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www.cers.com.br OAB XIX EXAME DE ORDEM Direito Tributário – Aula 12 Josiane Minardi 1 PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. GA- RANTIA DO JUÍZO. NECESSIDADE.PREVISÃO ESPECÍFICA. LEI 6.830/80.1. Havendo previsão expressa no § 1º, do art. 16, da Lei 6.830/80, man- tém-se a exigência de prévia garantia do juízo para que possa haver a oposição dos embargos à exe- cução fiscal. 2. Agravo regimental não provido.(AgRg no REsp 1257434/RS, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SE- GUNDA TURMA, julgado em 16/08/2011, DJe 30/08/2011) Lei nº 6.830/80 - Art. 16 - (...) § 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá: I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária; II - oferecer fiança bancária; III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública. § 1º - O executado só poderá indicar e o terceiro oferecer bem imóvel à penhora com o consentimen- to expresso do respectivo cônjuge. (...) 1. Esta Corte superior vem adotando o entendimen- to de que a garantia do juízo da execução constitui pressuposto essencial ao processamento dos em- bargos à execução. Precedentes. 2. A Primeira Seção do STJ, ao julgar o REsp 1127815/SP sob o rito do art. 543-C do CPC, rea- firmou que "a jurisprudência desta Corte Superior é remansosa no sentido de que não se deve obstar a admissibilidade ou apreciação dos embargos à exe- cução pelo simples fato de que o valor do bem constrito é inferior ao valor exequendo, devendo o juiz proceder à intimação do devedor para reforçar a penhora". Ressaltou-se, ainda, que "a insuficiência patrimonial do devedor é a justificativa plausível à apreciação dos embargos à execução sem que o executado proceda ao reforço da penhora, [...], des- de que comprovada inequivocamente". 3. No entanto, na hipótese ora em análise, a Corte de origem consignou que não houve qualquer mani- festação do embargante, ora agravante, acerca da comprovação da garantia do juízo da execução, apesar de intimado para tanto. Assim, para se al- cançar a conclusão pretendida pela parte agravante, de que teria havido penhora de valores existentes em conta bancária, seria indispensável a incursão no quadro fático-probatório dos autos, providência vedada nessa instância superior, em face do óbice da Súmula 7/STJ. Precedente: (AgRg no REsp 1151031/RJ, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe 01/07/2015). 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 548.507/PE, Rel. Ministro SÉR- GIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/08/2015, DJe 17/08/2015) EMBARGOS À EXECUÇÃO Art. 16 da Lei nº 6.830/80 Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: I - do depósito; II - da juntada da prova da fiança bancária ou segu- ro garantia; III - da intimação da penhora § 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. PROCESSUAL CIVIL. GARANTIA DA EXECUÇÃO POR MEIO DE FIANÇA BANCÁRIA. TERMO INI- CIAL DO PRAZO PARA OPOSIÇÃO DE EMBAR- GOS. INTIMAÇÃO DO EXECUTADO. 1. Não obstante o art. 16, I, da Lei 6.830/80 dispo- nha que o executado oferecerá embargos no prazo de 30 (trinta) dias, contados do depósito a Corte Especial, ao julgar os EREsp 1.062.537/RJ (Rel. Min. Eliana Calmon, DJe de 4.5.2009), entendeu que, efetivado o depósito em garantia pelo devedor, é aconselhável seja ele formalizado reduzindo-se a termo, para dele tomar conhecimento o juiz e o exe- quente, iniciando-se o prazo para oposição de em- bargos a contar da data da intimação do termo, quando passa o devedor a ter segurança quanto à aceitação do depósito e a sua formalização. 2. Semelhantemente, em se tratando de garantia da execução mediante oferecimento de fiança bancá- ria, a Quarta Turma, ao julgar o REsp 621.855/PB, sob a relatoria do Ministro Fernando Gonçalves, deixou consignado que o oferecimento de fiança bancária no valor da execução não tem o condão de alterar o marco inicial do prazo para os embargos do devedor, porquanto, ainda assim, há de ser for- malizado o termo de penhora, do qual o executado deverá ser intimado, e, partir de então, fluirá o lapso temporal para a defesa (DJ de 31.5.2004, p. 324). 3. Esta Turma, ao julgar o REsp 851.476/MG (Rel. Min. Humberto Martins, DJ de 24.11.2006, p. 280), depois de observar que o art. 16 da Lei n. 6.830/80, em seu inciso II, refere-se à juntada da prova da fiança bancária como termo inicial para a oposição de embargos à execução, decidiu que, nada obstan- te, tal inciso deve ser interpretado de maneira con- jugada com o III do mesmo artigo, requestando a lavratura do termo de penhora, da qual o executado deve ser intimado para que flua o prazo para apre- sentação de embargos à execução. 