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Tema de Estudo - Tétano

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Tétano 
Doença infecciosa aguda não contagiosa, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani, as quais provocam um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso cen- tral. Clinicamente, a doença manifesta-se com febre baixa ou ausente, hipertonia muscular man- tida, hiperreflexia e espasmos ou contraturas paroxísticas. Em geral, o paciente mantém-se cons- ciente e lúcido. 
Clinicamente, o tétano acidental se manifesta por: hipertonia mantida dos músculos masseteres (trismo e riso sardônico) e dos músculos do pescoço (rigidez de nuca), ocasionando dificuldade de deglutição (disfagia), que pode chegar à (opistótono); rigidez muscular progressiva, atingindo os músculos reto-abdominais (abdome em tábua) e o diafragma, levando à insuficiência respiratória; também ocorrem crises de contraturas desencadeadas, em geral, por estímulos luminosos, sonoros ou manipulação do doente. 
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Clostridium tetani
Bacilo gram-positivo 
Esporulado
Anaeróbio e sob condições adversas esporula (confere resistência por vários anos).
Quando as condições voltam a ser favoráveis, germina e assume a forma vegetativa/filamentosa (capaz de produzir a exotoxina tetânica)
Agente etiológico
Facilmente encontrado na natureza 
 terra ou areia, principalmente quando contaminados com fezes de animais
 espinhos de arbustos e pequenos galhos de árvores
 águas putrefatas
 pregos enferrujados
 instrumentos de lavoura
 latas velhas contaminadas com poeira de rua ou terra
 fezes de animais e humanos
 agulhas de injeção nao devidamente esterilizados
Agente etiológico
É o período que o esporo requer para germinar, elaborar as toxinas que vão atingir o sistema nervoso central (SNC), gerando alterações funcionais com aumento da excitabilidade. 
Varia de 1 dia a alguns meses
mas geralmente é de 3 a 21 dias. 
Quanto menor for o tempo de incubação, maior a gravidade e pior o prognóstico. 
Período de incubação
O Tétano não é doença contagiosa, portanto não é transmitida diretamente de pessoa a pessoa. 
Período de transmissibilidade
A transmissão ocorre pela introdução dos esporos em uma solução de continuidade da pele e mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza), contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. 
Meios de transmissão
Inicia-se após 4-8 horas da inoculação dos esporos no animal.
Sua produção é mediada por um plasmídeo (cepas toxigênicas ≠ cepas não toxigênicas)
Exotoxina tetânica 
Esporos tetânicos atingem o organismo (pele, mucosas e músculos)  encontra condições de germinação  transforma-se em formas vegetativas  tetanoplasmina (toxina)
 o precurso da toxina tetânica se inicia no músculo e tecidos vizinhos do foco tetânico  segue impregnando terminações nervosas dos músculos e caminhando pelas bainhas dos nervos periféricos da via motora anterior ate atingir a medula  fixa-se na substância cinzenta.
Fisiopatologia 
6 horas para transformar esporo em forma vegetativa
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1- tétano local
2- sintomas premonitórios
3- contratura permanente
4- espasmos paroxísticos (convulsões)
Quadro clínico
Ordem cronológica de aparecimento
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Agitação psicomotora grande
Irritabilidade
Dores nas costas e membros
Parestesias (próximos dos focos tetânicos)
Contratura permanente (tétano local ou generalizado)
Trismo e riso sardônico (feição característica da doença), opistótono (contratura muscular generalizada ), rigidez abdominal em tábua e rigidez de nuca.
Quadro clínico
A contratura de certos grupos de musculos podem levar feicoes caracteristicas da doença
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Quadro clínico 
Essa rigidez pode permanecer por tempo variado, sem oferecer muito perigo à vida do paciente
espasmos são violentas exacerbações paroxísticas da hipertonia determinadas por vários estímulos  sonoros, luminosos, manejo do doente, alimentação,…
Estes espasmos podem levar o paciente a um quadro asfixiante, com cianose e parada de respiração se não for sedado em alguns minutos.
Diagnóstico clínicoepidemiológico, não dependente de confirmação laboratorial.
De acordo com os sintomas e lesões de pele pelas quais a bactéria possa ter entrado no organismo do paciente.
Rotineiramente devem ser solicitados quando da internação: hemograma, bioquímica do sangue (TGO, TGP, uréia e creatinina), radiografia de tórax e EAS.
Exames diagnósticos / controle 
Pode-se coletar material do foco e cultivá-la em meio anaeróbico
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Tratamento específico  desbridamento do foco, antibióticos e imunização (passiva e ativa)
Tratamento inespecífico ou sintomático sedação, relaxamento muscular e medidas gerais
Tratamento 
Hidrato de cloral (hipnótico)
Barbitúrico (empregados em pacientes curarizados em doses que nao deprimam intensamente o centro respiratório)
Fenotiazínicos (diminuição do trismo)
Diazepínicos (sedativas e músculorrelaxantes)
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O doente deve ser internado em unidade assistencial apropriada, com mínimo de ruído, de luminosidade, com temperatura estável e agradável. 
Lembrar que o paciente tetânico, particularmente nas formas mais graves, deve, preferencialmente, ser tratado em unidades de terapia intensiva, com medidas terapêuticas que evitem ou controlem as complicações respiratórias, infecciosas, circulatórias, metabóli- cas, que comumente levam o paciente a óbito. 
Tratamento 
deve ser amplo, profundo e rigorosamente diário, visando bloquear a produção de toxina no local da ferida, através da limpeza do ferimento com peróxido de hidrogênio (água oxigenada) ou permanganato de potássio.
 A finalidade é retirar as condições de anaerobiose, removendo todo o tecido desvitalizado e possível corpo estranho. 
DEBRIDAMENTO DO FOCO
A cicatrização deve se dar por segunda intenção e a sutura está proscrita. Eventualmente, novos debridamentos podem ser necessários. No caso de tétano neonatal, o curativo do coto umbilical deve ser feito com água oxigenada ou permanganato de potássio.
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Ação bacteriostática ou bacteriolítica sobre o C. tetani
São úteis na prevenção de complicações frequentes do aparelho respiratório
Antibióticoterapia 
Qualquer dose de SAT entre 5.000 e 60.000 UI leva a resultados semelhantes.
Mais recentemente vem sendo substituído o soro heterólogo pelo homólogo (maior permanência no sangue – 3 a 4 sem., menor risco de choque anafilático)
Devem ser feitos testes de sensibilidade (ID, ocular) 
Soroterapia 
Vacinação
Conduta frente a ferimentos suspeitos
Ações de educação em saúde
Profilaxia 
Esquema vacinal
1. O paciente deverá sempre ser transferido para o Isolamento, em quarto fechado, escuro e silencioso, a fim de se prevenir as contraturas desencadeadas por estímulos luminosos ou sonoros (lembrar sempre de confortar o paciente, que geralmente está muito ansioso); a remoção para a UTI está indicada nos casos de impossibilidade de controle das contraturas ou comprometimento da ventilação;
2. O paciente deve estar em constante vigilância pela enfermagem;
3. Oxigenioterapia por máscara facial e controle diário da gasometria arterial estão indicados nos pacientes com distúrbio ventilatório;
4. Inicialmente o paciente deve estar em dieta oral zero e, posteriomente, poderá receber dieta líquida oral, sob supervisão da enfermagem, ou através de sonda nasogástrica, caso o paciente esteja entubado;

