acordo não será renovado, portanto os empregos serão mantidos.
	Antes de e que introduza oração de sujeito diferente do da anterior, se, sem a vírgula, houver a possibilidade de entender o sujeito da segunda oração como complemento do verbo da primeira
	Fifa pune Maradona, e Pelé recebe prêmio.
	Para separar adjuntos adverbiais de natureza diferente
	Ontem à noite, no Pacaembu, sem sete titulares, sob chuva forte, o Corinthians derrotou o Juventude.
	Vírgula optativa
	Exemplo
	Com expressões adverbiais breves, antepostas ou intercaladas
	O São Paulo enfrenta neste sábado mais um desafio (ou O São Paulo enfrenta, neste sábado, mais um desafio); O governador participará em Brasília de uma reunião com o ministro da Fazenda (ou O governador participará, em Brasilia, de uma reunião com o ministro da Fazenda).
	Depois de no entanto, entretanto, por isso, porém, contudo, portanto, todavia, quando essas palavras ou expressões iniciarem o período
	No entanto o presidente deixou claro que não aceitará a proposta da oposição (ou No entanto,o presidente deixou claro que...).
	Atenção: essa opção não existe quando essas palavras ou expressões não iniciarem o período
	O presidente aceita participar da reunião, no entanto avisa que não aceitará a proposta da oposição. 
	Antes de orações adverbiais de alguma extensão que venham depois da principal
	O prefeito deixará o partido se a Câmara aprovar a CPI sobre títulos públicos (ou O prefeito deixará o partido, se a Câmara aprovar a CPI dos títulos públicos);
O jogador não disputará a próxima partida porque foi suspenso pelo Tribunal de Justiça da CBF (ou O jogador não disputará a próxima partida, porque foi suspenso pelo Tribunal de Justiça da CBF).
CRASE
http://www.brasilescola.com/gramatica/crase.htm
Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra. 
Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe: 
• Aonde (preposição a + advérbio onde) 
• Ao (preposição a + artigo o) 
Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção. Veja: 
• da ( preposição de + artigo a) 
• na (preposição em + artigo a) 
Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase. 
Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à. 
Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase. 
Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto. 
Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira. 
É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.Veja: 
Exemplos: Sairei às duas horas da tarde. 
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil. 
Quero uma pizza à moda italiana. 
Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia). 
 
A crase e os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo
Você já teve dúvidas se colocava ou não a crase nos pronomes demonstrativos? O problema é que esta crase não é do pronome, mas sim a representação da junção da preposição que o antecede e o “a” inicial do mesmo! 
Assim, existirá o acento grave quando o que foi dito anteriormente exigir a preposição “a”. Veja: 
Refiro-me a alguém. 
Refiro-me a aquela mulher. 
Refiro-me àquela mulher. 
Agora veja: Refiro-me àquela mulher que entrou agora ou 
Refiro-me à que entrou agora. 
Ficará ainda mais claro se você substituir o pronome por outro que não comece com “a”: 
Não me refiro àquilo que aconteceu ontem. Refiro-me a isso que aconteceu agora. 
Não se assuste em colocar a crase antes de “aquele”, por se tratar de um termo masculino, pois o que é levado em consideração é o “a” do início. 
Este caderno é igual àquele que vimos ontem. 
Agora veja com mais exatidão: 
Você receberá o seu bônus quando este suceder àquele dos minutos gratuitos. 
Você receberá o seu bônus quando ele suceder a este plano de minutos gratuitos. 
A crase também pode ocorrer com os pronomes relativos a qual, as quais: 
As celebrações às quais assisti eram muito mais breves. 
Ainda pode ocorrer com “à que”, a fim de se evitar repetições desnecessárias: 
Comprou uma capa igual à (capa) que tinha estragado na última chuva. 
Módulo V – PROBLEMAS GERAIS DA NORMA CULTA 
 PROBLEMAS GERAIS DA NORMA PADRÃO: ERROS MAIS FREQUENTES, VÍCIOS DE LINGUAGEM, FALHAS DE COMUNICAÇÃO E OUTROS – Módulo I
http://www.soportugues.com.br/secoes/errosPopulares/errosPopulares1.php
Erros Populares
Veja a seguir uma lista com os principais erros cometidos na linguagem do dia a dia, seja na fala ou na escrita. Aprenda e divirta-se!
	
