Buscar

Aula 2.2 Amostragem de Solos

Prévia do material em texto

1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
ENGENHARIA CIVIL
AMOSTRAGEM DE SOLOS
Aula 2
RENATO CABRAL GUIMARÃES
MECÂNICA DOS SOLOS 1
2
1. Introdução
NBR 9604/86
Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com 
retirada de amostras deformadas e indeformadas.
Definições
Poço Trincheira Amostra Deformada
Amostra 
Indeformada
3
1. Introdução
NBR 9604/86
Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com 
retirada de amostras deformadas e indeformadas.
Objetivos
� Exame visual do subsolo;
� Coleta de amostras;
� Execução de ensaios in situ.
4
2. Escavação de Poços e Trincheiras
� Limpeza do terreno: área delimitada por um quadrado de 4 m de lado.
� Escavação: prossegue normalmente até 2 m de profundidade. A partir 
daí instala-se um sarrilho munido de corda para a entrada e saída dos 
trabalhadores e retirada de material escavado.
� Segurança: manter corda extra, escoramento e fechar poço.
� Conclusão do poço:
� atingir a profundidade prevista pela programação dos trabalhos;
� houver insegurança para continuidade dos trabalhos;
� ocorrer infiltração acentuada de água que torne pouco produtiva a 
escavação e não for imprescindível sua continuidade;
� ocorrer no fundo do poço, material não escavável por processos 
manuais.
5
3. Retirada de Amostras Indeformadas - Consistentes
� A partir de 10 cm acima da cota prevista para retirada da amostra,
a escavação deve ser cuidadosa e executada com os mesmos
equipamentos utilizados na talhagem do bloco.
� Blocos devem ter formato cúbico, com aresta entre 15 e 40 cm.
Procedimentos - Cuidados
Talhagem Proteção Transporte
6
3. Retirada de Amostras Indeformadas - Consistentes
7
3. Retirada de Amostras Indeformadas – Baixa Consistência
NBR 9820/97
Coleta de amostras indeformadas de solos de baixa 
consistência em furos de sondagem.
Utilizar amostradores com 
parede fina
8
4. Coleta de Amostra Deformada - Trado
NBR 9603/86
Sondagem a Trado.
Definição
método de investigação que utiliza o trado para 
investigações do subsolo
9
4. Sondagem a Trado - Objetivo, Vantagens, Limitações
Objetivo
a) coleta de amostras deformadas;
b) determinação da profundidade do nível d'água;
c) identificação dos horizontes do terreno em
investigações geológico-geotécnicas.
Vantagens
processo simples, rápido e econômico para
investigações preliminares das condições
geológicas superficiais.
Limitações
a) camadas de pedregulho, matacões e areias muito
compactas;
b) solos abaixo do N.A;
c) profundidade maiores que 10 m.
10
4. Sondagem a Trado - Equipamentos
� trado concha ou cavadeira e trado helicoidal;
� cruzetas, hastes - com 1, 2 e 3 metros de comprimento e luvas 
de aço com diâmetro de 1";
� chaves de grifo;
� trena metálica - com divisões em centímetros;
� medidor de nível d' água;
� recipientes para amostras;
� parafina ou fita colante;
� sacos plásticos ou de lona;
� etiquetas para identificação das amostras.
11
4. Sondagem a Trado - Procedimento
� Limpeza do terreno: aproximadamente 2 metros de diâmetro,
concêntrica ao furo e executar sulco ao redor que desvie água pluviais.
