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resenha lei geral da acumulação capitalista

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Escola de Serviço Social ESS/UFRJ
Os momentos teóricos fundamentais da Lei Geral da Acumulação Capitalista
Aluno (a): Larissa Oliveira Teixeira Dos Santos – 121041818
Professora: Carla Cecília
Disciplina: Trabalho e questão social 
1. Introdução
 E objetivo da seguinte resenha analisar a Lei Geral da Acumulação Capitalista, conceito desenvolvido pelo economista alemão Karl Marx durante o capítulo XXIII de “O Capital” livro 1, tomo 2 publicado em 1867. Karl Marx foi um filosofo alemão, nascido em 5 de maio de 1818, e apesar de ter iniciado seus estudos acadêmicos na Universidade de Bonn em 1835 para cursar direito transferiu seus estudos para filosofia, na universidade de Berlim e traçou, no campo político e econômico, suas principais teses acerca do capitalismo e da exploração da classe trabalhadora. O texto traz, aspectos relativos a maneira que se dá a acumulação de riqueza e seu impacto diante a classe trabalhadora, abordando como a dinâmica capitalista é responsável pela produção de uma população supérflua e seu papel na própria reprodução e acumulação do capital.
2.Desenvolvimento 
 No primeiro item do capítulo, o autor desenvolve, utilizando-se dos conceitos de capital variável (valor da força de trabalho) e constante (valor dos meios de produção), a composição orgânica do capital. Sobretudo, antes são definidas as diferentes perspectivas do capital, isto é, para constituir a sua composição, é preciso reconhecer o ponto de vista relacionado ao valor, que como definido pelo autor, corresponde ao capital constante e variável, e ao ponto de vista técnico, sendo este definido como a proporção entre a força de trabalho para as massas dos meios de produção. Dessa maneira, é deliberada a composição orgânica do capital, pois essa equivale a quanto tal composição referente ao valor espelha a composição técnica, sendo colocada pelo autor como a proporção entre o valor dos meios de produção (capital constante) sobre o valor da força de trabalho (capital variável) representada por C/V. E a acumulação, portanto, a concentração ou reprodução ampliada desse capital investido, pelo reinvestimento da taxa de lucro excedente, o mais-valia.
 E dessa maneira, a acumulação se difere ao que é entendido como centralização do capital, a acumulação, como foi dito, corresponde ao processo de reinvestimento, logo, é equivalente a reprodução ampliada do capital, ao acumulo de lucro excedente, a mais valia. A centralização por sua vez, se caracteriza pela forma literal da palavra, o capital se acumula de forma central em apenas 1 mão, engolindo o resto do mercado. Dessa centralização, há supressão de capitais menores por capitais maiores, mais aptos a investir em meios de produção e elevar sua produtividade, logo, a centralização trabalharia também como alavanca a acumulação, como colocado por Marx.
Avançando ao segundo item, Marx analisa a composição orgânica quando colocada sobre a condição de aumento do capital constante, isto é, quando o capital é reinvestido nos meios de produção, no uso de maquinarias, concluindo então que quando a composição orgânica deixa de ser constante e passa a elevar-se, consequentemente há o aumento da produtividade do trabalho, elevando a produção de mais-valia, e dessa forma, diminuindo a demanda por força de trabalho, logo que a produtividade estaria condicionada ao uso dos meios de produção, não pela contratação de mais trabalhadores, logo, são produzidas mais mercadorias em menos tempo. Consequentemente com esse aumento da produtividade, o valor agregado na mercadoria tende a cair, uma vez que o que determina valor na sociedade capitalista é o trabalho vivo presente nessa, o trabalho humano é o que gera lucro, e, quando o capital constante ultrapassa o variável, apesar dos custos serem reduzidos em função da produtividade, há uma menor obtenção de lucro, pois há menos trabalho humano ali presente. 
