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10 Bioestatística

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02.12_-_Bioestat�stica_em_pesquisa_I_-_Ximenes.ppt
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Fevereiro 2007
MBE 
BIOESTATÍSTICA EM PESQUISA
João Aragão Ximenes Filho
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Introdução
Importância da bioestatística
“ver as coisas sem paixão, como elas são”
“quantificar a incerteza”
Qual suas aplicabilidades...
Público alvo 
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Introdução
Por que se escreve publicações científicas?
...permanecer no cargo
...se tornar (continuar a ser) famoso
...dar destaque à sua pesquisa
...
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Introdução
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
Por que?
Um problema  uma hipótese
Como?
Uma hipótese  objetivos 
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Descritivos 
Analíticos
Observacionais
Experimentais
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Descritivos 
	descrever os efeitos
	sugerem
	não interferem sobre causa x efeito
	também usam estatística
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Analíticos
	objetiva estabelecer relação 
		de causa x efeito
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Observacionais
	a exposição a causa não depende do 
		pesquisador
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Experimentais
	a exposição à causa é determinada pelo 
		pesquisador
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
EIXO DO ESTUDO (quanto a direção)
PROSPECTIVO
		CAUSA  EFEITO
RETROSPECTIVO
		EFEITO  CAUSA
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
		CAUSA  EFEITO
Quadro clínico Nova doença
Etiologia
Fatores de risco Doença
Doença
Fatores de risco Evolução
Doença
Fatores de risco Prognóstico
Tratamento Resultado
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
CAUSA  EFEITO
Descrição de caso (s)
Descrição de casuística
Estudo transversal
Estudo de caso-controle
Estudo de coorte
Ensaio clínico randomizado
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
Resumindo
Estudo de causa e efeito – coorte
				- caso-controle (dç raras)
Rastreamento – corte transversal
Diagnóstico – corte transversal
Terapia – ensaio clínico randomizado
Prognóstico – coorte
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
VALIDADE DO DESENHO (CAUSA)
ELEVADA Ensaio Clínico Randomizado
			 
			 Estudo de coorte
			 Estudo de caso-controle
			 Corte transversal
ESCASSA Série de casos
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
AMOSTRA x POPULAÇÃO
AMOSTRA:
Parte do todo 
Distribuição de maneira semelhante
Finalidade: inferir a partir dos resultados conclusões para o universo do estudo
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
AMOSTRA x POPULAÇÃO
AMOSTRA:
Deve ser suficientemente grande
Seus constituintes deves ser selecionados ao acaso – “random”
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
AMOSTRA:
Evitar:
	amostra de conveniência
	(entrada seqüencial)
Preferir:
	entrada aleatória ou probabilística
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
MÉTODOS DE AMOSTRAGEM
	1. Randomização simples
	2. Sistematização
	3. Estratificação
	4. Amostragem em “multi-stage”
	5. Conglomerados
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
5, 74, 79, 83, 138, 166, 173, 201, 242, 259
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
MÉTODOS DE AMOSTRAGEM
	2. Sistematização
		mais sujeito a viés
		mais simples
		utiliza intervalos regulares
		randomiza o ponto inicial
P.ex: selecionar 5% da população (1 em 20). Randomiza 13, assim – 13,33,53,73, 93...
	
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE DADOS
 Nominais ou qualitativos 
 Ordinais
 Intervalares
 Contínuos
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TENDÊNCIA CENTRAL e MEDIDAS DE DISPERSÃO
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TENDÊNCIA CENTRAL
 média (aritmética e geométrica)
 mediana
 moda
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
MEDIDAS DE DISPERSÃO
 Desvio-padrão
 Variância
 Amplitude total ou Intervalo de variância (range)
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
MEDIDAS DE DISPERSÃO
 Desvio-padrão
Standard deviation (SD) – é o modo de representar a dispersão dos dados ao redor da média
É a raiz quadrada da variância: mesma unidade utilizada nos valores
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESVIO PADRÃO X ERRO PADRÃO
 DP mostra dispersão ou variabilidade
 EPM o quão bem conhecida é a média
 Dispersão biológica: DP
 Dispersão técnica: EPM
 EPM = s / n
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DISTRIBUIÇÃO GAUSSEANA
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DISTRIBUIÇÃO NORMAL
TESTOU SEUS DADOS (contínuos)
 Teorema (teste) de Kolmogorov-Smirnov
 Diagrama de Probidade (probit plot)
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
Teste de Kolmogorov-Smirnov
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
 Diagrama de Probidade (probit plot)
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
AMOSTRA:
TAMANHO (n)
	variabilidade do fenômeno
	erro 
	poder do teste (1-)
	precisão ou diferença desejada
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TAMANHO da AMOSTRA:
 nenhum método é perfeito
 Pesquisador experiente é necessário
 Confiabilidade dos dados
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TAMANHO da AMOSTRA:
 Como estimá-lo
	1. Tabelas
	2. Fórmulas
	3. Softwares (p.ex. True Epistat)
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
*
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Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
EXERCÍCIO 1
Problema: DESNUTRIÇÃO (pig)
Hipótese: suplementação vitamínica gestantes
Desenho: Ensaio Clínico Randomizado
Eixo: Prospectivo
Tipo: Experimental - analítico
População: 1 consulta pré-natal Irauçuba
Amostra: Tamanho???
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
EXCEL
3
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25			0.125
			DP									0.4			0.4			0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976			10.4976
												0.16			0.16			0.16
												0.16			0.16			0.16
												0.32			0.32			0.32
												0.25			0.0625			0.015625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712			214.990848
			Resumo									15			50			200
2
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25
			DP									0.4			0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976
												0.16			0.16
												0.16			0.16
												0.32			0.32
												0.25			0.0625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712
			Resumo									15			50
4
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25			0.125			0.125
			DP									0.4			0.4			0.4			0.8
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976			10.4976			10.4976
												0.16			0.16			0.16			0.64
												0.16			0.16			0.16			0.64
												0.32			0.32			0.32			1.28
												0.25			0.0625			0.015625			0.015625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712			214.990848			859.963392
			Resumo									15			50			200			860
comparação de duas médias 1
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5
			DP									0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28
			índice signific=5%						v			1.96
			
												10.4976
												0.16
												0.16
												0.32
												0.25
			
			tamanho para cada grupo									13.436928
			Resumo									15
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
EXCEL
3
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25			0.125
			DP									0.4			0.4			0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976			10.4976
												0.16			0.16			0.16
												0.16			0.16			0.16
												0.32			0.32			0.32
												0.25			0.0625			0.015625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712			214.990848
			Resumo									15			50			200
2
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25
			DP									0.4			0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976
												0.16			0.16
												0.16			0.16
												0.32			0.32
												0.25			0.0625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712
			Resumo									15			50
4
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25			0.125			0.125
			DP									0.4			0.4			0.4			0.8
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976			10.4976			10.4976
												0.16			0.16			0.16			0.64
												0.16			0.16			0.16			0.64
												0.32			0.32			0.32			1.28
												0.25			0.0625			0.015625			0.015625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712			214.990848			859.963392
			Resumo									15			50			200			860
comparação de duas médias 1
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5
			DP									0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28
			índice signific=5%						v			1.96
			
												10.4976
												0.16
												0.16
												0.32
												0.25
			
			tamanho para cada grupo									13.436928
			Resumo									15
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
EXCEL
3
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25			0.125
			DP									0.4			0.4			0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976			10.4976
												0.16			0.16			0.16
												0.16			0.16			0.16
												0.32			0.32			0.32
												0.25			0.0625			0.015625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712			214.990848
			Resumo									15			50			200
2
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25
			DP									0.4			0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976
												0.16			0.16
												0.16			0.16
												0.32			0.32
												0.25			0.0625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712
			Resumo									15			50
4
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25			0.125			0.125
			DP									0.4			0.4			0.4			0.8
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976			10.4976			10.4976
												0.16			0.16			0.16			0.64
												0.16			0.16			0.16			0.64
												0.32			0.32			0.32			1.28
												0.25			0.0625			0.015625			0.015625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712			214.990848			859.963392
			Resumo									15			50			200			860
comparação de duas médias 1
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5
			DP									0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28
			índice signific=5%						v			1.96
			
