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PROCESSO CIVIL I Priscila de Jesus (I unidade completo)

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FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
PROCESSO CIVIL I - PRISCILA DE JESUS
ALUNA: ESDRA TAMARA 
Aula 01- apresentação da disciplina. 
Aula 02 – 05/08
COMPETÊNCIAS
Conceito 
A jurisdição que foi um tema visto em IED processual é una/indivisível, mas apesar disso ela é exercida em todo território nacional. Com o objetivo de melhor administrar a jurisdição foram sendo especializados vários setores criando-se os chamados órgãos jurisdicionais e até hoje novos órgãos jurisdicionais são criados, com o Brasil sendo imenso sendo a jurisdição indivisível entendeu-se que seria necessário especializa-los. 
As demandas e ações que são deduzidas em juiz acabam sendo distribuídas para os mais variados órgãos jurisdicionais que tem suas atribuições definidas em lei. PODE-SE DIZER QUE a competência é resultado de distribuição das atribuições previstas em lei paras os mais de vários órgãos jurisdicionais especializados. Competência é medida de jurisdição, quantidade de jurisdição. Competência é o âmbito dentro do qual um órgão jurisdicional exerce jurisdição. 
Ex: um bolo de chocolate, a jurisdição é o bolo e a fatia desse bolo é a competência e essa fatia é definida na lei. 
Em realidade o instituto da competência é o instituto geral do direito, tanto que não falamos em competência processual apenas, falamos em competência constitucional, legislativa, da sociedade privada.
Distribuição e perpetuação da jurisdição
A distribuição da competência é feita a partir de normas, essas normas podem ser constitucionais inclusive podem ser extraída da CF ou da C. estadual, essas normas podem ser legais, também podem ser regimentais, e podem ser negociais (foro de eleição, onde as partes podem escolher o foro os a ação será sedimentada). Isso é extraído do art 44 do CPC (não fala em regimento e nem em competência negocial), e do art 125 §1º da CF. 
CPC- Art. 44.  Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
CF-Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.
A CF distribui competência dos órgãos jurisdicionais federais, do STJ do STF, do tribunal regional federal, da justiça do trabalho, da justiça militar, e da justiça federal comum. Na CF você também encontra normas de competência das justiças especializadas, que também são federais. A competência dos órgãos jurisdicionais estaduais éresidual, o que não for de competência do órgão federal, é de competência estadual. 
Não basta saber quais são os órgãos jurisdicionais abstratamente competentes a luz de normas gerais, não é suficiente. É preciso que saibamos identificar qual é o juízo concretamente competente para processar e julgar uma determinada causa/demanda. Isso se sabe a partir da análise do art. 43 do CPC. 
Art. 43.  Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
Esse art. 43 do cpc, diz que a competência é fixada, ou seja, fixa-se a competência pelo registro ou pela distribuição da petição inicial. A competência será fixada pelo registro quando na localidade houver vara única, uma única vara na justiça, ex: ação de alimentos, em um interior, vai lá protocola sua petição inicial em um balcão, e apatir dali será considerada fixada a competência, daquela vara, que é única. Mas a competência será fixada pela distribuição se na localidade, houver mais de um juízo. Essa distribuição tem que ser aleatória, alternada e feita imediatamente depois da distribuição. Ex: existe várias varas de família, e tem uma ação de alimentos para propor, não se pode escolher qual vara, tem que ir pra umsetor geral do fórum, e eles vão protocolar a petição e farão um sorteio da petição esse sorteio vai ser alternado para não haver uma acumulação. 
As regras de distribuição de ação, são regras que visam proteger o juiz natural, essas regras são regras de ordem pública e cogentes, porque se elas não existissem iria se escolher livremente o juiz e com essa escolha houvesse um problema de parcialidade do juiz. Se ao haver regra de distribuição ou se elas forem afetadas haverá violação do juiz natural e violação a competência absoluta. 
Ainda de acordo com o art. 43 do CPC, fixada a competência, ela permanecerá a mesma até a decisão final, não podendo nenhuma alteração fática (ex: uma mudança de domicilio do réu e nós veremos que a regra geral, é que é competente para julgar uma ação o foro de domicilio do réu, se ele se mudou o foro não vai mudar, porem há exceções) ou jurídica (alteração de teto da causa), modificar a competência fixada. A essa regra dá-se o nome de perpetuação da jurisdição. Essa regra é uma regra de estabilidade do sistema, pois senão, haveria mudança de competência tempo todo. Porem essa regra tem exceção, existem alguns fatos supervenientes a fixação da competência que ensejam deslocamento ou modificação de competência ou ainda que quebram a perpetuação da jurisdição. 
1ª haverá quebra de perpetuação da jurisdição quando houver extinção ou supressão de órgão jurisdicional. Ex: quando uma comarca é extinta. 
2ª exceção, também haverá quebra da perpetuação da jurisdição, quando houver alteração superveniente de competência absoluta. 
Ex: a competência é razão da pessoa é uma competência absoluta, antes sociedade de economia mista eram julgadas por vara de fazendo publica, como a embasa, houve uma alteração de competência absoluta, e disse que sociedade de economia mista vai ser julgada por Vara cível, ai houve um alteração de competência absoluta, assim as ações que estavam na vara de fazenda pública, tiveram que ser redistribuídas paras varas cíveis. 
*A alteração superveniente de competência absoluta não quebra a perpetuação da jurisdição se causa já tiver sido sentenciada. Isso é extraído de uma sumula do STJ 367, mesmo se não houver sido transitada em julgado. 
Desmembramento de comarca: a lei não diz se também quebra a perpetuação da jurisdição, mas é preciso extrair o seguinte pensamento: O desmembramento de comarca quebra a perpetuação da jurisdição, se o desmembramento tiver ensejado, a alteração de competência absoluta. Ex: ação reivindicatória, em que sebusca o reconhecimento da titularidade de que você é dono de um bem e se busca o próprio bem. A competência para processar e julgar essa ação é do juiz do local onde o bem está localizado. Com o desmembramento, a minha causa que estava na comarca A, foi para comarca B, nesse tipo de ação a competência do juízo do local onde bem se encontra é absoluta, se o imóvel não está mais na comarca A e sim na B, é competência absoluta. 
Ex: ação civil pública, que geralmente se discute um dano ambiental. A competência para julgar uma ação civil pública, é o do juízo do local onde o dano aconteceu. Se o dano aconteceu na comarca A e foi desmembrado e passou para comarca B há deslocamento do competência. 
Decorre de um precedente do STJ: O STJ tem algumas decisões no sentido de que nas causas que envolvem criança e adolescente alterações fáticas poderão ensejar deslocamento de competência, com o fundamento de melhor interesse da criança e do adolescente e do acesso a justiça. No exemplo que não pode em que há o deslocamento de domicilio, se for no caso de criança ou adolescente o STJ permite quebrar a perpetuação da jurisdição. 
Princípios e Regras
Existem 2 princípios que regem a competência.
Princípio da indisponibilidade
De acordo com esse princípio, as competências jurisdicionais atribuídas a um órgão jurisdicional, não podem ser transferidas para outros órgãos jurisdicionais. 
Princípioda tipicidade
De acordo com esse princípio, a competência dos órgãos jurisdicionais federais, é prevista em regra na constituição federal. 
Além dos princípios existem algumas regras que disciplinam a competência
Regra da inexistência de vácuo de competência
De acordo com esse regra, sempre existirá um órgão competente para processar e julgar uma demanda. Ainda que a regra de competência não esteja expressamente prevista em lei, ela sempre poderá ser extraída implicitamente do ordenamento. Ex: se formos olhar a CF, ela ao rever expressamente competência para processar e julgar embargos de declaração, de decisão do STJ ou do STF. Isso não quer dizer que não vão ser julgados, é preciso que se extraia do ordenamento implicitamente essa competência, o próprio STJeSTF que processam e julgamentos de declaração de suas próprias decisões. É daqui que decorre a teoria dos poderes implícitos. 
Regra competência é chamada de KompetenzKompetenz
Segundo essa regra, todo juízo, órgão jurisdicionais, tem uma competência mínima, atômica, para dizer se tem ou não competência para processar e julgar uma causa, por mais incompetente que seja um juízo, ele sempre terá competência para ao menos dizer se ele é competente ou não para processar e julgar uma causa, é uma competência mínima. 
