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1 2 __Poesias ao vento...__ Uma obra independente de Yago Leander Orne Ferreira 3 “O maior limitador de sonhos é a covardia.” Yago Leander 4 À Josie, Marcos, Cícera e Ivô Guardiões de segredos. 5 À Clara, uma pequena princesa. 6 Sumário Pseudônimo ............................................................................................................................................. 8 Pais e Filhos ............................................................................................................................................. 9 Vicentina ................................................................................................................................................ 10 A Rua das Lembranças ........................................................................................................................... 12 A Oração do Escritor .............................................................................................................................. 13 Crime ..................................................................................................................................................... 14 Festa no Céu .......................................................................................................................................... 15 Passados Calados ................................................................................................................................... 17 Horizonte ............................................................................................................................................... 18 Vida ........................................................................................................................................................ 19 Rotina .................................................................................................................................................... 20 Olhar ...................................................................................................................................................... 21 Poema .................................................................................................................................................... 22 Amiga ..................................................................................................................................................... 24 Madrugada ............................................................................................................................................ 26 Fragmentos ............................................................................................................................................ 27 Gente ..................................................................................................................................................... 29 Rainha .................................................................................................................................................... 30 Rosa, Amada Rosa ................................................................................................................................. 31 Vazio ...................................................................................................................................................... 32 Poeta ..................................................................................................................................................... 33 Simplesmente, um poeta...Poetas ........................................................................................................ 34 Poetas .................................................................................................................................................... 35 Rua ......................................................................................................................................................... 36 Tesouro .................................................................................................................................................. 37 Família ................................................................................................................................................... 38 Bosque das Desilusões .......................................................................................................................... 39 Pedras .................................................................................................................................................... 40 Lave........................................................................................................................................................ 41 Paixão Jovem ......................................................................................................................................... 