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Yago Leander Poesias ao vento

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1 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
__Poesias ao vento...__ 
Uma obra independente de Yago Leander Orne Ferreira 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O maior limitador de sonhos é a covardia.” 
Yago Leander 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À Josie, Marcos, Cícera e Ivô 
Guardiões de segredos. 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À Clara, uma pequena princesa. 
6 
 
Sumário 
 
Pseudônimo ............................................................................................................................................. 8 
Pais e Filhos ............................................................................................................................................. 9 
Vicentina ................................................................................................................................................ 10 
A Rua das Lembranças ........................................................................................................................... 12 
A Oração do Escritor .............................................................................................................................. 13 
Crime ..................................................................................................................................................... 14 
Festa no Céu .......................................................................................................................................... 15 
Passados Calados ................................................................................................................................... 17 
Horizonte ............................................................................................................................................... 18 
Vida ........................................................................................................................................................ 19 
Rotina .................................................................................................................................................... 20 
Olhar ...................................................................................................................................................... 21 
Poema .................................................................................................................................................... 22 
Amiga ..................................................................................................................................................... 24 
Madrugada ............................................................................................................................................ 26 
Fragmentos ............................................................................................................................................ 27 
Gente ..................................................................................................................................................... 29 
Rainha .................................................................................................................................................... 30 
Rosa, Amada Rosa ................................................................................................................................. 31 
Vazio ...................................................................................................................................................... 32 
Poeta ..................................................................................................................................................... 33 
Simplesmente, um poeta...Poetas ........................................................................................................ 34 
Poetas .................................................................................................................................................... 35 
Rua ......................................................................................................................................................... 36 
Tesouro .................................................................................................................................................. 37 
Família ................................................................................................................................................... 38 
Bosque das Desilusões .......................................................................................................................... 39 
Pedras .................................................................................................................................................... 40 
Lave........................................................................................................................................................ 41 
Paixão Jovem ......................................................................................................................................... 42 
Sentimentos .......................................................................................................................................... 43 
Amor Vivo .............................................................................................................................................. 44 
Amada ................................................................................................................................................... 45 
Pássaros ................................................................................................................................................. 46 
Anjo Dourado ........................................................................................................................................ 47 
Paraíso dos Poetas................................................................................................................................. 48 
7 
 
Professor de Amores ............................................................................................................................. 49 
História .................................................................................................................................................. 50 
Casa ....................................................................................................................................................... 51 
Teorema ................................................................................................................................................ 52 
Epitáfio .................................................................................................................................................. 53 
Eu ........................................................................................................................................................... 54 
Epitáfio. ................................................................................................................................................. 55 
Agradecimentos Especiais .....................................................................................................................56 
Sobre o autor ......................................................................................................................................... 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
Pseudônimo 
 
Meu pseudônimo, é tão evidente e claro 
como a neve virgem que cai sobre nosso solo 
tão profundamente amargurado. 
Amor. 
9 
 
Pais e Filhos 
 
E chorava ao relento 
Um melancólico choro infantil, 
Lutando com sua voz para bradar 
Mais alto que o barulho do silêncio. 
E lutou, lutou e lutou e só parou ao 
Suspirar o suspiro da vida. 
E naquele instante escutou o 
Turbilhão eufórico de sons do mundo 
Viu os hilários, sofridos e neutros 
Sentimentos da cidade. 
E só descansou ao escutar a voz 
Do maestro que bradou mais feliz que 
A vida: 
“ É menina !’ 
E a vida disse: 
“É Valentinne !” 
10 
 
Vicentina 
 
A velha Vicentina 
Na janela espiava, 
Espiava a rua parada 
Parada a rua espiava 
 
Do vendedor de maçãs 
Ao vendedor de flores 
De todos os seus vizinhos 
Via todas as suas dores 
 
A velha Vicentina 
Sempre calada espiava 
De manhã, de tarde e de noite 
A vida de todos escutava 
 
Às três, a velha ninguém via 
Pois estava às dores e alegrias. 
Às quatro a velha voltava 
E da vida de todos cuidava 
 
Sem causar nenhum alarde 
De noite e de manhã 
E principalmente, 
11 
 
À tarde... 
12 
 
A Rua das Lembranças 
 
A Rua das Lembranças, 
com todas as suas mudanças 
se mantém preservada, reservada 
a olhares atentos, mendigando atenção aos desatentos. 
 