É preciso falar nas situações em que as partes se deparam com os chamados foros concorrentes, situações em que existirá mais de uma unidade territorial competente, para processar e julgar uma causa. Isso é muito comum nas ações coletivas, porque a lei diz que o foro competente/ unidade territorial, é o foro onde o dano ocorreu, só que o dano as vezes é nacional, estadual, regional, quando se está diante de foros competentes, configura-se o que se chama de fórum shopping, que é uma situação da vida em que alguém terá de escolher um dos foros concorrentes que passará, ou que julgará a sua ação, sua demanda. Geralmente a escolha do foro competente, é feita de acordo com o foro, que para a pessoa é mais favorável, a escolha do foro dentro dos foros competentes tem que respeitar a boa-fé objetiva, e está vedado o abuso de direito, é preciso que se observe o devido processo legal, especificamente em relação a garantia do processo adequado. E o processo adequado é aquele julgado por um juízo de competência adequada. A escolha desse juízo de competência adequada, não pode dificultar ou inviabilizar o exercício do direito de defesa e também não pode impor nenhum óbice de processamento da causa. O juiz fará o controle, através da teoria do fórum non conveniens. O juiz com base nessa teoria, criada na Escócia, o juiz pode negar a concessão da tutela jurisdicional se ele entender que existe outro juízo com competência mais adequada para processar e julgar a causa. O foro non convienis, deriva do devido processo legal, garante um processo adequado e que o juiz que tenha atitudes adequada. 
Classificação de competência
É aquela que divide a competência de foro e competência de juízo O fórum, é a unidade territorial em cada fórum e cada unidade territorial, podem existir vários órgãos jurisdicionais com competências iguais ou distintas. Ex: de fórum é o da comarca, que é uma unidade territorial. A comarca em regra é uma unidade territorial de uma cidade.
 O juízo é a unidade administrativa, o juízo é a vara ou o cartório, é a câmara cível, é uma turma do tribunal. Primeiro delimita-se o foro competente, a partir de regras que estão no cpc. Depois de eleito o foro, dentro dele verifica-se qual o juízo competente. 
Aula 08/08
Competência (Continuação)
4. Classificação: 
A Segunda classificação da competência se divide em competência originária, e competência derivada ou recursal, a competência originária é aquela atribuída a um órgão jurisdicional que conhecera de uma causa(ação, demanda) pela primeira vez, em regra a competência originária é atribuída ao juiz de primeiro grau, é o juiz de primeiro grau que tem competência para conhecer de uma causa, excepcionalmente a competência originaria poderá ser atribuída ao tribunal, a ação rescisória por exemplo é ação de competência de tribunal, as vezes é do tribunal de justiça, as vezes é do STF é uma ação que visa desconstituir a coisa julgada, é uma ação que só cabe em um prazo decadencial de dois anos. 
A competência derivada ou recursal é aquela atribuída a um órgão jurisdicional, que revisará a decisão proferida em uma causa(ação, demanda) já julgada, vejam então, que esse órgão jurisdicional não estará sendo julgada pela primeira vez pelo poder judiciário, veja que esse órgão jurisdicional de competência derivada revisará uma decisão. Em regra, a competência recursal ou derivada é atribuída a um tribunal, a regra é que o tribunal revise a decisão proferida por um juiz de primeiro grau, excepcionalmente juiz de primeiro grau também terá competência derivada ou recursal, é o juiz de primeiro grau, por exemplo, que tem competência para julgar o recurso de embargos infringentes de alçada, esse é o recurso que cabe em execução fiscal. 
A competência originária e a competência derivada são chamadas de competência funcional e por serem funcional são espécies de competência absoluta. 
A terceira classificação da competência, é aquela que divide a competência em competência absoluta e relativa, o regime jurídico da competência absoluta é distinto da competência relativa, apesar disso, existem algumas características a competência absoluta e a relativa
DIFERENÇAS ENTRE COMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA: 
A competência absoluta é definida no interesse público, enquanto que a competência relativa é definida no interesse do particular (jurisdicionado), segunda diferença, a incompetência absoluta é vicio alegável a qualquer tempo, em qualquer grau de jurisdição pelas partes podendo ser reconhecido de oficio pelo juiz. Ou seja, as partes podem suscitar a incompetência absoluta, mas o juiz também pode reconhecer a sua incompetência. A incompetência absoluta é um risco tão grave que pode ser o fundamento de um ato rescisório. 
A Incompetência relativa é vicio alegável apenas pelo réu, sendo que o réu deve alegá-lo na sua contestação sob pena de preclusão e prorrogação de competência, ou seja o juiz não pode reconhecer de oficio e se o réu alegar esse vício deverá ser feito na sua contestação. Se o réu não alegar incompetência relativa na sua contestação, que em regra é o primeiro momento que ele tem para falar nos autos, ele não poderá mais alegar essa matéria , o juiz que era relativamente incompetente torna-se competente. Incompetência relativa não é causa de ação rescisória 
As regras de competência absoluta não podem ser modificadas por vontade das partes, agora as regras de competência relativa podem sim ser modificadas por vontade das partes, por isso, que se admite foro de eleição, é uma clausula que fica no final dos contratos, onde as partes escolhem a comarca. É possível também que se prorrogue a competência relativa, basta que o réu não alegue a incompetência relativa, a não alegação de incompetência relativa é uma omissão negocial.
A competência absoluta não pode ser modificada em razão de conexão e continência, a competência relativa pode ser modificada em razão de conexão e continência* (Vide aula do dia 19/08)
 A Alteração superveniente de regra de competência absoluta gera quebra da perpetuação da jurisdição, maas alteração superveniente da competência relativa não gera quebra da perpetuação de jurisdição 
São exemplos de competência absoluta a competência em razão da pessoa, em razão da matéria, e a competência funcional. São exemplos de competência relativa a competência territorial e a competência em razão do valor da causa, desde que esse valor não ultrapasse o teto legal.
SEMELHANÇAS ENTRE COMPETENCIA ABSOLUTA E RELATIVA. 
A incompetência absoluta e a relativa geram em regra a remessa do processo para o juízo competente, em regra a incompetência absoluta e relativa não geram extinção do processo sem exame de mérito, existem alguns incidentes que se desenvolvem ao longede uma ação, incidentes para os quais os juízo deve ter também competência, a reconvenção por exemplo é um incidente processual, que estudaremos no fim do semestre, a reconvenção é uma ação do réu contra o autor, se ajuíza uma ação de compensação. O juízo também tem que ter competência para os incidentes processuais, ex. embargos de terceiro, e se o juízo não for competente para a reconvenção haverá indeferimento da reconvenção, ela nem será apreciada.
Se o juízo não tiver competência para a reconvenção haverá um deferimento da reconvenção, inadmissão a reconvenção nem vai ser apreciada, ela não vai ser remetida para o juiz competente, ela vai ser indeferida. Se for outro incidente vai depender de qual seja, se for denunciação da lide vai ser remetido para um juiz competente junto com o processo como um todo, se for embargos de terceiros da mesma maneira, a lei vai estabelecer com a consequência, tem que analisar o incidente conforme a lei. 
A decisão sobre incompetência deve sempre ser proferida depois de manifestação das partes, ou seja, deve sempre ser assegurado o contraditório, sobretudo quando um juiz nos casos da incompetência absoluta reconhece de oficio, Ex.: Em um processo ninguém nunca falou nada sobre incompetência absoluta, mas o juiz reconhece, ele precisa permitir que a parte fale sobre o assunto antes de remeter a outro juízo. No código de 73 não havia norma expressa nesse sentido, mas no dia 2015 há um dispositivo sobre o assunto art. 10 “não se pode reconhecer nenhum fato sem que se dá a oportunidade das partes de falar sobre o assunto”, então mesmo numa questão de ordem pública como a impotência absoluta, o juiz não pode decidir sem dar oportunidade das partes falarem , isso já era defendido em doutrina e jurisprudência temas como a vedação das decisões surpresas por exemplo, mas expressamente previsto em lei somente no CPC de 2015. 
As decisões proferidas pelo juízo incompetente permanecem válidas e eficazes até determinação do juízo competente, ainda que a incompetência absoluta ou relativa seja reconhecida competentes, os atos que foram praticados pelo juiz incompetente ou reconhecido como incompetente serão considerados válidos e eficazes, até que diga de maneira adversa o juízo competente, ai ele pode revogar, invalidar, reformar aqueles atos que ele foram proferidos pelo juízo considerado incompetente. Isso é importante porque no CPC de 73 não era assim, os atos de conteúdo decisório eram considerados automaticamente inválidos, isso gerava um problema no ordenamento, porque as vezes existia uma liminar determinando um tratamento médico, quando havia o reconhecimento da incompetência caia a liminar, então essa previsão no CPC de 2015 no sentido de que os atos praticados pelos juízes incompetentes são validos e eficazes até a determinação do juízo reconhecido competente é bastante positiva, porque não deixa um vácuo de ordem jurisdicional. 
Os efeitos da citação e do despacho da citação não sofrem interferência nem descontinuidade, se houver reconhecimento de incompetência, esses efeitos são interrupção da prescrição, constituição do devedor em mora, etc. esses efeitos não sofrem descontinuidade em razão do reconhecimento de incompetência, ainda que determinou a citação seja incompetente, os efeitos da citação não sofreram nenhuma alteração, a litispendência subsistirá, a litigiosidade subsistirá, a constituição do devedor em mora também etc..todos os efeitos são efeitos que não sofrem descontinuidade em razão do reconhecimento de incompetência. 