42 Sentimentos .......................................................................................................................................... 43 Amor Vivo .............................................................................................................................................. 44 Amada ................................................................................................................................................... 45 Pássaros ................................................................................................................................................. 46 Anjo Dourado ........................................................................................................................................ 47 Paraíso dos Poetas................................................................................................................................. 48 7 Professor de Amores ............................................................................................................................. 49 História .................................................................................................................................................. 50 Casa ....................................................................................................................................................... 51 Teorema ................................................................................................................................................ 52 Epitáfio .................................................................................................................................................. 53 Eu ........................................................................................................................................................... 54 Epitáfio. ................................................................................................................................................. 55 Agradecimentos Especiais .....................................................................................................................56 Sobre o autor ......................................................................................................................................... 57 8 Pseudônimo Meu pseudônimo, é tão evidente e claro como a neve virgem que cai sobre nosso solo tão profundamente amargurado. Amor. 9 Pais e Filhos E chorava ao relento Um melancólico choro infantil, Lutando com sua voz para bradar Mais alto que o barulho do silêncio. E lutou, lutou e lutou e só parou ao Suspirar o suspiro da vida. E naquele instante escutou o Turbilhão eufórico de sons do mundo Viu os hilários, sofridos e neutros Sentimentos da cidade. E só descansou ao escutar a voz Do maestro que bradou mais feliz que A vida: “ É menina !’ E a vida disse: “É Valentinne !” 10 Vicentina A velha Vicentina Na janela espiava, Espiava a rua parada Parada a rua espiava Do vendedor de maçãs Ao vendedor de flores De todos os seus vizinhos Via todas as suas dores A velha Vicentina Sempre calada espiava De manhã, de tarde e de noite A vida de todos escutava Às três, a velha ninguém via Pois estava às dores e alegrias. Às quatro a velha voltava E da vida de todos cuidava Sem causar nenhum alarde De noite e de manhã E principalmente, 11 À tarde... 12 A Rua das Lembranças A Rua das Lembranças, com todas as suas mudanças se mantém preservada, reservada a olhares atentos, mendigando atenção aos desatentos. Na rua das lembranças, meu amor eu deixei. E agora, por onde ele anda eu não sei Mas a cada vez que a rua das lembranças visito Me lembro que seu coração eu roubei. 13 A Oração do Escritor A oração do escritor, é letra que se reparte em pão. Tinta azul que se transforma em vinho. A oração do escritor é verso por sobre a linha, Que nasce solto ao relento, dono do amor, e do ódio isento. Tinta preta que escreve flores rosas, letras todas que viram refeição. Eis a oração do escritor, que se reparte em letras, pão, vinho E amor... 14 Crime Se amar fosse crime, seria criminoso. Pois amei do novo ao idoso do amor doce ao doloroso. Se amar fosse crime sem dúvidas seria criminoso Pois de todos os amores prefiro o perigoso... 15 Festa no Céu Uma festa no céu estava para começar, com roupas bonitas, e belas damas para casar. Nos céus uma alegria se instaurou. E o mundo todo admirou, a revoada dos pássaros que a aurora eternizou. Ao longe, bem no horizonte, Os cantores cantavam ao monte. E o casamento acontecia. E a festa no céu começava. Estavam os vivos e os mortos, os retos e os tortos. Os bons e os ruins, os de começo e os de fim. Mas logo a festa acabou. E quando acabou, o povo 16 foi se deitar, pois longos dias de festas iriam começar. Quem se casava? Ninguém sabia, mas eles gostavam da festa, pois ela nunca acabava. 