Na rua das lembranças, meu amor eu deixei. 
E agora, por onde ele anda eu não sei 
Mas a cada vez que a rua das lembranças visito 
Me lembro que seu coração eu roubei. 
13 
 
A Oração do Escritor 
 
A oração do escritor, 
é letra que se reparte em pão. 
 
Tinta azul que se transforma em vinho. 
A oração do escritor é verso por sobre a linha, 
 
Que nasce solto ao relento, dono do amor, e do ódio 
isento. 
 
Tinta preta que escreve flores rosas, letras todas 
que viram refeição. 
 
Eis a oração do escritor, que se reparte em letras, pão, vinho 
E amor... 
 
14 
 
 Crime 
 
Se amar fosse crime, 
seria criminoso. 
 
Pois amei do novo ao idoso 
do amor doce ao doloroso. 
 
Se amar fosse crime 
sem dúvidas seria criminoso 
 
Pois de todos os amores 
prefiro o perigoso...
15 
 
Festa no Céu 
 
Uma festa no céu 
estava para começar, 
com roupas bonitas, e belas 
damas para casar. 
 
Nos céus uma alegria 
se instaurou. 
E o mundo todo admirou, 
a revoada dos pássaros que a 
aurora eternizou. 
 
Ao longe, bem no horizonte, 
Os cantores cantavam ao monte. 
E o casamento acontecia. 
E a festa no céu começava. 
 
Estavam os vivos e os mortos, 
os retos e os tortos. Os bons e 
os ruins, os de começo e os de 
fim. 
Mas logo a festa acabou. 
 
E quando acabou, o povo 
16 
 
foi se deitar, pois longos dias 
de festas iriam começar. 
Quem se casava? Ninguém 
sabia, mas eles gostavam da 
festa, pois ela nunca acabava. 
 
 
17 
 
Passados Calados 
 
Houve um amor passado. 
Que passou do passado para o presente 
No peito da gente 
De papel passado, amassado, calado e esvaziado. 
 
Por amores passados 
Fomos caçados 
Amarrados, formados e germinados. 
Para por fim, 
Ficarmos casados. 
18 
 
Horizonte 
 
O mar calmo me encantava, 
Enquanto o horizonte admirava 
Belos pássaros voavam por entre as nuvens 
 
E o horizonte admirava... 
O mar por entre as rochas transbordava 
Levando consigo amor, conchas, areia e amor. 
 
Enquanto isso, o horizonte admirava... 
19 
 
Vida 
 
Desde a folha que cai no outono, 
Aos grãos colhidos na revoada, 
A respiração do recém-nascido, 
Em tudo há amor. 
 
20 
 
Rotina 
 
O grande teste dessa vida, 
É a obediência, doce dama 
sem clemência, apenas, obediência. 
21 
 
Olhar 
 
Seu olhar é um poço fundo, 
Onde quero me jogar. 
Seu olhar é doce mar, 
Onde quero mergulhar. 
Seu olhar é doce mel, 
Onde quero me embriagar. 
Seu olhar é como o céu, 
Azul, infinito e belo. 
Seu olhar é como a vida, 
A vida que quero viver para sempre. 
22 
 
Poema 
 
Isto não é um poema. 
É apenas um choro da 
alma. 
 
Isto não é um poema. 
É apenas o choro de 
um ferido que pede 
calma. 
 
Isto não é um poema. 
É um dilema, político, 
social e banal. 
 
Isto não é um poema. 
É apenas, apenas um 
complemento de minha 
alma, livre de um tormento. 
 
Isto não é um poema, 
Tampouco um problema, 
um dilema. É apenas amor 
pelo que faço. 
Amor 
23 
 
 
Um amor que mudou 
De casa, escola e referência. 
Mudou de todos os lugares, 
E fundou novos lares. 
Após meu coração partir, 
Ela também partiu. 
Me olhou, sorriu e fugiu... 
Simples assim, sumiu. 
24 
 
