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PROTEÇÃÃ O RÃDIOLOÓ GICÃPROF. FÃÓ BIO CÃNDIDO prof.radiologia.fabio.candido@gmail.com https://sites.google.com/view/proffabiocandido/página-inicial AULA 4CONTEÚDO # UNIDADES E GRANDEZAS DE RADIAÇÃO (ATIVIDADE,EXPOSIÇÃO, DOSE ABSORVIDA, DOSE EQUIVALENTE); # EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO; # CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS ( LIVRES, CONTROLADAS E SUPERVISIONADAS). UNIDADES E GRANDEZAS DE RADIAÇÃO Uma das questões iniciais na utilização das radiações é como realizar uma medição de quantidades utilizando a própria radiação ou os efeitos e subprodutos de suas interações com a matéria. As dificuldades de medição estão associadas às suas propriedades, pois elas são invisíveis, inodoras, insípidas, inaudíveis e indolores. Além disso, elas podem interagir com os instrumentos de medição modificando suas características. Outra dificuldade é que nem todas as grandezas radiológicas definidas são mensuráveis. Existem duas grandezas utilizadas na proteção radiológica: Atividade, que mensura a quantidade de radiação emitida por uma fonte; Dose, que mensura a quantidade de energia absorvida em um determinado meio. UNIDADES E GRANDEZAS DE RADIAÇÃO Veja as grandezas, que são aplicadas as radiações ionizantes e radioproteção: – Atividade ; – Exposição; – Dose absorvida; – Dose equivalente; ATIVIDADE Atividade de um radionuclídeo é a quantidade que exprime o grau de radioatividade ou o potencial de produção de radiação de uma determinada quantidade de material radioativo. A unidade de Atividade é o Curie (Ci). Originalmente foi definido como a quantidade de material radioativo que se desintegra com a mesma velocidade que um grama de rádio puro. Posteriormente foi definido mais rigorosamente como a quantidade de material radioativo em que se desintegram 3,7 x 1010 átomos por segundo. A unidade de Atividade no Sistema Internacional (SI) é o bequerel (Bq). É a quantidade de material radiativo em que um átomo se transforma por segundo. 1 Ci = 37 G Bq Atividade específica é a relação entre a massa de material radioativo e a Atividade. Exprime-se pelo número de Ci ou Bq por unidade de massa ou de volume. ATIVIDADE A unidade no SI de atividade é o Becquerel. – 1 Bq = 1dps – Unidade antiga Curie (Ci) → 1Ci = 37GBq # Alguns múltiplos desta grandeza # • 1 kBq (1 kilobecquerel) = 103 dps; • 1 MBq (1 megabecquerel) = 106 dps; • 1 GBq (1 gigabecquerel) = 109 dps. Dps : Desintegrações por segundo ESPOSIÇÃO (C/kg) A grandeza exposição foi a primeira definida para fins de radioproteção. É uma medida da habilidade ou capacidade dos Raios-X e gama de produzirem ionizações no ar, mensurando a carga elétrica total produzida por Raios-X ou gama em um kilograma de ar. Sua unidade atual é o coulomb por kilograma (C/kg). A unidade antiga é o roentgen (R), que equivale a 2,58 x10-4 C/kg. OBS:…. O röntgen foi substituído pelo gray. 1 Gy ˜ 100 R. O rem (Röntgen Equivalent Man) (rem) é uma unidade de dose de radiação. O rem foi substituído pelo Sievert. 1 Sv = 100 rem DOSE ABSORVIDA (Gy) Dose absorvida é a energia média cedida pela radiação ionizante à matéria por unidade de massa dessa matéria; • A unidade atual a dose absorvida é o gray (Gy) : – 1 J / kg = 1 gray (Gy) • Nas unidades antigas a dose era medida em rad : – 1Gy = 100 rad DOSE EQUIVALENTE (Ht) Grandeza expressa por Ht = Dt x Wr, onde Dt, é dose absorvida média no órgão ou tecido e Wr é o fator de ponderação da radiação (fator de peso) que caracteriza o tipo de radiação incidente. • A unidade atual a dose absorvida é o sievert (Sv) : – 1 J / kg = 1 sievert (Sv) • Nas unidades antigas a dose era medida em rem : – 1Sv = 100 rem DOSE EQUIVALENTE (Ht) Fator de ponderação da radiação Wr. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO A interação da radiação com sistemas biológicos gera uma variedade de mudanças biológicas, que podem ser benignas ou malignas. Essas mudanças podem se tornar evidentes imediatamente ou podem levar anos, ou gerações, para se manifestarem. Em geral, a probabilidade de ocorrências, tipo e severidade de tais mudanças depende de muitos fatores, alguns deles relacionados à radiação e suas características, e outros com as características biológicas dos sistemas atingidos. