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Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Conteúdo Programático da AulaConteúdo Programático da Aula 2. Fundamentos da Transformação Mecânica 2.4 – Trefilação - Introdução; F t i t- Ferramenta e equipamentos; - Etapas do processo; - Tensão carga e potência de trefilação;Tensão, carga e potência de trefilação; - Defeitos nos produtos trefilados. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Introdução T fil ã é ã té i i é ti dTrefilação é uma operação em que a matéria-prima é estirada normalmente a frio através de uma matriz em forma de canal convergente (fieira ou trefila) por meio de uma forçade canal convergente (fieira ou trefila) por meio de uma força trativa aplicada do lado de saída da matriz (vide Figura 1). O escoamento plástico é produzido principalmente pelas forças compressivas provenientes da reação da matriz sobre o material. A simetria circular é muito comum em peças trefiladas, ã b i tó i d t i ã bmas não obrigatória e os produtos mais comuns são barras, vergalhões, arames e tubos. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Introdução Figura 1 – Representação esquemática de uma operação de trefilação.g p ç q p ç ç Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Introdução Vantagens: • O material pode ser estirado e reduzido em secção transversal mais do que com qualquer outro processo de conformação; • A precisão dimensional possível de obtenção é maior do que em qualquer outro processo exceto a laminação a frio; • A superfície produzida é uniformemente limpa e polida; • O processo produz influência nas propriedades mecânicas doO processo produz influência nas propriedades mecânicas do material, o que permite, em combinação tratamentos térmicos adequados, a obtenção de produtos com diferentes propriedades mecânicas e mesma composição químicamecânicas e mesma composição química. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Ferramenta e equipamentos Figura 2 – Representação esquemática de uma fieira. Destaqueg p ç q q para o ângulo de trefilação (approach angle) na zona cilíndrica. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Ferramenta e equipamentos Material da fieira: dependem das exigências do processo (dimensõesMaterial da fieira: dependem das exigências do processo (dimensões, esforços) e do material a ser trefilado. Os mais utilizados são: • Carbonetos sinterizados (sobretudo WC) – widia; • Metal duro,etc. (figura abaixo); • Aços de alto C revestidos de Cr (cromagem dura); • Aços especiais (por exemplo, Cr-Ni, Cr-Mo e Cr-W); • Ferro fundido branco;• Ferro fundido branco; • Cerâmicos (pós de óxidos metálicos sinterizados); • Diamante (p/ fios finos ou de ligas duras); Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Ferramenta e equipamentos Bancadas de trefilação: adotadas no processamento de produtos não bobináveis como barras vergalhões e tubosbobináveis, como barras, vergalhões e tubos. Figura 3 – Trefilação de tubos sem suporte interno (a), com bucha fixa (b), com bucha flutuante (c) e com mandril passante (d). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Ferramenta e equipamentos Figura 4 – Representação esquemática de uma trefiladora de tambor para trefilação de produtos bobináveis (arame). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Ferramenta e equipamentos Figura 5 – Representação esquemática de uma trefiladora de tambor múltipla (contínua). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Etapas do processo A operação de trefilação é precedida por algumas etapas preparatóriasA operação de trefilação é precedida por algumas etapas preparatórias que eliminam todas as impurezas superficiais, por meios físicos e químicos:químicos: Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Etapas do processo • Matéria-prima: fio-máquina (vergalhão laminado a quente); • Descarepação: mecânica (descascamento) ou química (decapagem);Descarepação: mecânica (descascamento) ou química (decapagem); • Lavagem; • Recobrimento: neutralizar resíduos de ácido proteger a superfície do• Recobrimento: neutralizar resíduos de ácido, proteger a superfície do arame e servir de suporte para o lubrificante de trefilação; • Secagem (em estufa): também remove H2 dissolvido na superfície do g ( ) 2 p material; • Trefilação: primeiros passes a seco; eventualmente recobrimento com Cu S (t fil ã ú id )ou Sn (trefilação a úmido); • Recozimento: subcrítico para eliminar efeitos do encruamento; • Tratamento térmico (patenteamento): acima da temperatura crítica com resfriamento controlado ao ar ou banho de chumbo (perlita fina ou bainita). Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Tensão, carga e potência de trefilação Figura 6 – Tensões agindo em elemento durante trefilação. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Tensão, carga e potência de trefilação Não considerando o atrito entre a ferramenta e o material, uma primeira abordagem para a tensão de trefilação pode ser dada por:abordagem para a tensão de trefilação pode ser dada por: (1) onde: - Q = tensão de trefilação; - = média do limite de escoamento (entrada e saída) do trefilado; - = limite de escoamento do trefilado; limite de escoamento do trefilado; - r = redução por passe de trefilação. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Tensão, carga e potência de trefilação Considerando o atrito, a Eq. (1) pode ser reescrita como: (2) sendo: σo’ = tensão de escoamento do material; B µ cot αB = µ cot α Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Tensão, carga e potência de trefilação Como a trefilação de arames envolve ferramentas cônicas, a equação anterior torna-se: (3) Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Tensão, carga e potência de trefilação Rowe e Johnson propuseram uma equação alternativa paraRowe e Johnson propuseram uma equação alternativa para o cálculo da tensão de trefilação considerando o atrito entre a ferramenta e o material: (4)(4) Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Defeitos nos produtos trefilados • provenientes de defeitos na matéria-prima (fissuras,lascas, vazios, inclusões);• gerados durante o processo de conformaçãogerados durante o processo de conformação. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Defeitos nos produtos trefilados Se o ângulo de trefilação (abordagem) da fieira é superiorSe o ângulo de trefilação (abordagem) da fieira é superior a um certo valor crítico (αcr1) ocorre um cisalhamento interno no material, que provoca a adesão superficial do produto na ferramenta e forma uma falsa matriz (zona morta), através da qual prossegue a trefilação (vide Figura 7). (5)( ) Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Defeitos nos produtos trefilados S â l d t fil ã é i t lSe o ângulo de trefilação é superior a um outro valor crítico (αcr2) a zona morta não adere à fieira mas desliza para trás (descascamento) provocando umapara trás (descascamento), provocando uma separação entre a superfície e o núcleo do produto. Este, por sua vez, deixa de se deformar e se movimenta através da ferramenta com velocidade de saída igual a de entrada, conforme ti Fi 7esquematiza a Figura 7. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Defeitos nos produtos trefilados Fi 7 C l ã d fl d t i l â l d t fil ãFigura 7 – Correlação do fluxo de material com o ângulo de trefilação. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Defeitos nos produtos trefilados Fi 8 F ã d t i t i t fil dFigura 8 – Formação de trincas centrais nos trefilados. Departamento de Ciência dos Materiais e MetalurgiaMET 1836 Prof Marcos Pereira / aula 6 e MetalurgiaMET 1836 – Prof. Marcos Pereira / aula 6 Defeitos nos produtos trefilados • redução é pequena (D/L > 2) • α � αcr1 → a ação compressiva da fieira não atinge a região central do produto. a ação compressiva da fieira não atinge a região central do produto. → as camadas mais internas da peça não recebem compressão radial, mas são arrastadas pelo material das camadas superficiaismas são arrastadas pelo material das camadas superficiais. → deformação heterogênea que gera tensões secundárias trativas no núcleo da peçanúcleo da peça. → solução é aumentar a relação D/L (menor ângulo α ou aumentar a redução no passe i e adotar outra fieira com saída mais estreita)redução no passe, i.e, adotar outra fieira com saída mais estreita) .
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