												10.4976
												0.16
												0.16
												0.32
												0.25
			
			tamanho para cada grupo									13.436928
			Resumo									15
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*
Pós Graduação – ORL – FMUSP
Jul/2002
Estatística Descritiva 
EXCEL
3
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25			0.125
			DP									0.4			0.4			0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976			10.4976
												0.16			0.16			0.16
												0.16			0.16			0.16
												0.32			0.32			0.32
												0.25			0.0625			0.015625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712			214.990848
			Resumo									15			50			200
2
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25
			DP									0.4			0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976
												0.16			0.16
												0.16			0.16
												0.32			0.32
												0.25			0.0625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712
			Resumo									15			50
4
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5			0.25			0.125			0.125
			DP									0.4			0.4			0.4			0.8
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28			1.28			1.28			1.28
			índice signific=5%						v			1.96			1.96			1.96			1.96
			
												10.4976			10.4976			10.4976			10.4976
												0.16			0.16			0.16			0.64
												0.16			0.16			0.16			0.64
												0.32			0.32			0.32			1.28
												0.25			0.0625			0.015625			0.015625
			
			tamanho para cada grupo									13.436928			53.747712			214.990848			859.963392
			Resumo									15			50			200			860
comparação de duas médias 1
			Peso ao nascimento - Resposta a suplementação vitamínica
						(em torno de 2.500g)
			
			Diferença das médias (arbitrário)									0.5
			DP									0.4
			
			
			Poder do teste=90%						u			1.28
			índice signific=5%						v			1.96
			
												10.4976
												0.16
												0.16
												0.32
												0.25
			
			tamanho para cada grupo									13.436928
			Resumo									15
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Introdução
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Introdução
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Introdução
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
TESTE DE HIPÓTESE
TIPOS DE ERROS
	
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
A HIPÓTESE
	é o que o pesquisador acredita ser verdade acerca do fenômeno sobre o qual tem experiência clínica própria e/ou conhecimentos (literatura)
	
Estatística Analítica
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
HIPÓTESE NULA
 “não há diferença entre os grupos 	estudados”
 Atribui ao acaso os resultados obtidos
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
HIPÓTESE NULA
Contudo:
“um valor de p>0,05 não implica que H0 seja verdadeira, apenas que os dados disponíveis não são suficientes para rejeitá-la.”
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
TESTE DE HIPÓTESES
H0 = o fenômeno observado (efeito) na amostra é pouco diferente do que poderia ter ocorrido por mero acaso.
H1 = o fenômeno observado (efeito) na amostra é muito diferente do que poderia ter ocorrido por mero acaso.
Estatística Analítica
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
TESTE DE HIPÓTESES
... Decide por H0 ou H1 a partir do cálculo da probabilidade de que um determinado fenômeno (efeito ou resultado) não tenha ocorrido por mero acaso na amostra.
Se esta probabilidade é pequena, decide-se por H1 e, se for elevada, decidi-se por H0
Estatística Analítica
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
TESTE DE HIPÓTESES
 População x amostra
 Seis etapas:
	1. H1
	2. H0
	3. Tamanho da amostra
	4. Colher os dados
	5. Análise estatística
	6. Rejeitar ou não H0 
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
TIPOS DE ERROS
Erro I (): rejeitar H0, mesmo que ela seja verdadeira (aceita  onde não existe)
Erro II (): não rejeita H0, mesmo ela sendo falsa ( não reconhecida) 
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
TIPOS DE ERROS
Erro I () – Nível de Significância
Significa que se repetirmos 100 vezes o experimento realizado, nas mesmas condições, obteremos o mesmo resultado em 100-  vezes
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
TESTE DE HIPÓTESES
poder do teste 
“a probabilidade de rejeitar a hipótese nula quando esta é falsa”
“a probabilidade de rejeitar a hipótese nula em um teste estatístico quando a hipótese alternativa é verdadeira”
Estatística Analítica
*
*
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Jul/2002
Estatística Analítica
*
*
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Jul/2002
Estatística Analítica
5%
80%
95% 
20%
USUALMENTE!
*
*
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Jul/2002
Estatística Analítica
ENTENDENDO O “p”
 Probabilidade (0-1) encontrar diferença 	igual ou maior que a observada
 Se p pequeno, pouca chance de ser o 	ACASO = amostras diferentes
*
*
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Jul/2002
Estatística Analítica
ENTENDENDO O “p”
 quanto menor o valor de p, menos sustentável é a hipótese nula;
 probabilidade de obter os dados observados se a hipótese nula fosse verdadeira.
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Analítica
02.12_-_Bioestat�stica_em_pesquisa_II_-_Ximenes.ppt
*
*
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Jul/2002
Prof. João Ximenes
Faculdade Christus
Curso de Medicina
Medicina Baseada em Evidencia
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
João Aragão Ximenes Filho
Residência Médica na UNESP
Doutor em Otorrinolaringologia pela FMUSP
Professor de ORL da FMUFC
Prof de Bioestatistica da PG Cirurgia UFC
MBE – Bioestatística
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
CARACTERISTICAS DE UM BOM PROJETO DE PESQUISA OU ARTIGO:
Factível
Interessante
Original
Ético
Relevante
*
*
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Estatística Descritiva 
Factível
	número adequado de sujeitos
	capacidade técnica adequada
	custo e duração suportáveis
	objetivo definido e delimitado
*
*
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Estatística Descritiva 
Interessante
	
	Motivador
	Pesquisador principal – acreditar
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
Original
	um resultado anterior de repete?
	os resultados de uma população se 
		aplicam a outra?
	novas técnicas/métodos se somam a 
		anteriores
estudos confirmatórios são muito
importantes para
superar “fraquezas”
dos estudos anteriores
*
*
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Estatística Descritiva 
Ético
	não deve criar situação de risco físico 
		ou de invasão de privacidade
		(pesquisador e sujeito)
	consentimento livre e:
		Esclarecido x Informado
	
*
*
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Estatística Descritiva 
Relevante
	possíveis resultados 
	contribuição para o conhecimento 
		científico
*
*
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Estatística Descritiva 
Título
PROVISÓRIO (working title)
Salientar objetivos
Pode ser longo (nortear o estudo)
FINAL 
Tema pesquisado 
Com que objetivo (interesse do leitor)
Iniciar com termo importante
Entre 10 a 12 palavras (100 caracteres)
*
*
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Estatística Descritiva 
Título
O que
Em quem
Como
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Autores
Pode ser provisória, mas definir no início
“Autor é todo aquele que, tendo contribuído para a elaboração do projeto, é capaz de publicamente defendê-lo como um todo ou, pelo menos, na sua parte mais importante.”
Ordem decrescente de participação
Ao termino, rever os autores.
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Resumo
Exigência das agência financiadoras
Divulgação
Nortear
	o porque da pesquisa
	o que está sendo estudado
	os objetivos
	os métodos
	o que se espera encontrar
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Introdução
Parte mais importante (do projeto)
Esclarece o quanto é Nova e Importante
Leitor (especialista ou não)
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Introdução
Deve explicar:
	o que se sabe sobre o tema
	o que não se sabe ou é questionável
	Qual a Hipótese
	o que é preciso testá-la
	qual a abordagem experimental (sucinta)
*
*
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Estatística Descritiva 
Por que?
Um problema  uma hipótese
Como?
Uma hipótese  objetivos 
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A HIPÓTESE
	é o que o pesquisador acredita ser verdade acerca do fenômeno sobre o qual tem experiência clínica própria e/ou conhecimentos (literatura)
	