Cuidados de enfermagem
5. Hidratação venosa e suporte calórico adequado estão indicados, preferencialmente através de dissecção venosa, a fim de se corrigir distúrbios hidro-eletrolíticos e ácido- básicos; 
6. Utilizar medicação anti-ácida para prevenção das úlceras gástricas de estresse;
7. Aspirar as secreções das vias aéreas superiores (ou do tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia) sempre que necessário, já que as complicações pulmonares infecciosas são muito freqüentes, consistindo em importante causa de mortalidade nesses pacientes; 
8. Deve-se considerar a traqueostomia precoce nos pacientes com contraturas incontroláveis ou acúmulo de secreção
no tubo endotraqueal, já que permite higiene mais eficaz;

Cuidados de enfermagem
Notificar o caso ao serviço de vigilância epidemiológica da secretaria municipal de saúde.
Doença de notificação compusória
	vacina
	idade
	dose
	via
	Local de aplicação
	Pentavalente
 (DTP/HIB/HB)
	2 meses 
	1ª
	IM
	Vasto Lateral Esquerdo
	Pentavalente
 (DTP/HIB/HB)
	4 meses
	2ª
	IM
	Vasto Lateral Esquerdo
	Pentavalente
 (DTP/HIB/HB)
	6 meses
	3ª
	IM
	Vasto Lateral Esquerdo
	Tríplice bacteriana (DPT)
	15 meses
	1ª reforço
	IM
	Vasto Lateral Esquerdo
	Tríplice bacteriana (DPT)
	4 anos
	2ª reforço
	IM
	Vasto Lateral Esquerdo

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