� Início: utilizar trado cavadeira ou concha.
� Avanço: quando o avanço do trado concha se tornar difícil utiliza-se o
trado helicoidal. Em casos de materiais duros, quando o avanço do
trado se tornar difícil, verifica-se a possibilidade de se tratar de
cascalho, matacão ou rocha. No caso de se tratar de uma camada de
cascalho, é feita uma tentativa de avanço usando-se a ponteira de aço,
a seco.
� Coleta de amostras: as amostras homogêneas são coletadas a cada
metro. Havendo mudança no transcorrer do trecho de 1 m perfurado,
são coletadas tantas amostras quantos forem os diferentes tipos de
materiais. A quantidade de material coletada deve ser função dos
ensaios de laboratório previstos.
12
4. Sondagem a Trado - Procedimento
� Controle de profundidade: deve ter precisão de centímetros.
� Registros: nome da obra e interessado, identificação da sondagem –
ST, diâmetro da sondagem, data da execução, profundidades e
identificação tátil visual das amostras, medidas de NA e dados que
permitam a recuperação do ponto de sondagem, como por exemplo,
uma planta do local.
� Conclusão da sondagem:
� atingir a profundidade prevista pela programação dos trabalhos;
� ocorrerem desmoronamentos sucessivos da parede do furo;
� o avanço do trado for inferior a 5 cm em 10 minutos de operação 
contínua de perfuração;
� encontrar N.A e não for possível retirar amostra.
13
5. Sondagem SPT
NBR 6484/2001
Sondagem de simples reconhecimento com SPT
Definições
SPT – Standard Penetration Test - Ensaio pelo qual se
determina o índice de resistência à penetração.
N - índice de resistência à penetração do SPT, cuja determinação
se dá pelo número de golpes correspondente à cravação de 30 cm
do amostrador padrão, após cravação inicial de 15 cm, utilizando-
se corda de sisal para levantamento do martelo padronizado.
14
5. Sondagem SPT - Introdução
Amostrador Padrão
15
5. Sondagem SPT - Introdução
Ensaio SPT
16
5. Sondagem SPT - Objetivo, Vantagens, Limitações
Objetivo
a) determinação dos tipos de solo em suas
respectivas profundidades de ocorrência;
b) determinação da profundidade do nível d'água;
c) índices de resistência à penetração (N) a cada
metro.
Vantagens
a) processo simples e de baixo custo;
b) execução em locais de difícil acesso;
c) correlação com parâmetros dos solos e
aplicações práticas.
Críticas
a) variações nos procedimentos de ensaios;
b) diferenças de equipamentos;
c) dependência do operador.
17
5. Sondagem SPT - Equipamentos
18
5. Sondagem SPT - Procedimento de Ensaio
19
5. Sondagem SPT - Procedimento de Ensaio
 BOLETIM DE CONTROLE DE
 SONDAGEM À PERCUSSÃO
PROJETO: Exemplo Investigação de Campo FURO: SP - 01
LOCAL: Campo Experimental UFG COTA DA BOCA (m): NF
ESTACA: NF OPERADOR: Antônio Galdino
COORDENADA N: NF RESP. TÉCNICO: Geol. Pedro Macêdo
COORDENADA E: NF FOLHA: 1/1
DATA N.A. PROFUNDID. MÉTODO PENETRAÇÃO GOLPES AM. REC.
(m) (m) PERFUR. (cm) Nº (cm)
26/5/03 Seco 0,00 1,00 Trado - - - - - - 1 -
26/5/03 Seco 1,00 1,51 SPT 24 18 9 1 1 1 2 23
26/5/03 Seco 1,51 2,00 Trado - - - - - - 3 -
26/5/03 Seco 2,00 2,48 SPT 15 15 18 3 4 4 4 33
26/5/03 Seco 2,48 3,00 Trado - - - - - - 5 -
26/5/03 Seco 3,00 3,56 SPT 27 29 - 1 1 - 6 28