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
TESTE DE HIPÓTESES
H0 = o fenômeno observado (efeito) na amostra é pouco diferente do que poderia ter ocorrido por mero acaso.
H1 = o fenômeno observado (efeito) na amostra é muito diferente do que poderia ter ocorrido por mero acaso.
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
TESTE DE HIPÓTESES
... Decide por H0 ou H1 a partir do cálculo da probabilidade de que um determinado fenômeno (efeito ou resultado) não tenha ocorrido por mero acaso na amostra.
Se esta probabilidade é pequena, decide-se por H1 e, se for elevada, decidi-se por H0
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Introdução
Deve:
	ser breve, clara (1 a 5 parágrafos)
	ter poucas referências (primeiro ou mais
		importante artigo, sem repetições)
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Objetivos
É o que deve ser feito para testar se a hipótese é verdadeira ou não.
	Objetivo geral
	Objetivo(s) específico(s)
(ações de descrever, identificar, analisar, comparar, avaliar – que serão realizadas no estudo)
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Objetivos
	do projeto – é o que deve ser feito para 
			testar as hipóteses
	da pesquisa – contribuição para o 
			conhecimento
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Material/Casuística e Métodos
Descrever (completa e detalhada) procedimentos
	usados para atingir objetivos
As informações devem PERMITIR SUA 
	REPRODUTIBILIDADE
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Material
Tipo
Lote amostral
Origem/coleta
Quantidade
Conservação/transporte
Local e unidade de processamento
*
*
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Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Casuística
Tamanho da amostra
Características (faixa etária, sexo, raça, etc)
Origem da casuística e época do estudo
Forma de seleção/recrutamento
Critérios inclusão/exclusão
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Métodos
Desenho
Definição das variáveis
Coleta dos dados
Processamento dos dados e/ou material
Análise (ESTATÍSTICA)
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Métodos
Descrever com detalhes (referências)
Justificar a escolha dos procedimentos técnicos
Citar o programa de computador utilizado e a versão
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
A estrutura do projeto:
Aspectos ético:
Definir pesquisados responsável
Risco que paciente corre
Descrever com detalhes tudo que o paciente será submetido
Deixar claro que o paciente pode recusar a participar em qualquer etapa
Linguagem simples e acessível
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
OBSERVAÇÕES
Discussão
	Comparar com resultados da literatura
	Defender hipótese
		indicar novidade científica
		discutir limitações
		explicar (não repetir) resultados
	Indicar desdobramentos
	Melhor defender os próprio resultados
		(evite atacar autores)
	Cuidado com generalizações
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
OBSERVAÇÕES
Conclusões
	Responder aos objetivos
	Não repetir resultados, mas salientar 
		tendências
	Não incluir comentários gerais, implicações.
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
OBSERVAÇÕES
Recomendações
	Evitar demonstrar erudição sobre tema
	Evite pontos supérfluos
	Resultados – verbo “forte” (mostrar, indicar)
	Discussão – “é possível que”
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
RESUMINDO
O que foi estudado – Introdução
Como foi estudado – Método
Quais as descobertas – Resultados
O que estas descobertas significam – Discussão
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
10 PRINCÍPIOS CHAVE
INVISTA TEMPO E DINHEIRO NO PLANEJAMENTO
FORMULE SEU PROTOCOLO DE ESTUDO PREVIAMENTE
DESCREVA DETALHADAMENTE SEUS MÉTODOS
DESCREVA A RAZÃO PARA O TAMANHO E A COMPOSIÇÃO DE SUAS AMOSTRAS
EXPLIQUE O QUE É NOVO, INTERESSANTE E ÚTIL DOS SEUS RESULTADOS
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
10 PRINCÍPIOS CHAVE
MANTENHA O MANUSCRITO CURTO
RESPOSNDA AS QUESTÕES: “ SO WHAT?” E “WHO CARES?”
SIGA RIGOROSAMENTE AS RECOMENDAÇÕES E FORMATOS DA REVISTA
EDITE SEU TEXTO REPETIDAS VEZES
ESCREVA CONCLUSÕES CAUTELOSAS PORÉM PERSPICAZES.
 
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
EIXO do Estudo 
TIPOS de Estudo
DESENHO do Estudo
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
EIXO DO ESTUDO (quanto a direção)
PROSPECTIVO
		CAUSA
 EFEITO
RETROSPECTIVO
		EFEITO  CAUSA
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
		CAUSA  EFEITO
Quadro clínico Nova doença
Etiologia
Fatores de risco Doença
Doença
Fatores de risco Evolução
Doença
Fatores de risco Prognóstico
Tratamento Resultado
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Descritivos 
Analíticos
Observacionais
Experimentais
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Descritivos 
	descrever os efeitos
	sugerem
	não interferem sobre causa x efeito
	também usam estatística
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Analíticos
	objetiva estabelecer relação 
		de causa x efeito
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Observacionais
	a exposição a causa não depende do 
		pesquisador
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
TIPOS DE ESTUDO
Experimentais
	a exposição à causa é determinada pelo 
		pesquisador
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
CAUSA  EFEITO
Descrição de caso (s)
Descrição de casuística
Estudo transversal
Estudo de caso-controle
Estudo de coorte
Ensaio clínico randomizado
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Descrição de caso (s) – novas ou raras
	Descrever detalhadamente um quadro 
		clínico
	Levantar hipóteses
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Descrição de Casuística
	Caracterizar doenças
	Levantar/fortalecer hipóteses
	Comparar casuísticas
	Comparar evolução e resultados
	(doenças raras, avaliação da assistência)
	Exemplo Clássico – AIDS
		26 casos Kaposi...
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Estudo Transversal
	Dar mais consistência à relação de causa e 
		efeito, reforçando a validade da 
		hipótese
	Avalia num mesmo momento causa e efeito
	Mede Prevalência
	“pseudo coorte” – perde relação temporal
	Não comprova hipóteses
	Fortalece hipóteses já existentes
	Planejamento em saúde pública
	
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Estudo Transversal
	Vantagens: rápido, barato, poucas perdas 
		(não há seguimento) e sem vícios de 			memória
	Desvantagens: simultaneidade de causa e 
		efeito, maior propensão a viés, 
		pouco útil se o evento é raro, baixa 
		participação (viés de seleção)
	
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Caso Controle
	Parte do efeito e busca causa
	Vantagens: 
		eficiente se efeito raro, crônico
		rápido qdo efeito surge tardio
		emparelhamento
		relativamente barato
		possível estudar vários fatores de 
			risco
			
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Caso Controle
	Desvantagens:
		viés de seleção (distorção amostras 
			e escolha controles)
		dificuldade de emparelhamento
		viés de memória
		difícil qdo causa é rara
		não permite RR, apenas OR
		vício de memória
		dificuldade p/ determinar seqüência 
			de eventos
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Coorte
	Parte de um conjunto de indivíduos, observa a exposição ou não a causa e os acompanha para observar surgimento do efeito
	
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Coorte
	Vantagens:
		boa definição das características 
			iniciais
		direção temporal dos eventos
		minimiza as perdas e estima seu 
			efeito
		é possível estudar várias doenças
		pode-se calcular incidência
		
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
DESENHO
Coorte
	Desvantagens:
		longos períodos de acompanhamento
		amostras grandes
		caro e trabalhoso 
		pouco útil para efeitos raros
		risco de variáveis de confusão		
		pode-se estudar poucas exposições
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
VALIDADE DO DESENHO (CAUSA)
ELEVADA Ensaio Clínico Randomizado
			 
