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AMÉRICA 2 RESUMO AULA 06

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AMÉRICA 2 – RESUMO AULA 06 – O PENSAMENTO POLÍTICO DA EMANCIPAÇÃO LATINO-AMERICANA I: DIÁLOGOS COM A ILUSTRAÇÃO
As teorias políticas peninsulares
A historiografia sobre as independências que prioriza a influência europeia sobre o Novo Mundo tem adotado duas posições; uma dá maior ênfase às ideias formais, provenientes da Revolução Francesa, e outra coloca a ênfase sobre o pensamento espanhol.
Segundo a teoria da retroversão da soberania no povo, ante a ausência do príncipe a soberania retrovertia no povo, que era em primeira instância o soberano.
Rousseau, em seu livro O Contrato social, no capítulo ‘’Do pacto social’’, explicava a passagem do estado de natureza à sociedade civil, afirmando que, supondo que os homens tenham chegado ao ponto de que os obstáculos enfrentados no estado de natureza superem as forças individuais para manter-se em estado, o gênero humano pereceria por manter esse modo de existir. Assim nasceria o pacto social pelo qual cada associado aliena-se de todos seus direitos em favor da comunidade. 
O contrato social, pressupondo que todos homens nascem livres e iguais para realizar este pacto, define o Estado como objeto de contrato social no qual os indivíduos não renunciam a seus direitos naturais, mas criam o Estado que defenda esses direitos. O pensamento de Rousseau foi inspirador dos homens das revoluções americanas ou pelo menos o Rousseau como foi apropriado pelas elites intelectuais.
As teorias de Francisco de Victoria e de Francisco Suárez
Os dois teólogos consideram que o homem é um animal social. Isto em ambos tem sua origem em Aristóteles e em Santo Tomás. Em ambos, o homem, ao ser o ser mais desprotegido da criação, buscou associar-se para defender-se. Neste sentido, a sociedade civil forma parte do estado de natureza. Para Francisco de Victoria, o poder público constitui-se em direito natural, reconhece como autor Deus. Assim, explica que o poder público tem sua origem em Deus. A república tem este poder por instituição divina. Para Franscisco Suárez, a comunidade, dispondo livremente do direito subjetivo, transmite o poder voluntariamente ao governante, que o aceita de modo livre. Esta fórmula de pacto faz com que a teoria de Estado de Suárez, é na natureza humana que se inscreve a sociedade e o viver em comunidade, o poder outorgado por Deus não recaiu em nenhuma pessoa em particular, mas na totalidade do povo. Daí a teoria da retroversão: se a soberania pertencia ao povo e este delegou no rei, quando o rei está impossibilitado de governar, a soberania retorna ao povo.
Ideias absolutistas: monarca como senhor natural do reino, o poder absoluto do rei se constrói por sobre os outros poderes: legislativo, judicial, religioso. Mantém a ideia do rei como a cabeça de um corpo que é a sociedade. 
Ideias ilustradas: a monarquia pode ser vista como instrumento para atingir os fins, mas por definição é vista como poder arbitrário, indivíduos iguais sob uma mesma lei, nação como povo, ente homogêneo, isto é o conjunto dos indivíduos associados por contrato social.
Ideias compartilhadas: hostilidade contra os corpos e seus privilégios, conceito unitário de soberania, ideal de uma relação binária entre poder e indivíduos, submissão da Igreja ao Estado, modernizar a propriedade, acabar com os privilégios da natureza, grêmios e universidades, instaurar o livre comércio, diminuir a autonomia dos municípios, oposição ao tradicionalismo e à inércia da sociedade.

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