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Literatura - Romantismo - Poesia - 2ª e 3ª gerações

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Lit. Semana 12Diogo Mendes(Maria Carolina)
Este conteúdo pertence ao Descomplica. Está vedada a 
cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por 
escrito. Todos os direitos reservados.
05/05
12/05
19/05
26/05
Romantismo - 
Poesia - 2ª e 3ª 
geração
11:00 
21:00
Romantismo - Prosa
11:00
21:00
Realismo e 
Naturalismo
11:00
21:00
Machado de Assis
11:00
21:00
CRONOGRAMA
Romantismo
01. Resumo 
02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
05
mai
Poesia - 2ª e 3ª gerações
73
Li
t.
RESUMO
Entender o contexto do Romantismo a cada geração 
é fundamental, a fim de observar como ocorreu uma 
transformação de ideias e sentimentos por parte do 
eu lírico. A linguagem subjetiva e o sentimentalismo 
prevalecem. Entretanto, a geração Ultrarromântica 
desvincula-se dos acontecimentos de mundo e fo-
caliza em suas emoções, enquanto que, na geração 
Condoreira, a poesia carrega um valor mais social.
2ª Geração Romântica
Com inspiração nas obras dos poetas Lord Byron e 
Goethe, a Segunda Fase do Romantismo, conhecida 
também como “mal do século” é caracterizada pelo 
alto sentimentalismo. Algumas décadas depois da 
independência do Brasil, os poetas começaram a se 
desvincular do compromisso com a nacionalidade, 
exaltado na geração anterior e, com isso, há uma ex-
pressão maior de seus sentimentos, numa posição 
egocêntrica de desinteresse ao contexto histórico.
Os ideais da Revolução Francesa - grande marco 
para o início do Romantismo na Europa -, “liberdade, 
igualdade e fraternidade” já não eram mais propaga-
dos com a mesma força e, nesse período, o homem 
passa a desacreditar nesses valores. Há um enorme 
sentimento de insatisfação com o mundo, um “de-
sencaixe” do ser humano com a vida, uma sensa-
ção de falta de conexão com a realidade. Tudo isso 
provoca um pessimismo no eu-lírico, causando uma 
aproximação com a morte e atração pelo elemento 
noturno/obscuro. 
→ Principais características:
✓ pessimismo
✓ atração pela noite/noturno
✓ sentimentalismo
✓ fuga à realidade
✓ idealização amorosa
✓ a amada/musa inatingível
✓ figura feminina representando a pureza - anjo, 
criança, virgem
✓ idealização do amor x medo de amar
Dentre os principais autores da época, podemos 
citar: Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fa-
gundes Varela e Junqueira Freire.
3ª Geração Romântica 
Enquanto a Primeira Fase Romântica apresentava 
uma preocupação com a construção da identidade 
nacional, e a Segunda Fase se voltava para o egocen-
trismo e pessimismo do indivíduo, a Terceira Fase do 
Romantismo - conhecida como Geração Condoreira 
- exibia um desejo de renovação da sociedade bra-
sileira. Questionadora dos ideais da primeira gera-
ção, o condoreirismo teve muito engajamento políti-
co-social, denunciando as condições dos escravos. 
Os poetas dessa geração reivindicavam uma poesia 
social com valores de igualdade, justiça e liberdade.
→ Principais características:
✓ poesia social e libertária
✓ geração “hugoana/hugoniana”
✓ identidade nacional
✓ abolicionismo
✓ identidade africana como parte da identidade 
brasileira
✓ negação ao amor platônico
✓ erotismo e pecado
Dentre os principais autores da época, podemos 
citar: Castro Alves (o poeta dos escravos) e Sou-
sândrade.
74
Li
t.
TEXTOS DE APOIO
Texto 1
Morte (hora de delírio) 
Pensamento gentil de paz eterna 
Amiga morte, vem. Tu és o termo 
De dous fantasmas que a existência formam, 
— Dessa alma vã e desse corpo enfermo. 
 
Pensamento gentil de paz eterna, 
Amiga morte, vem. Tu és o nada, 
Tu és a ausência das moções da vida, 
do prazer que nos custa a dor passada. 
(...) 
Amei-te sempre: — pertencer-te quero 
Para sempre também, amiga morte. 
Quero o chão, quero a terra, — esse elemento 
Que não se sente dos vaivéns da sorte. 
 (...)
Também desta vida à campa 
Não transporto uma saudade. 
Cerro meus olhos contente 
Sem um ai de ansiedade. 
 
E como um autômato infante 
Que ainda não sabe mentir, 
Ao pé da morte querida 
Hei de insensato sorrir. 
 