Amiga 
 
Em algum lugar existe. 
Uma morena dos olhos claros 
Que possui tesouros raros. 
Entre eles está o sorriso, 
que atrai como farol em alto mar, 
sempre tintilante, a me encantar. 
Do outro lado de uma tela. 
Ela me lembra uma Cinderela. 
Brava e mandona, mas uma donzela. 
Morena linda, de olhos cor do mar. 
Nossa amizade duradoura, só me 
faz lhe amar. 
Não desejo lhe perder, jamais vou 
esquecer. 
Mas se em um dia de nuvens o sol 
não conseguir ver. 
Espere o anoitecer e olhe para a lua, 
ela lembrará os meus olhos, e o seu belo 
sorriso. 
Ela não se compara a ele, mas o brilho 
das estrelas, esse sim, se compara ao brilho 
do sorriso teu. 
Não chore de saudade, mas domine essa 
25 
 
cidade. 
Quando meu coração lhe conheceu, 
ele me disse que sempre será seu. 
26 
 
Madrugada 
 
Madrugada, 
calabouço escuro e mortífero. 
Eu sofro como poeta, 
pois o amor em mim espeta, 
o coração. 
A madrugada me assassina, pois no 
fim, essa é a minha sina. 
Uma música relembra minhas dores, 
eu provo todos os seus sabores. 
Ouço um barulho lá fora. 
Não é nada de mais. 
É apenas a madrugada... 
27 
 
Fragmentos 
 
O brilho do sol, o mesmo 
Que dá origem as mais belas flores, 
É o que embala o brilho dos olhos 
teus. 
 
O canto do sabiá, o tão belo canto, 
Inveja sua voz, que como tambores 
adentra minha alma, me trazendo 
paz, amor e calma 
 
Tu, um misto de criação da natureza e 
amor cultivado no ventre de meus poemas, 
vives tão solenemente sendo o ser mais belo. 
 
Suas madeixas negras, como o resplandecente 
céu escuro das minhas noites, brilham como 
estrelas a banhar minha vida. 
 
Ó amor meu, 
Serás tu, um ser de outro mundo? 
Ou será apenas um amor cativo do 
próprio Deus? 
 Sejas o que quiser e quem quiser, mas 
28 
 
seja amada, ó doce amor da madrugada. 
29 
 
Gente 
 
Têm muita gente errada 
Dizendo o que é certo. 
 
E muita gente certa 
Dizendo o que é errado. 
 
Muito desocupado 
Dizendo o que é antiquado. 
 
Muito vagabundo 
Metido a trabalhador. 
 
Muita gente metida a escritor 
Que pro meu trabalho não dá valor. 
 
Não sei quem é você, 
Seja você quem for. 
Só não seja como eles, por favor... 
30 
 
Rainha 
 
E sentada na cama, costurando, 
Desenhava com as linhas castelos,Moinhos e gigantes. 
Enquanto ali, muitas vezesn chorava, 
Naqueles só permitia minha imaginação 
Brincar. 
Nos botões via-se casas, universos paralelos 
E nos pequenos carreteis vazios,munição 
Para a polícia e bandido, enquanto que nos afagos, 
Se encontrava a munição da eterna infância. 
Nos prendedores criava paliçadas para os castelos. 
No seu riso criava o combustível da força, 
Como quando me contava que seria muito forte. 
Nas mãos sofridas, no rosto marcado, criava um 
Tesouro unico, 
Amor. 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Rosa, Amada Rosa 
 
Rosa, 
Amada rosa 
Que me encantou em sua prosa. 
Sem espinhos e carícias 
Livre das malícias 
Apenas sendo rosa rosácea 
Amada e cativada no peito do 
grande amor. 
Salve ó, rosa escarlate que 
em terreno estranho se 
Arriscaste para eu, ó 
doce flor, amá-la. 
32 
 
Vazio 
 
O que há nesse vazio 
Que tanto me enche? 
Será um vazio cheio 
de amor? 
Ou um vazio repleto de dor... 
Ou será, apenas um vazio? 
33 
 
Poeta 
 
Poemas no papel, 
Passo e refaço, como estrelas no céu. 
Tinta por sobre as folhas 
Manchando histórias e 
criando amores... 
Fazendo laços e provando sabores. 
Poemas sendo feitos. 
Criando cidades, mas sem prefeitos 
Esquecendo o perfeito, apenas fazendo 
com defeito. 
O trabalho do poeta é interminável, 
Mas seu sentimento é notável. 
Passaram-se linhas, parágrafos e rimas 
Histórias de amor, de guerras e de dor. 
Termina o dia, o poema e o sentimento fugaz. 
O poeta mostrou do que é capaz. 
Agora se deita, e descansa em paz, por enquanto... 
Um poeta sem religião, sendo santo 
Dormindo ao amar, amando ao dormir. 
Admirando sua poesia, com uma digna maestria. 
Passam-se os anos, os anjos e as horas. 
Mas o amor continua, sendo firme enquanto pode 
Podendo enquanto ama. 
34 
 
