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Resenha do artigo: Fissura lábio-palatal - revisão de literatura
Raquel Souza de Aguiar
A fissura labiopalatina é uma malformação congênita caracterizada por uma fenda na região óssea palatina, que acarreta em muitas interferências no cotidiano dos primeiros anos de vida. A alimentação é prejudicada e pode desenvolver doenças relacionadas a nutrição e infecção.
O tratamento desta malformação congênita visa proporcionar melhor nutrição e harmonia familiar. Para uma assistência adequada à criança com essa patologia, é indispensável a presença de uma equipe multidisciplinar para que a intervenção seja integral. A enfermagem tem papel fundamental na reabilitação da criança, juntamente com a equipe assegurando a continuidade do tratamento.
As fissuras são malformações que ocorrem durante a gravidez ainda no desenvolvimento embrionário, que ocasiona a falta de fusão ou fusão incompleta do palato. Esta fissura também é conhecida como lábio leporino e são classificadas em: pré-forame incisivo, transforame incisivo e pós-forame incisivo.
A incidência de nascidos vivos com lábio leporino, associado ou não à fissura palatina é de 1:800, mas varia de acordo com a situação socioeconômica e localização. Apresenta-se mais freqüentemente no sexo feminino a fenda palatina e no masculino, o lábio leporino, sendo condicionadas por mecanismo multifatorial, como fatores ambientais, uso de medicamentos, hereditariedade entre outros.
O diagnóstico deve ser comunicado para a família a partir de comunicação informal (sem uso de termos técnicos), orientações e aconselhamentos e expondo planejamentos de tratamento já realizados com outras famílias. É importante atentar à estrutura psicológica da família frente a um novo desafio até então inesperado, pois junto com o nascimento poderá haver sentimento de frustração, culpa, medos, dúvidas, vergonha, impotência e insegurança quanto aos cuidados a serem prestados ao neonato.
É muito difícil para a família lidar com a situação estética da criança em relação à sociedade, sabemos que não é de hoje que o preconceito habita nossa população, sem se importar com idade, então a aceitação e o empoderamento dos pais facilitam muito no processo de reabilitação da criança – que de preferência de ser iniciado precocemente para melhor prognóstico na vida adulta.
O aleitamento materno da criança com fissura requer cuidados especiais, pois devido à alteração anatômica a sucção natural do bebê se torna prejudicada. A equipe de enfermagem deve apoiar o psicológico da mãe no estímulo ao aleitamento materno e orientar quanto às técnicas específicas para esse caso (quando possível). Para obter sucesso na amamentação com crianças com fissuras é necessário constante suporte da equipe multiprofissional.
Caso a amamentação for impossibilitada, existem recursos alimentares disponíveis para as crianças com fissura de diferentes tipos, podendo ser utilizado anteriormente à cirurgia de correção. São eles: mamadeiras, bicos, colheres, placas palatinas, etc.
Em suma, é de extrema importância que o tratamento aconteça com o acompanhamento da equipe multiprofissional e que seja seguido até o final. O apoio dos pais é primordial para que esse tratamento seja efetivo à saúde integral da criança. A equipe de enfermagem tem papel educativo instrucional durante todo o tratamento.

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