5. Passo a Passo para delimitação de competência: 
Existem algumas doutrinas que criam passo a passo para delimitação de competência, os melhores são os de Nelson Neri e Rosa Maria de Andrade e Ada Pelegrini. Segundo Nelson Neri e Rosa Maria de Andrade deve-se primeiro verificar se a competência para processar e julgar uma causa é do juízo brasileiro ou estrangeiro, em seguida se for constatado que a competência é do juízo brasileiro, deve se certificar se a competência é de um tribunal ou de um órgão jurisdicional atípico
 Ex. o senado federal que as vezes atua com uma função jurisdicional atípica. 
Depois se for verificado que a competência não é de um tribunal e nem de um órgão jurisdicional atípico, verifica-se se a competência é de alguma justiça especializada
Ex. eleitoral, militar, trabalhista. 
Em seguida se a competência não for de nenhuma das justiças especializadas, verifica-se se a competência é da justiça comum federal o que sobrar é da justiça comum estadual que tem competência residual. Delimitada a justiça competente é preciso que seja delimitado o foro competente (Salvador, Rio, SP etc.) a partir do que diz o CPC e algumas regras da CF, por fim delimitado o foro competente, define-se o juízo competente (que é a unidade administrativa), ex. 7ª vara de fazenda pública, 5ª vara trabalhista. 
O passo a passo de Ada Pelegrini, Cândido Rangel e Antônio Carlos SINTRA. 
Primeiro deve-se delimitar se a competência é de um órgão jurisdicional colegiado(Tribunal) ou monocrático (juiz de primeiro grau), em seguida delimita-se o foro competente, de pois delimita-se o juízo competente, e por fim delimita-se a pessoa do julgador (juiz titular ou juiz substituto) em primeiro grau, se for em segundo grau (desembargador relator ou ministro relator conforme o caso).
6.Incompetência: 
Uma parte da doutrina entende que a decisão proferida por um juízo incompetente é uma decisão inexistente, ou seja, é uma não decisão, não parece a professora que esse seja o melhor entendimento, porque o juiz que não tem competência é um juiz investido em função jurisdicional, ou seja, é um juízo investido de jurisdição, por conta disso a melhor doutrina é aquela que entende que decisão proferida por juízo incompetente é decisão existente, porém passível de invalidação, porque embora incompetente o juiz é dotado de jurisdição, então se ele é investido de função jurisdicional, ele não é um não juiz, ele é um juiz e como juiz ele profere decisão jurisdicional, no entanto essa decisão jurisdicional deve ser considerada existente só que passível de invalidação, porque o juiz daquela hipótese não esteva autorizado por lei para processar e julgar uma determinada demanda. 
7. Competência Internacional: 
Qualquer estado soberano pode pretender processar e julgar qualquer causa, o problema é que nem toda decisão jurisdicional proferida por um estado juiz de um estado soberano, poderá não ser reconhecida como válida e eficaz em qualquer lugar do mundo, em razão da soberania dos demais estados, em razão disso é que surge o estudo da competência internacional, a finalidade é verificar o limite dentro do qual determinado estado poderá exercer jurisdição, a ideia é que os estados soberanos profiram decisões que possam ser reconhecidas como válidas e eficazes em outros locais do mundo, o objetivo da competência internacional é delimitar um espaço no qual o estado soberano poderá exercer jurisdição e a finalidade é movimentar a máquina estatal para produzir uma decisão que possa produzir uma decisão que possa ser reconhecida como válida e eficaz em qualquer outro estado, obviamente que aqui será estudada a competência internacional brasileira, neste item de estudo serão estudados os limites dentro do qual a jurisdição brasileira poderá ser exercida, por isso que se fala em competência internacional brasileira, ou competência da jurisdição brasileira. Não vamos estudara aqui a competência de organismos internacionais e a competência de outros estados etc. 
Competência internacional pode ser concorrente ou exclusiva
Concorrente: quando uma causa ou demanda puder ser julgada pela jurisdição brasileira ou por tribunal estrangeiro. Se a competência internacional for concorrente a decisão proferida por tribunal estrangeiro só poderá produzir efeitos no Brasil depois de homologada pelo STJ. A homologação dependerá do preenchimento de alguns requisitos, que estão no art. 963 do CPC 
Art. 963.  Constituem requisitos indispensáveis à homologaçãoda decisão:
 I - ser proferida por autoridade competente;
II - ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia;
III - ser eficaz no país em que foi proferida;
IV - não ofender a coisa julgada brasileira;
V - estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado;
VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública.
Parágrafo único.  Para a concessão do exequatur às cartas rogatórias, observar-se-ão os pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, § 2o.
Em que casos a competência internacional será concorrente? Nas hipóteses do Arts. 21, 22 do CPC. 
Ex. nas ações em que o réu qualquer que seja sua nacionalidade for residente e domiciliado no Brasil. 
Art. 21.  Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único.  Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Existem outras hipóteses no art. 22 do CPC: 
Art. 22.  Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
A competência também será concorrente para julgar ações decorrentes de relações de consumo, desde que o consumidor seja residente ou domiciliado no Brasil, e por fim a competência também é concorrente quando as partes expressa ou tacitamente se submeterem a jurisdição nacional. Essas últimas três hipóteses são do art. 22 do CPC. 
A competência internacional exclusiva: se a competência internacional for exclusiva a causa ou a demanda somente poderá ser julgada pela jurisdição brasileira, isso significa que tribunal estrangeiro não poderá julgar essa causa ou demanda e se julgar a decisão proferida no estrangeiro não poderá ser homologada pelo STJ. As hipóteses de competência internacional exclusiva estão previstas no art. 23 do CPC. 
Art. 23.  Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
1ªhipotese- A Competência internacional será exclusiva para o julgamento de ações relativas a imóveis situados no Brasil. A ação não precisa ser necessariamente real, pode ser pessoal uma ação de despejo, desde que o imóvel esteja situado no Brasil. 
2ª hipótese- A competência internacional também era exclusiva para julgar ações de em matéria de sucessão hereditária, quando os bens envolvidos nessa ação estiverem situados no Brasil. Pouco importa o domicilio do autor da herança ou nacionalidade dele (o autor da herança é o difunto, pouco importa a nacionalidade dele, o ultimo domicilio dele) o que importa é que os bens dele estiverem situados no Brasil, se os bens estiverem situados no Brasil as ações relativas a matéria hereditária 9inventário e partilha) serão processadas apenas aqui no Brasil, mesmo que os sucessores sejam de outras nacionalidades.
3ª hipótese- Por fim a competência nacional também é exclusiva para o julgamento de divórcio separação judicial, dissolução de União estável, quando houver partilha de bens situado no Brasil, ainda que os ex. cônjuges tenham nacionalidade e domicilio em outro pais, ainda assim se o divórcio, separação envolver bens situados no Brasil a competência será exclusiva da jurisdição brasileira. 
Existe decisão do STJ que diz que divorcio consensual concedido no estrangeiro não depende de homologação do STJ aqui no Brasil, ex.: as partes podem se divorciar conseguir uma homologação jurisdicional e aquela decisão valeria aqui no Brasil. 
Esse entendimento tem que ser lido com cautela, porque se o divórcio envolver partilha de bens situado no Brasil, esse trechoda decisão HOMOLOGATÓRIA do divórcio, que versa sobre os bens situados no Brasil não pode ser atendido aqui no Brasil,não poderá produzir efeitos aqui, porque somente a jurisdição brasileira pode decidir sobre divorcio que envolve partilha de bens no território brasileiro, o CPC é taxativo ao dizer.
Aula 12/08/2017
(Continuação última aula) 
(....) Cheguei atrasada! 
 É possível que no contrato internacional seja prevista uma cláusula de foro de eleição a cláusula de foro de eleição não poderá violar regra de competência internacional exclusiva, só poderá haver clausula de foro de eleição se a competência internacional for concorrente, se a competência for exclusiva (somente a jurisdição brasileira puder julgar) não poderá haver clausula de foro de eleição para afastar a jurisdição brasileira, não poderá definir que o Estado estrangeiro julgue a causa. Se a competência for concorrente é possível que as partes digam no contrato qual será o foro da causa. A clausula de foro de eleição em competência exclusiva é invalida e ineficaz. 
Se a clausula do foro de eleição em contrato internacional for abusiva ela poderá ser afastada pelo juiz da causa até a citação do réu, depois da citação do réu ele deverá alegar a abusividade do foro de eleição, o juiz não vai mais poder controlar de oficio a legalidade do foro de eleição. 
Ex.: Em um contrato internacional as partes previam uma clausula de foro de eleição, a competência era concorrente, e as partes estipularam assim “ a causa ou qualquer ação decorrente desse contrato será julgada nos estados unidos” , e o caso que tem que ser aplicado regra de competência concorrente, só que a ação foi ajuizada no Brasil e o réu foi citado e não questionou a competência do juiz brasileiro. 
Nesse caso em que o réu nada diz a respeito da existência de clausula de foro de eleição pode esse juiz brasileiro ser considerado competente, para processar e julgar essa ação, ou a qualquer tempo essa questão da incompetência nas eleições de foro de eleição poderia ser suscitada no processo. 