17 Passados Calados Houve um amor passado. Que passou do passado para o presente No peito da gente De papel passado, amassado, calado e esvaziado. Por amores passados Fomos caçados Amarrados, formados e germinados. Para por fim, Ficarmos casados. 18 Horizonte O mar calmo me encantava, Enquanto o horizonte admirava Belos pássaros voavam por entre as nuvens E o horizonte admirava... O mar por entre as rochas transbordava Levando consigo amor, conchas, areia e amor. Enquanto isso, o horizonte admirava... 19 Vida Desde a folha que cai no outono, Aos grãos colhidos na revoada, A respiração do recém-nascido, Em tudo há amor. 20 Rotina O grande teste dessa vida, É a obediência, doce dama sem clemência, apenas, obediência. 21 Olhar Seu olhar é um poço fundo, Onde quero me jogar. Seu olhar é doce mar, Onde quero mergulhar. Seu olhar é doce mel, Onde quero me embriagar. Seu olhar é como o céu, Azul, infinito e belo. Seu olhar é como a vida, A vida que quero viver para sempre. 22 Poema Isto não é um poema. É apenas um choro da alma. Isto não é um poema. É apenas o choro de um ferido que pede calma. Isto não é um poema. É um dilema, político, social e banal. Isto não é um poema. É apenas, apenas um complemento de minha alma, livre de um tormento. Isto não é um poema, Tampouco um problema, um dilema. É apenas amor pelo que faço. Amor 23 Um amor que mudou De casa, escola e referência. Mudou de todos os lugares, E fundou novos lares. Após meu coração partir, Ela também partiu. Me olhou, sorriu e fugiu... Simples assim, sumiu. 24 Amiga Em algum lugar existe. Uma morena dos olhos claros Que possui tesouros raros. Entre eles está o sorriso, que atrai como farol em alto mar, sempre tintilante, a me encantar. Do outro lado de uma tela. Ela me lembra uma Cinderela. Brava e mandona, mas uma donzela. Morena linda, de olhos cor do mar. Nossa amizade duradoura, só me faz lhe amar. Não desejo lhe perder, jamais vou esquecer. Mas se em um dia de nuvens o sol não conseguir ver. Espere o anoitecer e olhe para a lua, ela lembrará os meus olhos, e o seu belo sorriso. Ela não se compara a ele, mas o brilho das estrelas, esse sim, se compara ao brilho do sorriso teu. Não chore de saudade, mas domine essa 25 cidade. Quando meu coração lhe conheceu, ele me disse que sempre será seu. 26 Madrugada Madrugada, calabouço escuro e mortífero. Eu sofro como poeta, pois o amor em mim espeta, o coração. A madrugada me assassina, pois no fim, essa é a minha sina. Uma música relembra minhas dores, eu provo todos os seus sabores. Ouço um barulho lá fora. Não é nada de mais. É apenas a madrugada... 27 Fragmentos O brilho do sol, o mesmo Que dá origem as mais belas flores, É o que embala o brilho dos olhos teus. O canto do sabiá, o tão belo canto, Inveja sua voz, que como tambores adentra minha alma, me trazendo paz, amor e calma Tu, um misto de criação da natureza e amor cultivado no ventre de meus poemas, vives tão solenemente sendo o ser mais belo. Suas madeixas negras, como o resplandecente céu escuro das minhas noites, brilham como estrelas a banhar minha vida. Ó amor meu, Serás tu, um ser de outro mundo? Ou será apenas um amor cativo do próprio Deus? Sejas o que quiser e quem quiser, mas 28 seja amada, ó doce amor da madrugada. 29 Gente Têm muita gente errada Dizendo o que é certo. E muita gente certa Dizendo o que é errado. Muito desocupado Dizendo o que é antiquado. Muito vagabundo Metido a trabalhador. Muita gente metida a escritor Que pro meu trabalho não dá valor. Não sei quem é você, Seja você quem for. Só não seja como eles, por favor... 30 Rainha E sentada na cama, costurando, Desenhava com as linhas castelos,Moinhos e gigantes. Enquanto ali, muitas vezesn chorava, Naqueles só permitia minha imaginação Brincar. Nos botões via-se casas, universos paralelos E nos pequenos carreteis vazios,munição Para a polícia e bandido, enquanto que nos afagos, Se encontrava a munição da eterna infância. Nos prendedores criava paliçadas para os castelos. No seu riso criava o combustível da força, Como quando me contava que seria muito forte. Nas mãos sofridas, no rosto marcado, criava um Tesouro unico, Amor. 31 Rosa, Amada Rosa Rosa, Amada rosa Que me encantou em sua prosa. Sem espinhos e carícias Livre das malícias Apenas sendo rosa rosácea Amada e cativada no peito do grande amor. Salve ó, rosa escarlate que em terreno estranho se Arriscaste para eu, ó doce flor, amá-la. 32 Vazio O que há nesse vazio Que tanto me enche? Será um vazio cheio de amor? Ou um vazio repleto de dor... Ou será, apenas um vazio? 33 Poeta Poemas no papel, Passo e refaço, como estrelas no céu. Tinta por sobre as folhas Manchando histórias e criando amores... Fazendo laços e provando sabores. Poemas sendo feitos. Criando cidades, mas sem prefeitos Esquecendo o perfeito, apenas fazendo com defeito. O trabalho do poeta é interminável, Mas seu sentimento é notável. Passaram-se linhas, parágrafos e rimas Histórias de amor, de guerras e de dor. Termina o dia, o poema e o sentimento fugaz. O poeta mostrou do que é capaz. Agora se deita, e descansa em paz, por enquanto... Um poeta sem religião, sendo santo Dormindo ao amar, amando ao dormir. Admirando sua poesia, com uma digna maestria. Passam-se os anos, os anjos e as horas. Mas o amor continua, sendo firme enquanto pode Podendo enquanto ama. 34 Simplesmente, um poeta... 