			 Estudo de coorte
			 Estudo de caso-controle
			 Corte transversal
ESCASSA Série de casos
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
Resumindo
Estudo de causa e efeito – coorte
				- caso-controle (dç raras)
Rastreamento – corte transversal
Diagnóstico – corte transversal
Terapia – ensaio clínico randomizado
Prognóstico – coorte
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
SETORIAL – “pizza”
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Estatística Descritiva 
MEDIANA E INTERVALO INTERQUARTÍLICO
Box-and-Whisker plot
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Box-and-wisker plot
*
*
Pós Graduação – ORL – FMUSP 
Jul/2002
Box-and-wisker plot
1189891320_01__apostila__uso_da_informacao__aula_01[1].pdf
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AULA 01
O Saber Científico como Ferramenta 
de Gestão Pública
 
 
Sumário 
 
 
 
TUAPRESENTAÇÃO AULA 1UT .................................................................................................................................3 
TUUNIDADE 1UT ..........................................................................................................................................................5 
TUO SABER RACIONALUT.........................................................................................................................................5 
TUUNIDADE 2UT..........................................................................................................................................................6 
TUPOSITIVISMO E CIÊNCIAS HUMANASUT ....................................................................................................6 
TUUNIDADE 3UT........................................................................................................................................................10 
TUCONSOLIDAÇÃO DO USO DA ESTATÍSTICA COMO INSTRUMENTO PARA GESTÃO 
PÚBLICAUT..............................................................................................................................................................10 
TUUNIDADE 4UT........................................................................................................................................................14 
TUGESTÃO PÚBLICA FUNDAMENTADA NO SABER CIENTÍFICOUT........................................................14 
TUFECHAMENTO DA AULAUT ...............................................................................................................................17 
TUATIVIDADES DE CONCLUSÃO DA AULAUT.................................................................................................18 
TUREFERÊNCIAS DA AULAUT ...............................................................................................................................19
AULA 01 - O Saber Científico como Ferramenta de Gestão Pública 
 
 
Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública 
SENASP 
3
APRESENTAÇÃO AULA 1 
 
O SABER CIENTÍFICO COMO FERRAMENTA DE 
GESTÃO PÚBLICA 
 
 
 
Boas Vindas! Você está na aula 1 “Uso de Informações na Gestão das Ações de 
Segurança Pública”. 
 
Nesta primeira aula serão discutidos os conteúdos das seguintes unidades: 
 
 
 
A partir dos conhecimentos tratados nesta aula você será capaz de: 
 
 
Objetivos da aula 
 
- Identificar as características do pensamento científico. 
- Reconhecer a importância do saber científico como ferramenta de investigação de 
fenômenos sociais e gestão pública. 
 
 
Aproveite bem esta aula. Realize as atividades, interaja com os demais participantes do 
curso. Discuta os conceitos com o tutor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUnidade 1: O Saber RacionalT 
TUnidade 2: Positivismo e Ciências Humanas 
TUnidade 3: Consolidação do Uso da Estatística como Instrumento para Gestão 
PúblicaT 
T Unidade 4: Gestão Pública Fundamentada no Saber CientíficoT 
 
 
 
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AULA 01 - O Saber Científico como Ferramenta de Gestão Pública 
 
 
Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública 
SENASP 
4
Antes de iniciarmos a primeira unidade desta aula vamos refletir um pouco sobre a 
trajetória da busca do saber exercida pelo ser humano. Esta busca passou por diferentes 
etapas até a consolidação de uma perspectiva de conhecimento acerca da realidade 
cientificamente fundamentado. 
Veja, em estágios históricos anteriores, o desenvolvimento e acúmulo do saber eram 
gerados unicamente das experiências e observações 
pessoais, a partir do uso de Usaberes espontâneos e 
intuitivosU e do respeito aos elementos da tradição e da 
autoridade. Porém, com o advento do saber filosófico e especulativo começa a 
consolidação de uma forma de conhecer racionalmente fundamentada. 
Assim, o saber científico e sua utilização na produção e utilização de estatísticas na área 
de segurança pública, são os temas que orientaram o estudo desta aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São saberes de senso comum 
que não foram testados e 
comprovados cientificamente 
 
 
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AULA 01 - O Saber Científico como Ferramenta de Gestão Pública 
 
 
Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública 
SENASP 
5
UNIDADE 1 
O SABER RACIONAL 
 
 
Com a filosofia grega, inaugura-se a sistematização do uso da lógica e das ciências 
matemáticas para abordagem e interpretação das indagações sobre os problemas da 
condição do homem no convívio em sociedade. 
 
No século XVII, o pensamento científico moderno passa a se consolidar na medida em 
que a legitimidade dos saberes construídos vincula-se à observação da realidade 
(empirismo), colocando tal explicação à prova (experimentação). 
 
Assim inicia o Uraciocínio hipotético-dedutivoU 
que, associado às ciências matemáticas, utiliza-se 
da construção de novos instrumentos de medida 
(tempo, distância, calor, peso etc.) para a 
apreensão dos fenômenos. 
 
A partir de então, o saber não repousa mais somente na 
especulação, ou seja, no simples exercício do pensamento. 
Baseia-se igualmente na observação, experimentação e 
mensuração, fundamentos do método científico em sua forma 
experimental. Assim, poder-
se-ia dizer que o método 
científico nasce do encontro 
da especulação com o 
empirismo. (LAVILLE & 
DIONE, 1999, p.23). 
 
A seguir, vamos estudar o positivismo e as ciências humanas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
É o raciocínio que implica deduzir 
conclusões de premissas que são 
hipóteses, em vez de deduzir de fatos 
que o sujeito tenha realmente verificado. 
LAVILLE, Christian & DIONNE, Jean. A 
Construção do Saber. Manual de 
metodologia da pesquisa em ciências 
humanas. Porto Alegre: ARTMED, Belo 
Horizonte: UFMG, 1999. 
 
 
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Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública 
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6
UNIDADE 2 
POSITIVISMO E CIÊNCIAS HUMANAS 
 
 Relembrando... 
 
Na unidade anterior você fez uma reflexão sobre o saber racional. Nesta unidade você vai 
estudar o positivismo e as ciências humanas. 
 
1. Positivismo 
 
No século XVIII, surgem as denominadas UCiências 
HumanasU, com o objetivo de trazer para as investigações 
sobre a condição do homem em sociedade, até então objeto 
restrito às especulações filosóficas, os mesmos preceitos 
e modelos aplicados nas UCiências da NaturezaU. 
Nesse sentido, o desenvolvimento inicial da área partiu 
dos preceitos de construção de um saber científico 
amparado no modelo positivista e que apresenta, 
segundo Laville & Dione, as seguintes 
características principais que você pode ver no 
livro a seguir. 
Agora conheça, no livro a seguir, as características do modelo positivista. 
 
(LAVILLE, Christian & DIONNE, Jean. A 
Construção do Saber. Manual de 
metodologia da pesquisa em ciências 
humanas. Porto Alegre: ARTMED, Belo 
Horizonte: UFMG, 1999) 
As Ciências Humanas referem-se 
àquelas que têm o próprio ser 
humano como objeto de estudo. 
Ciências da Natureza estudam duas 
ordens de fenômenos: os físicos e os 
vitais, ou as coisas e organismos vivos. 
 
 
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7
 
 
 
 
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8
 
 
 
 
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9
 
 
A seguir, vamos estudar a consolidação do uso da estatística como instrumento para 
gestão pública. 
 
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Curso Uso de Informações na Gestão das Ações de Segurança Pública 
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10
UNIDADE 3 
CONSOLIDAÇÃO DO USO DA ESTATÍSTICA COMO 
INSTRUMENTO PARA GESTÃO PÚBLICA 
 
 Relembrando... 
 