A clausula de foro de eleição envolve competência relativa, e a competência relativa só pode ser alegada pelo réu na sua contestação sob pena de preclusão, ou seja, sob pena do réu não poder mais alegar a incompetência, ou a existência de clausula de foro de eleição, que geraria incompetência em um momento posterior. Ainda que a clausula de foro prevista na relação internacional diga que a ação será julgada nos EUA, se a ação foi ajuizada no Brasil e réu nada diz a respeito da clausula de foro de eleição que geraria a incompetência do juiz brasileiro, prorroga-se a competência para a preclusão , e a ação será processada e julgada aqui no Brasil, isso se a competência for concorrente, porque casos de competência exclusiva não se pode ocorrer foro de eleição em competência internacional, se houver essa previsão haverá invalidade do objeto do negócio jurídico, 
É preciso ainda analisar em sede de competência internacional dois artigos do CPC art.24 caput e art.24 parágrafo único. 
Art. 24.  A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratadosinternacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
O Art. 24, caput, diz que a ação proposta perante o tribunal estrangeiro não induz litispendência no Brasil e não impede que a jurisdição brasileira conheça da mesma causa e de causas conexas salvo se houver previsão em contrário em tratado internacional e acordos bilaterais no Brasil. Esse dispositivo quer dizer que ainda que exista uma causa pendente de julgamento no tribunal estrangeiro a mesma causa poderá ser processada e julgada aqui no Brasil sem que se fale em litispendência entre essas causas, o que ensejaria a extinção da causa ajuizada posteriormente, então o art. 24 caput prevê que se uma causa estiver sendo julgada no tribunal estrangeiro, essa mesma causa pode ser julgada no Brasil sem que se fale em litispendência de causas, se se falasse em litispendência, ensejaria na extinção sem exame de mérito na causa ajuizada no exterior. 
(Lembrando de IED processual)A litispendência não deve acontecer para que o processo tramite regularmente, se houver litispendência a causa ajuizada posteriormente será extinta sem exame de mérito, litispendência se configura quando existem duas causas iguais pendente de julgamento, se duas causas iguais forem ajuizadas aqui no Brasil e estiverem ambas pendentes uma delas será extinta sem exame de mérito, será extinta aquela que foi ajuizada posteriormente, prevalecera aquela que foi ajuizada anteriormente. 
Só que a litispendência não se configura se a causa pendente estiver no estrangeiro e a outra causa estiver aqui no Brasil, por isso que o art. 24 Caput diz que se houver ação pendente de julgamento em tribunal estrangeiro a mesma causa poderá ser processada e julgada aqui no Brasil sem citar litispendência, não ensejaria a extinção da causa julgada posteriormente. 
A ideia do legislador foi de conferir uma preferência a autoridade judiciária brasileira, se a competência for concorrente, podendo o tribunal estrangeiro julgar, o legislador sempre vai preferir que o juiz brasileiro julgue, então o legislador previu que ainda que exista uma causa lá fora, o juiz brasileiro também poderá julgar. Do ponto de vista técnico seria até difícil que o juiz brasileiro pudesse reconhecer a configuração de litispendência, por uma razão muito simples, a causa julgada no estrangeiro produzira uma sentença, essa sentença não produzirá efeitos imediatos no Brasil, teria que passar pela homologação do STJ, como um juiz de 1º grau vai considerar eficaz uma sentença produzida no estrangeiro sem que ela passe pela homologação do STJ?. Então do ponto de vista técnico seria até difícil um juiz de primeiro grau reconhecer a litispendência de uma causa ajuizada no exterior e de uma causa ajuizada aqui no Brasil, porque enquanto a causa está tramitando não há nenhuma ato do tribunal estrangeiro que possa produzir efeitos aqui, a não ser que haja proferimento de uma decisão, que essa decisão seja homologada pelo STJ e passe a produzir efeitos aqui, mas nesse caso não se estará diante de litispendência, pode até se falar em coisa julgada. 
Parágrafo único.  A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
Art. 24 parágrafos único diz que a pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira, se uma causa estiver sendo julgada no Brasil e se a mesma causa já tiver sido julgada no estrangeiro a sentença produzida no estrangeiro poderá ser homologada no STJ sem problema algum, agora vejam que é preciso que a ação no Brasil esteja pendente no julgamento, se já tiver tido uma decisão julgada a homologação não será permitida, se fosse permitida essa sentença estrangeira estaria violando a coisa julgada brasileira, em última análise estaria violando a soberania nacional. Então esse artigo diz que a pendencia de uma causa perante jurisdição brasileira, não impede que uma sentença estrangeira sobre uma mesma causa seja homologada pelo STJ, a professora ressalta que só não haverá impedimento de homologação se a causa estiver pendente de julgamento aqui no Brasil, se essa causa tiver sido julgada por meio de uma decisão estará impedida a homologação, por uma razão simples a ofensa a coisa julgada brasileira. 
8. Critérios para determinação de competência. 
A doutrina costuma falar em alguns critérios para a determinação da competência, esses critérios são divididos de maneira didática em 3 espécies, fala-se em critérios objetivos, territorial e funcional. Em regra todos esses critérios devem ser observados no momento da determinação da competência, então imaginem que se ajuíza um ação de alimentos aqui em Salvador numa vara de família, para definir a competência da vara de família esses três critérios foram observados, por ser uma ação de alimentos tem que ir para a vara de família, porque a vara de família tem competência para julgar essa matéria, então o critério objetivo tem que ser observado, o critério territorial essa ação de alimentos tem que ser julgada em salvador, porque é em salvador que mora o alimentando, a gente vai ver na parte de critério territorial que as ações de alimento são de competência do foro de local onde reside ou é domiciliado o alimentando, é um foro especial inclusive, ou seja , foi em salvador porque o autor da ação de alimentos mora em salvador. E por fim o critério funcional a ação de alimentos é uma ação de competência de juiz de primeiro grau, que exerce a função jurisdicional nas varas de família, então o critério funcional também foi observado aqui. Em regra,esses critérios têm que ser observados, mas as vezes o critério territorial por exemplo não precisa ser observado, na verdade as vezes não é importante levar em consideração o critério territorial, isso acontece quando se está diante de competência dos tribunais superiores, que tem jurisdição em todo território nacional. 
8.1 objetivos em razão da pessoa, da matéria e do valor da causa: 
Os critérios objetivos levam em consideração os elementos da demanda deduzida perante a jurisdição, vocês devem se recordar que são 3 os elementos da demanda, parte, pedido e causa de pedido, então os critérios objetivos levam em consideração esses três elementos, por isso que o critério objetivo se subdivide em 3 subcritérios, critério objetivo em razão da pessoa, critério objetivo em razão matéria, critério objetivo em razão do valor da causa. E esses subcritérios acabam por delimitar a competência em razão da pessoa, a competência em razão da matéria, e a competência em razão do valor da causa
A competência em razão da pessoa: 
Fundada no critério objetivo/pessoa, é definida a partir das partes envolvidas na ação, as varas privativas de fazenda pública, são exemplos de órgão jurisdicionais criados para julgar determinadas pessoas, as varas privativas de fazenda pública têm competência definida de acordo com as pessoas especificas envolvidas em determinada ação, as varas de fazenda pública julgam apenas entes públicos. A competência de alguns tribunais também pode ser definida em razão de alguma pessoa, a CF prevê que mandado de segurança impetrado contra ato do presidente da república é competência do STF, por que é competência do STF? Porque essa competência foi delimitada em razão do critério pessoal. 
A competência em razão da matéria: 
É definida de acordo ou a partir da natureza controvertida do objeto da situação jurídica litigiosa deduzida na ação. Como se identifica a situação jurídica litigiosa discutida no processo? Analisando as causas de pedir, os fatos e fundamentos jurídicos, que se descobre qual o problema contido, qual o problema que se visa resolver. Então a competência em razão da matéria leva em consideração a natureza jurídica controvertida da situação, deduzida em juízo e se identifica essa situação jurídica a partir da análise da causa de pedir. Como se identifica esse objeto? A partir da análise da causa jurídica, é quando descobre seo problema tem natureza cível, administrativa, consumerista, ambiental que são os fatos e os fundamento jurídicos da ação. A competência das varas civis, das varas de consumo, varas de família, são competências definidas em razão das matérias. 