35 Poetas Tintas por sobre os papéis. Escrevendo historias, desenhando vidas. Poetas fazendo cidades, criando jovens sem idades. Jovens amantes, cantantes e solitários. Tintas borrando vidas, dando cores e apagando dores. Enquanto escreve, observa, ama e encanta Enquanto se embala com um mantra. Poetas solitários, escrevendo vidas, fazendo mortes e sangrando pelos seus cortes. Cada linha uma ternura, cada palavra uma doçura. Poetas vazios, amigos, apenas poetas... Sim, agora sim, apenas poetas. 36 Rua Se as terras de minha rua pudessem dizer, Quantos homens por sobre ela vieram a falecer, Iriam se ocupar as horas, os dias e às noites. Mas se essa rua pudesse falar, diria ela o grandioso número de renascimentos que presenciou. Diria também quantos amigos se tornaram amantes, maridos e esposas. Ah se as terras dessa rua pudessem dizer quantos amores viveram em minha vida. Ou quantas lágrimas derramei por sobre seu ventre. Ó amada rua, se tu soubesse o quanto lhe amo e o quanto lhe prezo, e que por ti rezo, para que nunca se acabe. Ó amado chão de terra batida. Ó eterno guardião de memórias. Ó eterno amor. 37 Tesouro Avó, doce anjo em minha vida. Cada ruga e cada cabelo branco, Vale mais que os grandes tesouros Da vida. Minha doce avó, minha segunda mãe. Queria eu lhe dar a vida eterna para que Pudesse me jogar em seus braços mais Algumas vezes. Queria poder lhe dar mais que orgulho, Mas retribuir cada segundo de amor que Me deste. Meu avô, meu pai mais velho. Um grande herói. Não lhe julgo Por seus erros, mas lhe amo por Saber que és humano, e não perfeito. Agora, também queria escrever um belo Poema, mas não consigo escrever algo Mais singelo e honesto que, eu os amo. 38 Família Há poema mais verdadeiro para família do que simplesmente, amor?! 39 Bosque das Desilusões Foi em um bosque não tão longe, Que tive uma grande decepção. De me inundar o peito, E rachar o coração. Lá foi onde plantei uma rosa, Mas não a colhi, Lá foi onde eu fui apresentado, A uma pessoa que nunca vi. Lá foi onde eu fui acompanhado, Por uma pessoa que nunca existiu. Por onde andas tu, menina dos cachos escuros ? 40 Pedras Ó grandes pedras do parque, Digas adeus antes que meu coração embarque. Ó grandes pedras do parque, Diga a mim quem ousou transformar cada retângulo em solo preto e liso. Digas também, quem ousou transformar cada lembrança minha em solo uno e morto. Digas, digas por onde andas tu, e diga também quem ousou transformar seu solo cinza, amado e querido, em solo preto, morto e só. Diga tudo, diga nada. Apenas diga que também sentiu minha falta. Diga. 41 Lave Lave sua alma das tristezas, Lave seu ser das despesas de ser falho. Lave seu filho, para que este se torne pai. Lave seu coração, das artérias a uma antiga paixão. Lave dele o ódio e o rancor. Lave por favor ! Feito isso, estará tu, pronto para ser humano, e quando estiver cheio de novo... Lave. 42 Paixão Jovem Amo-te tanto quanto amamos o amanhecer logo após a noite. Amo-te tanto quanto amo os risos e os braços, amo-te de modo que não pode lhe ser explicado. Apenas amo-te 43 Sentimentos Os olhos que me veem, Jamais verão a minha história. As bocas que me falam, Jamais ouviram as minhas juras. As mãos que me possuem, Jamais sentirão meu afago. Sou livre e esbelto, Sou amado e confrontado, Sou... Amor. 44 Amor Vivo Ainda há pouco conheci o caminho para a felicidade. De madeixas ruivas como o fogo vivo, E de olhos verdes como esmeralda. Ainda há pouco conheci o amor, Mas ainda não sei vosso nome, Ainda não o senti, não o toquei, Só o conheci de olhos. E em falar em olhos, que belos são Os dela. 45 Amada I Você orou aos céus, E eles te escutaram, E amor lhe deram. Dando ao pé dos olhos teus Lágrimas douradas para te enfeitar. Transformando o sorriso teu no mais belo e mais intenso que todas as lamparinas do céu. II Queria vê-la além das maresias, e Senti-la além do além, e Chamá-la mais do que de meu Bem, mas de meu amor. 46 Pássaros Em algum lugar sei que há uma bela dama a se lembrar. Dos grandes momentos que este poeta a fez passar. Guardando dentro de seu coração tinta, papéis e flores. Tinta de meus poemas. Papéis de tolo, de apaixonado, de poemas meus que em seu âmago, estão cheios de ti. E flores tantas, vermelhas e cheirosas. Para lembrarem meu amor, e seu perfume... 47 Anjo Dourado Como, mesmo que por criação divina Surgiu em minha vida um anjo de cabelos dourados, de pele branca como a neve, de olhos Cor de paraíso. De lábios com gosto de algodão doce, De paixão amarga como caramelo? Como, esse anjo anda pelos corações sem ao menos conhecê-los? Como posso eu amar um anjo que me deixou? Na verdade me pergunto, como não amar esse anjo? 48 Paraíso dos Poetas O paraíso dos poetas é tinta por sob papéis. O paraíso dos poetas são seus eternos amores. O paraíso dos poetas é comunista, para não haver melhores ou piores entre seus poemas, para não haver maiores ou menores entre seus amores. No paraíso dospoetas habitam tesouros de ouro, prata, rubi e de amor fugaz. O paraíso dos poetas habita por fim, no peito dos viajantes, dos amantes, das amadas e dos amores, mas ele habita realmente no peito dos jovens, pois estes iram amar eternamente. 