	Você não chega em casa meia cansada. Você chega meio cansada. Deixe a meia para colocar no pé.
	
	Você não chega do futebol soando, a não ser que seja um sino. O correto é suando.
	
	Não use a expressão "a nível de", que é um modismo criado nos últimos anos. Use "em nível de". Por exemplo: "O problema será resolvido em nível de diretoria". A exceção ocorre quando nos referimos a um nivelamento. Por exemplo: "Esta cidade não fica ao nível do mar".
	
	Elimine as palavras seje e esteje do seu vocabulário, pois elas não existem. Nunca escreva para um amigo dizendo "seje feliz" ou "espero que esteje bem".
	
	Ninguém tem poblema ou pobrema. As pessoas têm problemas.
 Não havia menas pessoas na aula, mas sim “Havia menos pessoas na aula.
	
	o 
	
	Você não apoia a cabeça em um trabisseiro, mas sim em um travesseiro.
	
	Não peça trezentas gramas de queijo. É O grama e não A grama.
	
	Ele não é di menor, nem di maior. É simplesmente maior ou menor de idade.
	
	Ninguém desenha um asterístico. O correto é asterisco.
	
	Não existe evento beneficiente. Existe evento beneficente.
	
	Você não vai gospir. Vai cuspir.
	
	O peixe não tem espinho, mas sim espinha (dorsal).
	
	Se você é homem, diga obrigado. Se for mulher, diga obrigada.
	
	Não diga "fazem dois anos". O verbo fazer, quando designa tempo, é impessoal. O correto é "faz dois anos".
	
	Nunca diga "haviam muitas pessoas no local". Neste caso, o verbo haver não tem um sujeito com quem concordar, pois ele tem o sentido de existir. Logo, o correto é "havia muitas pessoas no local".
	
	Minha mãe pediu para eu fazer, para eu comprar e não para mim fazer ou para mim comprar.
	