As varas cíveis julgam problemas cíveis, situações jurídicas relativas ao direito civil, especificamente obrigações, contratos etc., as varas de família julgam questões relativas ao direito de família e aqui em salvador o direito sucessório também, as varas de consumo julgam problemas consumeristas. A competência em razão da pessoa e em razão da matéria são espécies de competência absoluta, poder ser alegadas em qualquer tempo, qualquer grau de jurisdição, o juiz pode reconhecer de oficio (Vimos nas aulas anteriores). É possível que essas competências sejam cumuladas, é possível que um órgão jurisdicional tenha a competência em razão da pessoa e em razão da matéria, é raro mais é possível, isso só vai acontecer em comarcas maiores, que tenham uma estruturação administrativa maior, imagine, por exemplo, que em algum lugar do país exista alguma vara de fazenda pública que só julgue matéria relativa a servidor público, ou matéria relativa a contratos administrativos. Temos a vara de fazendo pública que julga pessoas determinadas (entes públicos), só que além de julgar entes públicos, julga uma matéria especifica relativa a contratos administrativos, nesse caso teria que criar as varas de fazenda pública e organizar essa áreas de acordo com a matéria que cada uma delas poderia julgar, ou seja, teria que haver um núcleo de varas para julgar servidor público, um núcleo para julgar contratos administrativos, um outro núcleo para julgar o residual o que sobrar, nesse caso a estrutura do tribunal tem ser grande. No entanto, existem comarcas que só tem uma vara que julga tudo, o exemplo das cidades do interior, que normalmente só tem uma vara e tem competência para julgar tudo, inclusive para julgar o ente público 
	
A competência em razão do valor da causa: 
É competência definida a partir do valor do pedido, em razão do valor da pretensão econômica da causa. Quando estudarmos petição inicial veremos que toda ação tem um valor, a toda causa devem obrigatoriamente se atribuir um valor e esse valor corresponde ao valor do pedido do autor, o valor da pretensão econômica. Qual o valor que se busca na ação? Vai ser o valor da indenização se for isso que se busca, se o objeto de discussão for um contrato o valor das cláusulas, ou revisão das cláusulas ou pode ser o valor do contrato. Se a ação visa o pagamento de prestações periódicas, ai o valor da causa vai ser o valor de 12 meses de prestação, toda causa tem um valor que é definido de acordo com a pretensão econômica, essa competência em valor da causa é definida a partir do pedido. 
Um exemplo clássico de exemplo do razão do valor da causa é o dos juizados especiais cujo a competência é definida a partir de um teto processado/estabelecido em lei, as causas abaixo de determinado valor poderão ser processadas e julgadas em sede de juizados especiais, o art. 63 do CPC da a entender que a competência em razão do valor da causa é relativa, ou seja, é uma competência que pode ser afastada por vontade das partes, que só poderá ser alegada até a contestação pelo réu, a essa espécie de competência se aplica tudo relativo a competência relativa, por exemplo, Priscila tem uma causa que está dentro dos limites do juizado, mas ela não quer ajuizar nos juizados, ela quer ajuizar na justiça comum, isso é possível porque a competência é relativa e pode ser alterada pela parte, então ela pode optar por ajuizar sua ação no juizado ou não, se a causa dela estiver dentro do limite do juizado ela poderá ajuizá-la perante os juizados especiais ou perante o órgão jurisdicional comum. 
Obs. ¹: A competência dos juizados federais, e a competência dos juizados especiais da fazendo pública é absoluta com determinação legal, não há opção, se o valor da causa for até o limite do teto do juizado, ela deverá ser obrigatoriamente no juizado especial federal ou no juizado especial da fazenda pública. Então somente a competência dos juizados especiais estaduais é relativa. 
Obs. ²: Se o valor da causa estiver abaixo do teto do juizado especial estadual a competência será relativa, porque a parte pode optar por ajuizar a ação no juizado ou na justiça comum. Agora se o valor da causa estiver acima do valor do teto do juizado, a competência não será relativa, a competência será absoluta da justiça comum , os juizados especiais estaduais não terão competência, então se uma ação acima do teto do juizado especial estadual for ajuizado em sede de juizado especial, o juiz vai dizer que não tem competência, que é absolutamente incompetente, porque a causa supera o teto que ele pode julgar, e vai encaminhar a parte para a justiça comum, que é a justiça competente para essa causa. 
Acontece situações em que as vezes a pessoa ajuíza uma situação acima do teto do juizado, e o juiz ao invés de se declarar incompetente ele chama a parte e pergunta se ela abre mão do excedente, pergunta se a pessoa quer abrir mão do valor que supera o teto, se a pessoa quiser abrir mão é uma opção dela. Isso é mais comum no juizado especial federal. 
Funcional: 
Leva em consideração para fins de delimitação de competência, as funções jurisdicionais exercidas pelos juízos. A partir das funções jurisdicionais exercidas pelos juízos delimita-se a competência funcional. Vicente Greco Filho é quem melhor sistematiza o critério funcional, que é a base da competência funcional. Segundo ele a competência funcional, é definida em razão dos graus de jurisdição, em razão das fases do processo e em razão do objeto deduzido no processo. 
Em razão dos graus de jurisdição, vimos que a competência pode ser originária ou derivada. São exemplos de competência funcional, definida em razão dos graus de jurisdição. 
As fases do processo, também servem para delimitar competência, ou seja, a competência jurisdicional em razão das fases do processo é definida a partir das fases de conhecimento ou de execução que são instauradas do processo. 
A competência funcional em razão do objeto deduzido em juízo, leva em consideração o tipo de ação que no objeto nela é discutido. O incidente de ação de decretação de inconstitucionalidade no tribunal por exemplo é um incidente, seria um tipo de ação, um tipo de demanda que será julgada por um órgão especifico do tribunal, geralmente é o órgão plenário do tribunal, o órgão pleno, que terá competência absoluta para esse incidente em razão do objetivo discutido. 
A competência funcional é espécie de competência absoluta. 
Territorial:
Serve para delimitar a competência territorial, a competência territorial é definida a partir dos limites territoriais, dentro dos quais uma causa poderá ser julgada. Fala-se aqui em competência definida em razão do lugar. Em regra, a competência territorial é relativa, ou seja, é uma competência que é derrogável pela vontade das partes, pode ser afastada por vontade das partes. Mas em alguns casos a competência territorial será absoluta, será sempre nos casos em que a lei diz. 
Regras de competência territoriais mais importantes:
As primeiras regras de competência territorial,são as regras para processar e julgar ações pessoais ou ações reais, mobiliárias: É do foro do domicilio do réu. Se o réu tiver mais de um domicilio, o foro de qualquer um dos domicílios terá competência. Se o domicilio de réu for incerto ou desconhecido, terá competência o foro do lugar onde o réu for encontrado ou o foro do domicilio do autor. Se o domicílio do réu for no exterior, o foro competente é o domicilio do autor, e se o autor também for domiciliado fora do país, qualquer foro no Brasil será competente, claro que ressalvadas a regras de competência internacional concorrentes e exclusivas. E se houver mais de um réu na ação e cada um com um domicilio diferente, o foro de qualquer dos domicílios será competente. 
Éimportante sobre as regras de competência para processar e julgar ações reais imobiliárias: são ação de competência do foro da situação da coisa, ou seja, o foro onde está localizada a coisa imóvel. Mas existem foros concorrentes, também terão competência o foro de domicilio do réu e o foro de eleição. Mas a escolha não será livre se ação versar sobre propriedade, direito de vizinhança, servidão, posse, nunciação de obra nobre, divisão e demarcação de terras e ação possessória imobiliária assim a competência territorial será absoluta do fórum da situação da coisa, isso é importante porque a regra é que seja relativa, mas nesses casos destacados, será absoluta a competência do foro da situação da coisa. 
c) Existem também regra de competência especifica para as ações que versem sobre matéria hereditária; inventários, partilha e também para as ações ajuizadas contra o espólio, que é a massa patrimonial deixada pelo falecido. Nesses tipos de ação a competência territorial, será do foro do domicilio do autor da herança (o falecido). Então nas ações que versem sobre matéria hereditária, pouco importara se os herdeiros moram no estrangeiro ou não tenha nacionalidade brasileira, o que importara é o domicilio do autor da herança. Mas se o domicilio do autor da herança (falecido) era incerto ou desconhecido, o foro competente é o da situação dos bens imóveis do falecido, e se não existiu bens imóveis o foro competente é o da situação de qualquer bem deixado pelo autor da herança, se ele tiver deixado vários imóveis o foro será de qualquer lugar que estiverem situados esses imóveis, e qualquer herdeiro pode escolher o lugar. 
AULA 15/ 08 
Existe uma regra que prevê a competência para processar e julgar causa de consumo é do foro do domicilio do consumidor, é o foro privilegiado pelo consumidor. 
A regra que prevê que a competência para processar e julgar causas contra réu ausente é do foro do último domicilio do réu ausente. 
Existe regra que prevê que a competência para processar e julgar ação contra incapaz é do foro do domicilio do representante legal do incapaz. Também é um foro privilegiado, uma regra de competência que confere privilégio ao incapaz 
As ações em que é autora a União são de competência do foro de domicilio do réu, para ações pessoais e para ações reais, se a União foro ré da ação o foro competente é do domicilio do autor, mas a outros foros concorrentes, também é competente o foro em que ocorreu o ato ou fato discutido na ação e também é competente o foro ondeestá localizado o imóvel discutido na causa, ou o foro do distrito federal. 
A ação ajuizada pelo o Estado ou pelo o distrito federal é de competência do domicilio do réu. Se o estado ou o DF forem réus em uma ação também há foros concorrentes, são competentes nesse caso, o foro do domicilio do autor, o foro do local do ato ou fato discutido na ação, o foro da situação da coisa discutida na ação ou o foro da capital do Estado. 