26/5/03 Seco 3,56 4,00 Trado - - - - - - 7 -
26/5/03 Seco 4,00 4,48 SPT 18 14 16 2 3 4 8 29
26/5/03 Seco 4,48 5,00 Trado - - - - - - 9 -
26/5/03 Seco 5,00 5,45 SPT 20 10 15 2 2 4 10 28
27/5/03 Seco 5,45 6,00 Trado - - - - - - 11 -
27/5/03 Seco 6,00 6,47 SPT 15 16 16 2 5 6 12 33
27/5/03 Seco 6,47 7,00 Trado - - - - - - 13 -
27/5/03 Seco 7,00 7,45 SPT 16 14 15 5 6 8 14 28
27/5/03 Seco 7,45 8,00 Trado - - - - - - 15 -
27/5/03 Seco 8,00 8,45 SPT 16 15 14 2 4 6 16 30
27/5/03 Seco 8,45 9,00 Trado - - - - - - 17 -
28/5/03 8,00 9,00 9,45 SPT 15 18 12 1 3 3 18 32
28/5/03 8,00 9,45 10,00 Lavagem - - - - - - - -
28/5/03 8,00 10,00 10,48 SPT 17 14 15 3 4 8 19 32
28/5/03 8,00 10,48 11,00 Lavagem - - - - - - - -
28/5/03 8,00 11,00 11,45 SPT 16 14 15 2 6 10 20 31
28/5/03 8,00 11,45 12,00 Lavagem - - - - - - - -
28/5/03 8,00 12,00 12,45 SPT 15 15 15 4 8 10 21 29
29/5/03 8,00 12,45 13,00 Lavagem - - - - - - - -
29/5/03 8,00 13,00 13,45 SPT 15 15 15 8 9 13 22 10
29/5/03 8,00 13,45 14,00 Lavagem - - - - - - - -
29/5/03 8,00 14,00 14,45 SPT 15 15 15 16 15 17 23 13
29/5/03 8,00 14,45 15,00 Lavagem - - - - - - - -
29/5/03 8,00 15,00 15,45 SPT 15 15 15 6 11 22 24 30
29/5/03 8,00 15,45 16,00 Lavagem - - - - - - - -
29/5/03 8,00 16,00 16,39 SPT 15 15 9 8 20 30 25 22
29/5/03 8,0016,39 - Impenetrável
2/6/03 8,10
2/6/03 8,10
Perfil Individual de Sondagem
à Percussão - SPT
Obra: Exemplo Investigação de Campo
Local: Campo Experimental UFG Data: 13/06/2003
Número do furo: SP - 01 Cota: NF Profund. Final: 16,39m NA (m) data Operador: RESP. TÉCNICO: 
Revestimento ø 4" Coordenadas 8 28/05/2003 Antônio Galdino Geol. Pedro Macêdo
Altura de Queda 0,75 m N: NF 8 29/05/2003 Antônio Galdino Geol. Pedro Macêdo
Peso Martelo 65 kg E: NF 8,1 02/06/2003 Antônio Galdino Geol. Pedro Macêdo
Número Prof. da Número de golpes Classificação
Cota da camada 1o. e 2o. 2o. e 3o. Gráfico do material
 Amostra (m) _________ __________
2 1,51 2/42 2/27
4 2,48 7 8/33
6 3,56 2/56 1/29
8 4,48 5/32 7
10 5,45 4 6/25
12 6,47 7/31 11/32
14 7,45 11 14/29
16 8,45 6/31 10/29
18 9,45 4/33 6
19 10,48 7/31 12/29
20 11,45 8 16/29
21 12,45 12 18
22 13,45 17 22
23 14,45 31 32
24 15,45 17 33
25 16,39 28 50/24
 
 
 
 
 
 
0,00 - 1,00m - ATERRO - Silte arenoso vermelho amarelado heterogêneo
com presença de quartzo, mica raízes e matéria orgânica.
1,00 - 3,00m - COLÚVIO - Solo arenoso com baixo percentual de material
na granulometria silte. Presença expressiva de quartzo (fragmentos de até
3,0 cm de espessura). Cor avermelhada.
3,00 - 7,00m - RESIDUAL MADURO - Silte arenoso avermelhado com
presença de mica e granada. Solo estruturado de plasticidade baixa.
7,00 - 16,00m - RESIDUAL JOVEM - Silte argiloso avermelhado com
presença de mica, quartzo e granada, além de alterações mineralógicas
originando argilominerais. As amostras do bico amostrador apresentam
estruturação bem próxima da rocha subjacente.
16,00 a 16,39m - SAPROLITO - Fragmentos de rocha estruturados de
cor acinzentada e grau de alteração elevado, compostos basicamente por
quartzo, mica, granada e argilominerais.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

Continue navegando