Buscar

Ficha de Leitura - Escola Chicago

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Escola DE Negócios
CURSO DE Ciências econômicas
Luiz Felipe NAscimento
Ficha de leitura: A Escola de Chicago – Capítulo 24 do livro “Historia do pensamento economico” de stanley brue
Curitiba
2017
Luiz Felipe NAscimento
Ficha de leitura: A Escola de Chicago – Capítulo 24 do livro “Historia do pensamento economico” de stanley brue
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Econômicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial. 
Prof. Dr.: Jackson Bittencourt
curitiba
2017
A ESCOLA DE CHICAGO – NOVO CLASSICISMO
VISÃO GERAL DA ESCOLA DE CHICAGO
O cenário histórico da escola de Chicago
	Surgiu num cenário em que se pregava um maior envolvimento do governo na economia. A ideia de Pigou sobre externalidades sugeria que o governo poderia melhorar a alocação de recursos via impostos e subsídios seletivos. A teoria de Robinson sobre o monopsônio (mercado de um único comprador) indicava que o governo deveria instituir um salário mínimo e estimular a atividade de sindicatos. As teorias da concorrência imperfeita e a força do monopólio levaram a conclusões de que o papel regulador do governo deveria ser expandido. Argumentava-se que os monopólios naturais deveriam ser controlados pelo governo. A teoria econômica sobre o socialismo de mercado convenceu muitos de que o Estado conseguiria alocar recursos e produzir bens e serviços com a mesma eficiência das empresas privadas. As teorias do desenvolvimento econômico sugeriam que o governo era o único agente capaz de quebrar o círculo vicioso da pobreza em países subdesenvolvidos. O mainstream da época era, sem dúvida, o keynesianismo, com sua premissa básica de que o governo deveria utilizar políticas fiscais, monetárias e de renda para estabilizar a economia.
Principais dogmas da escola de Chicago
Comportamento ideal: os membros da escola de Chicago reforçam o princípio neoclássico de que as pessoas tendem a maximizar seu bem-estar, isto é, elas se comprometem a otimizar o comportamento no momento de suas decisões. A unidade econômica básica é o indivíduo;
Preços e salários controlados tendem a ser uma boa estimativa de preços e salários de concorrência a longo prazo: os preços e os salários refletem custos de oportunidade para a sociedade na margem. As disposições institucionais – pagamento de aposentadoria, salário dos altos executivos, acordos com sindicados etc. – existem, em geral, porque as partes envolvidas as consideram eficientes;
Orientação matemática: a escola de Chicago confia muito na teorização matemática, utilizando o método de equilíbrio marshalliano e a abordagem de equilíbrio geral de Walras;
Rejeição do keynesianismo: a economia é autoajustável e reguladora, com pequenas flutuações autorrestritivas. Recessões e depressões profundas são resultantes de política monetária inadequada, e não de mudanças autônomas nos gastos. A teoria da inflação provocada pelos vendedores ou pelos custos é errônea, pois a inflação é sempre um fenômeno monetário;
Governo limitado: o governo é inerentemente ineficiente como um agente para atingir os objetivos que podem ser satisfeitos por meios de trocas privadas, pois os funcionários públicos têm objetivos próprios e, inevitavelmente, podem se sentir impelidos a desviar recursos para o atendimento de necessidades que não beneficiam os pagadores de impostos.
Quem a escola de Chicago procurou beneficiar?
	Os defensores das ideias de Chicago ajudaram a convencer a população em geral e os governantes eleitos de que o sistema de mercado concorrencial, se deixado relativamente livre da intervenção do governo, produz liberdade econômica máxima, que, por sua vez, gera bem-estar social individual e coletivo máximo. Na medida em que essa proposição é válida, as ideais de Chicago beneficiam toda a sociedade.
Como a escola de Chicago foi válida, útil ou correta em sua época?
	Ela ajudou a manter o grande legado das economias clássica e neoclássica, enquanto a revolução keynesiana vinha dominando o cenário intelectual. Os economistas voltaram a se atentar para os aspectos microeconômicos durante a análise das questões do dia a dia.
	Também foi útil em sua época ao manter vivas as visões monetárias de Fisher durante um período em que poderiam ter sido permanentemente isoladas com o peso das ideais de Keynes. A rápida inflação dos anos 1970 e do início dos anos 1980 desviou a atenção da nação da principal preocupação do keynesianismo – o desemprego – para a preocupação de Fisher e Friedman – a inflação.
Quais dogmas da escola de Chicago tornaram-se contribuições duradouras?
	Taxa natural de desemprego, expectativas racionais, curva de Phillips vertical a longo prazo, oferta agregada a curto prazo versus a longo prazo, as teorias de Chicago sobre capital humano, a produção nacional, a procura por emprego e a discriminação, taxas de câmbio flexíveis, teorema de Coase sobre as externalidades. Contudo, essas contribuições ainda estão passando por análises e protagonizam longas discussões.
ANÁLISE INTERPRETATIVA
	A escola de Chicago, embora surgida em meados da década de 1940, tomou projeção internacional nos anos 1970, quando as políticas keynesianas passaram a ser questionadas diante do surto inflacionário que acometeu várias economias ao redor do mundo, bem como por conta do crescente endividamento de governos centrais e do fenômeno que Milton Friedman denominou “estagflação”, em que as nações viam seus índices de preços crescer continuamente numa economia completamente estagnada, sem crescimento econômico.
	Identificada por muitos como o Novo Classicismo, a escola de Chicago atingiu o mainstream do pensamento econômico na década de 1970 ao rejeitar os princípios keynesianos, tão presentes no mundo naquela época. Essa escola condenava o tamanho expressivo que os Estados assumiram após a difusão dos princípios de Keynes, criticando veementemente a capacidade dos governos em alocar recursos e produzir bens e serviços de maneira eficiente. Friedman sugeriu que poder em demasia ao Estado acabava por motivar os funcionários públicos a desviar recursos em prol de causas/necessidades particulares.
	A escola de Chicago trouxe a microeconomia de novo à tona ao destacar a importância da liberdade dos mercados, do comportamento dos agentes econômicos e o protagonismo da política monetária.
	
REFERÊNCIAS
BRUE, Stanley L.; GRANT, Randy R. História do Pensamento Econômico. 8ª edição. São Paulo: CENGAGE Learning, 2017, pg. 529 a 555.

Continue navegando