49 Professor de Amores Quando eu crescer, quero ensinar Pobres homens a amar. Quero ensinar a melhor oração, A do sonhar. Quando eu crescer, quero Ser um professor de amores, Para amar além das dores, Além das lágrimas, além da morte. Quando eu crescer, eu sei o que quero ser, sim eu sei, Professor de amores. 50 História Ó querido Atlântico que chora pela eternidade. Esvazia as amargas lágrimas de meu povo que Inundaram seu espaço sem permissão. Ó querido Atlântico, berço das caravelas De Vítor e de Humberto. Ó Atlântico, que trouxeste em seu âmago tantos Membros fugidos do meu povo. Ó Atlântico que fôra casa e sepultura para meus Antepassados. Ó imensidão azul que serviu de túmulo e fronteira Para tantas mães, esposas, filhos e pais. Ó Atlântico, lembre de mim quando eu fazer a travessia, Como meu avô Orlando o fez, como Giuseppe e Maria. Ó querido Atlântico, lembre de mim, Seu eterno amante, desbravador e fugaz amigo. 51 Casa Ó minha doce Itália, Que deu origem as mais Belas paisagens. Berço de Orlando, de Giuseppe E de tantos filhos teus Que nascerem longe de ti. Ó doce Itália, Que prolongou suas terras Para além do Atlântico. Ó doce Itália que cria teus Filhos além de suas terras. Ó adorável Itália, berço da Criação. 52 Teorema Não existe alguém, Que tenha escravizado Mais homens no mundo Do que o amor. 53 Epitáfio Se jogasse em um poço sem fim, Pedras de amor, Tingidas com minhas lágrimas. Voltariam com sangue de meu coração. Se jogasse ao mar, lágrimas minha O mar ficaria escuro e azedo. Se contasse a ti, tamanho sofrimento Seria entendido como louco ao relento Se lhe contasse tamanho amor em meu peito, Ficaria como ele, livre, solto e desatento. 54 Eu Queria escrever um poema singelo. Sem normas ou regras. Livre e solto, como amor rubro e digno. Queria escrever um poema simples, Com juras e beijos de amor. Queria escrever um poema alegre Mas isso não posso fazer. Pois como escreveria um poema tão belo Se meu coração singelo, agora está jogado Para quem não o quer ter? Como eu, poeta, poderia amar, Se o maior dos amores, Veio meu coração roubar? Como falarei dos amores eternos, Se o meu acaba tão rápido quanto Chuva de verão? Como eu escreveria de olhares belos, Se os olhos de minha amada não me notam? Como eu lhe diria o motivo que faz esse poeta Estar tão melancólico, se está claro e evidente Que é sinal de apenas um sentimento, Saudade. 55 Epitáfio. Se me pedissem para dizer algo sobre o trabalho, apenas teria de agradecer. Após quatro anos como escritor, o único sonho que sustento é almejar o livro, e o íncrivel talento de viver minhas poesias, pois o primeiro, é o item básico do poeta, contudo, o segundo, uma dádiva para poucos. Obrigado. Yago Leander O. Ferreira 56 Agradecimentos Especiais Aos meus pais, Marcos e Josie, por serem o combustível que consumo. À Giovanna Cavalieiri, a primeira leitora de um livro que há dois anos reviso e lhe prometi publicar. Ainda irá sair ! E à todas as inspirações de minhas poesias. 57 Sobre o autor Jovem escritor de uma antiga Sala de Leitura, professor voluntário, poeta e irmão, Yago Leander Orne Ferreira, sob a alcunha de Yago Leander, Yago Ferreira ou ainda, em seus cordéis, como Ferreirinha, é um joven escritor de dezesseis anos descoberto em uma escola em Bauru, no coração do estado de São Paulo. Escritor declarado à quatro anos e se considerando poeta desde que nasceu, Yago trabalha como voluntário na Sala de Leitura da escola estadual Ernesto Monte, a mesma escola e sala onde se descobriu eloquente com as palavras, ensinando as crianças sobre literatura e promovendo projetos sociais com teatro, saraus e atividades extra sala de aula, e inclusive, estrelando nos palcos da escola como participante do grupo Expressão Poética. Foi ainda em sala de aula, na sétima série, que escreveu seus primeiros versos inspirados em Patativa do Assaré. Depois disso, estrelou em saraus e nas participações em palco do projeto Sala de Leitura, de 2015 a 2016, e com o grupo Expressão Poética, de 2015 a 2017. Desde que iniciou, afirma ter tido exímios mestres, desde seus professores até seus poetas preferidos. Evoluiu seu estilo aos poucos, e hoje, rabisca em meio há tantos outros versos os seus primeiros folhetos de cordéis, suas crônicas e suas melhores narrativas. Atualmente, trabalha dando continuidade no projeto Sala de Leitura na Escola Estadual Ernesto Monte, sendo professor voluntário, ensinando outras crianças e adolescentes a darem seus primeiros versos e mostrando o melhor amigo do homem, o livro.
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