Por minha face sinistra 
Meu pranto não correrá. 
Em meus olhos moribundos 
Terrores ninguém lerá. 
 
Não achei na terra amores 
Que merecessem os meus. 
Não tenho um ente no mundo 
A quem diga o meu — adeus. 
(...) 
Por isso, ó morte, eu amo-te e não temo: 
Por isso, ó morte, eu quero-te comigo. 
Leva-me à região da paz horrenda, 
Leva-me ao nada, leva-me contigo. 
(Junqueira Freire)
Texto 2
Meus oito anos (fragmento)
Oh ! que saudades que eu tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais !
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais !
Como são belos os dias
Do despontar da existência !
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor !
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar !
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar !
Oh ! dias de minha infância !
Oh ! meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã !
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
De camisa aberta ao peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis !
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
75
Li
t.
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava a cantar !
(Casimiro de Abreu)
Texto 3
Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus? Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
(Álvares de Azevedo)
Texto 4
Namoro a Cavalo
Eu moro em Catumbi. Mas a desgraça
Que rege minha vida malfadada,
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcinéia namorada.
Alugo (três mil-réis) por uma tarde
Um cavalo de trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
À minha namorada na janela...
Todo o meu ordenado vai-se em flores
E em lindas folhas de papel bordado,
Onde eu escrevo trêmulo, amoroso,
Algum verso bonito... mas furtado...
Morro pela menina, junto dela
Nem ouso suspirar de acanhamento...
Se ela quisesse eu acabava a história
Como toda a Comédia- em casamento...
Ontem tinha chovido... Que desgraça!
Eu ia a trote inglês ardendo em chama,
Mas lá vai senão quando uma carroça
Minhas roupas tafues encheu de lama...
Eu não desanimei! Se Dom Quixote
No Rossinante erguendo a larga espada
Nunca voltou de medo, eu, mais valente,
Fui mesmo sujo ver a namorada...
Mas eis que no passar pelo sobrado,
Onde habita nas lojas minha bela,
Por ver-me tão lodoso ela irritada
Bateu-me sobre as ventas a janela...
O cavalo ignorante de namoros
Entre dentes, tomou a bofetada,
Arrepia-se, pula, e dá-me um tombo
Com pernas para o ar, sobre a calçada...
Dei ao diabo os namoros. Escovado
Meu chapéu que sofrera no pagode,
Dei de pernas corrido e cabisbaixo
E berrando de raiva como um bode.
Circunstância agravante. A calça inglesa
Rasgou-se no cair, de meio a meio,
O sangue pelas ventas me corria
Em paga do amoroso devaneio!...
Texto 5
Navio negreiro (fragmento)
Era um sonho dantesco... o tombadilho 
Que das luzernas avermelha o brilho. 
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite... 
Legiões de homens negros como a noite, 
Horrendos a dançar... 
Negras mulheres,suspendendo às tetas 
Magras crianças, cujas bocas pretas 
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas, 
No turbilhão de espectros arrastadas, 
Em ânsia e mágoa vãs! 
E ri-se a orquestra irônica, estridente... 
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala, 
Ouvem-se gritos... o chicote estala. 
E voam mais e mais... 
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece, 
Outro, que martírios embrutece, 
Cantando, geme e ri! 
No entanto o capitão manda a manobra, 
E após fitando o céu que se desdobra, 
Tão puro sobre o mar,
76
Li
t.
Diz do fumo entre os densos nevoeiros: 
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os 
mais dançar!..." 
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . . 
E da ronda fantástica a serpente 
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!... 
Gritos, ais, maldições, preces ressoam! 
E ri-se Satanás!... 
(Castro Alves)
Texto 6
Mater dolorosa
Meu Filho, dorme, dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama - o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.
Ai! borboleta, na gentil crisálida,
As asas de ouro vais além abrir.
Ai! rosa branca no matiz tão pálida,
Longe, tão longe vais de mim florir.
Meu filho, dorme Como ruge o norte 
Nas folhas secas do sombrio chão! 
Folha dest'alma como dar-te à sorte? 