As ações sobre divórcio, dissolução de união estável, anulação de casamento são de competência do foro do domicilio do guardião do filho incapaz, se não houver filho incapaz ou se a guarda for compartilhada, o foro competente para essas ações (divórcio, dissolução de união estável, etc.) será de competência do último domicilio do casal, agora se nenhuma das partes residir no ultimo domicilio do casal o foro competente será do domicilio do réu. Nesses casos não se fala em foros concorrentes, se fala em foro preferencial, porque se houver filho incapaz prefere-se o foro do domicilio do guardião do filho incapaz, o legislador confere uma preferência ao foro do domicilio do guardião do filho incapaz, se não houver filho incapaz prefere-se que a ação seja ajuizada no ultimo domicilio do casal, se nenhuma das partes residir no ultimo domicilio do casal, nesse caso a ação será ajuizado no foro do domicilio do réu. Então vejam que há uma certa preferência atribuída pelo legislador, não há uma mera concorrência de foros, se houver mera concorrência de foros pode-se concorrer livremente, mas nos casos dos foros preferências existe uma ordem estabelecida pelo legislador que deve dentro da razoabilidade sempre serem observadas 
Nas ações em que se discutam (pede ou revisionais) de alimentos, o foro competente é do domicilio do alimentando, se os alimentos forem cumulados com o reconhecimento de paternidade o foro competente continuará sendo o do domicilio do alimentando, é um foro preferencial também. 
Nas ações ajuizadas contra pessoa jurídica o foro competente é o foro onde está localizada a sede da pessoa jurídica. Agora ação pode discutir sobre uma obrigação que deva ser satisfeita por uma filial, agência ou sucursal da pessoa jurídica, nesse caso a competência é do foro onde está a filial, a sucursal ou agencia da pessoa jurídica, se a ação for ajuizada contra uma associação sem personalidade jurídica o foro competente será o do local onde a empresa ou essa associação exerce suas atividades. 
Nas ações que versam sobre cumprimento de obrigações o foro competente é o do local onde a obrigação deve ser satisfeita.
Nas ações em que se discute direito decorrente do estatuto do idoso o foro competente é o do domicilio do idoso, nesse caso se o direito for individual a competência será territorial relativa, agora se o direito discutido for relativo a uma classe de idosos, a competência será territorial absoluta do local onde a maioria desses idosos reside. 
Essas regras de competência estão entre os artigos 46 até 53 LER!
Territorial Funcional: 
A competência territorial é em regra submetida ao regime jurídico da competência relativa, tanto que a incompetência relativa tem que ser alegada pelo réu na contestação, sobre pena de preclusão e prorrogação de competência, o juiz não pode reconhecer de oficial a competência territorial. A competência funcional se submete ao regime jurídico da competência absoluta, isso significa que a incompetência funcional, por se submeter ao regime jurídico de competência absoluta, pode ser alegada a qualquer tempo, a qualquer grau de jurisdição pelas partes, podendo até mesmo ser reconhecida de oficio pelo juiz, veja que o regime é diferente da competência territorial que é relativa, da competência funcional é absoluta. 
O art. 2º da lei de ação civil pública prevê que é competente para processar e julgar ação civil pública o foro do local onde o dano ocorreu, onde está localizado o dano, que terá competência funcional. Analisando esse artigo parte da doutrina começou a defender a existência de um critério de determinada competência territorial funcional. Porque de um lado a competência é definida em razão do lugar (local da ocorrência do dano), por outro lado o foro onde localizado o dano, seria aquele com melhores condições de mais bem exercer a função jurisdicional, por isso, o critério seria territorial funcional. Priscila não concorda com essa parte da doutrina e sim com uma segunda parte da doutrina, que diz que só existe ou critério territorial ou o funcional, a segunda parte da doutrina não entende que não existe esse critério territorial funcional e que o art. 2º da lei de ação civil pública, ao falar em critério funcional, quis na verdade fazer referência competência territorial absoluta. Segundo essa doutrina o legislador se equivocou, ao usar o termo de competência funcional ao invés de competência absoluta ou territorial, ou territorial absoluta. 
Esse equívoco é confirmado quando nas legislações posteriores à lei de ação civil pública, o próprio legislador faz a correção, por exemplo, o estatuto do idoso que tem uma regra parecida com essa e o legislador não fala mais em competência funcional fala 1’em competência absoluta definida em razão do lugar, o ECA também tem uma regra de competência territorial parecida com essa de ação civil pública, mas o legislador não fala mais em competência funcional, ele fala em competência territorial absoluta definida em razão do lugar. Quando o legislador diz que o foro competente é o foro onde o dano ocorreu o critérioque ele está utilizando para definir competência é o critério territorial, ele está levando em consideração o local onde o dano ocorreu é uma em razão do lugar, se a pessoa defender que nesses caso a competência além de territorial seja funcional, porque o foro onde o dano ocorreu seria aquele com maiores condições de prestar jurisdição, toda competência seria funcional, porque o legislador nunca vai prevê como competente um juízo que não tem condição de prestar bem jurisdição, dessa forma o critério funcional seria aplicado a torto e a direita. 
Fale-se ainda no âmbito desse suposto critério nos chamados foros distritais, os foros distritais são unidades territoriais no âmbito dos quais se exerce jurisdição A justiça federal é dividida em unidades territoriais chamadas de seções judiciárias, as seções judiciais equivalem em regra ao territorial de um estado, as seções judiciais se subdividem em subsecções judiciárias, as subsecções equivalem ao território de uma cidade. A justiça estadual se divide em unidades territoriais chamadas de comarcas, as comarcas podem ser subdivididas em forosdistritais, dentro de uma cidade existem subdivisões territoriais ex. São Paulo já existem isso. 
 Para quem defende a existência do critério territorial funcional a competência dos foros distritais, das subsecções judiciárias seria criada com base nesse critério. Priscila está de acordo com a segunda doutrina, segundo a qual a competência dos foros distritais é territorial, ou seja, é definida em razão do critério território do qual se extrai uma competência territorial, essa competência territorial dos foros distritais, das subseções judiciárias é absoluta ou relativa? A doutrina vem entendo que a competência dos foros distritais e das subsecções judiciais é competência territorial absoluta, por exemplo, imagine que um sujeito reside no interior em que haja uma subseção judiciária (unidade territorial da justiça federal), essa ação terá que ser ajuizada na subseção, não poderia o residente do interior sair de lá para ajuizar a ação na sede da justiça federal da capital. 
Esse entendimento da doutrina no sentido de que a competência dos foros distritais e das subseções judiciárias é territorial absoluta, não é tão pacifica existe uma sumula 689 do STF da qual se pode extrair entendimento inverso, essa sumula diz que segurado do INSS que reside em cidade do interior em que haja sede da justiça federal pode ajuizar sua ação contra o INSS perante o juiz federal da capital, parece que o entendimento do STF diverge do entendimento da doutrina, porque o STF diz que mesmo que tenham uma sede da justiça federal na cidade do interior nada impede que a pessoa venham até a capital e ajuíze uma ação judicial na capital.
9.Modificação de competência: A modificação de competência também chamada de prorrogação de competência é a transferência de competência para um órgão jurisdicional que não detinha aquela atribuição originariamente , somente a competência relativa pode ser objeto de prorrogação ou de modificação, competência absoluta não pode ser prorrogada nem modificada, a modificação de competência pode ser legal ou convencional a duas espécies de modificação legal de competência que é a conexão e continência. 
Existem duas espécies de modificação convencional de incompetência 
9.1. Não alegação de incompetência relativa: Já vimos que a alegação de competência relativa só pode ser feita pelo réu na primeira oportunidade que ele tiver para falar nos autos, ou seja, na contestação que em regra é o primeiro momento em que ele fala nos autos, o MP quando atua como fiscal da ordem jurídica ou como parte ele também pode alegar a competência relativa. Se o réu não suscitar a incompetência relativa no momento oportuno haverá preclusão e prorrogação ou modificação de competência, se o juiz não detinha atribuição para processar e julgar a causa originariamente passara a ter caso o réu não suscite o vício da incompetência relativa.
Ex. Imagine que tenha sido celebrado um negócio jurídico e haja uma clausula de eleição as partes optaram por realizar qualquer ação naquele negócio jurídico na comarca em salvador, ai surgiu um conflito, e ao invés da ação ter sido ajuizada em salvador, foi ajuizada no Rio de Janeiro, o réu foi citado, em razão desse foro de eleição o réu poderia suscitar incompetência relativa porque no negócio jurídico estava que Salvador que tinha foro competente, o foro do RJ não tinha competência originaria, se o réu citado não indicar na contestação a incompetência relativa do foro do RJ, haverá preclusão e ele não poderá alegar isso em momento posterior e o juízo do RJ que não é o competente originariamente(porque existia o foro de eleição) passará a ter competência e não haverá nenhum risco, porque haverá modificação ou prorrogação de competência, aquele juiz comum que não detinha a competência originaria para julgar passa a ter competência.