Na unidade anterior você estudou sobre o positivismo e as ciências humanas. Nesta 
unidade você conhecerá a consolidação do uso da estatística como instrumento para a 
gestão pública. 
 
~Atividade 
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual! 
1. Você conhece algo da história da estatística como instrumento para gestão pública? 
 
 
 
 
 
 
Você pode ter respondido com muita segurança ou com dúvidas, ou até mesmo pode ser 
que sua resposta não faça sentido. De qualquer forma, você vai descobrir isso no seu 
estudo a seguir. 
Veja, agora, alguns pontos importantes da construção 
histórica da estatística, como instrumento para gestão 
pública, defendidos na tese de Lima: 
 
 
 
LIMA, Renato Sérgio de. Contando 
Crimes e Criminosos em São 
Paulo: uma sociologia das 
estatísticas produzidas e utilizadas 
entre 1871 e 2000. 2005.
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ƒ Foi no contexto de desenvolvimento de um saber científico de cunho 
positivista que o conhecimento estatístico foi assumido como uma ferramenta 
para a construção da objetividade na investigação dos fenômenos sociais e na 
gestão pública em muitos países. 
ƒ Sua aplicação tradicional remonta aos anos de 5000 a 2000 a.C. e já se 
apresentava, em civilizações antigas do Egito, da Mesopotâmia e da China, 
como instrumento para gestão e administração do Estado, com ênfase nos 
negócios fiscais, militares e policiais. 
ƒ A partir do século XIX, o uso de registros estatísticos passa a servir a uma 
série de levantamentos e pesquisas sobre os mais diferenciados assuntos. 
ƒ A difusão do uso da estatística surge como representação de um período em 
que a possibilidade de quantificação e controle da realidade constituía-se em 
pensamento reinante entre analistas sociais e dirigentes. 
 
 
Se você deseja ler a tese de Lima, acesse o site, a seguir: 
http://www.crisp.ufmg.br/tese_RenatoSergioLima.pdf 
A seguir você continua seu estudo sobre este assunto. 
Países como Alemanha, Inglaterra e França prenunciaram algumas possibilidades de uso 
de dados quantificados. Veja no fichário o enfoque dado em cada um desses países. 
 
 
Saiba Mais 
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Se no período inicial predominava a visão positivista o desenvolvimento posterior das 
reflexões e parâmetros metodológicos a serem seguidos pelas ciências da sociedade 
demonstraram que o real não se configura como um ente dado e pronto à percepção a 
partir do emprego dos instrumentos adequados de quantificação. 
O próprio processo de consolidação de informações e dados para aferição de 
uma dada realidade partem de percepções, construções, escolhas e 
limitações, bem como, encontram-se submetidos, muitas vezes, ao sabor das 
disputas e conflitos de interesses de toda ordem. 
Neste sentido, é interessante ressaltar a reflexão que pauta o estudo de Lima. Veja a 
seguir. 
Lima quando apresenta seu estudo sobre o uso de estatísticas para a análise criminal em 
São Paulo, defende que: 
[...] mais do que isentos, os números e as formas como eles estão 
organizados respondem às dinâmicas das disputas de poder em torno das 
regras sobre como e quem governa: eles são instrumentos de construção de 
discursos de verdade, que almejam a objetividade e a legitimidade enquanto 
pressupostos; são resultado de múltiplos processos sociais de contagem, 
medição e interpretação de fatos e, portanto, dependem da circulação do 
poder para se reproduzirem. (LIMA, 2005, p. 27). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dessa forma, para além da divulgação de qualquer fonte de medição de um objeto social 
e de indicadores, aspecto fundamental na construção de um sistema de informações, 
conforme veremos mais à frente, é, como garantia de isenção política, a explicitação de 
todas as etapas e procedimentos percorridos para se alcançar tais resultados. 
A seguir, realize a atividade proposta. 
~Atividade 
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual! 
Analise atentamente as afirmativas a seguir e descubra quais estão corretas. 
 
a) 5000 a 2000 a.C. o conhecimento estatístico já se apresentava, em civilizações 
antigas do Egito, da Mesopotâmia e da China, como instrumento para gestão e 
administração do Estado, com ênfase nos negócios fiscais, militares e policiais. 
b) A difusão do uso da estatística surge como representação de um período em que 
a possibilidade de quantificação e controle da realidade constituía-se em 
pensamento reinante entre analistas sociais e dirigentes. 
c) Na Alemanha buscava a instrumentalização da gestão pública, por intermédio de 
uma sistematização das informações sobre saúde, demografia e uso do espaço. 
d) Na Inglaterra, o modelo aritmético inicialmente adotado priorizava as questões da 
mortalidade e os aspectos demográficos. 
e) Na França, houve grande incremento de parâmetros técnicos e metodológicos 
para o desenvolvimento dos recenseamentos. 
Assinale a alternativa correta. Estão corretas as letras: 
( ) a,b,c,d 
( ) a,b,d,e 
( ) a,b,c,d,e 
( ) b, c,d,e 
 
A seguir, você inicia seu estudo sobre gestão pública fundamentada no saber científico. 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 4 
GESTÃO PÚBLICA FUNDAMENTADA NO SABER 
CIENTÍFICO 
 
 Relembrando... 
 
Na unidade anterior você estudou o uso da estatística como instrumento para a gestão 
pública. Nesta unidade discutiremos a gestão pública fundamentada no saber científico. 
 
Ao se fundamentar em uma visão científica da realidade, a gestão pública incorpora uma 
série de características do saber científico: 
ƒ A necessidade de adquirir os conhecimentos por meio da experiência sensível; 
ƒ O fato de buscar controlar ao máximo os preconceitos que deturpam a visão da 
realidade; 
ƒ A fundamentação do conhecimento em experiências empíricas rigorosamente 
determinadas em termos metodológicos; 
ƒ A busca pelo estabelecimento de previsões. 
 
Veja, a seguir, um exemplo. 
Exemplo 
Um bom exemplo da aplicação dos princípios científicos à gestão de políticas públicas foi 
um estudo realizado pela Rand Corporation, em 1998, onde se avaliou os resultados de 
cinco ações diferentes realizadas nos Estados Unidos para retirar crianças do mundo dos 
crimes, em termos dos seus custos e benefícios. Este relatório fundamentou uma 
mudança significativa na ação do governo dos Estados Unidos em termos da gestão de 
políticas de segurança pública. 
A seguir conheça o resultado deste estudo. 
 
 
 
 
 
 
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Avaliação de Custos e Benefícios de Programas Visando a Retirada de Crianças 
da Vida Criminosa 
Custo/Efetividade 
Período: 30 anos 
Visitas a 
Famílias em 
Situação de 
Risco 
Capacitação de 
Pais cujos Filhos 
Apresentam 
Problemas 
Programa nas 
Escolas de 
Incentivo à 
Entrada na 
Universidade 
Supervisão de 
Delinqüentes 
Fora da Prisão 
Encarceramento 
Custo por Participante 
 
$29,400 $3,000 $12,520 $10,000 $16,000 
Dólares gastos por Crime 
Prevenido 
$89,035 $6,531 $3,881 $13,899 $12,000 
Crimes Prevenidos por 
Milhão de Dólares Gastos 
11 157 258 72 83 
1. Visitas a Famílias em Situação de 
Risco 
2. Capacitação de Pais cujos Filhos 
Apresentam Problemas 
3. Programas nas Escolas de Incentivo à 
Entrada na Universidade 
4. Supervisão de Delinqüentes Fora da 
Prisão 
5. Encarceramento 
 
 
 
Fonte: RAND – Diverging Children From 
a Life of Crime (1998) 
 
 
A ação do
gestor público se fundamentou, portanto, em uma avaliação empírica e 
objetiva dos resultados de diferentes opções de respostas para um mesmo problema que 
possibilitaram que se construísse uma projeção dos resultados futuros destas ações. 
Assim, a Gestão de Resultados deve ser entendida da seguinte forma: 
Por meio da experiência empírica, estabelece-se um conhecimento sobre quais são as 
ações que levam ao alcance do melhor resultado possível e, partir daí, a gestão passa a 
ser orientada por este conhecimento. 
Cabe destacar que essa classificação das ações em função dos seus resultados previstos 
sempre deverá ser contextualizada, levando em conta as características de inúmeros 
fatores externos intervenientes no processo da relação entre ação e resultado. 
 
