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Caso Concreto Aula 1 Civil 1

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Caso Concreto Aula 1
Direito Civil I
Turma 3001
Alisson Jones
Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do instrumento contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande atração do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos terrenos a frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de urbanização da cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo com que ela perdesse a visão para o monte.
Inconformada, Rebeca moveu uma ação contra Amaranta, tendo obtido êxito porque órgão jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar atitudes que possam frustrar o objetivo perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, a diminuição das vantagens ou até infligir danos ao contratante.
Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda:
a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé objetiva.
R.: Sim, pois as normas de Direito Civil não apontam o exato alcance das regras da boa-fé objetiva, , sendo, portanto, uma cláusula geral de conduta social que, para a sua efetiva aplicabilidade, se desdobra em funções específicas, podendo ser Integrativa, Interpretativa e Limitadora, visando, cada uma delas, assegurar a equidade, a solidariedade e a razoabilidade das relações negociais.
b) Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em consideração para que o magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique.
R.: Princípio da eticidade - pois neste princípio se impõe justiça e boa-fé nas relações civis. Pois, segundo Flávio Tartuce, “o contrato e a obrigação trazem um processo de colaboração entre as partes decorrente desses deveres anexos ou secundários, que devem ser respeitados pelas partes em todo o curso obrigacional” (2013, p. 92).
EMENTA:
“DIREITO CIVIL.CONTRATOS. BOA-FÉ OBJETIVA. STANDARD ÉTICO-JURÍDICO. OBSERVÂNCIA PELAS PARTES CONTRATANTES. DEVERES ANEXOS. DUTY TOMITIGATE THE LOSS. DEVER DE MITIGAR O PRÓPRIO PREJUÍZO. INÉRCIA DO CREDOR. AGRAVAMENTO DO DANO. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. RECUSO IMPROVIDO”. 
1. Boa fé objetiva. Standard ético-jurídico. Observância pelos contratantes em todas as fases. Condutas pautadas pela probidade, cooperação e lealdade. 
Bibliografia:
TARTUCE, Flávio. Direito Civil, v.3, Teoria geral dos contratos e contratos em espécie, 8.ed., São Paulo: Método, 2013.
STJ – Recurso Especial : Resp 758518 PR 2005/0096775/4

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