9.2 - Foro de eleição: A segunda espécie de modificação convencional de competência é o foro de eleição, o foro de eleição é um acordo estabelecido entre as partes, é um negócio jurídico processual estabelecido entre as partes, por meio do qual as partes optam por ajuizar ações que versem sobre determinados direitos e obrigações decorrentes de um determinado contrato num foro especifico, as partes escolhem o foro a unidade territorial, não o juízo. Ex. a seção judiciária, subsecção, comarca. O foro de eleição tem que ser sempre escrito, o foro de eleição oral é inexistente do ponto de vista jurídico, o foro de eleição deve sempre estar relacionado a outro negócio jurídico, é possível que no mesmo contrato haja mais de um foro de eleição, é possível que haja um foro de eleição para os casos em que o contratante ajuíze a ação, pode-se que o outro foro de eleição se aplicara aos casos em que o contratado ajuíze a ação, por exemplo, na comarca de Salvador será ajuizada todas as ações pelo contratante e na do Rio de Janeiro serão processadas todas as ações ajuizadas pelo contratado. 
É preciso que se deixe claro que tipo de ação será processada em cada um desses foros, para que não haja dúvida sobre qual é o foro competente, é possível também que no mesmo contrato, haja um foro de eleição uma cláusula e uma convenção de arbitragem, porque o árbitro não tem competência para executar suas próprias decisões, a competência é da jurisdição estatal, então o foro de eleição pode ter competência para as execuções da sentença e da arbitragem e a convenção de arbitragem valerá para todas as outras demandas que surgem no contrato, então é possível que coexistam foro de eleição e convenção de arbitragem. O que pode também acontecer é que as partes abram mão da jurisdição estatal para determinados tipos de conflito, mas isso tem que está expresso “esse tipo de conflito estará submetido a arbitragem” ou “ tais conflitos serão submetidos ao foro de eleição”, digamos que não haja essa indicação da competência do arbitro e da competência da jurisdição, qual é a interpretação que faria possível coexistir entre esses dois institutos? Será pode ser a interpretação de que a convenção de arbitragem tratara das demandas e a jurisdição estatal fará a execução ou apreciação de tutela de urgência. 
Discute-se em doutrina e em jurisprudência que tipo de ação poderá ser submetido pelo foro de eleição, Muniz de Aragão entende que todas as ações que tenham como objeto obrigações decorrentes de um contrato em que se preveja foro de eleição, serão de competência do foro de eleição, estarão vinculadas ao foro de eleição. Para Muniz de Aragão se for possível extrair do contrato em que previsto o foro de eleição, a causa de pedir da ação essa ação poderá/deverá ser processada e estará atrelada ao foro de eleição, então imaginem que a ação visa discutir o não pagamento de algumas parcelas previstas em contrato, ora se no contrato tiver estabelecido o valor da parcela, o vencimento, as penalidades em razão de não pagamento, é possível que essa ação de cobrança dessas parcelas previstas em contratoseja distribuída processada e julgada pelo foro de eleição.
Imagine que se ajuíze uma ação que visa discutir a correta interpretação de uma cláusula processual, e como a causa de pedir pode ser extraída diretamente do contrato de foro de eleição, essa ação estará atrelada ao foro de eleição e será ajuizada, processada e julgada pelo foro de eleição. Segundo Muniz de Aragão se a ação for anulatória do contrato ou se for uma ação para a decretação de nulidade do contrato, essas ações anulatórias não estariam vinculadas ao foro de eleição, porque a causa de pedir da ação anulatória pode ter como fundamento, por exemplo, um vício da manifestação vontade, essas causas são extraídas do ordenamento jurídico. Para Muniz de Aragão o foro de eleição abarca apenas as ações cujo as causas de pedir sejam extraídas do contrato, as ações em que as causas de pedir não estão extraídas do contrato, não estão vinculadas ao foro de eleição não estão abarcadas pelo foro de eleição, poderão ser ajuizadas em qualquer foro inclusive do de eleição. A concepção de Muniz de Aragão é diferente do entendimento do STJ que entende que qualquer ação relativa ao contrato em que previsto o foro de eleição será processado e julgado no foro de eleição, ou seja, o STJ tem uma concepção muito mais ampla do que a de Muniz de Aragão. 
(Continua na próxima aula)
AULA 19/08 (FALTEI) 
Aula: 19/08/2017(aula de Leticia)
O foro de eleição pode ser considerado abusivo quando a parte contratante não tem dimensão do sentido e do alcance do foro de eleição no momento de celebração do contrato. Também será considerado abusivo o foro de eleição quando ele impuser dificuldade ou inviabilidade do exercício do direito de defesa ou do regular prosseguimento do processo. Por fim, também será considerado abusivo o foro de eleição quando o contrato em que o foro de eleição estiver previsto for um contrato de obrigatória adesão (é aquele que tem como objeto um produto ou serviço disponibilizado por apenas um fornecedor). 
O juiz pode reconhecer de oficio sem qualquer provocação a abusividade do foro de eleição e reconhecida a abusividade do foro de eleição ele será afastado determinando-se a remessa do processo para o foro do domicílio do réu. O juiz só poderá reconhecer a abusividade do foro de eleição até a citação do réu, citado o réu caberá a ele (réu) na primeira oportunidade que ele tiver para falar nos autos suscitar a abusividade do foro de eleição requerendo o seu afastamento na aplicação daquele processo. Isso acontece porque o foro de eleição envolve competência relativa. Cria-se uma situação híbrida porque embora o foro de eleição envolva competência relativa até um determinado momento do processo o juiz poderá reconhecer de oficio afastando o foro de eleição determinando que o processo seja remetido até um juízo competente, por outro lado citado o réu o juiz não poderá mais reconhecer de ofício a incompetência relativa (poderá apenas atender a pedido do réu). Tendo características do regramento da competência absoluta (reconhecimento de ofício pelo juiz até determinado momento) e do regramento da competência relativa (réu suscitar o pedido de afastamento do foro de eleição alegando sua abusividade).
Conexão e continência
São causas/hipóteses legais de modificação/prorrogação de competência relativa. Já vimos as hipóteses convencionais de modificação de competência e agora vamos estudar as hipóteses legais de prorrogação de competência relativa. A conexão é um vínculo de semelhança existente entre ações que gera alguns efeitos no mundo jurídico. O vínculo que permite dizer que duas ou mais causas são conexas e os próprios efeitos decorrentes da conexão decorrem da lei, ou seja, é a lei que diz que vínculo de semelhança gera conexão e quais seus efeitos. 
A conexão é conceito jurídico positivo porque é o direito positivo que me diz o que são causas conexas, é o direito positivo que diz quais os efeitos decorrentes da conexão. A conexão é um fato jurídico processual consubstanciado na semelhança entre causas (não é identidade) que gera como principal efeito a reunião das causas conexas para julgamento simultâneo/conjunto perante um mesmo juízo (mesmo órgão jurisdicional). 
As razões de existir da conexão são eficiência e vedação da prolação de decisões contraditórias, a conexão e o efeito de reunião dela decorrente visam alcançar a eficiência e visam evitar a prolação de decisões contraditórias, a ideia é que as causas sejam reunidas no mesmo órgão jurisdicional para que o mesmo ato praticado seja utilizado em todas as causas conexas. Em razão do vínculo de semelhança entre as causas é possível que alguns pedidos tenham sido formulados nas mesmas causas, é possível que haja a identidade de pedido, sendo idênticos, por isso essas causas conexas devem ser reunidas, para que evite a prolação de decisões contraditórias por diferentes juízos num mesmo pedido. Conexão pode ser suscitada por qualquer uma das partes e pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, até que seja proferida a sentença. 
O juízo que vai reunir as causas conexas para julgamento conjunto é o chamado juízo prevento, ou seja, o órgão jurisdicional que vai reunir as causas é definido pelo instituto da prevenção. O juízo prevento é aquele que recebeu uma das causas conexas em primeiro lugar, se na localidade houver vara única prevento será o juízo quando for registrada a petição inicial de uma das causas conexas. Se na localidade houver mais de uma vara prevento será o juízo no qual houve a distribuição da petição inicial da causa conexa em primeiro lugar. 
Nem sempre é possível reunir as causas conexas entre um juízo prevento, não será possível reunir as causas conexas se cada uma delas for de competência material e portanto, absoluta de juízos distintos ou órgãos jurisdicionais diferentes. Ex: Uma das ações é de competência da vara de consumo e a outra causa conexa é de competência de vara cível, não se pode reunir porque as matérias ali discutidas são de competência absoluta de órgãos jurisdicionais distintos.
 Além disso também não será possível a reunião se as ações conexas tramitarem sob procedimentos distintos. Ex: Solicitar em uma ação auxilio doença e em outra o pagamento desse valor pretérito, numa se pede mandado de segurança no valor atual e numa ação comum o valor retroativo, são os mesmos fatos, mas ritos diferentes, são ações conexas, mas o efeito não será o da reunião. Nesses casos em que não é possível a reunião de causas conexas haverá a suspensão de uma das causas que é a causa dependente para que a outra causa conexa subordinante seja julgada, julgada a causa conexa volta a tramitar a causa que haveria sido suspensa. 