 
 
 
 
 
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Ao discutir o processo de evolução das ciências, Popper (1973) nos aponta outra questão 
importante a ser observada. Veja o que ele nos diz: 
 
Você pode concluir que o estado atual da ciência é sempre provisório. Esta evolução se 
caracteriza principalmente pela constante incerteza sobre o que é e pela certeza sobre o 
que não é. 
Assim, grandes achados científicos que durante décadas foram considerados como a 
verdade absoluta, podem vir a ser manipulados no futuro. 
Por esta razão, a gestão pública tem que submeter suas ações a testes contínuos, pois a 
constante mudança da realidade vivida pode trazer surpresas em relação aos resultados 
previstos para as ações executadas. 
Fechamos aqui a última unidade da aula 1. 
 
 
 
 
 
 
 
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FECHAMENTO DA AULA 
 
 
Fechamos aqui o conteúdo da aula 1. A seguir, realize as atividades de auto avaliação 
desta aula, para que você possa sedimentar seus conhecimentos aqui construídos. 
Nesta aula você estudou sobre oT saber racional, o positivismo e as ciências humanas. 
Pôde conhecer a consolidação do uso da estatística como instrumento para gestão 
pública e também como se estrutura a gestão pública fundamentada no saber científico.T 
Dica 
Lembre-se: Qualquer dúvida retome o conteúdo e tire suas dúvidas com seu tutor. Não 
vá em frente se algo não foi compreendido! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATIVIDADES DE CONCLUSÃO DA AULA 
 
~Atividade 
Realize a atividade, a seguir, no ambiente virtual! 
1 Após seu estudo, como você explica a Gestão Pública Fundamentada no Saber 
Científico? 
 
2 Reflita sobre a afirmativa de Lima, a seguir, e socialize com os demais alunos sua 
análise. 
[...] mais do que isentos, os números e as formas como eles estão organizados 
respondem às dinâmicas das disputas de poder em torno das regras sobre como e 
quem governa: eles são instrumentos de construção de discursos de verdade, que 
almejam a objetividade e a legitimidade enquanto pressupostos; são resultado de 
múltiplos processos sociais de contagem, medição e interpretação de fatos e, 
portanto, dependem da circulação do poder para se reproduzirem”. (LIMA, 2005, p. 
27) 
 
3. Relacione cada termo ao seu significado correto: 
 
1. Conhecimento adquirido pelos sentidos, pela experiência sensível. 
Qualquer conhecimento produzido por outros tipos de experiência. 
( ) Experimentação 
 
2. Atitude intelectual que visa considerar a realidade do objeto 
controlando ao máximo os preconceitos do pesquisador. O sujeito 
conhecedor não deve influenciar esse objeto de modo algum; deve 
intervir o menos possível e dotar-se de procedimentos que eliminem 
ou reduzam, ao mínimo, os efeitos não controlados dessas 
intervenções. 
( ) Leis e previsão 
3. Este modelo de saber supõe que se pode estabelecer, no domínio do 
ser humano, as leis que determinam o domínio físico. Essas leis, 
estima-se, estão inscritas na natureza; portanto, os seres humanos 
estão, inevitavelmente, submetidos.. 
( ) Validade 
4. Somente o teste dos fatos, a experimentação, pode demonstrar a 
precisão da hipótese. 
( ) Empirismo 
5. A experimentação é rigorosamente controlada, graças às 
mensurações precisas dos fenômenos, para afastar os elementos que 
poderiam perturbá-la e seus resultados. A ciência positiva é, 
portanto, quantificativa. 
( ) Objetividade 
 
6. Conhecimento adquirido pelos sentidos, pela experiência sensível. 
Qualquer conhecimento produzido por outros tipos de experiência. 
( ) Experimentação 
 
 
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REFERÊNCIAS DA AULA 
 
LAVILLE, Christian & DIONNE, Jean. A Construção do Saber. Manual de metodologia 
da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: ARTMED, Belo Horizonte: UFMG, 
1999. 
LIMA, Renato Sérgio de. Contando Crimes e Criminosos em São Paulo: uma 
sociologia das estatísticas produzidas e utilizadas entre 1871 e 2000. 2005. Disponível 
em: HTwww.crisp.ufmg.br/tese_RenatoSergioLima.pdfTH. 
POPPER, Karl, La Logica de la Investigación Científica, Trad. de V. Sanchez de 
Zavala, Madrid, Tecnos, 1973. 
RAND CORPORATION. (1998) Diverting Children from a Life of Crime: measuring 
costs and benefits. 
 
 
 