	É bastante comum, principalmente no telemarketing, o uso excessivo do gerúndio. Não diga "vou estar mandando", "vou estar verificando" e sim "vou mandar", "vou verificar". Por exemplo, se você disser: "esta semana estarei lhe enviando um e-mail", pode parecer que passará a semana toda enviando um e-mail para a pessoa. Portanto, prefira dizer "esta semana irei lhe enviar um e-mail". 
Dúvidas Frequentes
"A moral" ou "O moral"?
A moral é o conjunto das normas de conduta,os princípios que regem os bons costumes de uma sociedade, são os costumes que são convencionados como válidos. Por exemplo:
Respeite a moral de nossa cidade.
A moral também pode significar a conclusão ou o propósito de algum fato. Por exemplo:
Qual foi a moral da piada que ele contou?
"A nível" ou "Em nível"?
Essa expressão requer a preposição "em", portanto a forma correta e a única que deve ser usada é "em nível". O mais interessante dessa expressão é que ela não é necessária e pode ser suprimida, pois não acrescenta nada ao que se escreve ou se diz. Por exemplo:
O assunto deve ser tratado em nível de família. (= O assunto deve ser tratado em família.)
Isso possibilita analisar o problema em nível de múltiplas soluções. (= Isso possibilita analisar o problema em múltiplas soluções.)
O tema foi decidido numa reunião em nível de juízes. (= O tema foi decidido numa reunião de juízes.)
Sua tarefa é desenvolver um trabalho em nível de exercícios para pessoas idosas. (= Sua tarefa é desenvolver um trabalho de exercícios para pessoas idosas.)
A campanha será feita em nível mundial. (= A campanha será mundial.)
ATENÇÃO
É correto o emprego da expressão "ao nível de" quando se quer dizer que algo está na mesma altura em relação a outra coisa, seja com sentido próprio (denotativo) ou sentido figurado (conotativo). Por exemplo:
Ubatuba está ao nível do mar. (= Ubatuba está na mesma altura do mar.)
"Acerca de", "A cerca de" ou "Há cerca de"?
1 - "Acerca de" é uma locução prepositiva e equivale a "sobre", "a respeito de". Por exemplo:
Estávamos conversando acerca de educação.
Eles falavam acerca de política.
2 - "A cerca de" indica aproximação. Por exemplo:
Minha família mora a cerca de 2 Km daqui.
3 - "Há cerca de" indica tempo decorrido. Por exemplo:
Compraram aquela casa há cerca de três anos.
Não nos falamos há cerca de dois meses.
"Afim" ou "A fim"?
1 - "Afim" é um adjetivo e significa igual, semelhante, parecido.
Suas ideias são afins.
Possuem temperamentos afins; por isso se relacionam tão bem.
2 - "A fim" faz parte da locução "a fim de", que significa para, com o propósito, com o intuito e indica finalidade:
Fez tudo aquilo a fim de nos convencer de sua inocência.
Apresentou-nos todas as propostas de pagamento a fim de vender os produtos.
"Ao encontro de" ou "De encontro a"?
1 - "Ao encontro de" significa "ser favorável a", "aproximar-se de". Por exemplo:
A opinião dos estudantes ia ao encontro das nossas.
Logo que a vi fui ao seu encontro para recepcioná-la.
Ele foi ao encontro dos amigos.
2 - "De encontro a" indica oposição, colisão:
Não concordo com suas atitudes. Sua maneira de agir sempre veio de encontro a minha.
O caminhão foi de encontro ao carro que estava parado.
O que ele fez foi de encontro ao que eu tinha dito.
"Aprender" e "Apreender"
1 - "Aprender" significa saber, entender. Por exemplo:
Todos os alunos aprenderam os conteúdos que a professora ensinou.
2 - "Apreender" significa prender, aprisionar, fixar. Por exemplo:
Os policiais apreenderam as armas.
"Ascender" ou "Acender"?
1 - Ascender com "sc" significa subir, elevar-se. O verbo ascender pode ser usado como transitivo e intransitivo. Veja os exemplos:
Ele ascendeu ao cargo de diretor da empresa. 
Ele ascendeu ao céu. (Em ambos os casos, o verbo ascender é usado como verbo transitivo indireto)
O elevador ascendeu. (Nesse caso, o verbo ascender é usado como verbo intransitivo)
2 - Acender com "c" significa "pôr fogo a", "fazer arder", "pôr em funcionamento" (sistema elétrico de iluminação). O verbo acender pode ser usado como verbo transitivo direto. Por exemplo:
Por favor, acenda a luz. 
Está na hora de acendermos a fogueira.
"Aterrisar" ou "Aterrissar"?
