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Caso concreto 02 IED

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Aplicação Prática Teórica
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária de que o direito é fruto da sociedade, não a cria nem a domina, apenas a exprime e modela. Tais conhecimentos serão base para a compreensão futura da disciplina Sociologia Jurídica e Judiciária. 
Para tal, serão utilizados os seguintes casos:
 
CASO CONCRETO 1
Shirleycleide está na “pista” desde os 17 anos e costuma “fazer ponto” na Praça dos Prazeres, ao lado do estacionamento do Shopping Valparaíso, em frente ao edifício de número 10. Seu Tuninho, oficial da reserva do Exército, residente do mesmo edifício, acha que é imoral o que ali se passa – uma pouca vergonha, pois a moça, embora vestida normalmente como todas as outras que vão ao shopping, desempenha atividade contrária aos bons costumes da vizinhança. 
Um dia Seu Tuninho resolveu dar um basta naquele estado de coisas e foi à Delegacia. Comunicada a Delegacia Policial mais próxima, determinou o delegado a retirada imediata de Shirleycleide daquele local, mantendo-a presa, em seguida, por 48 horas. Liberada,Shirleycleide procurou o Ministério Púbico e noticiou o cometimento de crime de abuso de poder por parte do delegado. Alegou que a atividade por ela desempenhada, embora imoral para alguns, não tem nada de ilegal, por inexistir qualquer norma jurídica neste sentido.
A partir do caso concreto acima relatado responda:
Dentro dos padrões médios de moralidade, a atividade desempenhada por SHIRLEYCLEIDE é reprovável? Em caso positivo, há sanção moral que se possa impor a SHIRLEYCLEIDE por sua conduta? 
R: Pelos padrões de moralidade é uma atividade reprovável sim, o que pode vim a ocorrer é que ela seja discriminada e ser aplicada uma sanção de impedimento de convívio normal naquela sociedade.
Juridicamente, a atividade de SHIRLEYCLEIDE é reprovável? Há sanção no plano jurídico para SHIRLEYCLEIDE em razão de sua conduta? 
R: Juridicamente não é uma atitude reprovável, uma vez que a prostituição no Brasil não é crime. Além disso, não há indícios de que a moça esteja com gestos e atos obscenos ou esteja praticando atentado ao pudor. Portanto não há nenhuma sanção a ser aplicada à Shirleycleide. 
Há, no caso, identidade entre a regra jurídica e a regra moral? Justifique todas as respostas.
R: Não, pois a regra moral é imposta pela sociedade, é uma conduta que compete a cada indivíduo o seu seguimento ou não. Já a regra jurídica está difusa na legislação e seu cumprimento é um dever, sob risco de ser sujeito à alguma sanção caso haja algum descumprimento. Por exemplo, se Shirleycleide estivesse importunando alguém ou com gestos obscenos ela estaria infringindo a lei e seria submetida à alguma medida jurídica.
CASO CONCRETO 2
Hoje Aninha está completando três aninhos, mas não vai haver festa. Aninha foi acometida de grave doença. Internada na melhor clínica da cidade po seus familiares e praticamente inconsciente, necessita, urgentemente, de uma transfusão de sangue. 
Seus familiares, alertados do fato, proíbem terminantemente o médico de proceder à transfusão, sob a alegação de que Aninha, assim como todos da família, é de uma religião que possui uma norma que condena e impede tal procedimento. 
O médico, no entanto, em razão da regras do Código de Ética Médico, considera inaceitável permitir a morte de sua pequena paciente, pois seu dever é o de preservar a vida das pessoas. Receando ser acusado do crime de omissão de socorro por não proceder à transfusão, o médico ingressa em juízo pedindo autorização judicial para tanto.
No caso em exame, a norma religiosa que impede a transfusão de sangue e a norma jurídica que impõe pena à omissão de socorro são normas de conduta? Justifique. Em que consiste a distinção entre ambas?
R: Sim, são regras de conduta moral e jurídica, cada uma em seu domínio. Na regra moral observa-se uma conduta religiosa, podendo ou não ser cumprida onde as sanções se encontrarão “perante Deus”. Na jurídica há uma lei à ser seguida com sanções rígidas comportamentais caso algum dos envolvidos no caso descumpra a norma. 
Caso a família de Aninha desejasse descumprir a norma religiosa para salvar sua vida, haveria alguma sanção religiosa a que obrigatoriamente se devesse submeter? Justifique.
R: Não seria uma sanção necessariamente obrigatória, o que pode vim a ocorrer é que a família seja banida da sua religião por descumprir as “normas de Deus”.
Caso Aninha venha a falecer, por não ter havido a transfusão de sangue, e o médico, acusado de omissão de socorro, fosse condenado, haveria alguma sanção a que este último necessariamente viesse a ser submetido? Justifique
R: Sim. O médico seria enquadrado no art. 135 do código penal c/c Art 13 § 2°, Alíneas a,b e c “ Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada, ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos o socorro da autoridade pública: Pena detenção de 1(um) a 6(seis) meses, ou multa. 
Parágrafo Único - A pena é aumentada de metade, se da omissão, resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte
Relevância da Omissão(Art 13 § 2°) “ A omissão é penalmente relevante quando o emitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) De outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) Com o seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado;” (Fonte de pesquisa: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623219/artigo-135-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940)

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