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A distribuição normal.doc
A distribuição normal
(Leitura complementar ao capítulo 1) 
A distribuição normal tem como características fundamentais a média e o desvio padrão.
Para os interessados por Ciências Biológicas é a mais importante das distribuições contínuas pois muitas variáveis aleatórias de ocorrência natural ou de processos práticos obedecem esta distribuição.
Abraham de Moivre, um matemático francês exilado na Inglaterra, publicou a função densidade de probabilidade da distribuição normal com média � INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/mi1.gif" \* MERGEFORMATINET ���e variância 2 (ou, de forma equivalente, desvio padrão) em 1733:
É importante lembrar que os parâmetros populacionais e possuem os seguintes significados:
�� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/mi1.gif" \* MERGEFORMATINET = média populacional: indica a posição central da distribuição
�� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/sigma.gif" \* MERGEFORMATINET = desvio padrão populacional: refere-se à dispersão da distribuição 
Se uma variável aleatória x tem distribuição normal com média e variância 2, diz-se que x ~ N(,2)
A figura a seguir mostra uma curva normal típica, com seus parâmetros descritos graficamente.
A curva normal tem forma de sino, ou seja, é unimodal e simétrica, e o seu valor de máxima freqüência (moda) coincide com o valor da média e da mediana.
A média é o centro da curva. 
A distribuição de valores maiores que a média () e a dos valores menores que a média () é perfeitamente simétrica, ou seja, se passarmos uma linha exatamente pelo centro da curva teremos duas metades, sendo que cada uma delas é a imagem especular da outra.
As extremidades da curva se estendem de forma indefinida ao longo de sua base (o
eixo das abcissas) sem jamais tocá-la. (Portanto, o campo de variação da distribuição normal se estende de - infinito a + infinito).
Assim sendo, a curva apresenta uma área central em torno da média, onde se localizam os pontos de maior freqüência e também possui áreas menores, progressivamente mais próximas de ambas as extremidades, em que são encontrados valores muito baixos de x (à esquerda) ou escores muito altos (à direita), ambos presentes em baixas freqüências.
Como em qualquer função de densidade de probabilidade a área sob a curva normal é 1, sendo a freqüência total sob a curva igual a 100%. Assim, a curva normal é uma distribuição que possibilita determinar probabilidades associadas a todos os pontos da linha de base.
Portanto, tomando quaisquer dois valores pode-se determinar a proporção de área sob a curva entre esses dois valores. E essa área é o próprio valor da freqüência da característica que ela determina.
É muito importante entender como a curva é afetada pelos valores numéricos de e .
Assim, como se vê na figura seguinte, em que x corresponde ao número de desvios padrão e Y demonstra a freqüência, quanto maior a média, mais à direita está a curva. 
Note-se que, se diferentes amostras apresentarem o mesmo valor de média e diferentes valores de desvios padrão , a distribuição que tiver o maior desvio padrão se apresentará mais achatada (c), com maior dispersão em torno da média. A que tiver o menor desvio padrão apresentará o maior valor de freqüência e acentuada concentração de indivíduos em valores próximos à média (a).
Já, distribuições normais com valores de médias diferentes e o mesmo valor de desvio padrão possuem a mesma dispersão, mas diferem quanto à localização no eixo dos X.
Distribuição Normal Padrão
Todas as curvas normais representativas de distribuições de freqüências podem ser transformadas em uma curva normal padrão, usando o desvio padrão () como unidade de medida indicativa dos desvios dos valores da variável em estudo ( x ), em relação à média ( ).
A Distribuição Normal Padrão é caracterizada pela média ( ) igual a zero e desvio padrão () igual a 1.
A figura anterior mostra também que o desvio-padrão controla o grau para o qual a distribuição se "espalha" para ambos os lados da curva. Percebe-se que aproximadamente toda a probabilidade está dentro de ± 3 a partir da média.
Se a variável x tem distribuição normal, pode ser transformada para uma forma padrão, denominada Z, (ou, como comumente se diz, pode ser padronizada) subtraindo-se sua média e dividindo-se pelo seu desvio padrão:
z = ( x - ) /
Quando se estima os coeficientes, usa-se a seguinte notação:
z = ( x - ) / s
A equação da curva de z é: 
É importante lembrar que a área sob a curva pode ser entendida como uma medida de sua probabilidade e que a área sob a curva normal é igual a 1 (100%).
Assim, a variável x cuja distribuição é N( ,2) é transformada na forma padronizada z cuja distribuição é N(0,1). Essa é a distribuição normal padrão, que já está tabelada, pois os parâmetros da população (desvio padrão e média) são conhecidos.
Então, se forem tomados dois valores específicos, pode-se determinar a proporção de área sob a curva entre esses dois valores.
Para a distribuição Normal, a proporção de valores caindo dentro de um, dois, ou três desvios padrão da média são:.
		entre 
		é igual a 
		± 1 
		68,26% (1) 
		± 2 
		95,44% (2) 
		± 3 
		99,74% (3) 
Como se chegou a esses valores?
Para responder essa pergunta é necessário conhecer a distribuição de z, que já está tabelada.
Note-se que a Tabela de z determina a área a partir do número de desvios-padrão, os quais são lidos assim: 
		_ , _ _
a , b c 
		a = número inteiro lido na primeira coluna
b = número decimal lido na primeira coluna
c = número centesimal lido na primeira linha
O valor de z será encontrado na intersecção entre a coluna e a linha, sendo adimensional.
Verificando a tabela, percebe-se que para os valores negativos de z as áreas são obtidas por simetria, ou seja, existe o mesmo conjunto de valores, com sinal negativo, para o lado esquerdo da média, pois a tabela é especular.
Os valores de z permitem delimitar a área sob a curva, pois, como no eixo Y do gráfico está a freqüência da variável, a área sob a curva tem o mesmo valor da probabilidade de ocorrência daquela característica.
Exemplo 1
Qual é a área sob a curva normal contida entre z = 0 e z = 1?
Procura-se o valor 1 na primeira coluna da tabela e o valor da coluna 0,00. O valor da intersecção é de 0,3413, ou seja 34,13%.
Entretanto, lembrando que a curva normal é simétrica, sabe-se que a área sob a curva normal contida entre z = 0 e z = -1 também é 34,13%. Portanto, a área referente a -1 < z < 1 vale a soma de ambas, ou seja, 68,26%.
Recordando que o valor central corresponde a , pode-se traçar o seguinte gráfico, onde percebe-se que fora dos valores centrais sobram apenas 15,87% para cada lado da curva..
Exemplo 2
Assim sendo, considerando a área sob a curva normal, qual é a área correspondente a exatos 95% da curva? 
z = 95% = 0, 95 
0, 95 / 2 = 0,4750
Procurando esse valor (0,4750) na tabela de z chega-se a 1,96.
Portanto, como o valor da área é o mesmo valor da probabilidade, se uma variável x tem distribuição normal, com média e desvio padrão, a probabilidade de se sortear da população de valores de x um valor contido no intervalo ± 1,96 é igual a 95% ( 47,5% para cada lado da curva ) e a probabilidade de se sortear da população de valores de x um valor não contido no intervalo ± 1,96é igual a 5% ( 2,5% em cada extremo da curva ).
(em que Média da população = e Desvio padrão da população = ). 
Resumo: Características da curva normal
a. O campo de variação é menos infinito < x < mais infinito
b. A distribuição normal de x é completamente determinada por dois parâmetros: 
- Média da população = 
- Desvio padrão da população = 
c. A distribuição é simétrica em relação à média e os valores de média, moda e mediana são iguais. A área total sob a curva é igual a 1, ou 100%, com exatos 50% dos valores distribuídos à esquerda da média e 50% à sua direita
d. A área sob a curva normal contida
		entre 
		é igual a
		± 1
		: 68,26% (1)
		± 2
		: 95,44% (2) 
		± 3
		: 99,74% (3)
Exercícios - Exemplos do uso de z
1. Já foi visto como se chegou ao valor 68,26%. Como se chegou aos valores (2) 95,44% e (3) 99,74%? 
Tente resolver!
Para ver uma resolução clique aqui.
2. Em uma população de indivíduos adultos de sexo masculino, cuja estatura média é 1,70 m e desvio padrão é 0,08 m, qual é o intervalo de alturas em que 95% da população está compreendido?
Tente resolver!
Para ver uma resolução clique aqui.
3. Na mesma população, qual a probabilidade de um indivíduo apresentar estatura entre 1,60 e 1,82 m? 
Tente resolver!
Para ver uma resolução clique aqui.
4. Qual a probabilidade de se encontrar 1 indivíduo com estatura menor que 1,58 m? 
Tente resolver!
Para ver uma resolução clique aqui.
5. Sabendo-se que o índice de massa corpórea em uma população de pacientes com diabetes mellitus obedece uma distribuição normal e tem média = 27 kg/cm2 e desvio-padrão = 3 kg/cm2, qual a probabilidade de um indivíduo sorteado nessa população apresentar um índice de massa corpórea entre 26 kg/cm2 e a µ? 
Tente resolver!
Para ver uma resolução clique aqui.
6. Em mulheres, a quantidade de hemoglobina por 100 ml de sangue é uma variável aleatória com distribuição normal de média = 16g e desvio padrão s = 1g. Calcular a probabilidade de uma mulher apresentar 16 a 18 g por 100 ml de hemoglobina no sangue. 
Tente resolver!
Para ver uma resolução clique aqui.
O erro padrão da
média e o tamanho amostral
Se for retirado um certo número de amostras aleatórias de mesmo tamanho de uma população, não se deve esperar que todas as médias e desvios padrões amostrais sejam iguais. Encontra-se uma distribuição das médias amostrais.
		População 
Média = Desvio padrão =
		Amostra 1
		Amostra 2
		Amostra 3
		Amostra 4
		1
		2
		3
		4
		s1
		s2
		s3
		s4
Intuitivamente percebe-se que o centro desta distribuição está próximo da média real da população.
Exemplo: Supondo as seguintes freqüências cardíacas em 5 amostras, cada qual com 3 indivíduos, de uma população:
		Amostras
		1
		2
		3
		4
		5
		Dados
		68, 68, 71
		68, 70, 72
		67, 70, 73
		67, 69, 69
		68, 69, 70
		Média (a)
		69,00
		70,00
		70,00
		68,33
		69,00
A média das médias é igual a:
= ( 69,00 + 70,00 + 70,00 + 68,33 + 69,00) / 5 = 69,27 
Depois, calcula-se uma medida da dispersão das cinco médias amostrais: o desvio padrão das médias. 
Desvio padrão = raiz [ (xa - )2 / (n-1)]
Notar que, nesse caso, a = cada média amostral: 
= média das amostras (69,27) e n = número de amostras. 
Substituindo os valores na equação: 
Desvio padrão = raiz [(69,00 - 69,27)2 + (70,00 - 69,27)2 + … + (69,00 - 69,27)2 ] / 4 = 0,71 
Notar que nenhuma das médias equivale ao valor encontrado. Assim, sempre se comete erro ao se calcular a média. 
O procedimento descrito acima é um método empírico para definição do erro padrão da Média (EPM).
Matematicamente é possível calcular esse erro. O erro da média ou erro padrão da amostra ou, simplesmente erro padrão (sx ou EPM) é dado por: 
sx = / raiz n ou sx = s / raiz n, 
em que: 
s = Desvio padrão da amostra (o desvio padrão da população não é conhecido) 
= Desvio padrão da população 
n = Tamanho da amostra
Conclui-se que:
Existe uma relação inversa entre o tamanho da amostra e o erro padrão, ou seja, quando o tamanho da amostra aumenta o erro padrão diminui. 
O erro padrão da média diminui com a raiz quadrada do número n de medições realizadas. Portanto, realizar mais medidas melhora a determinação do valor médio como estimador da grandeza que se deseja conhecer.
Estimativa do erro padrão com apenas uma amostra
Nesse caso, os parâmetros da população (desvio padrão e média) são conhecidos.
z = ( - ) / EPM, ou seja, z = ( - ) / sx
Exemplo: 
Um médico receitou um medicamento vasodilatador (Nifedipina) para Hipertensão Arterial, mas ele suspeita que o medicamento está aumentando a freqüência cardíaca dos pacientes. 
Sabedor que a população apresenta os seguintes valores: = 69,8; s = 1,86, coletou uma amostra aleatória de 50 pacientes e mediu as suas freqüências cardíacas, obtendo a média de 70,5. A suspeita se confirmou?
Estabelece-se as hipóteses, com alfa = 5%:
Calcula-se o erro da média: 
sx =/ raiz n = 1,86 / raiz 50 = 1,86 / 7,0710 = 0,2630 
Calcula-se z
z = ( - ) / sx = (69,8 - 70,5) / 0,2630 = -0,7 / 0,2630 = -2,66
Consultando o valor -2,66 na Tabela de z obtém-se o valor 0,4961. Portanto: 
z = 0,50 - 0,4961 = -0,0039 = 0,39%
Ou seja, existe uma probabilidade de aproximadamente 0,0039 (0,39%) de que seja obtida uma média maior do que 70,5 ao acaso, quando são retiradas amostras aleatórias de tamanho 50 desta população.
Como essa probabilidade é menor que 5% (p < 0,05), rejeita-se H0 e aceita-se H1, concluindo-se que a suspeita do médico se confirmou e a nifedipina aumentou significativamente a freqüência cardíaca.
Distribuição de t
Em 1908, o estatístico inglês William Sealey Gosset, que assinava os seus trabalhos com o pseudônimo de "Student" descobriu essa distribuição. Mas seus trabalhos foram ignorados e redescobertos por Fisher só em 1924-25, apesar de terem enorme importância estatística.
O valor de t é a medida do desvio entre a média amostral , estimada a partir de uma amostra aleatória de tamanho n, e a média da população, usando o erro da média como unidade de medida: 
t = ( - ) / sx
O parâmetro usado para descrever a distribuição t é o número de graus de liberdade que terá relação com o tamanho da amostra (n) .
Os dados sobre t também já se encontram tabelados. (Para ver a tabela de t, clique aqui).
A tabela é lida como a de Qui quadrado, ou seja, probabilidade (P) nas colunas e Graus de liberdade (G.L.) nas linhas, sendo o valor de tc (t crítico) encontrado na intersecção entre a coluna de 5% e a linha correspondente ao número de graus de liberdade da amostra, sendo G.L. = n - 1.
Do mesmo modo que a tabela de z, a tabela de t é especular, ou seja, para os valores negativos de t existe esse mesmo conjunto de valores, mas com sinal negativo. Ou seja, a tabela de t é bicaudal.
Intervalo de confiança da média e limites fiduciais
Uma das aplicações importantes do conhecimento da distribuição de t é a possibilidade de, conhecendo-se 
- a média amostral de uma variável x e 
- o erro da média = sx = s / raiz n 
poder estimar quais valores x poderá assumir dentro de um intervalo em torno da média .
Esse intervalo é denominado "Intervalo de confiança da média " e os valores que o delimitam são os "limites fiduciais" ou "limites de confiança da média".
Supondo uma variável x, com distribuição normal, cuja média populacional não conhecemos e que, numa amostra casual de tamanho n, já se calculou x médio ( ) e o erro da média (sx).
Se quisermos estabelecer o intervalo de confiança da média , com probabilidade de 95%, devemos verificar primeiramente, em uma tabela de t, qual é o valor de t, com n-1 graus de liberdade e 5% de probabilidade. Esse valor é chamado de t crítico (tc).
É importante lembrar que o valor de t amostral t = ( - ) / sx deve estar no intervalo entre - tc e + tc em 95% das amostras.
Portanto, pode-se dizer que existe uma probabilidade de 95% de encontrar:
		- tc <
		( - ) / sx
		< + tc 
Se multiplicarmos todos os termos da expressão por sx :
		- tc.sx <
		( - ) 
		< + tc.sx
Se transpusermos : 
		- - ( tc.sx) <
		