Não haverá nem reunião nem suspensão se uma das causas conexas já tiver sido julgada, já tiver sido sentenciada. O efeito principal é a reunião, se não for possível suspensão, mas não haverá nenhuma das suas se tiver uma causa sido julgada. Para o CPC são causas conexas aquelas que tiverem identidade de pedido ou de causa de pedir. Diz o CPC também que são causas conexas as causas cujo os objetos litigiosos guardam algum tipo de vínculo ainda que o pedido ou causa de pedir não sejam coincidentes. Isso significa que são conexas causas em que se discute a mesma relação jurídica e também são conexas causas que guardem um vínculo de preliminariedade ou prejudicialidade entre si. Ex: Ação de alimentos e de investigação de paternidade, ação de consignação de pagamento de alugueis e ação de despejo. 
A continência se configura quando as causas têm as mesmas partes, a mesma causa de pedir, mas o pedido de uma é mais abrangente, é maior do que o pedido da outra. Continência é espécie de conexão porque para haver continência pelo menos identidade de causa de pedir existe. Se além da identidade de causa de pedir forem as mesmas partes e o pedido de uma for mais abrangente que a outra haverá continência.
Não confundir continência com litispendência, na litispendência as partes são iguais, as causas de pedir são iguais e os pedidos são iguais,na litispendência há identidade total da ação.
Na continência os pedidos não são iguais, o pedido de uma ação é maior que o pedido da outra ação, os pedidos não são coincidentes. Ex: Numa ação se pede a invalidação de uma cláusula contratual, numa outra ação maior que é chamada de ação continente pede-se a invalidação de todas as cláusulas do contrato. Se a ação maior for ajuizada antes e a ação menor depois a ação menor será extinta sem exame de mérito, até por falta de interesse de agir, não há utilidade da ação subsequente. 
Se a ação menor for ajuizada antes e a maior depois tecnicamente elas terão de ser reunidas para julgamento conjunto porque em razão da anterioridade não se pode extinguir a ação sem exame de mérito da anterior, inclusive a ação anterior menor que define o juízo prevento. A conexão e a continência podem ser suscitadas por qualquer das partes, o autor geralmente suscita na sua petição inicial e o réu suscita na sua contestação, o juiz também pode reconhecer de ofício conexão e continência porque elas geram competência absoluta do juízo prevento para processar e julgar as causas conexas. Não tem problema nenhum a conexão e a competência serem suscitadas em qualquer outra parte da ação como numa petição simples por exemplo. 
Conflito de competência
Existe conflito de competência quando dois ou mais juízos alegam-se competentes ou incompetentes atribuindo um ao outro a competência para processar e julgar uma causa. Quando dois ou mais juízos se alegam competentes para processar e julgar uma causa diz-se que há um conflito positivo de competência. Quando dois ou mais juízos se alegam incompetentes atribuindo um ao outro a competência diz-se que há conflito negativo de competência. 
Geralmente o conflito positivo existe nos casos em que há conexão entre causas. É possível que o conflito positivo surja quando haja apenas uma causa, exemplo: Uma mesma causa foi ajuizada duas vezes, haverá litispendência, mas se nenhum dos juízes quiser extinguir por dizer que a sua ação foi ajuizada primeiro haverá um conflito a respeito de qual o juiz competente para dar prosseguimento a uma ação aí surge o conflito positivo em relação a uma causa só (exemplo hipotético). 
Quando surge o conflito negativo foi porque um juízo se alegou incompetência atribuindo a outro a competência e o outro recusou a competência devolvendo-a. É possível que a competência não seja desenvolvida e sim encaminhada a um órgão terceiro, é possível que seja encaminhada de órgão a órgão, isso não estabelece um conflito, o conflito só acontece se for devolvido. Instaurado o conflito negativo a finalidade será definir um único juízo competente para processar e julgar a causa/as causas.
AULA 22/08 
Continuação (...) 
Não cabe conflito de competência se uma das causas já tiver sido julgada, conduzida por um juiz que poderia estar em conflito já tiver sido julgado, também não cabe conflito de competência entre um juízo hierarquicamente inferior e um juízo hierarquicamente superior ao qual o juízo inferior se vincula, ex. não pode haver conflito de competência entre o juiz estadual baiano e o tribunal de justiça da Bahia, porque o juiz estadual baiano ocupa uma hierarquia inferior a do Tribunal de Justiça e se vincula do TJ BA, prevalecerá a competência do superior hierárquico ou a competência do órgão que ele indicar, ou seja, o órgão hierarquicamente superior ditará qual será o órgão competente. 
	
EX. Priscila está acompanhando um processo que tramita no Amazonas, e o juiz de primeiro grau proferiu uma sentença antecipou os efeitos da tutela a e a obrigação vinha sendo cumprida pela derrota dessa ação, o derrotado interpôs um recurso pedindo para que o tribunal impusesse uma caução ao que ganhou a ação com uma condição para o levantamento de dinheiro
 ( explicando: a sentença condenou uma empresa X ao pagamento de uma quantia de 10 mil, e antecipou os efeitos da tutela, ou seja, antes de acabar o julgamento do processo era pra ser pago imediatamente, ainda que a outra parte recorresse, a empresa X recorreu para o tribunal alegando que iria pagar os 10mil mas pediu que a empresa Y, depositar uma caução ou dar um bem de garantia, porque se no final ela ganhasse o recurso precisaria reaver o que estava gastando, o Tribunal falou que não tinha competência para julgar essa situação, falou que a competência era do juiz de primeiro grau, o pedido deveria ser feito no juízo de primeiro grau, ou seja, não haverá conflitos de competência)
 O conflito de competência pode ser insaturado pela parte ou pelo MP por meio de uma petição ou pelo próprio órgão jurisdicional por meio de um oficio, ou seja, o próprio tribunal, o próprio juízo de primeiro grau. Suscitado o conflito de competência, deverá haver a instrução da petição ou do oficial com os documentos necessários ao julgamento do conflito de competência. 
O que seriam os documentos necessários: pelo menos a inicial das ações, a contestação, instrumentos de procuração e as decisões eventualmente já proferidas. 
O conflito de competência deve sempre ser instaurado perante o tribunal, ou seja, é sempre o tribunal o competente para processar e julgar o conflito de competência.
O STF por exemplo, tem competência para julgar conflito de competência entre STJ e qualquer outro tribunal, entre tribunais superiores e entre tribunais superiores e qualquer outro tribunal.
O STJ por sua vez tem competência para julgar conflito de competência entre tribunais de justiça ou tribunais regionais federais, entre um tribunal e um juízo de primeiro grau vinculado a outro tribunal, e entre juízos de primeiro grau vinculados a tribunais distintos. Então o STJ tem competência para processar e julgar conflitos de competência entre tribunais ordinários, juízo de tribunal vinculado a um tribunal distinto e entre juízo de primeiro grau vinculados a tribunais distintos. 
Os tribunais ordinários (TJs E TRFs) por sua vez tem competência para julgar conflito de competência entre juízos de primeiro grau a eles vinculados. 
Existe uma questão delicada em relação à competência para julgar conflito de competência, a questão delicada é relativa à competência para julgar conflito de competência entre juiz federal e juiz de juizado especial federal. O Juiz federal de primeiro grau é vinculado ao Tribunal Regional Federal, o juiz de juizado especial federal é vinculado hierarquicamente a uma turma recursal, o juiz federal e o juiz de juizado são juízes de primeira instância, tanto que se tive uma sentença de juiz de vara federal, terá que recorrer ao TRF, agora se recorrer de uma sentença de juizado especial federal o recurso vai para a turma recursal, que compõe a segunda instância dos juizados. 
Quem tem competência para julgar conflito de competência entre juiz federal e juiz de juizado especial federal? Houve um tempo em que se entendia que o STJ era o competente para julgar esse conflito de competência, hoje houve uma modificação de entendimento e passou-se entender que é o Tribunal Regional Federal que tem competência para processar e julgar conflito de competência, entre juiz federal e juiz de juizado especial federal que façam parte da mesma região, por exemplo, se tiver em conflito um juiz federal da 1ª vara federal do Estado da Bahia e um juiz de juizado federal da 3ª vara de juizado da Bahia, ambos fazem parte da primeira região, então os conflitos entre esses juízos será julgado pelo TRF da primeira região.
Instaurado o conflito de competência perante o tribunal competente o incidente processual será encaminhado para o relator, o relator então intimara os juízos em conflito para que eles prestem informações, se um dos juízos em conflito tiver suscitado o incidente (conflito), somente o outro (os) será intimado (os) para prestar informações, lembrando que o próprio órgão jurisdicional pode suscitar, prestada ou não as informações, o MP será intimado para se manifestar também. 
É possível que no conflito de competência, antes de qualquer providência o relator nomeie um dos juízos

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