É tredo, horrível o feral tufão!
Não me maldigas... Num amor sem termo
Bebi a força de matar-te a mim
Viva eu cativa a soluçar num ermo
Filho, sê livre... Sou feliz assim...
- Ave - te espera da lufada o açoite,
- Estrela - guia-te uma luz falaz.
- Aurora minha - só te aguarda a noite,
- Pobre inocente - já maldito estás.
Perdão, meu filho... se matar-te é crime
Deus me perdoa... me perdoa já.
A fera enchente quebraria o vime...
Velem-te os anjos e te cuidem lá.
Meu filho dorme... dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.
(Castro Alves)
Texto 7
Boa noite
Boa noite, Maria! Eu vou-me embora.
A lua nas janelas bate em cheio...
Boa noite, Maria! É tarde... é tarde...
Não me apertes assim contra teu seio.
Boa noite!... E tu dizes – Boa noite.
Mas não digas assim por entre beijos...
Mas não me digas descobrindo o peito,
– Mar de amor onde vagam meus desejos.
Julieta do céu! Ouve.. a calhandra 
já rumoreja o canto da matina.
Tu dizes que eu menti?... pois foi mentira... 
...Quem cantou foi teu hálito, divina!
Se a estrela-d'alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto,
Eu direi, me esquecendo d’alvorada:
“É noite ainda em teu cabelo preto...”
É noite ainda! Brilha na cambraia
– Desmanchado o roupão, a espádua nua –
o globo de teu peito entre os arminhos
Como entre as névoas se balouça a lua...
É noite, pois! Durmamos, Julieta! 
Recende a alcova ao trescalar das flores, 
Fechemos sobre nós estas cortinas... 
– São as asas do arcanjo dos amores.
A frouxa luz da alabastrina lâmpada
Lambe voluptuosa os teus contornos...
Oh! Deixa-me aquecer teus pés divinos
Ao doudo afago de meus lábios mornos.
Mulher do meu amor! Quando aos meus beijos
Treme tua alma, como a lira ao vento,
Das teclas de teu seio que harmonias,
Que escalas de suspiros, bebo atento!
Ai! Canta a cavatina do delírio,
Ri, suspira, soluça, anseia e chora...
Marion! Marion!... É noite ainda.
Que importa os raios de uma nova aurora?!...
Como um negro e sombrio firmamento,
Sobre mim desenrola teu cabelo...
E deixa-me dormir balbuciando:
– Boa noite! –, formosa Consuelo...
(Castro Alves)
77
Li
t.
Texto 8
O adeus de Teresa
A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala
E ela, corando, murmurou-me: “adeus.”
Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
“Adeus” lhe disse conservando-a presa
E ela entre beijos murmurou-me: “adeus!”
Passaram tempos sec’los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse - “Voltarei! descansa!. . . “
Ela, chorando mais que uma criança,
Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”
Quando voltei era o palácio em festa!
E a voz d’Ela e de um homem lá na orquesta
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!
E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”
(Castro Alves)
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a 
mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. 
Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do 
tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e 
fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculas-
se o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos 
da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa 
a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 
Rio de Janeiro: Jackson,1957.
A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está 
transcrita na alternativa:
a) “... o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas ...”
b) “... era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça ...”
c) “Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário 
e eterno, ...”
d) “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos ... “
e) “... o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
EXERCÍCIO DE AULA
1. No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro estilo de época: o romantismo.
78
Li
t.
EXERCÍCIO DE CASA
1. Teu romantismo bebo, ó minha lua,A teus raios divinos me abandono,
Torno-me vaporoso... e só de ver-te
Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.
 Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, 
mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifes-
ta a:
2. Leia atentamente os versos seguintes: 
Eu deixo a vida com deixa o tédio
Do deserto o poeta caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um mineiro. 
 