		< - + ( tc.sx)
Mudando os sinais: 
		+ ( tc.sx) >
		
		> - ( tc.sx)
Invertendo os termos: 
		- ( tc.sx) <
		
		< + ( tc.sx)
Essa última expressão indica que antes de se tomar uma amostra para estudo, existe uma possibilidade de 95% do intervalo ± ( tc sx ) conter a média .
Exemplo: 
1. Foi tomada a distância inter-pupilar de 131 mulheres adultas e obteve-se = 59,2 mm e s = 2,75mm 
sx = s / raizn �� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/vazio1.gif" \* MERGEFORMATINET �� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/vazio1.gif" \* MERGEFORMATINET �� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/vazio1.gif" \* MERGEFORMATINET n = 2,75 / raiz 131�� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/vazio1.gif" \* MERGEFORMATINET �� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/vazio1.gif" \* MERGEFORMATINET �� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/vazio1.gif" \* MERGEFORMATINET �� INCLUDEPICTURE "http://www.ufpa.br/dicas/fig/vazio1.gif" \* MERGEFORMATINET = 0,2402 mm 
Para estimar o intervalo de confiança de 95% da média da distribuição da distância inter-pupilar nessa amostra, consulta-se a tabela de t com com n -1 graus de liberdade (131 - 1 = 130) e 5% de probabilidade. 
Como 130 >120 (último valor na coluna 1) pode-se ler o valor de t crítico na linha referente a "infinito" e na coluna de 0,05. 
Pode-se ler o valor de t crítico na linha referente a "infinito" e na coluna de 0,05. O tc encontrado é 1,96. 
Calcula-se, então:
		- ( tc.sx) <
		
		< + ( tc.sx)
59,2 - ( 1,96 x 0,2402) < < 59,2 + ( 1,96 x 0,2402), obtendo-se:
		58,73 mm <
		
		< 59,67m
ou seja, a média populacional, calculada a

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