Quanto a essas formas, a única correta é "aterrissar", "aterrissagem". Esta palavra deriva-se do vocábulo francês "aterrissage". Veja os exemplos:
O avião aterrissou ontem à noite.
O piloto fez uma aterrissagem muito brusca.
"Bem-me-quer", "malmequer"...
Atenção para essas expressões. Devemos escrever "bem-me-quer" separado e com hífen, mas devemos escrever a expressão "malmequer" junto.
"Bemvindo" ou "bem-vindo"?
"Bem-vindo" é um adjetivo composto. Nesse caso, é sempre grafado com hífen. Os dicionários brasileiros mostram a forma com hífen quando o sentido é de saudação. No entanto, indicam que existe também a forma "Benvindo" (com "n" e sem hífen), que atua como nome de pessoa: "Benvindo" para homens e "Benvinda" para mulheres.
"Bi-campeão" ou "Bicampeão"?
Os prefixos uni, bi, tri, etc. NUNCA provocam hífen. Exemplos: unilateral, bicampeão, tricampeão, tetracampeão, etc.
"Cabelereiro" ou "Cabeleireiro"?
A forma correta é "cabeleireiro". Há quem estranhe o uso do sufixo "ei" duas vezes. Note que a palavra primitiva, nesse caso, não é o termo ‘cabelo’, e sim a palavra ‘cabeleira’. (cabeleir (a) + eiro = cabeleireiro)
"Cachorro quente" ou "Cachorro-quente"?
Uma das regras que precisamos ter muito cuidado é a que se refere ao sentido figurado de um substantivo composto. Veja:
- Se o sentido for figurado, a expressão exige hífen. Por exemplo:
Cachorro-quente.
Nesse caso, não se trata de um cachorro, mas sim de um sanduíche.
- Se o sentido for real, a expressão não deve ser usada com hífen. Por exemplo:
Cachorro quente.
Nesse caso, trata-se de um animal, o cachorro que está aquecido.
"Circuíto" ou "Circuito"?
A maneira correta, gramaticalmente, é cir-cui-to. Não se deve destacar a letra "i" da letra "u" ao pronunciar essa palavra. Assim, estende-se também essa regra aos vocábulos "gratuito", "intuito" e fortuito".
"Coalizão" ou "Colisão"?
1 - "Coalizão" significa união, aliança, acordo. Por exemplo:
No estado de São Paulo ocorreu uma coalizão entre alguns partidos políticos a fim de acabar com as divergências existentes entre tais partidos.
2 - "Colisão" significa choque, conflito, luta. Por exemplo:
A colisão entre os dois carros foi forte, entretanto ninguém ficou ferido.
"Conserto" ou "Concerto"?
1 - "Conserto" significa reparo. Por exemplo:
Precisamos mandar consertar o carro.
Meu pai consertou a mesa que havia quebrado.
A televisão está no conserto.
2 - "Concerto" significa sessão musical, consonância de sons ou vozes. Por exemplo:
Fomos assistir a um concerto de ópera.
Vamos a um concerto de piano no teatro da cidade.
"Cumprimento" ou "Comprimento"?
Cumprimento é o ato de cumprimentar, saudar alguém. Por exemplo:
Fernanda encontrou sua amiga e a cumprimentou pela aprovação no vestibular.
Ontem passei por meu ex-namorado na rua, mas não o cumprimentei, fingi que não o vi.
Comprimento é a medida de alguém ou de alguma coisa. Por exemplo:
A professora perguntou qual era meu comprimento e eu disse a ela que meço 1,60m.
Qual o comprimento desta faixa?
"De sopetão" ou "De supetão"?
A forma correta é "de supetão", com "u". A palavra ‘supetão’ pertence à mesma família da palavra ‘súbito’ e significa ‘de súbito’, ‘de repente’.
"Desinteria" ou "Disenteria"?
A forma correta é disenteria. Esse vocábulo vem do grego "dis" (que significa dificuldade) e "énteron" (que significa intestino). Por exemplo:
Fernando estava com disenteria, por isso não foi à aula.
"Distratar" ou "Destratar"?
1 - "Distratar" significa não cumprir o trato, desfazer o que havia sido combinado. Por exemplo:
Ele distratou o que havia combinado com sua esposa.
2 - "Destratar" significa insultar, ofender, maltratar. Por exemplo:
Ele destratou os colegas porque havia sido enganado por todos.
Não destrate os animais.
"Eletrecista" ou "Eletricista"?
A forma correta deste vocábulo é "Eletricista". A palavra eletrecista não existe e portanto não deve ser utilizada. Eletricista é da família de "elétrico", que se escreve com " i ". Também com " i " se escrevem as palavras "eletrificador", "eletricismo", "eletricidade", "eletrificação", "eletrificável", etc.
"Em vez de" ou "Ao invés de"? 
1 - "Em vez de" indica substituição, troca.

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