4. É certo que a Lei n. 6.830/80 não se refere à ne- cessidade de intimação da Fazenda Pública a pro- piciar a aceitação ou recusa da garantia da execu- ção fiscal por meio de fiança bancária. Mas, conso- ante decidido pela Primeira Turma, no julgamento www.cers.com.br OAB XIX EXAME DE ORDEM Direito Tributário – Aula 12 Josiane Minardi 2 do REsp 461.354/PE (Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 17.11.2003, p. 206), quando o juiz da execução intima o exequente para referida finalidade, instau- ra-se um incidente processual, motivo pelo qual, em face do princípio do devido processo legal, a parte executada deve ser intimada do ato ensejador de sua defesa. Trata-se de situação processual que não possui expressa previsão legal, implicando a integração legislativa mediante a aplicação da regra geral dos prazos processuais, segundo a qual o termo a quo se perfaz no primeiro dia útil seguinte após a intima- ção (art. 184, § 2º, do CPC). Instaurado um incidente processual para propiciar a aceitação ou recusa da fiança bancária oferecida como garantia da execução fiscal, somente a partir da intimação da parte executada inicia-se a conta- gem do prazo de 30 (trinta) dias para a oposição dos embargos, haja vista que referido incidente posterga a efetiva garantia do juízo à aceitação da exequente. 5. Recurso especial provido. (REsp 1254554/SC, Rel. Ministro MAURO CAMP- BELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 18/08/2011, DJe 25/08/2011) PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ES- PECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA SOBRE O FATURAMENTO NO PERCENTUAL DE 5%. ACÓRDÃO DE ORIGEM QUE ESPELHA A JURIS- PRUDÊNCIA DO STJ. 1. A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que "É possível, em caráter excepcional, que a penhora recaia sobre o faturamento da empresa, desde que o percentual fixado não torne inviável o exercício da atividade empresarial, sem que isso configure viola- ção do princípio da menor onerosidade para o de- vedor, posto no art. 620 do CPC." (AgRg no REsp 1.320.996/RS, Rel. Min. Castro Meira, DJ de 11/9/2012). De igual modo: AgRg no Ag. 1.359.497/RS, Rel. Min. Arnaldo Esteves, DJ de 24/3/2011, AgRg no REsp 1.328.516/SP, Rel.Min. Humberto Martins, DJ de 17/9/2012.2. Na hipótese em foco, registrou o acórdão de origem: PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PE- NHORA DE FATURAMENTO. MEDIDA EXCEPCI- ONAL. PRESENÇA DE REQUISITOS AUTORIZA- TIVOS. (...) A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é assente no sentido de que a penhora sobre o fatu- ramento da empresa, em execução fiscal, é provi- dência excepcional e só pode ser admitida quando presentes os seguintes requisitos: a) não localização de bens passíveis de penhora e suficientes àgarantia da execução ou, se localiza- dos, de difícil alienação; b) nomeação de administrador (art. 677 e seguintes do CPC); e c) não comprometimento da atividade empresarial. (AgRg nos EDcl no REsp 1213661/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julga- do em 01/03/2011, DJe 15/03/2011) Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem: I - dinheiro; II - título da dívida pública, bem como título de crédi- to, que tenham cotação em bolsa; III - pedras e metais preciosos; IV - imóveis; V - navios e aeronaves; VI - veículos; VII - móveis ou semoventes; e VIII - direitos e ações. § 1º - Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrí- cola, bem como em plantações ou edifícios em construção. STJ Súmula nº 406 A Fazenda Pública pode recusar a substituição do bem penhorado por precatório. Na Execução Fiscal é possível pleitear a substitui- ção da garantia do Juízo, nos termos do art. 15 da Lei nº 6.830/80. Art. 15 - Em qualquer fase do processo, será deferi- da pelo Juiz: I - ao executado, a substituição da penhora por de- pósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro ga- rantia; e II - à Fazenda Pública, a substituição dos bens pe- nhorados por outros, independentemente da ordem enumerada no artigo 11, bem como o reforço da penhora insuficiente. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. RECUSA DO BEM OFERECIDO À PENHORA. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. EXTINÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE INTIMA- ÇÃO DO EXECUTADO PARA A SUBSTITUIÇÃO DO BEM. 1. Este Superior Tribunal de Justiça possui enten- dimento no sentido de que não se pode extinguir os embargos à execução, face à insubsistência da garantia do juízo, sem antes intimar o embargante para que possa substituir o bem recusado por outro, ou para reforço de penhora insuficiente. (AgRg no REsp 477.452/MT, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma,DJ 19/05/2003) 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp 1109989/SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 26/11/2013, DJe 03/12/2013) (...) 9. A insuficiência de penhora não é causa bas- tante para determinar a extinção dos embargos do devedor, cumprindo ao magistrado, antes da deci- www.cers.com.br OAB XIX EXAME DE ORDEM Direito Tributário – Aula 12 Josiane Minardi 3 são terminativa, conceder ao executado prazo para proceder ao reforço, à luz da sua capacidade eco- nômica e da garantia pétrea do acesso à justiça. (STJ - Primeira Seção, Resp nº 1.127.815, Rel. Min. Luiz Fux, DJ: 14/12/2010). PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA INSUFICIENTE. POSSIBILIDADE DE RECEBIMENTO DOS EM- BARGOS DO DEVEDOR. 1. Ambas as Turmas que integram a Primeira Seção do STJ firmaram o entendimento de que é possível o recebimento de Embargos do Devedor, ainda que insuficiente a garantia da Execução Fiscal. AgRg no Ag 1325309 / MG AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010/0118355-3 Relator(a) Ministro HERMAN BEN- JAMIN (1132) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA Data do Julgamento 19/10/2010 Data da Publicação/Fonte DJe 03/02/2011. PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS DO DEVEDOR. PENHORA INSUFICIENTE. RECURSOS REPETITIVOS. ART. 543-C DO CPC. A insuficiência de penhora não é causa suficiente para determinar a extinção dos embargos do deve- dor. Precedente: Recurso Especial 1.127.815/SP, submetido ao regime dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC). 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no REsp 1229532/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/12/2011, DJe 19/12/2011) PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENHORA INSUFICIENTE. EMBARGOS À EXE- CUÇÃO. CABIMENTO. PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Se a penhora for parcial e o juiz não determinar o reforço ou, se determinado, a parte não dispuser de bens livres e desembaraçados, aceita-se a defesa via embargos à execução, para que não se retire do executado a única possibilidade de defesa. Prece- dentes do STJ. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no Ag 1170335/SP, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/03/2011, DJe 24/03/2011) O requerimento para Fazenda Pública substituir a garantia de juízo pode estar fundamentada nas se- guintes situações: 1) Serem litigiosos os bens penhorados 2) Já estarem eles penhorados ou arrestados em outra execução fiscal ou autárquica 3) Estarem eles gravados ou onerados 4) Ser nula a penhora feita 5) Ser a penhora excessiva, convindo a sua redução aos bens suficientes; 6) Ser a penhora insuficiente , devendo por esse motivo ser ampliada; 7) Existirem bens livres e desembaraçados, quando os penhorados não o sejam; 8) Existirem bens do foro da execução e os penho- rados sejam de outro foro. Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a garan- tia da execução de que trata o artigo 9º, a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exce- to os que a lei declare absolutamente impenhorá- veis. Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encon- trados bens penhoráveis, o juiz determinará a indis- ponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cum- prir a ordem judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Súmula 560 STJ - A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos re- gistros públicos do domicílio do executado, ao De- natran ou Detran. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ES- PECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA ON- LINE. SISTEMA BACEN-JUD. REGIME DA LEI 11.382/2006. EXAURIMENTO DE DILIGÊNCIAS. DESNECESSIDADE. RESP 1.184.765/PA. MATÉ- RIA JULGADA NO RITO DO ART. 543-C DO CPC. 1. No julgamento do REsp 1.184.765/PA, submetido ao rito do art. 543-C do CPC, esta Corte ratificou a necessidade de interpretação sistemática dos artigos 655-A do CPC e 185-A do CTN, de modo a autorizar a penho- ra eletrônica de depósitos e aplicações financeiras, independentemente do exaurimento de diligências extrajudiciais, após o advento da Lei 11.382/2006. 2. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 563.280/SP, Rel. Ministro BENE- DITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/11/2015, DJe 26/11/2015) Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributá- rio prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. www.cers.com.br OAB XIX EXAME DE ORDEM Direito Tributário – Aula 12 Josiane Minardi 4 Súmula nº 436 STJ - A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra pro- vidência por parte do Fisco. Súmula 106 STJ - PROPOSTA A AÇÃO NO PRA- ZO FIXADO PARA O SEU EXERCICIO, A DEMO- RA NA CITAÇÃO, POR MOTIVOS INERENTES AO ME- CANISMO DA JUSTIÇA, NÃO JUSTIFICA O ACOLHIMENTO DA ARGUIÇÃO DE PRESCRIÇÃO OU DECADENCIA. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extraju- dicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Exceção de Pré-Executividade: SIMPLES PETIÇÃO Tem cabimento quando o processo de execução se revela desprovido de causa por ter vício que afeta o título a tal ponto, que impede o seguimento válido do processo, que, de plano, se mostra inviável, de- sobrigando o executado a garantir a execução. Art. 5º - CF XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou adminis- trativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recur- sos a ela inerentes; 393 – STJ – A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecí- veis de ofício que não demandem dilação probatória. É meio Processual que o Poder Judicial pode co- nhecer de ofício, em qualquer tempo ou grau de jurisdição, não sujeito à preclusão, mesmo após a rejeição de embargos, se, nesta última hipótese, a ação de execução ainda estiver em curso. 1) Art. 301 – CPC - Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta; III - inépcia da petição inicial; IV - perempção; 2) Causas de nulidade da Execução – Art. 618 CPC O título executivo não corresponde a obrigação líquida, certa e exigível – Art. 618, I CPC. O devedor não é regularmente citado – Art. 618, II c/c 214. 3) Causas extintivas do crédito tributário – Art. 156 do CTN Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 4) Causas Impeditivas do crédito tributário Imunidade Isenção Anistia 5) Parcelamento TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. ARGUIÇÃO DE INCONS- TITUCIONALIDADE DE TRIBUTO. CABIMENTO. RETORNO DOS AUTOS PARA ANÁLISE DO MÉ- RITO SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂN- CIA. AgRg no REsp 1217997/SC, Rel. Ministro HUM- BERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/03/2011, DJe 15/03/2011) Proposta de Exercício A empresa Mercantil Ltda. possui como atividade a incorporação e loteamento de empreendimentos imobiliários na cidade do Rio de Janeiro. Em março de 2013, José dos Santos, após exercer a gerência da empresa Mercantil Ltda. por mais de cinco anos, decide se retirar da sociedade em decorrência de divergências com os planos de expansão da Mer- cantil Ltda., desejada pelos demais sócios quotistas. José dos Santos aliena as suas quotas para os de- mais sócios quotistas, os quais assumem a gerência da sociedade e prosseguem nas atividades comer- ciais da empresa. A Mercantil Ltda., após dois anos de aquisição de novos terrenos, alcança a terceira posição no ran- king das maiores empresas imobiliárias na cidade do Rio de Janeiro, cujo critério é o faturamento ad- vindo de lançamentos imobiliários em cada ano. Em julho de 2014, contudo, a Secretaria da Receita Federal, em fiscalização realizada na empresa, acaba por realizar uma autuação sobre a Mercantil Ltda. objetivando a cobrança de IRPJ/CSLL devidos e não pagos, referentes aos períodos de apuração de janeiro de 2011 a dezembro de 2012, sob a ale- gação de que determinadas despesas não poderiam www.cers.com.br OAB XIX EXAME DE ORDEM Direito Tributário – Aula 12 Josiane Minardi 5 ter sido excluídas da base de cálculo dos referidos tributos por não serem despesas diretamente ne- cessárias às atividades da Mercantil Ltda., entre as quais, as despesas de corretagem incorridas na aquisição dos terrenos. Ao término do processo administrativo, a autuação é mantida, e o crédito tributário exigido é posterior- mente inscrito em dívida ativa. É ajuizada, em de- corrência, execução fiscal, em janeiro de 2015, dis- tribuída para o Juízo da 2ª Vara de Execuções Fis- cais da Seção Judiciária da Justiça Federal do Rio de Janeiro, com base em Certidão de Dívida Ativa expedida em face de Mercantil Ltda. e de José dos Santos, este na qualidade de corresponsável. Am- bos são citados e ofereceram, há dez dias, bens à penhora. Na qualidade de advogado de José dos Santos, elabore a medida judicial competente para a defesa dos interesses de José dos Santos.
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