Simplesmente, um poeta...
35 
 
Poetas 
 
Tintas por sobre os 
papéis. 
Escrevendo historias, 
desenhando vidas. 
Poetas fazendo cidades, 
criando jovens sem idades. 
Jovens amantes, cantantes e 
solitários. 
Tintas borrando vidas, dando cores e 
apagando dores. 
Enquanto escreve, observa, ama e encanta 
Enquanto se embala com um mantra. 
Poetas solitários, escrevendo vidas, 
fazendo mortes e sangrando pelos seus cortes. 
Cada linha uma ternura, cada palavra uma doçura. 
Poetas vazios, amigos, apenas poetas... 
Sim, agora sim, apenas poetas. 
36 
 
Rua 
 
Se as terras de minha rua pudessem dizer, 
Quantos homens por sobre ela vieram a 
falecer, 
Iriam se ocupar as horas, os dias e às noites. 
 
Mas se essa rua pudesse falar, diria ela 
o grandioso número de renascimentos que 
presenciou. Diria também quantos amigos 
se tornaram amantes, maridos e esposas. 
 
Ah se as terras dessa rua pudessem dizer 
quantos amores viveram em minha vida. 
Ou quantas lágrimas derramei por sobre 
seu ventre. 
 
Ó amada rua, se tu soubesse o quanto lhe 
amo e o quanto lhe prezo, e que por ti rezo, 
para que nunca se acabe. 
Ó amado chão de terra batida. Ó eterno guardião 
de memórias. Ó eterno amor. 
37 
 
Tesouro 
 
Avó, doce anjo em minha vida. 
Cada ruga e cada cabelo branco, 
Vale mais que os grandes tesouros 
Da vida. 
Minha doce avó, minha segunda mãe. 
Queria eu lhe dar a vida eterna para que 
Pudesse me jogar em seus braços mais 
Algumas vezes. 
Queria poder lhe dar mais que orgulho, 
Mas retribuir cada segundo de amor que 
Me deste. 
Meu avô, meu pai mais velho. 
Um grande herói. Não lhe julgo 
Por seus erros, mas lhe amo por 
Saber que és humano, e não perfeito. 
Agora, também queria escrever um belo 
Poema, mas não consigo escrever algo 
Mais singelo e honesto que, eu os amo. 
38 
 
Família 
 
Há poema mais verdadeiro para 
família do que simplesmente, amor?! 
39 
 
Bosque das Desilusões 
 
Foi em um bosque não tão longe, 
Que tive uma grande decepção. 
De me inundar o peito, 
E rachar o 
coração. 
Lá foi onde plantei uma rosa, 
Mas não a colhi, 
Lá foi onde eu fui apresentado, 
A uma pessoa que nunca vi. 
Lá foi onde eu fui acompanhado, 
Por uma pessoa que nunca existiu. 
Por onde andas tu, menina dos cachos 
escuros ? 
40 
 
Pedras 
 
Ó grandes pedras do parque, 
Digas adeus antes que meu coração 
embarque. 
 
Ó grandes pedras do parque, 
Diga a mim quem ousou transformar 
cada retângulo em solo preto e liso. 
 
Digas também, quem ousou transformar 
cada lembrança minha em solo uno e morto. 
Digas, digas por onde andas tu, e diga também 
quem ousou transformar seu solo cinza, amado e 
querido, em solo preto, morto e só. 
 