Esses versos de Álvares de Azevedo significam a:
 
a) revolta diante da morte.
b) aceitação da vida como um longo pesadelo.
c) aceitação da morte como a solução.
d) tristeza pelas condições de vida.
e) alegria pela vida longa que teve.
a) ironia romântica
b) tendência romântica
c) melancolia romântica
d) aversão dos românticos à natureza
e) fuga romântica para o sonho
2. Se uma lágrima as pálpebras me inunda,Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei...que nunca
Aos lábios me encostou a face linda! 
Álvares de Azevedo
A característica do Romantismo mais evidente nesta quadra é:
a) o espiritualismo
b) o pessimismo
c) a idealização da mulher
d) o confessionalismo
e) a presença do sonho
79
Li
t.
3. Minh’alma é triste como a rola aflitaQue o bosque acorda desde o albor da aurora,
E em doce arrulo que o soluço imita
O morto esposo gemedora chora.
A estrofe apresentada revela uma situação caracteristicamente romântica. 
Aponte-a.
a) A natureza agride o poeta: neste mundo, não há amparo para os desenganos 
morosos.
b) A beleza do mundo não é suficiente para migrar a solidão do poeta.
c) O poeta atribui ao mundo exterior estados de espírito que o envolvem.
d) A morte, impregnando todos os seres e coisas, tira do poeta a alegria de viver.
e) O poeta recusa valer-se da natureza, que só lhe traz a sensação da morte.
4. Assinale a alternativa que traz apenas características do Romantismo:
a) idealismo – religiosidade – objetividade – escapismo – temaspagãos.
b) predomínio do sentimento – liberdade criadora – temas cristãos – natureza 
convencional – valores absolutos.
c) idealismo – insatisfação – escapismo – natureza convencional – objetividade.
d) egocentrismo – predomínio da poesia lírica – relativismo – insatisfação – ide-
alismo
5. Embora Álvares de Azevedo e Carlos Drummond de Andrade sejam poetas re-presentativos da poesia brasileira de séculos distintos, respectivamente XIX e 
XX, a produção poética desses autores tem em comum
a) a preocupação com a realidade circundante em intensa transformação.
b) a presença do contexto sociopolítico como fonte de reflexão crítica.
c) o retrato dos valores provincianos em completa desagregação.
d) o sentimento de solidariedade para com o marginalizado social.
e) a visão pessimista diante dos acontecimentos da vida humana.
Leia o fragmento poético a seguir:
Lembrança de morrer
[...]
De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos, - bem poucos - e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoidecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
[...]
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
- Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
CANDIDO, Antonio. "Melhores poemas de Álvares de Azevedo". 5a ed. São 
Paulo: Global, 2002. p. 45-46.
6.
80
Li
t.
O significado do título "Lembrança de morrer" e a própria construção textual re-
velam o caráter diferenciador da poesia ultrarromântica de Álvares de Azevedo, 
que se expressa nesses versos pela
a) idealização amorosa.
b) tensão reflexivo-crítica.
c) veia humorístico-satânica.
d) manifestação erótico-sensual.
e) celebração do amor demoníaco.
7. O movimento romântico, cujas origens estão na Alemanha e na Inglaterra, adqui-riu na literatura brasileira um reflexo extraordinário porque:
a) nossas letras contavam, à época, com artistas do talento de um Machado de 
Assis e de um Raul Pompéia;
b) coincidiu com o momento decisivo de definição da nossa nacionalidade e de 
valorização do nosso passado histórico;
c) prosperavam, entre nós, os sentimentos nativistas elevados ao mais alto plano 
estético, como demonstram os poemas "O Uruguai" e "Caramuru";
d) nosso complexo cultural de colonizadores encontrava na prosa intimista sua 
expressão mais adequada e natural;
e)nossos homens de letras e de ciências criaram teorias em que se demonstra-
va a flagrante superioridade do pensamento anglo-germânico sobre o de outros 
povos.
8. O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves:
“Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma…
Nos seus beijos de fogo há tanta vida…
– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.”
ALVES, Castro. Os melhores poemas de Castro Alves. Seleção de Lêdo Ivo. 
São Paulo: Global, 1983.
 
Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta 
com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte 
aparece na palavra
a) embalsama.
b) infinito.
c) amplidão.
d) dormir.
e) sono.
81
Li
t.
QUESTÃO CONTEXTO
Observe a tradução da música All I Ask, da cantora Adele
Eu deixarei meu coração na porta
Eu não direi uma palavra
Elas já foram todas ditas antes, você sabe
Então porque nós não fingimos
Como se não tivéssemos medo do que virá
Ou medo que nada reste
Olha, não me interprete mal
Eu sei que não há o amanhã
Tudo que eu peço é
Se esta é minha última noite com você
Me abrace como se eu fosse mais do que uma amiga
Me dê lembranças que eu possa usar
Me pegue pela mão enquanto
fazemos o que namorados fazem
É importante como isto acaba
Por que e se eu nunca mais amar de novo?
Eu não preciso da sua honestidade
Está claro nos seus olhos
e tenho certeza que os meus falam por mim
Ninguém me entende como você
E uma vez que você é o único que importa
me diga a quem devo recorrer?
Olha, não me interprete mal 
Eu sei que não há o amanhã
Agora responda: Utilizando as informações obtidas durante a aula de Roman-
tismo, identifique na letra da música características inerentes a Segunda Fase 
Romântica.
82
Li
t.
01.
Exercício de aula
1. a
2. c
02.
Exercício de casa
1. a
2. c
3. c
4. d 
5. e
6. b
7. b
8. e
 
03. 
Questão Contexto
Sugestão: idealização do amor x medo de amar, 
efemeridade, desespero caso o eu-lírico nunca mais 
ame de novo, incerteza quanto ao futuro.
 
GABARITO

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