Outro reflexo desse aumento da produtividade se expressa no surgimento de uma superpopulação relativa, trabalhadores a mais em uma conta que demanda menos força de trabalho, sendo essa parcela posta pelo autor como uma alavanca do capitalista. O chamado exército industrial de reserva, todavia, é necessário para o funcionamento do sistema capitalista uma parcela disponível, supérflua, para que seja exercida uma pressão dessa taxa excedente sobre os trabalhadores empregados, condicionando situações de sobretrabalho e guiando a lei da oferta e da procura da força de trabalho. Conquanto, o exército industrial de reserva se expressa em 3 formas descritas pelo autor, a liquida ou flutuante, que representa os trabalhadores inseridos nos constantes fluxos dos centros dinâmicos, ou seja, trabalhadores que chegam a indústria jovens, em seus ápices, e após fornecerem o trabalho que aquela demandava são demitidos, gerando uma parcela fluida da superpopulação. 
Outras das formas de existência do exército industrial de reserva são a latente e a estagnada, respectivamente, a primeira consiste no desemprego relativo a migração de trabalhadores rurais, difere-se das condições da primeira uma vez que o motivo do desemprego vem do fechamento da indústria, não de uma troca de trabalhadores, gerando uma migração desses trabalhadores aos centros urbanos. A estagnada, no entanto, representa uma parcela de trabalhadores inseridos no trabalho informal, aos trabalhadores expostos as piores condições de trabalho ou que trabalham por conta própria, mas que não detém força de trabalho de outros. É apresentada em seguida então a expressão mais aguda da superpopulação relativa: o pauperismo, a camada de invalidados, aptos ao trabalho, órfãos e crianças indigentes que em tempos de grande demanda se juntam ao exército ativo, incapacitados por alguma deficiência, nacionalidade ou condição de vida. Essa parcela mostra-se necessária para a reprodução do capital, assim como as formas de existência citadas anteriormente, a existência de uma população à deriva do trabalho, ou submetidos a situações irregulares, ou mesmo em sua total miséria conduz a lei geral da acumulação capitalista de Marx.
3.Conclusão
Analisando então de modo geral o conceito de acumulação formulado por Marx, é possível localizar as condições de exploração que o capitalismo se sustenta. O exército industrial de reserva explicita como o capital precisa do desemprego, da real miséria do trabalhador, para assim continuar o explorando. Isto é, com a queda da demanda da força de trabalho é sustentada o que Friedrich Engels chamou de concorrência entre a classe trabalhadora, o proletariado necessita do salário para a manutenção de sua própria existência. E consequentemente, em uma equação aonde o número de trabalhadores disponíveis é maior do que a demanda da força de trabalho, haverá falta, e com ela, a concorrência para preencher as vagas existentes. 
Um fator importante também presente nessa respectiva concorrência são condições de superexploração que a classe trabalhadora se condiciona em decorrência da superpopulação relativa. A partir do ponto em que as ofertas caem, são impostas para a classe trabalhadora situações de exploração, e ainda que a o capitalismo expresse que a compra pela força de trabalho mantenha o trabalhador livre, é inegável que não há uma troca mutua expressa ali, apenas uma ideia a ser vendida afim de justificar a exploração dos trabalhadores. O trabalhador carece do emprego para se manter vivo, logo, quaisquer que sejam as condições oferecidas, essas serão aceitas, e ainda que não, haverá toda uma parcela disponível a aceitar a exploração em troca de sua existência, a superpopulação relativa definida por Marx. Retrata-se nas palavras de Engels “é o que existe de pior nas atuais condições de vida do proletariado: constitui a arma mais eficiente da burguesia em sua luta contra ele” como, para o capitalista, não apenas um mecanismo de manutenção e acumulação de seu capital, mas também de reafirmação de seu poder sobre a classe trabalhadora.REFERÊNCIAS 
MARX, Karl. O capital: Crítica da economia política. Trad. Regis Barbosa e Flávio R. Kothe. Coleção Os economistas. Vol. 2. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
ENGELS. Friedrich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Trad. B. A. Schumann; supervisão, apresentação e notas José Paulo Netto. – [Edição revista]. – São Paulo: Boitempo, 2010

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