Diga tudo, diga nada. 
Apenas diga que também sentiu minha falta. 
Diga. 
41 
 
Lave 
 
Lave sua alma das tristezas, 
Lave seu ser das despesas de 
ser falho. 
Lave seu filho, para que este se 
torne pai. 
Lave seu coração, das artérias a 
uma antiga paixão. 
Lave dele o ódio e o rancor. 
Lave por favor ! 
Feito isso, estará tu, pronto para ser 
humano, e quando estiver cheio de 
novo... 
Lave. 
42 
 
Paixão Jovem 
 
Amo-te tanto quanto amamos o 
amanhecer logo após a noite. 
Amo-te tanto quanto amo os risos e 
os braços, 
amo-te de modo que não pode lhe 
ser explicado. Apenas amo-te 
43 
 
Sentimentos 
 
Os olhos que me veem, 
Jamais verão a minha história. 
As bocas que me falam, 
Jamais ouviram as minhas juras. 
As mãos que me possuem, 
Jamais sentirão meu afago. 
Sou livre e esbelto, 
Sou amado e confrontado, 
Sou... Amor. 
44 
 
Amor Vivo 
 
Ainda há pouco conheci o 
caminho para a felicidade. 
De madeixas ruivas como o 
fogo vivo, 
E de olhos verdes como esmeralda. 
 
Ainda há pouco conheci o amor, 
Mas ainda não sei vosso nome, 
Ainda não o senti, não o toquei, 
Só o conheci de olhos. 
E em falar em olhos, que belos são 
Os dela. 
45 
 
Amada 
 
I 
Você orou aos céus, 
E eles te escutaram, 
E amor lhe deram. 
 
Dando ao pé dos olhos teus 
Lágrimas douradas para te 
enfeitar. 
 
Transformando o sorriso teu no 
mais belo e mais intenso que todas 
as lamparinas do céu. 
 
II 
 
Queria vê-la além das maresias, e 
Senti-la além do além, e 
Chamá-la mais do que de meu 
Bem, mas de meu amor. 
46 
 
Pássaros 
 
Em algum lugar sei que há 
uma bela dama a se lembrar. 
Dos grandes momentos que este 
poeta a fez passar. 
Guardando dentro de seu coração 
tinta, papéis e flores. 
Tinta de meus poemas. 
Papéis de tolo, de apaixonado, de 
poemas meus que em seu âmago, 
estão cheios de ti. 
E flores tantas, vermelhas e cheirosas. 
Para lembrarem meu amor, e seu perfume... 
47 
 
Anjo Dourado 
 
Como, mesmo que por criação divina 
Surgiu em minha vida um anjo de cabelos 
dourados, de pele branca como a neve, de olhos 
Cor de paraíso. 
De lábios com gosto de algodão doce, 
De paixão amarga como caramelo? 
Como, esse anjo anda pelos corações sem ao menos 
conhecê-los? 
Como posso eu amar um anjo que me deixou? 
Na verdade me pergunto, como não amar esse anjo? 
48 
 
Paraíso dos Poetas 
 
O paraíso dos poetas é tinta por sob papéis. 
O paraíso dos poetas são seus eternos amores. 
O paraíso dos poetas é comunista, para não haver melhores ou 
piores entre seus poemas, para não haver maiores ou menores entre 
seus amores. 
No paraíso dospoetas habitam tesouros de ouro, prata, rubi e 
de amor fugaz. 
O paraíso dos poetas habita por fim, no peito dos viajantes, dos amantes, 
das amadas e dos amores, mas ele habita realmente no peito dos jovens, 
pois estes iram amar eternamente. 
49 
 
Professor de Amores 
 
Quando eu crescer, quero ensinar 
Pobres homens a amar. 
Quero ensinar a melhor oração, 
A do sonhar. 
Quando eu crescer, quero 
Ser um professor de amores, 
Para amar além das dores, 
Além das lágrimas, além da morte. 
Quando eu crescer, eu sei o que quero ser, sim eu sei, 
Professor de amores. 
50 
 
História 
 
Ó querido Atlântico que chora pela eternidade. 
Esvazia as amargas lágrimas de meu povo que 
Inundaram seu espaço sem permissão. 
Ó querido Atlântico, berço das caravelas 
De Vítor e de Humberto. 
Ó Atlântico, que trouxeste em seu âmago tantos 
Membros fugidos do meu povo. 
Ó Atlântico que fôra casa e sepultura para meus 
Antepassados. 
Ó imensidão azul que serviu de túmulo e fronteira 
Para tantas mães, esposas, filhos e pais. 
Ó Atlântico, lembre de mim quando eu fazer a travessia, 
Como meu avô Orlando o fez, como Giuseppe e Maria. 
Ó querido Atlântico, lembre de mim, 
Seu eterno amante, desbravador e fugaz amigo. 
51 
 