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO A radiação ao atravessar os tecidos causa ionização ou excitação dos átomos e moléculas contidas nas células. Como a maior parte do corpo é formado de água, são essas moléculas que são as mais atingidas pela radiação, ocorrendo a radiólise da molécula de água. A quantidade de dano biológico produzido depende da energia total depositada, ou seja da dose de radiação. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Mecanismo de dano biológico – Fase física: ocorre a deposição de energia pela radiação na forma de ionização e/ou excitação de alguns átomos e moléculas do sistema biológico. Isto geralmente leva cerca de 10-13 segundos. – Fase química: esta fase dura cerca de 10-10 segundos, e nela, os radicais livres, íons e os agentes oxidantes podem atacar moléculas importantes da célula, inclusive as substâncias que compõem o cromossomo. – Fase biológica: esta fase varia de minutos a anos, dependendo dos sintomas. As alterações químicas produzidas podem afetar uma célula de várias maneiras: morte prematura, retardo na divisão celular ou modificação permanente. O surgimento de efeito biológico não significa uma doença e sim a resposta do organismo a um agente agressor. – Fase orgânica: quando os efeitos biológicos desequilibram o organismo humano ou o funcionamento de um órgão, surgem sintomas clínicos da incapacidade de repara tais danos, as doenças. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Fatores determinantes do efeito biológico – Exposição a radiação ionizante. – Resposta biológica de um sistema. • Os efeitos das radiações ionizantes em um indivíduo depende basicamente da dose absorvida (alta/baixa), da taxa de exposição (crônica/aguda) e da forma de exposição (corpo inteiro/localizada); • Quanto maiores as taxas de dose e doses absorvidas, maiores a probabilidade de dano, de mutações precursoras de câncer e de morte celular. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO A radiação ao atravessar os tecidos causa ionização ou excitação dos átomos e moléculas contidas nas células. Como a maior parte do corpo é formado de água, são essas moléculas que são as mais atingidas pela radiação, ocorrendo a radiólise da molécula de água. A quantidade de dano biológico produzido depende da energia total depositada, ou seja da dose de radiação. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Fatores determinantes do efeito biológico Radiossensibilidade de um sistema • Radiossensível: – Sistema hematopoiético (Nodos linfáticos, timo, baço, medula óssea); – Sistema digestório (intestino, cólon, esôfago e estômago) – Órgãos reprodutores (masculino e feminino) EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Fatores determinantes do efeito biológico Radiossensibilidade de um sistema • Radiorresistente: – Sistema respiratório; – Sistema vascular; – Pele; – Tecido muscular; e – Tecido nervoso. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Efeitos radioinduzidos Os efeitos radioinduzidos podem receber denominações em função do nível orgânico atingido (somáticos e hereditários), em função do tempo de manifestação (imediatos e tardios) e em função do valor da dose e forma de resposta (estocásticos e determinísticos). EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Efeitos radioinduzidos – Efeitos somáticos Os efeitos somáticos afetam a pessoa irradiada, podendo ainda ser divididos em agudos ou a curto prazo e tardios ou a longo prazo, dependendo do tempo de manifestação dos efeitos, queé função da dose absorvida, isto é, quanto maior a dose, menor é o intervalo de tempo entre a exposição e o aparecimento do efeito. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Efeitos radioinduzidos – Efeitos hereditários Estes efeitos podem ocorrer quando as células do ovário ou dos testículos são irradiadas. Se o óvulo ou o espermatozoide danificado for usado na concepção, as células do organismo novo conterão o dano reproduzido. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Efeitos radioinduzidos – Efeitos estocásticos São efeitos em que a probabilidade de ocorrência é proporcional à dose de radiação recebida, sem a existência de limiar. Isto significa, que doses pequenas, abaixo dos limites estabelecidos por normas e recomendações de radioproteção, podem induzir tais efeitos. Entre estes efeitos, destaca-se o câncer. EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Efeitos radioinduzidos – Efeitos determinísticos São efeitos causados por irradiação total ou localizada de um tecido, causando um grau de morte celular não compensado pela reposição ou reparo do DNA (ADN), com prejuízos detetáveis no funcionamento do tecido ou órgão. Existe um limiar de dose, abaixo do qual a perda de células é insuficiente para prejudicar o tecido ou órgão. Isto significa que, os efeitos determinísticos, são produzidos por doses elevadas, acima do limiar, onde a severidade ou gravidade do dano aumenta com a dose aplicada. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS Para fins de gerenciamento da Proteção Radiológica numa instalação, as áreas de trabalho com material radioativo ou geradores de radia ç ã o, devem ser classificadas em: Área Controlada, Área Supervisionada e Área Livre, conforme definidas na norma CNEN-NN-3.01: CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS • Área Controlada: Área sujeita a regras especiais de proteção e segurança, com a finalidade de controlar as exposições normais, prevenir a disseminação de contaminação radioativa e prevenir ou limitar a amplitude das exposições potenciais. • Área Supervisionada: Área para a qual as condições de exposição ocupacional são mantidas sob supervisão, mesmo que medidas de proteção e segurança específicas não sejam normalmente necessárias. • Área Livre: Área que não seja classificada como área controlada ou supervisionada. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS SINALIZAÇÃO Instrumentos padronizados para orientar indivíduos em situações de exposição a radiações ionizantes. As normas e regulamentações nacionais de proteção radiológica preveem a utilização de instrumentos padronizados de sinalização, a serem obrigatoriamente instalados em hospitais, clínicas e outros estabelecimentos, como forma de orientar indivíduos em situações de exposição a radiações ionizantes. Esses instrumentos compreendem equipamentos de sinalização luminosa, informações sobre restrições para a permanência de acompanhantes em locais de exame, regras de acesso a áreas restritas e de uso da vestimenta plumbífera, além de orientações sobre a exposição de pacientes grávidas, por exemplo. LUZ VERMELHA Colocar uma sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta de acesso ao ambiente visado, para prevenir a exposição de pessoas. Item 4.3.d. da Portaria 453 de 1 de julho de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. ACOMPANHTE Salas de raio-X devem dispor de sinalização de proteção radiológica que restringe a permanência de acompanhantes na sala durante o exame, a ser reforçada por orientação dos técnicos responsáveis. Item 4.3.e.(i). Portaria 453 de 1 de julho de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. AVENTAL Quando estritamente necessária a permanência de um acompanhante na sala de raios-X, ele deve estar utilizando corretamente a vestimenta plumbífera para sua própria proteção. Item 4.3.e.(ii). da Portaria 453 de 1 de julho de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Suspeita de Gravidez Instituições que trabalham com radiação ionizante devem colocar uma sinalização luminosa vermelha acima da face externa da porta de acesso ao ambiente visado, para prevenir a exposição de pessoas. Item 4.7 da Portaria 453 de 1 de julho de 1998, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Sinalização Radiodiagnóstico Médico Sinalização visível na face das portas de acesso, contendo o símbolo internacional da radiação ionizante acompanhado das inscrições: “Raios-X, entrada restrita” ou “Raios-X entrada proibida a pessoas não autorizadas” Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33
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