Casa 
 
Ó minha doce Itália, 
Que deu origem as mais 
Belas paisagens. 
Berço de Orlando, de Giuseppe 
E de tantos filhos teus 
Que nascerem longe de ti. 
Ó doce Itália, 
Que prolongou suas terras 
Para além do Atlântico. 
Ó doce Itália que cria teus 
Filhos além de suas terras. 
Ó adorável Itália, berço da 
Criação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
Teorema 
 
Não existe alguém, 
Que tenha escravizado 
Mais homens no mundo 
Do que o amor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
Epitáfio 
 
Se jogasse em um poço sem fim, 
Pedras de amor, 
Tingidas com minhas lágrimas. 
Voltariam com sangue de meu coração. 
 
Se jogasse ao mar, lágrimas minha 
O mar ficaria escuro e azedo. 
 
Se contasse a ti, tamanho sofrimento 
Seria entendido como louco ao relento 
Se lhe contasse tamanho amor em meu peito, 
Ficaria como ele, livre, solto e desatento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
Eu 
 
Queria escrever um poema singelo. 
Sem normas ou regras. 
Livre e solto, como amor rubro e digno. 
Queria escrever um poema simples, 
Com juras e beijos de amor. 
Queria escrever um poema alegre 
Mas isso não posso fazer. 
Pois como escreveria um poema tão belo 
Se meu coração singelo, agora está jogado 
Para quem não o quer ter? 
Como eu, poeta, poderia amar, 
Se o maior dos amores, 
Veio meu coração roubar? 
Como falarei dos amores eternos, 
Se o meu acaba tão rápido quanto 
Chuva de verão? 
Como eu escreveria de olhares belos, 
Se os olhos de minha amada não me notam? 
Como eu lhe diria o motivo que faz esse poeta 
Estar tão melancólico, se está claro e evidente 
Que é sinal de apenas um sentimento, 
Saudade. 
 
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Epitáfio. 
 
 
Se me pedissem para dizer algo sobre o trabalho, apenas teria de agradecer. 
Após quatro anos como escritor, o único sonho que sustento é almejar o livro, e 
o íncrivel talento de viver minhas poesias, pois o primeiro, é o item básico do 
poeta, contudo, o segundo, uma dádiva para poucos. 
 
 
Obrigado. 
Yago Leander O. Ferreira 
 
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Agradecimentos Especiais 
 
 
Aos meus pais, Marcos e Josie, por serem o combustível que consumo. 
À Giovanna Cavalieiri, a primeira leitora de um livro que há dois anos reviso e 
lhe prometi publicar. Ainda irá sair ! 
E à todas as inspirações de minhas poesias. 
 
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Sobre o autor 
 
 
Jovem escritor de uma antiga Sala de Leitura, professor voluntário, poeta e irmão, Yago 
Leander Orne Ferreira, sob a alcunha de Yago Leander, Yago Ferreira ou ainda, em seus 
cordéis, como Ferreirinha, é um joven escritor de dezesseis anos descoberto em uma escola 
em Bauru, no coração do estado de São Paulo. 
 
Escritor declarado à quatro anos e se considerando poeta desde que nasceu, Yago trabalha 
como voluntário na Sala de Leitura da escola estadual Ernesto Monte, a mesma escola e sala 
onde se descobriu eloquente com as palavras, ensinando as crianças sobre literatura e 
promovendo projetos sociais com teatro, saraus e atividades extra sala de aula, e inclusive, 
estrelando nos palcos da escola como participante do grupo Expressão Poética. 
 
Foi ainda em sala de aula, na sétima série, que escreveu seus primeiros versos inspirados em 
Patativa do Assaré. Depois disso, estrelou em saraus e nas participações em palco do projeto 
Sala de Leitura, de 2015 a 2016, e com o grupo Expressão Poética, de 2015 a 2017. 
Desde que iniciou, afirma ter tido exímios mestres, desde seus professores até seus poetas 
preferidos. Evoluiu seu estilo aos poucos, e hoje, rabisca em meio há tantos outros versos os 
seus primeiros folhetos de cordéis, suas crônicas e suas melhores narrativas. 
Atualmente, trabalha dando continuidade no projeto Sala de Leitura na Escola Estadual 
Ernesto Monte, sendo professor voluntário, ensinando outras crianças e adolescentes a darem 
seus primeiros versos e mostrando o melhor amigo do homem, o livro.

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